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História ... mas com muito amor. - Capítulo XVIII


Escrita por: sqfanfic

Notas do Autor


Oi, galera! Tudo bem aí? Feliz 2022! ✨

Eu fiquei sabendo que tem gente com saudade dessa estória aqui, né?! Fiquei muito feliz!!!

Alguns devem saber que publiquei, de forma independente, "Riviera Maya"; e, por esse motivo, eu acabei dando prioridade aos trâmites do livro e fiquei sem tempo para escrever as histórias que estão "em andamento" por aqui. Desculpa, viu?!

Espero que gostem dessa atualização e que me contem suas teorias nos comentários. Pode ser?

Um grande beijo e muito obrigada por ainda estar aqui! ❤

Capítulo 19 - Capítulo XVIII



 Emma 


— Gostosa! — dou um pulinho ao sentir o tapa de Regina em meu bumbum. Eu estava distraída olhando pela janela, usando uma blusa e uma calcinha, que foram as primeiras peças que encontrei pelo caminho. — Bom dia!

— Bom dia, linda! — abro um dos braços, em um convite para que ela se encaixasse ali. — Dormiu bem?

— Muito bem... — ela sorri, antes de beijar minha bochecha. — Na verdade, fazia muito tempo que eu não me sentia tão bem como me senti ontem.

— Quer conversar mais sobre isso?

— É só uma satisfação de uma mulher que teve muitos orgasmos durante a noite. — ela diz um pouco envergonhada e eu logo quebro o clima ao lhe dar um beijo nos lábios. — Acordar com uma mulher linda dessas, não é para qualquer um. — Regina segreda em meio ao nosso contato.

Antes que eu pudesse responder, ela toma impulso e circunda minha cintura com as pernas.

Caminho com Regina até o sofá e a deito sobre o mesmo, fazendo questão de me deitar por cima de seu corpo, com todo o cuidado para não soltar todo o meu peso sobre ela.

— Temos quanto tempo? — pergunto, enquanto beijo o seu pescoço e ela acaricia minha nuca.

— 20 minutos... — ela responde rindo, após olhar em direção ao visor do aparelho de TV a cabo.

Com esse pensamento em vista, puxo Mills e faço com que ela se sente no sofá. Me sento, seguro uma de suas mãos e insinuo para que ela se sente sobre as minhas pernas e assim ela faz, deixando-me por entre elas. Beijo a boca de minha namorada e acaricio suas costas por baixo do tecido da roupa de dormir que usava.

— Amor? — ela me chama e eu a olho.

— O que foi? — dou-lhe um selinho antes de seguir a mesma direção do seu olhar. — Ah! Lola...

— Não vou conseguir me concentrar... — Mills gargalha e se levanta, chamando Lola para ir para o quarto e, visivelmente, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar Max. — Pronto! — ela volta para a sala e se senta em meu colo novamente.

Retomamos o nosso amasso e, em menos de 1 minuto, estávamos nuas na sala. O corpo de Regina tinha uma coisa tão gostosa, que seria impossível verbalizar. Mas era bom estar próximo, sentindo o cheirinho dela, que tinha muito mais de Max do que dela mesma. Mas essa era ela e aquilo me atraía muito.

Minha namorada me olhava enquanto rebolava e roçava sua intimidade em minha coxa. Levei a mão direita em seu centro e passei a massageá-lo, de modo que se encaixassem perfeitamente por entre os seus lábios vaginais.

Sua cabeça tombou para trás, mas o seu quadril intensificou os movimentos de ondulação, antes que dois dos meus dedos penetrassem em seu interior.

— Ah... Hum! — ela balbuciou em minha boca, enquanto buscava espaço para um novo beijo. — Amor... Ah! Assim... — ela subia e descia em meus dedos, que entravam e saíam, ajudando em seu trabalho.

Os nossos movimentos estavam sincronizados e os gemidos manhosos de Mills preenchiam os meus ouvidos. Os seus olhos, antes inchados de sono, agora estavam extremamente expressivos e escurecidos. Estava linda com a pele rosada e a testa levemente suada.

