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História " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - "- Parte 2 - Decimo sexto primeiro- capítulo -Ecos de amor


Escrita por: Talitataciana

Notas do Autor


Oi pessoal, mil desculpas por ter ficado tanto tempo ausente. Infelizmente, não passo por um bom momento familiar. Sabe quando a gente gosta de alguém e por causa da família, nós vemos separados de quem, gostamos? Pós é, infelizmente eu estou vivendo algo assim. E não sei o que fazer perante essa situação.

O mais engraçado é que eu sempre escrevo sobre o casal lutar pela felicidade e eu me vejo impotente sobre o que fazer com minha própria história. E frustrante. Eu espero conseguir passar por tal situação com sabedoria. E peço que orem por mim, pedindo a Deus para eu conseguir passar por tal situação, com a vitória. Em nome de Jesus, amem.

Deixo claro, que minha triste situação amorosa, não influencio no capitulo, okay? O capitulo já estava pronto, só esperando minha beta, revisar o capítulo e me envia. Algo que ela só pode fazer hoje, então é isso. Não tenho muito o que dizer sobre o capítulo. Vai ser a continuação do capítulo anterior.

E quem não entendeu qual sentido das últimas palavras de Lary, vão entender agora. Boa leitura e por favor, não me matem. Abraço e até o mais breve possível. Farei o meu melhor.
Capa linda feita por Say! Arrasando, como sempre. Muito obrigada, minha linda!

Capítulo 31 - "- Parte 2 - Decimo sexto primeiro- capítulo -Ecos de amor


Fanfic / Fanfiction " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - "- Parte 2 - Decimo sexto primeiro- capítulo -Ecos de amor

Lary esperou Hermione no corredor quase vazio e enquanto a jovem bruxa caminhava sorrindo, finalmente seus olhos castanhos que possuíam um brilho lindo se depararam com a garçonete que tanto lhe ajudou no momento que mais precisou, parada próxima a escadaria, que levava até a diretoria de Hogwarts. Ajeitou o cabelo e um pouco confusa, se aproximou ao notar que a garota a observava, atentamente sem sequer piscar os olhos incrivelmente verdes. 

— Lary? – a voz da grifinória era serena e continha uma certa alegria por reencontra-la.

O coração da garota de apenas 21 anos e que tinha que fazer algo horrível, desejava chorar e por confessar para a Granger, tudo que estava fazendo, contudo conseguiu segurar as lágrimas, enquanto fitava os olhos castanhos de Granger.

Parecia loucura, mas sentia algo muito bom, quando olhava para aquela menina, nos olhos. Tinha uma sensação de familiaridade, uma afinidade, um carinho enorme e uma segurança muito grande, que ela não conseguia explicar e compreender. Apenas sentia algo muito especial por aquela heroína de guerra.

— Olá, Hermione – a saudou, sorrindo fraco – Tudo bem? – perguntou cortês, enquanto olhava ao redor, notando que alguns estudantes que passavam, as olhavam com grande curiosidade.

— Eu estou bem, mas estou confusa, por que você está aqui? – perguntou direta, fazendo Lary sorrir por um momento. Era estranho demais encontrar aquela mesma garçonete, que a ajudou e de alguma forma a motivou em Hogwarts.

— Podemos conversar em algum lugar mais reservado? – perguntou, notando que começava a chamar ainda mais atenção dos alunos que passavam pelo corredor e também não desejava ter a conversa com Hermione, na frente de todos. 

— Humm, sim. É claro – aceitou a sugestão da jovem garçonete, ainda mais confusa e preocupada com o que estava acontecendo – Podemos ir para o meu dormitório, se quiser – finalizou, porém a mesma recusou a sugestão feita pela grifinória.

— Não é preciso. A diretora me cedeu sua sala, vamos? – a chamou, apontando para a escadaria, que as levaria para um lugar muito mais privado.

