1. Spirit Fanfics >
  2. . i'd never change my mind (cuz baby i'd die for you) >
  3. Único

História . i'd never change my mind (cuz baby i'd die for you) - Único


Escrita por: Lilllac

Notas do Autor


estou obcecada com eles

Capítulo 1 - Único


Dói, como uma ferida aberta, e ele tem vergonha de como dói.

Dói amar alguém de forma tão tímida, tão secretamente, que ele sente como se estivesse mantendo um grito silencioso entre os lábios dele. Ele é um pecador arrependido, pedindo perdão, através de uma oração, toda vez que passa pelo mural com os rostos das pessoas que ele perdeu.

Ele  sente como se os estivesse traindo, toda vez que seus olhos doem muito contra a luz - e ele os fecha então, apenas por um segundo, para recuperar o fôlego, e o rosto dela aparece, uma Musa implacável contra o céu de violência e caos que os rodeia.

Isso é o que ela se tornou. Ele diz isso a si mesmo, repetidamente, até que quase soa convincente o suficiente.

Ele a vê de vez em quando, sempre um borrão pela cidade, saltando de prédio em prédio, o halo azul do cabelo dela deixando para trás um espectro dos tempos em que costumavam brincar de esconde-esconde e Vi tinha que ir buscá-la do topo de um prédio alto demais para ela.

Ele ouve falar dela também. Ele ouve a risada dela, o som de armas, a morte que a segue em todos os lugares que ela vai, e ele se lembra de como era persegui-la por ruas apertadas e se esconder atrás de Vander sempre que eles tropeçavam em alguém sem querer.

Ele se lembra de como era amá-la quando amá-la era mais fácil. Quando eles podiam deitar esparramados no topo de um telhado, as crianças mais velhaa ocupadas demais entre si para tomar conta deles, e ele a observava tagarelar com pequenas bombas de macaco e outros enfeites. Eles encontravam similaridades em suas máquinas, as máscaras dele com seus olhos mecânicos, os pregos enferrujados dela e as luzes de néon que ela tanto amava.

Ele a observava se curvar sobre um pedaço específico do telhado pelo qual ela se tornara obcecada, como ela facilmente fazia, e se distraía incansavelmente, pintando o metal enferrujado com cores brilhantes em esboços que às vezes nem faziam sentido.

Ele se lembra de como era amá-la quando ela poderia amá-lo de volta. 

Da sensação de estar deitado ao lado dela, olhando para as cores estranhas que vinham do céu e roçando levemente em seu cabelo com as costas da própria mão, ouvindo sua risadinha meio adormecida e sentindo um suspiro preso na garganta na garganta dele.

Vi iria buscá-la, mesmo quando ela reclamava. E, enquanto ele descia as escadas de volta para a loja, ela acenava para ele, as bochechas coradas de frio com aquele sorrisinho bobo em seu rosto.

Amá-la era fácil, antes.

Ele pensou que a dor teria tornado tudo mais difícil agora. Ele pensou que os gritos dela pela cidade e as máquinas que ela cuspia como pequenos mensageiros de morte teriam feito o ódio dentro dele crescer forte o suficiente para finalmente, finalmente devorar o outro dos monstrinhos.

Mas o amor tinha criado raízes dentro dele, agarrando seu coração e seus pulmões e sua voz e agora o próprio ar entre os dois o fazia sufocar.

Quando ele a vê, é como um acidente. 

Ela está sempre atrás de suas pálpebras fechadas, sua voz o embalando para dormir. Mas o rosto dela, mesmo com as marcas dos arranhões e o sangue, ainda o faz parar. O hoverboard treme sob seus pés quando ele a derruba.

Ela larga o amigo dele. Perde o equilíbrio. Tropeça para trás, caindo do navio, na direção do oceano.

Exceto. Ela não tropeça coisa nenhuma. Porque ele a pega pelo braço, a mão segurando-a com tanta força que poderia machucá-la, mas ela não se importa com a dor. Ele a segura.

E, pela primeira vez em anos, Ekko abraça Jinx contra ele.

A respiração dela é irregular e curta e ele faz um movimento para deixá-la ir. Eles se chocam, o peito dele contra o rosto dela, e ela para, quase como se o reconhecesse. Seu coração para no meio do caminho, sua mente girando.

Ela está tão perto. Se não fosse por sua máscara, ele estaria sentindo a testa dela contra seus lábios. O pensamento provoca arrepios em sua espinha. Ele imagina como é beijá-la. 

O que significaria para ele beijar Jinx. 

Ele se pergunta se alguém já fez isso desde que ele a perdeu.

Ele quase pode sentir a forma como a boca dela se moldaria contra a dele. A maneira como ela prenderia a respiração, a maneira como ela conseguiria envolver as mãos em volta do pescoço dele, com tanta força que ele teria que se preocupar se ela não estava planejando mais nada.

Ele pode ver a maneira como a seguraria, as duas mãos nas costas dela. A maneira como ele gostaria de passar a mão por aqueles fios azuis, para soltá-los, como se nunca os tinha visto antes.

“Ekko”, alguém o chama.

Oceanos de cores inundam sua mente. Ele para de andar, uma mão na maçaneta da porta.

"Você está bem?" O outro firelight pergunta a ele.

Ekko engole a voz. "Sim. Só um pouco tonto. Posso ter  levantado rápido demais ”, garante.

O outro garoto estremece. "Outro pesadelo?"

Azul, vermelho sangue e o rosa dos desenhos dela. E a sensação de seus lábios contra os dele.

"Sim", ele arfa. “Só mais um pesadelo”.


Notas Finais


timebomb brainrot.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...