Abri os olhos quando senti a claridade do sol.
Ela ainda estava dormindo ali. Sorri e peguei minhas coisas.
Me vesti e com dor de cabeça, saí do quarto.
Alan: Olha só, se não é o meu amigão. - Riu.
Rafa: Cadê todo mundo?
Alan: Já foram embora.
Rafa: Nossa, é tão tarde assim?
Alan: Evento.
Rafa: Tem algum remédio pra dor de cabeça?
Alan: Em cima da geladeira.
Fui até a cozinha e peguei o remédio e água.
×××
Ela não acordou, e eu preferi não acordar ela, então pedi pra Maethe dizer isso e que ela poderia falar comigo normalmente.
Pedi um Uber e cheguei no apê ainda com a ressaca. Abri a porta e entrei, vendo tudo normal. Nada fora do lugar.
Rafa: Angel? - Falei meio rouco.
Ela não respondeu então comecei a dar uma olhada nos cômodos e a encontrei em seu quarto.
Rafa: Deveria ter procurado aqui primeiro. - A vi sentada na cama, olhando para a parede. - Hey. Eu tô aqui.
Angel: Eu achei que estávamos juntos. - Disse sem se mexer.
Rafa: O que?
Angel: Já viu o twitter? - Me olhou e vi raiva em seu olhar. - "#CellyuVoltou" tá no topo. - Fiquei mais confuso. - Caralho! O vídeo de vocês dormindo juntos com as roupas jogadas pelo quarto não quer dizer nada?
Rafa: Que vídeo?
Angel: É só olhar no twitter. - Se levantou e se aproximou. - Nós transamos e nos beijamos sempre que estamos juntos. Isso não quer dizer nada? - Dei uma risada rude.
Rafa: Isso é sério? Não temos um relacionamento. Você que quis essas coisas e sempre soube que eu não considero apenas transas e beijos um romance. Não vejo nenhum dos dois com um anel de compromisso. Se achou realmente que isso significava alguma coisa, se enganou. - Me deu um tapa.
Angel: Eu não sou um brinquedo pra você simplesmente descartar quando não quiser mais brincar. Babaca. - Saiu pisando forte e logo ouvi a porta bater.
Fiquei parado ali por um tempo, raciocinando o que acabara de acontecer.
Rafa: Que porra que eu fiz? - Coloquei as mãos na cabeça.
Eu não queria dizer aquilo. Aquele não era eu. Eu nunca machucaria ela assim.
Saí correndo e fui pelas escadas, achando que conseguiria chegar a tempo, mas quando cheguei lá em baixo, ela já havia sumido.
×××
Mel: Já acabou?
Rafa: Sim.
Mel: Depois de saber de tudo isso, posso te chamar de babaca.
Rafa: Muito fraco.
Mel: Filho de uma puta desgraçada. - Eu joguei a cabeça para trás. - Ela nem ao menos me mandou mensagem. - Seu celular começou a tocar. - É ela! - Se levantou e começou a andar. - Não tô em casa agora. O que aconteceu? - Ela me olhou. - Como ele foi filho da puta... Onde você tá? - Me levantei e tentei ouvir mas ela não deixou. - Ah, sim, sei. - Se afastou. - Me encontra na minha casa. Já tô indo. - Desligou.
Rafa: Onde ela tá?
Mel: Acha mesmo que eu vou falar? - Pegou sua bolsa. - Vou conversar com ela. Te ligo mais tarde. - Saiu.
Fui para a varanda e me apoiei na mureta observando a vista.
Rafa: Eu estraguei tudo...
×××
Recebi uma ligação da Mel e atendi com pressa.
*Ligação On*
Rafa: E aí?
Mel: Convenci ela a ir a uma balada amanhã. Ela tá muito puta com você, e disse que vai aproveitar a balada como uma vingança.
Rafa: Como assim?
Mel: Eu falei que já tinha te convidado mas ela não precisava se preocupar que eu iria te impedir de qualquer merda. Preciso ir, tchau.
*Ligação Off*
×À noite...×
Eu já estava na balada, cheguei antes delas por, talvez, um ataque de ansiedade.
Mandei uma mensagem para a Mel dizendo que estava no Open Bar.
Passei muito tempo olhando para a entrada, esperando as duas. Então elas finalmente chegaram. E a Angel estava linda, como sempre...
Angel disse alguma coisa no ouvido da Mel e sumiu no meio da multidão.
Mel: Não olha pra lá.
