História 𝙏𝙤𝙜𝙚𝙩𝙝𝙚𝙧 - Sasodei? - OC Backstory - Capítulo 1 - O começo de tudo

Eu ainda me lembro do dia que entrei na Akatsuki.

Estava frio, estava praticamente amanhecendo, eu acredito que deveria ser entre 4:30 a 5:00 da manhã, eu andava acompanhada do senhor Zetsu e o senhor Pain, eu havia acabado de ser recrutada para entrar em uma organização, onde eles prometiam me dar algo que eu desejava, e proteção.

Eu disse à eles que minha ambição era ter o amor de uma família.

Eles se impressionaram, era um pedido tão simples e inocente na visão deles, mas, também, algo tão impossível pra uma organização que cometia coisas tão cruéis, mas mesmo assim, parece que eles conheciam alguém que poderia me dar o que eu preciso, e aceitaram minhas condições.

Enquanto eu caminhava em direção ao que seria meu novo lar, eu não parava de perguntar à mim mesma diversas coisas:

Por que eles foram atrás de mim? Eles viram talento em mim? Senso de justiça? Eu era útil?

... Ou apenas uma arma para eles? Eu deveria mesmo aceitar?

Quando eu finalmente sai de meus diversos pensamentos, eu já estava em frente umas... 8, ou 9 pessoas.

Cada um com suas próprias ambições e habilidades especiais, e motivos diferentes para estar ali.

Senhor Pain estava terminando de me apresentar para os outros, eu mal prestava atenção em suas palavras, apenas estava reparando em cada pessoa que havia ali, eu me sentia tão igual perto deles, por algum motivo...

Eu voltei ao mundo real, quando uma moça com o cabelo da coloração roxa chegou até mim, segurando um manto preto com algumas nuvens vermelhas.

-- Bem-Vinda à Akatsuki, veja se este tamanho serve em você. - Disse a moça, me entregando o manto

Eu gentilmente peguei o manto e o vesti, para não o amassar, e coube certinho em mim, por sorte.

Eu agradeci à moça e dei um sorriso por trás de minha máscara, mas ela se manteve com aquela expressão séria, o olhar dela era assustador.

Eu evitei o contato visual com ela, até que, me virei ao ouvir um barulho de papel, e me deparei com a mesma moça segurando um buquê de flores de papel. 

-- Pode me chamar de Konan. - Disse ela, me entregando o buquê.

-- Oh. . . Fico agradecida, senhora Konan. - Eu respondi enquanto pegava o buquê e o segurava com cuidado, não querendo desfazer ele, pela expressão dela, pude ver que ela não ficou muito feliz em ser chamada de senhora, mas acho que ela deve ter entendido que é um gesto de educação da minha parte.

-- Bom, agora, todos podem se retirar, e Momohime, você pode começar a interagir com os outros membros, em breve recrutarem os alguém para ser seu parceiro. - Disse senhor Pain, que colocou sua mão em meu ombro quando se dirigiu à mim.

Eu assenti, e comecei a andar pelo local, cada dupla foi para o seu dormitório, posso confessar, que tive vergonha de bater em qualquer porta, eles me encaravam com olhares sérios e intimidadores, eu tinha medo até de alguém me matar apenas por eu bater na porta.

Será que eles se dão bem com crianças? Vale a pena tentar, se for o caso. Fiz um sinal de crianças e citei o nome do jutsu de diminuição, e, instantaneamente, fiquei do tamanho de uma criança de 5/6 anos. Fui até um dos dormitórios e dei três batidas na porta.

...

Sem resposta.

Bati novamente na porta.

...

-- Já vai, un! - Uma voz abafada pela porta gritou, eu conseguia ouvir passos rápido, como se a pessoa estivesse correndo.

Esperei pacientemente, até que, finalmente, alguém abriu a porta.

Ao que aparentava, era uma garota de cabelos longos e loiros, olhos azuis, ela estava sem seu manto, e... Ah, sem peitos, tronco da estrutura de um homem, sim, eu acabei confundindo o gênero dele por conta daqueles belos cabelos loiros, ele também tinha duas bocas nas mãos, eu achei aquilo bizarro, e engraçado.

Eu fiquei olhando ele de baixo pra cima, até que olhei pro rosto dele de volta, ele parecia impaciente pela expressão dele, até que, ele resolve quebrar o silêncio.

-- Ah, é só a membra novata... O que faz aqui, criança? Un. - Disse ele se abaixando pra ficar da minha altura.