Seus movimentos se intensificaram de tal maneira, que o atrito entre nossas peles da coxa passou a ser ouvido. Eu aumentei o ritmo das estocadas que dava em minha namorada e ela se apoiou em meus joelhos, deixando seu tronco inclinado para trás e seios empinados em minha direção.

Passei a chupá-los simultaneamente e sorri quando suas mãos agarraram-me os ombros. O seu gemido veio como um suspiro e logo eu senti a sua umidade molhando minha mão.

Diminuí os meus movimentos em seu interior, até que ela se aquietasse em meu colo. Busquei o seu olhar e, em silêncio, atendi ao seu pedido para que eu a beijasse.

— Eu te amo! — segredou em meio ao nosso beijo. Antes que eu pudesse retirar os meus dedos, Regina se levantou, me empurrou e, sem qualquer tipo de cerimônias, levou a boca até minha região íntima.

Eu segurava os seus cabelos, porque era da minha intenção vislumbrar o seu olhar e suas feições enquanto me consumia com a língua.

Apertei os olhos com força e passei a apalpar o meu seio, enquanto ela me chupava deliciosamente. Sua língua era certeira ao pincelar o meu clitóris e logo descer até minha entrada. O meu corpo correspondia a todos os seus toques e isso muito me agradava.

— Linda! Vem aqui, vem! — apertei seu ombro, mas ela continuou no mesmo lugar. — Meu amor, vira pra cá, vai?! Deixa eu... Ah! Reg...ina! — busquei sua mão, que estava sobre a minha barriga, e entrelacei os nossos dedos.

Mills me chupou até que eu me derramasse em sua boca, ofertando-lhe todo o meu mel. Feito isso, ela subiu beijando a minha barriga, o meu colo, maxilar, até que pudesse alcançar os meus lábios.

Ao invés de me beijar, ela me ofereceu sua língua, passando a mesma ao redor dos meus lábios.

Eu a capturei e chupei vagarosamente. Regina sorriu, escorregou os lábios por minha bochecha e ali ficou, até que nossas respirações voltassem ao normal.

— Por que não fizemos isso antes, hein?! — ela ajeitou algumas mechas de cabelo atrás da minha orelha. Fiz menção de responder, mas ela me interrompeu. — Porque eu estava perdendo tempo pensando em coisas que nem existem, enquanto minha mulher estava aqui o tempo todo.

— Nunca foi sobre isso. Você sabe, né? — comecei a enrolar uma mecha do seu cabelo e ela sorriu ao semear a cabeça. — Sempre foi sobre você, sobre Max... Sobre tudo o que temos nesse cantinho. — beije-lhe os lábios brevemente.

— Eu sei...

— Isso aqui... — falei, apontando para os nossos corpos unidos. — É só um complemento de tudo.

— Um complemento delicioso, eu diria. — ela passa o dedo pelos meus lábios e eu os mordisco. — Eu queria te levar para a The Mills Night qualquer dia desses. Queria que você conhecesse a casa em funcionamento.

— Pode ser, claro. Mas e o nosso Pumpkin? — nós duas rimos com o apelido de Max.

— Eu troco com Kristin e ela fica com ele pra mim. Além de precisarmos dessa distração, seria ótimo para você conhecer lá.

— Tudo bem! Eu topo, sim...

— E nada do hospital ainda, né?! — ela se levanta, nua, e continua conversando em pé em minha frente.

— Nada! — nego com a cabeça.

— Vamos tomar um banho rapidinho? Temos um reloginho que vai despertar em poucos minutos....

— Vamos!


Mais tarde...


Os meus passos iam de encontro ao quarto em que Stella estava internada, mesmo tendo a sensação de que não estava preparada para vê-la e nem para lidar com as notícias que eu poderia receber a partir do momento em que adentrasse naquele ambiente.

— Acompanhante ou visita? — pergunta uma das enfermeiras que estava na porta.

— Eu sou acompanhante e visita... — respondo. — Eu recebi uma ligação e vim o mais rápido que pude.

— Ah, sim... A equipe médica gostaria de conversar sobre o quadro da paciente. Poderia me acompanhar, por favor?