Granger sentiu um arrepio estranho subir por sua espinha, enquanto fitava a garçonete. E em silêncio, subiu com a jovem ao seu lado. Quando chegaram a sala, Hermione se sentou, sentido que seu coração batia forte sobre seu peito, se perguntando em pensamento, quem era essa jovem, afinal de contas e o que ela queria conversar consigo.

Lary não era apenas uma simples garçonete. Isso ela podia ver e afirmar agora, enquanto a mesma se sentava na cadeira da diretora e voltou os olhos verdes para ela, a olhando profundamente. Como se conseguisse ler sua alma inteira naquele momento. A sabe-tudo via nos olhos verdes, que ela estava ali pelo bem de alguém, mas pelo de quem? 

Se perguntou, até que a moça, que agora era naquele momento, uma total desconhecida, quebrou a quietude.

— Eu sei sobre sua viagem no tempo, Hermione – revelou fazendo a grifinória arregalar os olhos e prender a respiração.

— C-como? – perguntou, se sentindo tonta, enquanto apertava o acento da cadeira, como se ela fosse sua ancora e sua sanidade, diante da revelação. Sentia seu mundo girar e sua cabeça girar também, bem diante dos seus olhos. Estava tonta.

— Hermione eu preciso que você se recomponha e se mantenha sã – a voz estava próxima, e abrindo os olhos que estavam bastante pesados, Granger observou Lary bem próxima de si, a olhando com preocupação no olhar.

— Eu não entendo. Como você sabe sobre isso? – perguntou, com a voz franca, sentido sua testa suar rapidamente.

— Toda viagem no tempo, tem uma consequência, Hermione – esclareceu suspirando forte – E infelizmente sua estadia no futuro, modificou tudo – acrescentou, fechando os olhos com força, relembrando das palavras no papel mágico sobre; Anthony, Narcisa, o afastamento repentino e o isolamento do filho do casal, desde a volta de Hermione para seu tempo de origem.

A viagem veio cobrar por fim, por ela ter estado no futuro. Vendo o que não deveria ter visto. Vivendo, o que ainda não deveria ter vivido. Não enquanto, ela ainda era uma jovem de 17 anos, presa no futuro, vivendo tudo que só ela com 26 anos, deveria viver e modificar, conforme fosse sua vontade. Porque só, Hermione Malfoy de 26 anos, pertencia ao futuro. Pertencia a aquele tempo. E só ela tinha o poder de mudar o futuro.

— Qual é seu papel, nisto tudo, afinal? – perguntou se recuperando, bebendo um pouco da água com açúcar que Lary lhe deu.

— Vamos dizer que eu sou uma agente do tempo – brincou, sorrindo fraco, querendo quebrar a tensão do momento – Alguém que tinha que assistir o que você faria quando volta-se para seu tempo atual – esclareceu – E bom, as mudanças no passado não foram tão graves, mas no futuro, infelizmente sim – completou, voltando para cadeira da diretora, se sentando dando um tempo para Hermione assimilar tudo o que acontecia.

— O que aconteceu no futuro? – perguntou por fim, a olhando profundamente. Sentido seu coração aos poucos se partir no meio, conforme pensava no pior.

O papel mágico brilhou, atraindo a atenção da grifinória. Granger se aproximou e leu seu pequeno conteúdo. 

“Conte a ela” A sabe-tudo ergueu os olhos para Lary, que a olhou profundamente, ciente de que era uma pergunta muda.

— Ele é meu chefe – relevou, suspirando – Eu e ele viemos ao passado concertar ou ao menos tentar concertar as coisas – acrescentou – E eu nunca o vi. Apenas, ele dá as ordens e eu obedeço – completou, suspirando ainda mais forte.

— O que aconteceu no futuro? – perguntou, voltando ao assunto principal, com os olhos castanhos cheios de pânico.

— Narcisa está doente. Com uma doença, que não conseguem descobrir de maneira alguma – contou lentamente, observando Granger colocar a mão na boca em horror e temor.

— Tem mais coisa, não é? – perguntou, ciente de que ela ainda escondia alguma coisa. Algo importante.