Rafa: Por que? - Como sou teimoso e curioso, olhei e a vi beijando um cara.
Mel: Eu disse pra não olhar! - Virou meu rosto. - Ela me pediu pra dizer que vai fazer isso a noite toda, mas é mentira. - Pediu uma bebida.
Rafa: Eu falei com a Sasa. Nós concordamos que estávamos bêbados e que aquilo foi um erro.
Mel: Ow. Mas tem certeza? E se ela só disse isso por sua causa?
Rafa: Ela me ligou dizendo isso.
×××
Ela ficava em lugares distantes, evitava ficar por perto.
Quando percebeu que eu a encarava, começou um beijo com um cara qualquer. Quando parou, eu ergui uma sobrancelha e balancei a cabeça. Sem pensar direito, puxei a Mel para um beijo. Ela ficou surpresa e me empurrou com raiva.
Segurou em minha mão e foi atrás da Angel, também a segurando pela mão e nos levando para o estacionamento.
Mel: Já chega. Vocês estão em uma competição ridícula e não percebem que isso não vai mudar em nada. - Olhou para a Angel. - Aqueles caras devem estar pensando que você não passa de uma vadiazinha que sai beijando todo mundo, já parou pra pensar? - Me olhou. - E você me beijando é uma completa idiotice. Eu sou a única pessoa que quer que vocês se casem e tenham filhos! - Soltamos uma risada leve. - Peçam um Uber e vão pra casa conversar. Amanhã, quando eu ligar, espero que já estejam acertados e de bem com a vida. - Saiu andando e voltou para dentro.
Angel: Detesto admitir mas... ela estava certa em tudo.
×××
Não trocamos uma palavra sequer no caminho. Entramos no apartamento e nos sentamos no sofá. Encarando a parede, eu dei a primeira explicação:
Rafa: Eu não quis dizer nada daquilo. De verdade. Eu sei, fui babaca. Mas aquelas palavras não foram programadas. De alguma forma eu estava fora de mim.
Angel: Eu também... Normalmente não faria aquilo. No caminho todo eu estava me chamando de vadia. - A olhei.
Rafa: Mas você não é.
Angel: Por algum tempo eu fui. - Se levantou. - Eu vou tomar um banho e escovar bem os dentes, aqueles caras eram podres. - Foi para o quarto e eu fiz o mesmo.
×××
Saí do quarto depois de fazer minhas higienes e a encontrei no sofá da sala, assistindo um programa de noivas que estavam escolhendo vestidos para seus casamentos. Reconheço por já ter assistido com ela.
Sentei ao seu lado e ficamos assistindo sem trocar palavras, como sempre foi.
Rafa: Desculpa... - Ela me olhou.
Angel: Desculpa pelo tapa...
Ficamos nos encarando até ela avançar com um beijo.
Ela sentou no meu colo e fez movimentos lentos de vai-e-vem. Me levantei a segurando no colo e segui para o meu quarto. A segurei contra a parede e ela continuou com as pernas envolvidas na minha cintura.
Dei apertões em sua bunda e comecei a beijar seu pescoço.
Angel: Beijo no pescoço é vacilo... - Falou arrastado entre gemidos fracos.
Rodamos e caímos na cama com ela em cima.
Angel: Que tal um jogo? - Tirou o vestido. - Eu faço tudo. E você não pode me tocar. - Assenti.
Ela tirou minha camisa e começou a arranhar de leve todas as partes do meu corpo.
Ela desabotoou minha calça e a desceu.
Me sentou e entre um beijo extremamente quente, começou a rebolar em meu colo.
Eu não estava aguentando mais isso, estava excitado o bastante. Então perdi o jogo.
Segurei em sua cintura e fiquei por cima. Ela mordeu o lábio e eu peguei uma camisinha.
Ela pegou a camisinha da minha mão e colocou em mim. Logo a penetrei lentamente.
Angel: Mais rápido... - Disse quase num sussurro e eu acelerei a fazendo gemer mais alto.
Ela apertava os lençóis e os travesseiros fortemente. Não satisfeita, arranhou minha costa.
Trocou as posições ficando por cima e fazendo movimentos para cima e para baixo.
Ela acelerou mais o ritmo e eu cheguei ao meu ápice reprimindo um gemido. Ela continuou e em pouco tempo caiu ao meu lado, enfraquecida.
Angel: Aposto que não foi assim com ela. - Disse ofegante.
Rafa: Não mesmo. - A beijei.
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