— Claro! — exclamo. — Mas cadê ela? — falo, tentando espiar dentro do quarto.

— Está em cirurgia... — responde. — Vamos? A sala fica no andar de cima. — e eu a sigo em direção ao elevador.

Chego no andar e, sem sair do elevador, a enfermeria me indica a sala em questão. Caminho até lá, bato duas vezes e ouço um “Entra!” vindo de lá de dentro.

— Boa tarde! A Srta. é... — um rapaz, que eu julgo ser um dos médicos, me questiona.

— Sou Emma Swan, familiar da paciente St... — ele me interrompe.

— Muito prazer, Srta. Swan! Poderia se sentar? — ele se levanta e puxa uma das cadeiras. — Eu soube que também é médica. Atua em que área?

— Sou ginecologista e obstreta. — ofereço-lhe um sorriso ao vislumbrar sua satisfação.

— Isto é incrível! Presumo que já tenha trazido muitas pessoas ao mundo, então...

— É o que mais faço! — exclamo e me sento.

Ele se afasta, vai até um canto da sala, tira o ramal do gancho e solicita a presença de alguns outros profissionais. Assim que coloca o telefone no lugar, ele se afasta para outro canto e volta com uma garrafa térmica e dois copos descartáveis.

— Café? — me oferece e eu aceito. — Só aguardar os meus colegas para começarmos a reunião. A Srta. Stella é sua parente de primeiro grau?

— Fomos casadas. — pontuo e ele assente com a cabeça.

— O acidente foi muito ‘bobo’, — ele faz aspas com os dedos. — segundo a polícia. Pelo que disseram, ela se distraiu com algo no celular e acabou se assustando com algum animal na pista...

— Mas as consequências são reparáveis? — pergunto. — Por que ela está em cirurgia novamente?

— É sobre isso que precisamos conversar... — ele olha em direção a porta assim que mais 3 médicos adentram a sala.

Juntos, os 4 começam a me passar o prontuário de Stella e a explicar o que, possivelmente, aconteceu com ela na noite anterior. Segundo o plantonista, ela chegou desacordada e com uma fratura considerável na região das costelas.

— Depois da avaliação, vimos que houve uma perfuração no pulmão direito e uma ação contundente na quinta vértebra lombar, um pouco acima do cóccix... — ele me mostra uma chapa de raio X e circula o local com uma caneta. — Com isso, a paciente perdeu alguns movimentos dos membros inferiores.

— Nossa! — eu suspiro e jogo o corpo para trás na cadeira. — Que merda!

— Ela precisou passar por mais essa cirurgia para estancar um sangramento inesperado que teve pela manhã. — ele explica.

— E é reparável essa condição? — pergunto, me referindo a questão dos membros inferiores.

— Sim, totalmente. Como foi um trauma, uma pancada, daqui um tempo irá desinchar e voltar ao normal. Mas enquanto isso, ela precisará de alguns cuidados especiais fisioterápicos... — eu assinto com a cabeça, filtrando apenas a parte positiva de todo esse pesadelo.

Eles continuaram passando algumas informações sobre o quadro, sobre ela não poder ter acompanhante hoje, porque assim que voltasse ela iria para a UTI, e sobre a previsão de alta.



Regina


— E como você está se sentindo? — Robin se senta ao meu lado no sofá e me entrega o copo d´água que eu havia pedido.

— Eu estou bem... Por que essa pergunta? — dou uma risadinha, realmente sem entender a finalidade. — E você, tudo bem?

— Sim... Comigo, sim! — ele dá ênfase quando pronuncia ‘comigo’. — E eu estou perguntando como está se sentindo em relação a ex de Emma.

— Ué, ela se acidentou... — dou de ombros. — Stella não tem ninguém aqui na cidade, só Emma, e seria injusto se eu me sentisse mal por minha namorada querer ajudá-la.

— E você não está se sentindo mal mesmo?

— Não! — exclamo. — Eu me coloquei no lugar das duas e seria muito ruim se eu não fizesse isso por uma pessoa que foi importante na minha vida em algum momento, só porque estou em um novo relacionamento.

— Compreendo! — ele meneia a cabeça.