— E o Anthony... – começou, mas a sabe-tudo deu um salto da cadeira com lágrimas nos olhos, interrompendo suas palavras.

— O que aconteceu com o meu garotinho? O que aconteceu com meu menino? – perguntou em pânico, segurando os ombros de Lary, enquanto chorava desesperada.

Seu já desperdiçado coração, murchou ainda mais. Algo aconteceu com seu menino. Seu Anthony.

— Ele está bem, por favor, se acalme – pediu segurando os pulsos da grifinória, a fazendo olha-la nos olhos – Ele está bem, mas ele está um pouco diferente – explicou, sentando a mesma na cadeira, tentando tranquiliza-la, mas quanto mais falava, mais desesperada Hermione ficava.

— Me conte tudo, não me esconda nada – exigiu e em total silêncio, ouviu Lary lhe explicar tudo que acontecia com Anthony.

O menininho começará a se isolar. Não era mais aquele menino feliz e que esbanjava simpatia. E também não desejava mais ficar muito próximo dos pais, que era ela mesma e Draco no futuro e se tornará rebelde e também não queria mais conviver com nada, relacionado ao mundo trouxa.

Abandonou o Basebol, a bicicleta e qualquer coisa relacionada ao mundo que sua mãe vivera.  Se recusava ir à escola e brincar com crianças inferiores a ele. Hermione sentiu um arrepio na espinha, com as últimas palavras do filho.

— Ele está renegando a sua herança trouxa – murmurou e a outra moça, apenas afirmou com a cabeça triste – O que eles estão tentando fazer? – perguntou sobre o que Draco e ela faziam em relação a isso, no futuro.

— Draco tentou se impor, perante a atitude de Anthony. Não quer que o filho se torne segundo, ele próprio, “Um idiota arrogante, como ele fora, um dia – explicou o ponto de vista do sonserino – E você – parou um momento, a olhando triste.

— Diga de uma vez – exigiu, tentando racionar direto, perante toda essa revelação.

Contudo, suas emoções começavam a tomar a frente da situação. Ela era muito racional, muito lógica, mas agora só o sentimento de mãe e esposa dominavam seu corpo e cérebro.

— Está arrasada com a atitude de Anthony. Você não consegue evitar sentir que ele está rejeitando você também – revelou, ficando longo em silêncio depois, deixando a sabe-tudo chorar tudo que estava no seu coração e tristeza.

— Ohh, Deus – murmurou, chorando ainda mais – Meu menino. Meu doce Anthony – abraçou o próprio corpo, tentando encontrar o apoio que precisava naquele momento – O que eu fiz com você, meu amor – se lamentou e se culpou, chorando ainda mais.

Lary a deixou lamentar. Sabia que Hermione precisava disso, mais do que nunca agora. E só quando ela se acalmou, esclareceu que encontrou apenas uma solução plausível para a situação de Anthony, naquele momento.

— O que eu tenho que fazer? – perguntou, a olhando com expectativa – Eu faço qualquer coisa – acrescentou, com firmeza.

— Você terá que se separar de Draco – revelou, observando os olhos castanhos perderem o brilho ainda mais.

— O-oque? – perguntou, não querendo acreditar das palavras ditas pela garota, sentido seu coração sendo literalmente arrancado do seu peito.

— Se você modificar um pouco mais o passado, como tem feito, pode ter consequências irrecuperáveis – explicou a situação a grifinória, que fechou os olhos com força.

— Isso só pode ser um pesadelo – murmurou, de olhos fechados e quando voltou a abri-los, Lary ainda estava ali, a olhando.

 – Um ano – explicou, atraindo a atenção da sabe-tudo para suas palavras – É só um ano, que eu lhe peço para que tudo volte ao normal, no futuro – implorou, segurando a mão da castanha, que a repeliu com força e raiva.

— Você quer que eu me separe do homem, que eu amo – gritou, ficando de pé, a olhando furiosamente – E ache isso normal? Você acha que vai ser fácil fazer isso? Me separar dele? – berrou, descontando sua raiva na garota a sua frente, que apenas a olhou em silêncio.