-- U-Uh. . . Eu me chamo Momohime. . . Eu. . . Vim conversar com os outros membros. . . E. . . Queria uma Família. . .

Eu disse em tom baixo e gaguejando, eu realmente não sabia interagir com estranhos, eu era completamente tímida e insegura, e acredito que ele possa ter notado isso.

-- Uma família, huh? Hah, você é realmente engraçada. Mas, primeiro, me diga uma coisa: qual o significado da arte para você, un? - Ele me questionou, colocando sua mão esquerda sobre minha cabeça e soltou um leve sorriso.

-- Arte?

Eu fiquei quieta por uns segundos, pensando em algo pra responder.

-- B-Bom, a arte pra mim é a beleza de algo... Deste a aparência de uma pessoa bonita, algo esculpido por mãos humanas com a intenção que dure a eternidade, ou... Uma beleza momentânea, que desaparece em um piscar de olhos, como fogos de artifício, ou uma explosão...

O moço me encarou, era intimidador manter contato visual com ele por muito tempo, eu falei algo errado? Ele estava irritado?

 Aquele clima assustador durou até que ele, de repente, me segurou e me levantou, e se levantou jundo, e ficou me segurando no colo, como se eu fosse um bebê. Eu não entendi o porquê de ele estar fazendo isso, meu medo voltou, mas eu não demonstrei, obviamente.

Ele foi correndo até o que era seu parceiro, um moço de estatura mais baixa que o loiro, ele tinha cabelos curtos e ruivos, e parecia ter 15 anos, ele estava concentrado, construindo o que parecia ser uma marionete, ele também não estava usando o manto da organização.

O garoto ruivo me encarou, com uma expressão de dúvida.

-- Hey, Sasori danna! Podemos ficar com ela? - Disse o moço loiro, me colocando no chão. -- Veja, ela é mais baixa que você, un.

... Ficar? Comigo...?

-- Deidara, você só pode ter enlouquecido, não podemos ficar com uma criança, em uma organização como a Akatsuki, sem falar que todos vão nos considerar como casal tá maluco?! - Essa foi a resposta de senhor Sasori, após terminar de processar o que o senhor Deidara disse.

-- Ah, Danna, qual é! Pensa bem, podemos fazer dela nossa aprendiz! - Disse senhor Deidara, empolgado com a ideia

-- . . . Nossa aprendiz?

-- Óbvio, não lembra do que Pain disse sobre os poderes dela? Ela pode alcançar capacidades de arte mais altas que nós, ela pode virar nosso espelho, un! 

Eu ouvia isso, me decepcionando a cada palavra. Eles queriam fazer de mim uma arma? Só os meus poderes importam? Eu queria matar ele naquele exato momento, mas me mantive neutra

-- Aliás, olha esse rostinho e essa expressão, Danna! Ela se parece tanto com você. Você sabe o quanto os pais fazem falta pra uma criança, não sabe? Ela só quer uma família, por que não da uma chance, un? - Enquanto ele mencionava sobre meu rosto, ele pós sua mão sobre meu queixo e apertou um pouco, eu confesso que as palavras dele começaram a me agradar.

Senhor Sasori ouviu pacientemente as palavras de senhor Deidara, analisou a situação, até que ele se levantou, se agachou na minha frente e me pegou no colo que nem o senhor Deidara havia feito antes.

-- Bem-vinda à família, pirralha.

 Eu abracei o Senhor Sasori, como agradecimento por haver me acolhido, depois de tanto tempo, eu finalmente senti a felicidade outra vez, era uma sensação tão boa...

O senhor Sasori retribuiu o abraço, de forma desajeitada, ele parecida não saber o que era isso, deitei minha cabeça em seu peito, era confortante e me fazia me sentir segura. 

Senhor Deidara se aproximou logo após, eu pude enxergar o sorriso dele, antes dele colocar sua mão em minha cabeça e me fazer cafuné.

Aquele abraço... Aquele carinho... Aquela atenção...

Me fazia me sentir importante, como se eu fosse o centro do universo.

Acho que agora consigo compreender o que é ter pais que te amam, você se sente protegido, e amado. É totalmente maravilhoso, você sente que nada vai te atingir, pois eles estão ali, te protegendo, e não deixarão nada lhe atingir.

Eu sinto como se ela ainda estivesse aqui...

E foi aí...

Que tudo começou.