— Além do mais, Emma é essa pessoa. Independente de Stella ser sua ex esposa ou não. As duas têm uma amizade linda e eu juro que estou muito confortável com isso. — pontuo. — Mas e você? Como estão as coisas?

— Comigo tudo bem... Estou começando a olhar as atrações da The Mills Night para o fim de ano. — ele diz e nós entramos nesse assunto.

Era 05:20pm e Max estava tirando sua última soneca do dia. Entre um papo e outro, eu olhava o visor do celular para ver se havia alguma mensagem de Emma, mas nada, e eu me lembrei de ela ter dito que o Hospital era afastado da cidade – o que podia fazer com que o celular não tivesse sinal.

Alguns minutos se passaram e eu resolvi tentar ligar, porque com essa notícia de Stella, confesso ter ficado um pouco tensa quanto a dirigir. Mas, antes mesmo que eu discasse o seu número, ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Lola ir correndo de encontro quando viu que era Emma.

— Que bom que você chegou! — exclamei enquanto ela retirava os sapatos próximo a porta.

— Olá! — Swan me sorri e nos cumprimenta. — Olha só quem está aqui! Tudo bem? — simpática, ela cumprimenta Robin. Mas mesmo com o seu sorriso, eu consigo perceber o quão inchado está o seu rosto. — Eu já volto... Vou tomar um banho e tirar esse cheiro de Hospital. — ela diz em um sussurro, me joga um beijo e vai correndo para o banheiro.

Enquanto Emma toma banho, eu peço licença a Robin e vou até a cozinha para preparar um lanche rápido para ela. Ouço o chorinho de Max, mas antes que eu pudesse ir até o quarto, Robin aparece com ele nos braços. Olho para o meu filho, vejo os seus olhinhos avermelhados e marejados; e quando ele me vê, força um chorinho e se estica.

— Ai, meu neném... — roço o meu rosto no rostinho dele. — Mamãe já te pega! — beijo sua cabecinha e termino de arrumar o lanche de Emma.

— Agora sim! — Emma se junta a nós na cozinha e cumprimenta Robin com um abraço. — Como você está?

— Baba ba ba ... — Max balbucia e logo Emma o pega no colo.

— Eu fiquei com saudades, meu amor! Teve um bom dia com tio Robin, foi?! — ela o enche de beijos e, para mim, não existe nada melhor no mundo do que ver esse amor dos dois. — Hum... O que é isso aí, hein?! — ela pergunta ao se aproximar de mim. — Oi meu amor!

— Oi! — beijo seu rosto. — Um lanche pra você comer agora, porque tenho certeza de que não comeu nada por lá... — beijo seu rosto novamente. — Só café...

— É, só café. — ela sorri.

Fomos para a sala e nos sentamos no sofá, agora com a companhia de Emma e Max. Robin e eu prosseguimos com o assunto da boate e Swan, enquanto comia o seu sanduíche, começou a nos ajudar com algumas sugestões sobre o evento de fim de ano.

— Filho, precisamos conversar sobre esses dentinhos na mamãe. — digo, fazendo uma careta após sentir os dentinhos de Max arranharem o bico do meu seio. — E olha que nem nasceram totalmente...

— Vocês, mulheres, passam por muitas coisas mesmo, né?! Jesus! — meu amigo comenta. — Bom, o nosso papo está ótimo, mas preciso ir...

— Poxa, mas já? — Emma o questiona. — Pensei que fôssemos jogar alguma coisa ainda.

— Podemos combinar para outro dia? É que eu preciso ir, passar no mercado e comprar umas coisas para vovó. — ele justifica e Emma assente com a cabeça em resposta. — Obrigada por me receber tão bem! — ele, que já estava de pé, se abaixa para beijar o topo da cabeça de Swan. — E você também, minha amiga. Eu adoro ficar com vocês dois! — brinca com o pezinho de Max, que logo se desvencilha das cosquinhas.

— Imagina, Robin! Sempre que tiver um tempinho e estivermos em casa, venha. Nós adoramos te receber, também. — digo.

— Uma pena que eu não pude aproveitar com vocês hoje... — Emma coloca o prato sobre o braço do sofá e se ajeita. — Você está de carro aí?

