História Por acaso eu escolhi você - Ryujin e Yeji ITZY (Ryeji) - CAP 45 - Alma Atormentada

Depois dessa nao vou poder mais correr, elas irão querer explicações, parece que chegou a hora de contar tudo…. Só espero que nao aconteça nada com elas por saber a verdade. 

Sinto a Yeji passar as mãos delicadamente por minhas costas para me confortar, de alguma forma ela sempre sabia o que fazer para me acalmar, isso era uma das coisas que eu mais gosto nela. 

-- Quer falar sobre isso ? - Yeji sussurra para mim 

-- Não precisa falar se não quiser - Sana fala ao me ver pensativa 

-- Tudo bem.. - olho para baixo. 

-- Tem certeza ? - Yeji pergunta compreensiva 

Concordo com a cabeça e comecei a contar para elas do porquê isso aconteceu.

~FLASHBACK ON~

-- Finalmente posso descansar - digo deitada em minha cama

Me viro para pegar meu celular que estava em cima da cômoda, volto para a minha posição inicial, aproveitando para descansar os ombros começo a mexer no meu celular. Abro o contato da Seulgi e fico encarando a tela.

-- Como será que você está ? - penso preocupada. 

Fico assistindo ao meu filme favorito “As vantagens de ser invisível” enquanto tento cair no sono, por alguma razão estava muito difícil de dormir, normalmente eu durmo rápido mas hoje em específico ta dificil. 

Já são 00:48 e finalmente posso sentir que o sono está vindo, meus olhos começam a pesar, mas quando eu estava prestes a dormir começo a escutar sons de passos dentro da minha casa. 

Isso seria normal para muitas pessoas, mas não para mim, o fato de não ser nada normal para mim é que eu morava sozinha. Começo a suar frio em pensar que algum ladrão tenha entrado aqui. 

Devagar saio da cama, a cada passo que eu dava era uma reza diferente, um espírito daria menos medo agora. 

-- Tem alguém aí ? - pergunto próximo a porta do meu quarto 

Pergunto como se o ladrão fosse dizer, “Sou eu senhorita, eu só vim roubar sua casa, daqui a pouco eu saio”. Claro que isso não iria acontecer. 

Os passos vão ficando cada vez mais perto, no desespero tranco a porta do meu quarto o mais rápido possível. 

-- Por favor seja um fantasma - penso e corro para a cama

Eu poderia pular a janela, mas isso não era uma opção, como eu moro no sexto andar de um prédio, a morte ia ser o meu destino caso resolvesse pular a janela. 

O que eu mais temia estava acontecendo, a pessoa que entrou na minha casa começa a forçar a porta do meu quarto, com o objetivo de entrar a qualquer custo, as batidas na porta vão ficando cada vez mais constantes. 

-- Será que ele já foi ? - penso após encerrar as tentativas de entrar. 

Antes que eu pudesse soltar o ar que havia prendido, um som de porta abrindo me aterroriza completamente. Corro para o guarda-roupa e me escondo lá dentro, graças ao meu tamanho consegui me esconder dentro dele. 

A porta finalmente se abre, me encolhi ainda mais dentro do armário. Uso a fresta entre as madeiras para poder enxergar o que o indivíduo pretender fazer aqui. 

-- Um grampo - penso ao ver um homem jogando um grampo no chão de uma forma despreocupada. 

Ele estava com um capuz preto,tornando impossível de ver o seu rosto. Olhando para o seu porte físico, o mesmo me lembrava uma pessoa…. Daniel, mas não pode ser ele… ele morreu pouco tempo antes que eu conseguisse mudar de escola.

“Um aluno de segundo ano de ensino médio foi encontrado a 5km de distância de onde o acidente foi causado. Acredita-se que o seu carro perdeu o controle em meio a rodovia, fazendo o carro chegar a colidir em uma pedra e o arremessando para longe. 

De acordo com sua carteira de identidade seu nome era Kang Daniel sua idade ainda não foi confirmada, a ambulância já está a caminho do local, a equipe de resgate afirma que as chances de sobreviver são mínimas. Fiquem atentos para as principais notícias.”

Acordo dos meus pensamentos ao ver o cara se aproximando do armário onde eu estava, meu coração começa a bater mais forte, o medo começa a tomar conta de mim e assim que ele chega perto o suficiente, fechei os olhos. 