Não conseguia mais controlar seus sentimentos. Não agora, que sentia que iria perder Draco.

— Eu sei que não vai ser fácil. Para nenhum dos dois, mas é a única maneira, Hermione – afirmou, com a voz firme, a olhando nos olhos.

— Draco não vai aceitar ficar separado de mim por um ano – afirmou, conhecendo o namorado, como conhecia agora, antes de suspirar forte e colocar o rosto sobre as mãos, tentando assimilar tudo que acontecia neste exato momento.

Tudo mudou em menos de 24 horas. Era uma loucura sem tamanho. Mais agora conseguia explicar a sensação estranha que dominará seu coração por esses dias. Era uma alerta. Um sinal de que o perigo se aproximava mais rápido do que imaginava.

— Ele não pode saber – acrescentou, suspirando tristemente – Você terá que se separar dele e pronto – completou, fazendo a sabe-tudo olha-la chocada e descrente das suas palavras – Diga a ele, que não o ama mais. Invente qualquer coisa – aconselhou, se sentando ao lado dela, a olhando nos olhos, tentando lhe dar forças, contudo Hermione afastou sua tentativa de conforto.

— Pare de me olhar. Seu olhar me dá agonia – garantiu com a voz cheia de desprezo e fúria – Ele vai me odiar e jamais vai querer olhar na minha cara, de novo – afirmou já prevendo as reações do sonserino – Vou perde-lo – assegurou, temendo que isso acontecesse, de verdade.

— Ele não vai lhe odiar. Vai sentir raiva por algum tempo, mas não vai odiá-la – disse por fim, confiante dos sentimentos do loiro – Você precisa fazer isso, Hermione – completou – É pelo Anthony que você precisa fazer isso – completou, fazendo a jovem bruxa suspirar forte e fazendo lágrimas escorrerem por seus olhos.

— Isso é tão difícil – murmurou, abraçando o próprio corpo – E impossível de se fazer – completou, fechando os olhos com força.

— Vou lhe dá um tempo, okay? – disse se levantando – Amanhã, você entra em contato comigo e conversamos com mais calma – sugeriu, entregando seu endereço a jovem bruxa.

— Okay – conseguiu murmurar, pegando o papel, ciente de que não tinha escolha.

— Acredite ninguém está mais triste do que eu nessa história. Eu faria qualquer coisa para não precisar lhe pedir isso, mas não tenho escolha – completou, saindo e em silêncio, seguiu para fora de Hogwarts, ciente de que jogou um peso muito grande sobre, uma adolescente de somente de 18 anos.

 “Vai fica tudo bem” Eles vão conseguir passar por essa situação” o papel mágico escreveu e suspirando forte, Lary aparatou direto no seu apartamento.

(...)

Hermione se arrastava pelos corredores de Hogwarts, até seu dormitório, relembrando de cada palavra de Lary, que descobriu que não era garçonete coisa nenhuma e sim, uma moça vinda do futuro para tentar concertar a burrada que ela fará no futuro. E agora, infelizmente seu filho pagava pelos seus erros cometidos.

Seu doce e pequeno Anthony. A junção perfeita entre ela e Draco. A combinação estranha entre um leão e uma serpente. Entre um ambicioso sonserino e uma corajosa leoa. Uma leoa que faria qualquer coisa para dar um futuro feliz ao seu filho.

Quando chegou a sala do salão principal, seu coração se apertou ainda mais, enquanto observava o namorado deitado de costas, apenas de calção, no sofá grande, com um livro no chão, aberto. Se aproximou e pegou o livro, ao fecha-lo, viu que ele lia “Orgulho e Preconceito” Autoria trouxa. Ele estava mudando tanto por ela.

Querendo conhecer mais o mundo trouxa e ela compreendia que ele voltaria a desprezar seu mundo ainda mais, com o que ela tinha que fazer em relação ao relacionamento dos dois. Encostou o queixo na mão dele, o olhando profundamente, enquanto lágrimas voltavam ao seu rosto.