— Sim, sim... — ele caminha até a porta e começa a calçar os sapatos. — Se vocês precisarem de qualquer coisa, é só me ligar.

— Pode deixar! — exclamamos juntas.

— Um beijo e boa noite pra vocês! — ele diz, antes de sair pela porta.

Fecho os olhos e respiro fundo, antes de sentar Max em meu colo e ajeitar a alça do sutiã e da blusa. Ele começa a se agitar e logo se joga em direção a Emma, que prontamente o acolhe nos braços.

— E aí, meu amor? — eu pergunto. Ela respira fundo, solta vagarosamente e faz um sinal de negação com a cabeça. — O que foi, hum? — os seus olhos estavam marejados, mas era nítida a briga que ela travava contra o choro. O seu nariz estava avermelhado e era possível ver o movimento da saliva que descia por sua garganta.

— Ela... — o tom de voz estava embargado pelo choro. — Ela vai ficar um tempo sem andar e... — ela acarinhava a cabeça de Max como se tentasse esconder o tremor que suas mãos carregavam.

Nesse momento eu agradeço por Robin ter ido embora; era notório que ela estava querendo desabar, mas que não o faria perto dele e nem de alguém com quem ela não se sentisse completamente confortável. E, mesmo sabendo que o motivo não é legal, eu confesso ter me sentido bem por saber que eu era a pessoa com quem Emma se sentia segura para falar sobre as suas dores.

E ali, na sala mesmo, ela contou o que os médicos haviam reportado. O caso de Stella era muito mais delicado do que imaginávamos e isso demandaria muitas coisas a partir de agora.

— Eu sinto muito por isso! — me aproximo dela. — E o que você pretende fazer agora? — acaricio o seu rosto, de modo que meus dedos limpem os rastros que as lágrimas haviam deixado. Lola pulava na parte de trás do sofá e Max pulava no colo de Emma para tentar pegá-la.

— Alguém não vai dormir tão cedo hoje, não é? — ela o enche de beijos.

— Pois é! Mamãe precisa ajustar os horários dessas sonecas... — Emma concorda com a cabeça e ficamos ali, em silêncio, apenas observando Max e Lola brincando.

— Amor... — ela me olha. — Eu não sei o que fazer! — dá de ombros.

— Como você se sente em relação a ela? — pergunto. — E quem você sente que deve ser para ela agora?

— Eu sinto que devo isso a ela... ou a mim mesma, não sei. Não posso virar as costas, sabendo o que está acontecendo, e seguir a vida normalmente. — pontua. — Ela não tem ninguém aqui...

— Então faça por ela, por você...

— E você? — ela continua me olhando no fundo dos olhos. — Como você se sente com isso? — segura uma das mãos e entrelaça os nossos dedos.

— Vocês têm uma história, uma amizade... Vocês ainda se amam, se respeitam e eu acharia injusto se não te apoiasse e ajudasse com essa situação. — digo e ela vai assentindo com a cabeça. — Nós podemos trazê-la pra cá quando tiver alta, cuidarmos dela juntas... Eu também gosto muito de Stella, meu amor.

— Não, Regina... Aí já seria demais! — ela nega com a cabeça. — Ela tem o apartamento dela, não precisa vir pra cá.

— Sim, eu sei, mas se ela ficar lá, vai ser mais difícil pra você ter que ir todos os dias para olhá-la. Amor, eu estou com você de verdade! — exclamo e ela sorri.

— Você sabe que o meu relacionamento com ela sempre foi complicado, com alguns conflitos, inseguranças que causavam ciúmes, então eu fico com alguns receios em relação ao nosso relacionamento e não quero, nunca, que você aceite algo apenas para me agradar.

— Nós sempre conversamos sobre tudo, Emma... Se tivesse algum problema, eu compartilharia com você e sei que você faria o mesmo. — acaricio sua mão, que segue entrelaçada a minha.

— Tudo bem! — ela beija os meus dedos. — Promete sempre me falar sobre os seus sentimentos?

— Sim... E você? Promete?

