Como uma árvore perde suas folhas, Taehyung perdia suas inseguranças à medida que o outono se passava. Elas caíam ao chão como folhas secas, as quais ele pisava enquanto caminhava em direção ao inverno aconchegante que era Jeon Jeongguk.
{TAEKOOK} {sem lemon}
{Agora também postada no Wattpad}
O clube de basquete do colégio tinha como líder um garoto baixinho de cabelo loiro bem peculiar. Levando uma vida sedentária, Jimin é obrigado a entrar urgentemente nesse clube.
Porém, que tipo de clube esportivo aceitaria um sedentário preguiçoso que não sabe nada sobre esportes? Pensando nisso, o Park vê alguma alternativa para fazer com que Min Yoongi o ajudasse a treinar.
Ele não imaginava que o garoto de cabelo platinado iria aceitar numa boa, sem nada em troca.
Jeongguk sentia o prazer de fotografar rosas na primavera se esvaindo, entretanto, à medida que a estação se arrastava, sentiu-se subitamente atraído por Taehyung, um jovem de olhos coloridos que fez seu coração amar outra vez.
Durante toda sua vida, Jeongguk foi um homem que teve tudo na palma da mão. Desde que se entende por gente tem uma voz incrível, e por causa dela se tornou um ídolo famoso pelo mundo inteiro, conhecido popularmente como "voz de anjo" – e com motivos. Sentia-se realizado, afinal, tinha tudo que quisesse, quem quisesse e quando quisesse, e todos dariam tudo para ouvir, mesmo que por um mísero segundo, a bela voz de Jeon Jeongguk.
Bem, é claro, isso até conhecer Kim Taehyung, um garoto surdo e que não fazia a mínima ideia de quem o Jeon era.
Encarava a bela caligrafia em seu pulso da mão esquerda. Namjoon dizia que sua marca era na mão esquerda, pois provavelmente sua alma gêmea teria a marca na mão direita, assim estando juntas quando ambos andassem de mãos dadas. Romântico? Talvez. Jeongguk ainda não entendia bem o significado daquele escrito negro em seu pulso. As letras eram bem desenhadas, como se pintadas a nanquim por algum artista. O nome escrito em seu pulso aparecera quando completara vinte anos. Essa era a idade em que as pessoas recebiam o nome em sua pele.
Jeongguk terminou seu horário no estúdio subterrâneo de tatuagem em Hongdae. Agora tudo que desejava era cair no sofá de seu velho apartamento, com uma garrafa de vinho nas mãos e a melhor flor de Hongdae em seu colo. Decerto, Taehyung não era uma única flor, e sim um jardim botânico ambulante, onde Jeongguk queria botar as mãos — e roubar alguns beijos escondidos da chuva.
O sistema de almas não falha, é o que dizem; todo ser humano tem a sua alma gêmea. Mas talvez isso fosse mentira, ou talvez o desejo de Taehyung em ser amado fosse muito escasso. Porque, ao enfim estar de frente para aquele que estava prometido a si desde o seu nascimento, Jeongguk não o amava de volta.
Taehyung continuaria mordendo Jeongguk, ainda que ele resmungasse e lhe dissesse que aquelas marcas incomodavam. De qualquer forma, Jeongguk ainda as acharia bonitas.
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