-- Ele já foi ? - penso ao perceber um silêncio no ambiente. 

-- AH! - grito ao ver a porta do armário se abrindo agressivamente. 

O homem agarra meus braços, impossibilitando meus movimentos e me puxa para fora do guarda-roupa.

Me fazendo cair no chão, ele sobe em cima de mim, me imobilizando por completo e coloca um pano em minha mica, o lenço contém algum liquido que nao consegui identificar, mas pelo cheiro era uma liquido forte semelhante ao álcool. 

-- Bons sonhos princesa - escuto e olho apago

~QDT~

Começo a acordar, abro os olhos porem nao consigo ver nada, nao tem nada em meu rosto ou pelo menos não estou sentido-a. Meus olhos começam a se acostumar com a escuridão e percebo que a luz está apenas apagada.

Tento me mexer mas nao consigo, forço a vista para ver o que está me impedindo de sair do lugar, percebo que estou amarrada em uma cadeira. Com meus braços e pernas amarrados na cadeira comecei a entrar em desespero. 

A sensação de estar presa começa a me sufocar, o ar começa a ficar mais pesado. 

-- Vejo que acordou - uma voz familiar - Nao ja estava pensando em jogar um balde de gelo em você. 

-- Essa voz… - Penso, me esforço ao máximo para poder lembrar de quem era aquela voz. 

-- Jihyo ? - pergunto insegura

-- Que bom que a cadela ainda lembra de mim - da um sorriso sarcástico 

Pensei que mudando de escola ela iria parar de me perseguir, ela ainda me mandava mensagens, mas isso ainda dava para ignorar um pouco. Agora é diferente, ela está na minha casa. 

-- Sabe… - Jihyo começa a caminhou para mais perto - Ficou muito solitário sem você lá na escola - coloca a mão no interruptor - Então eu vim fazer uma visita a minha melhor amiga - acende a luz me causando uma dor nos olhos.

-- Por que voce nao me deixa em paz ? 

-- E com quem eu vou me divertir ? - fala fingindo estar magoada - Antes era ciúmes do Daniel e popularidade… - se aproxima de mim - Mas agora… - abre um sorriso - É só por diversão - começa a rir descontroladamente 

-- Você é louca - faço ação de negação com a cabeça 

-- Talvez… - sorriu sádica 

Vejo ela colocar sua mão para trás e retirar dela um objeto. 

-- O que você vai fazer com isso  - fico preocupada

-- Esse alicate ? - diz cínica - Vamos nos divertir gatinha

Começa a andar até onde eu estava, Jihyo se agacha no chão, ficando na mesma altura que eu. Vejo ela começar a pensar, aquele seu olhar me dava medo, ela parecia uma psicopara em série. 

-- O que acha de brincarmos de manicure ? - me encara sorridente

Fico sem entender, mas logo percebo o que ela tem em mente e começo a chorar de medo. 

-- Não! - peço - Tudo menos isso… Por favor - imploro para ela 

-- Desculpa - sua voz fica falha - Eu não queria fazer isso com você, mas estão me obrigando - começo a ouvir sons de choro. 

-- Então me solta, posso ajudar você, prometo que ninguém vai machucar você - tentei lhe passar confiança.

-- … - ela começa a rir, me deixando sem entender nada - Você é tão fácil de enganar.

Em um movimento rápido, ela segura a minha mão e com a ajuda do alicate, ela arranca a unha do meu dedo indicador.

-- AAH!! - sinto uma dor agonizante que vinha da ponta do meu dedo até a minha espinha. 

A dor era incontrolável, as minhas lágrimas não paravam de descer, aquilo era pior que a própria morte. 

-- Já está assim ? - faz cara de triste - A gente tá só começando - colocou um sorriso ainda maior no rosto. 

-- P-Por favor… - antes que eu pudesse terminar de falar - AH!! - ela arranca uma segunda unha.

~QDT~

A tortura ficou se repetindo por varias horas, eu ja tinha perdido a noção do tempo. Já estava suando frio, não conseguia sentir a mãos, meu pulmão subia e descia descontroladamente. 

-- Já cansei - Jihyo diz ao bocejar - Até um outro dia, Shin Ryujin 

Com a visão turva, vejo ela levantar o alicate e posicioná lo em direção ao meu rosto. Sinto uma forte dor na cabeça e então eu apago totalmente.