— Prometo! — beija a minha mão e sorri. — Ei, carinha, sossega aí! — ela beija as costinhas de Max.

— Vamos dar um banho nele? — pergunto e ela sorri ao menear a cabeça em resposta. — Então vamos!

— Vamos lavar esse bumbunzão? — se levanta com ele e, enquanto caminha até o banheiro, ela o ‘joga’ em um dos ombros e começa a cantarolar: — “O meu saco de batata, ta ta ta... Eu tenho um saco de batata muito grandão!”. — e Max gargalhava com um dos dedinhos na boca.

— Não esquece que eu acabei de mamar, hein?! — falo como se fosse nosso pequeno e Emma para de balançá-lo na hora.

Emma o coloca de pé sobre a pia e começa a despí-lo; enquanto isso, ligo o chuveiro e tiro a minha própria roupa. Pego o vidro de sabonete líquido dele, mas o mesmo cai no chão e eu me abaixo para pegar.

— Nossa, mamãe! — minha namorada exclama e eu reviro os olhos.

— Vem mamãe! — estico os braços e o pego dos braços de Emma, já peladinho. Entro sob o chuveiro e deixo que a água recaia em nossos corpos. Ele fecha os olhinhos e abre a boca quando passo a mão molhada em seu rostinho. Emma coloca um pump de sabonete líquido em minha mão e eu passo em Max.

— Não quer entrar? A água está tão gostosa... — digo a ela, que nega com a cabeça.

— Eu gosto de ver vocês dois... Principalmente no final, que ele sempre pede para mamar. É a cena mais linda da minha vida! — ela diz. — Ver vocês dois assim, aqui nesse banheiro, me traz muitas lembranças...

— É? — sorrio ao ouví-la. — E a mim também!

— Eu não tenho dúvidas!



— Não está conseguindo dormir? — me viro de lado para vislumbrar melhor o rosto de Emma, que estava deitada de barriga para cima. Minha namorada estava com o celular nas mãos e digitava algo. — Hum? — faço um carinho em sua orelha.

— Não... — ela se vira também, após colocar o aparelho na mesinha de cabeceira, ficando com o rosto bem próximo ao meu. — Estou com uma paciente com a bolsa rota e outra expelindo o tampão mucoso. — ela suspira. — E eu estou tão cansada...

— Tem alguém que possa te substituir caso elas precisem?

— Sim, mas são pacientes inseguras, que sentem necessidade da minha presença. — boceja enquanto fala. — Acabei de receber a foto da vulva de uma delas e de uma calcinha com sangue. Quer ver? — fala em tom de brincadeira e eu nego na hora. Emma ri com minha careta.

— Então descansa, meu amor... Fecha os olhos! — ela fecha. — Vou cantar pra você dormir, assim como canto pra Max. — ela abre os olhos na hora. — Fecha!

— Você vai cantar como canta pra Max? — ela segura o riso e eu fecho o cenho.

— Fecha os olhos! — repito. — “Você não sabe, amor, quando você me abraça e me beija lentamente, é a coisa mais doce e não muda...”. — tento imitar uma voz de senhora de desenho animado, ela não aguenta e cai na gargalhada.

— Ainda bem que eu te amo! — ela exclama antes de se aproximar e depositar vários beijos em minha boca. — Eu te amo! — diz entre um beijo e outro.

— Não gostou da minha serenata, moça bonita? — brinco, rindo também. — Tenta descansar... — prolongo um dos selinhos e ela me abraça apertado enquanto nossas bocas se reconhecem. — Hum...

— Se o telefone tocar e eu não ouvir, me acorda por favor? — pede, passando a língua nos próprios lábios após finalizarmos o nosso beijo. Eu passo o polegar em seu lábio superior e ela beija o meu dedo. — Tá bom?

— Tá bom! — Emma fecha os olhos e se entrega ao sono. Vendo-a aqui, tão pura e bondosa, eu sinto a necessidade de agradecer aos céus por tê-la comigo e com o meu filho.

— Muito obrigada!



Notas Finais


Sei lá, mas parece que algo vai sair dos eixos, não parece? 🤔

Desejo voltar em breve! Beijoooos!


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