— Eu sinto muito – murmurou, chorando – Eu sinto muito, mas preciso fazer isso, Draco – lamentou, beijando a mão dele, com carinho e zelo – Você faria o mesmo se soubesse – acrescentou – E o nosso menino. Nosso filho – completou, tocando o rosto dele, delicadamente, memorizando a fisionomia do rosto do namorado.

Mesma face que voltaria a odiá-la e repudia-la de novo. Mesma face que voltaria a despreze-la, quando ela rompesse o namoro.

— Eu te amo tanto mais tanto, Draco – se declarou, baixinho – Você não faz ideia do que eu sou capaz de fazer por vocês, dois – completou, se referindo a Anthony também.

Draco se remexeu um pouco, e ela limpou as lágrimas dos olhos, não querendo que ele as visse se acorda-se naquele momento.

— Eu não posso viver com um e não ter o outro – afirmou, suspirando forte – Eu preciso ter os dois, para me sentir completa – garantiu, fechando os olhos com força, enquanto tentava controlar o choro, para não acorda-lo – Por favor, não me odei – pediu, beijando os lábios dele e se levantando, correu para o banheiro.

O sonserino abriu os olhos, olhando ao redor, procurando pelos sussurros baixos que começavam a desperta-lo, mas ao abrir os olhos, não viu nada fora do normal. Até que sentiu algo molhado na palma da sua mão. Ainda estava quente, mas ele sabia o que era. Era uma lágrima. A porta foi aberta e uma Hermione já trocada de roupa, apareceu no seu campo de visão. Sorrindo fraco, ela se aproximou, se deitando no peito dele, com uma mão no peito dele e outra na cintura, o abraçando forte. Ele estranhou tal reação, contudo nada falou e em silêncio, enquanto seus corações batiam apertados nos seus peitos. Ele sentia que tinha algo ruim, acontecendo.

(...)

O sonserino sabia que algo ruim estava acontecendo com Hermione, contudo todas as vezes que tentou perguntar sobre o que estava ocorrendo com ela, a mesma repelia o assunto, sempre inventando desculpas para não prosseguir com a conversa.

E de alguma forma, o sonserino não queria pagar para ver onde isso iria dar, afinal de contas. Não desejava esperar e ver até aonde esse afastamento inesperado da namorada iria chegar afinal. Além da recusa de contar o que estava ocorrendo, Hermione tinha olheiras embaixo dos olhos, como se não adormecesse direito a noite por pelo menos há alguns dias e as unhas, que antes eram muito bem cuidadas, se encontravam ruídas até o talo dos dedos.

Definitivamente algo estava acontecendo e Malfoy temia profundamente, que a namorada não confiasse inteiramente nele para compartilhar seus medos, suas incertezas consigo, afinal eles eram um casal, não eram? Juntos para qualquer coisa. Contudo, a grifinória trazia consigo algum segredo. Segredo que estava a destruindo, isso era evidente e claro para qualquer um, que a olha-se por algum momento.

— Cara, o que está acontecendo com nossa cunhada? – Blásio perguntou, enquanto ele, Theodore e o próprio Draco estudavam na biblioteca, ou melhor dizendo, o loiro tentava estudar.

Porque simplesmente não conseguia arrancar a preocupação com a namorada da cabeça, desde o momento que abria os olhos, pensamentos envolvendo a mesma, invadia sua mente.

— Eu não sei, Blásio. E quando tento conversar sobre o que está acontecendo, ela simplesmente foge do assunto – esclareceu, se escorando na cadeira, suspirando forte.

Hermione estava o deixando louco. Não louco do jeito que gostava ou como ela costumava deixa-lo. Estava louco de medo, louco de preocupação e louco de medo de não conseguir ajuda-la e principalmente de protege-la, de algo que ele sabia que estava a ferindo profundamente. 

— Talvez seja só preocupação com os estudos – Theodore tentou tranquilizar o amigo, mas via a angustia de Draco.

— Não é só isso – Malfoy comentou – Ela tem agido estranho até comigo – confessou, fechando os olhos com força.

— Pensei que estivesse tudo bem entre vocês, dois – o moreno comentou e Nott concordou com ele. Aparentemente, Draco e Hermione não demostravam insatisfação com o relacionamento em nenhum momento.

— Eu não sei explicar, mas algo mudou nela – continuou a afirmar que a namorada estava diferente.

— O que mudou exatamente, cara? – perguntou Theodore, atento como Blásio estava.

— O toque dela em mim, parece cheio de desespero. Quando me beija, parece querer me provar alguma coisa – esclareceu, suspirando, ainda mais forte dessa vez – E o olhar dela? É um olhar tão igual ao que ela sempre me dá, mas ao mesmo tempo tão diferente; e quase como se ela quisesse recordar cada parte do meu rosto – acrescentou – Como... Como se quisesse guardar como lembrança – tirou suas próprias conclusões, engolindo em seco, olhando para os amigos, com desespero.

Era isso. Hermione iria deixá-lo. A intenção dela era romper o relacionamento; seu coração parecia uma locomotiva dentro do seu peito e largando tudo em cima da mesa, saiu em disparado, para fora da biblioteca, correndo como nunca correu em sua vida. Precisava encontra-la e olha-la nos olhos e ouvir da boca dela, que não era essa sua intenção. Que ele estava pensando errado. Muito errado.

(...)

A encontrou ao lado da ruiva, vindo pelo corredor e parando alguns metros, a olhou fixamente, enquanto recuperava o fôlego perdido. Hermione parou de súbito seus passos ao encontrar o namorado, ofegante, enquanto a olhava profundamente.

Granger queria correr para os braços dele e dizer que estava tudo bem, mas ela sabia que não podia. O embate entre ela e Draco finalmente chegará. Ele entendeu seus sinais, interpretou suas ações e concluiu o motivo do seu afastamento. “Como sempre, muito esperto” com o pensamento, não pode deixar de lhe dar um sorriso triste. Esse era seu sonserino, afinal de tudo. Tão inteligente quanto ela.

— Temos que conversar, Hermione – a voz dele estava muito séria, mas ela conseguiu ver os sinais de medo no seu tom de voz.

O tempo de convívio com Draco, a fez conhece-lo muito bem.  Desvenda-lo, como um livro. Um livro extraordinário e que ela gostaria de ler e reler todos os dias pelo resto da sua vida.

— Não estou com tempo no momento, com licença – soou friamente, enquanto tentava passar por ele, mas conhecia o namorado o suficiente para saber, que ele não a deixaria ir.

E como pensado, ele segurou o pulso dela, a fazendo olha-lo nos olhos

— Você e eu vamos conversar, Granger – o sonserino disse firme, fazendo Hermione arregalar os olhos.

Desde o começo do namoro, Malfoy nunca mais lhe dirigiu a palavra assim, tão seco, com tanta raiva, como estava fazendo naquele momento. Hermione temeu o que vinha por ai. Mesmo sabendo o que estava prestes a acontecer era difícil, entretanto não podia voltar atrás, agora. Tinha alguém a proteger. Anthony e sua própria família.

E sem dizer mais nada, ele a puxou para dentro de uma sala vazia, a trancando com um feitiço e outro silencioso para evitar supostos espiões.  Quando se virou para olha-la, viu o quanto ela estava tensa.

— Deu para trancar as pessoas contra sua vontade, agora, Draco? – perguntou firme, cruzando os braços, tentando se manter irritada, mesmo por dentro, sentindo seu coração se quebrar a cada segundo, enquanto o olhava nos olhos.

— Preciso de repostas e não quero ninguém, nós olhando, Hermione, enquanto conversamos – voltou a chama-la por nome, demostrando que não queria brigar, apenas entender o que estava acontecendo com ela e principalmente com o relacionamento dos dois.

— Não quero conversar, quero sair daqui – disse por fim, passando por ele, tentando abrir a porta e neste exato momento, Draco segurou a maçaneta também, a olhando nos olhos.

— O que diabo está acontecendo com você, Hermione – exigiu saber de uma vez – Eu quero a verdade e quero agora. Cansei dessa palhaçada de bancar o namorado bonzinho e paciente – adicionou, ciente de que estava sendo paciente demais, algo que não era natural seu.

— Você nunca foi o bonzinho – retrucou, sendo fria, tentando afasta-lo de si. Malfoy estremeceu com as palavras duras da namorada.

— O que está acontecendo? – perguntou mais uma vez, tentando não ceder ao seu lado perverso mais uma vez, que gritava para se manifestar.

— Eu mudei, Malfoy – explicou desviando o olhar por um longo tempo, criando coragem para dar continuidade ao seu plano e lembrando de Anthony, finalmente conseguiu – Eu não quero mais continuar namorando você – disse firme, o olhando.

Draco soltou a maçaneta, se afastando, a olhando perplexo e chocado. Ele não conseguia acreditar nas palavras ditas pela namorada. Sua visão oscilou. Tudo se tornou vago e embaçado, enquanto seu cérebro repetia e repetia as palavras ditas por Hermione;

“Eu não quero mais continuar namorando você” “Eu não quero mais continuar namorando você” e junto com a voz dela, zumbidos, como se milhões de abelhas rodeassem sua cabeça, o deixando tonto e perturbado.

— O que? – perguntou com a voz fraca, se voltando para olha-la nos olhos – O que você disse, Granger – perguntou, segurando os ombros dela, a olhando, esperando que tudo, não passasse de uma brincadeira de mal gosto ou um pesadelo infernal. 

Os olhos cinzas, olhavam para a face da grifinória, e para os olhos castanhos avelãs com desespero.

— Eu disse que não quero mais continuar namorando você – pronunciou firme, tirando as mãos dele, de cima de si – Nosso relacionamento acabou, Malfoy – completou e esbarando nele, saiu com passos rápidos, tentando lutar contra as lágrimas.

E depois de algum tempo andando, começou a correr, porquê desejava fugir da dor que parecia persegui-la e tortura-la, a deixando tonta e sufocada. E correndo pelos corredores, deixou as lágrimas finalmente virem e quando deu por si, estava na torre de Astronomia. E

deixando-se arrastar pela parede até o chão, abraçou os próprios joelhos e chorou, gritou em plenos pulmões e pediu perdão ao namorado pela dor que estava causando a ele naquele momento.

Seu choro se intensificou ao lembrar do olhar sofrido do sonserino. Do medo e do desespero que vinham na voz dele.

— Me perdoe, Draco. Por favor, me perdoe, meu amor – completou e sobre a tarde fria de Hogwarts, Granger sentia seu coração finalmente quebrado ao meio. Algo muito pior do que do dia que teve que deixar Draco e Anthony no futuro.

(...)

Draco estava parado no mesmo lugar, olhando para um ponto fixo, enquanto as palavras da grifinória ainda ecoavam em sua cabeça ao mesmo tempo que o silêncio da sala, o perturbava. A solidão voltou e com ela, o abandono daquela que ele não queria viver sem.Puxava o ar com força, enquanto apoiava os braços de cada lado da mesa, com os punhos fechados, tentando se controlar. O autocontrole que sempre teve, simplesmente desparecerá por completo. Malfoy nunca imaginou que alguém o fizesse baixar a guarda, como fizera com ela. E agora se via perdido e sem direção.

E seu maldito coração se contorcia a cada batida, enquanto a mente relembrava as palavras dela. “Não quero continuar namorado você. Nosso relacionamento acabou, Malfoy”

Depois de no mínimo 30 minutos, conseguiu ter forças o suficiente para fingir que estava bem e seguiu para o dormitório que compartilhava com Granger. Ao adentrar o silêncio do lugar, o saudou e ainda na quietude seguiu para as escadarias. Quando chegou a porta do seu quarto e também ao dela, observou que o dela estava escuro e silencioso.

Deu um passo em direção a porta a sua frente, contudo recuou. Não tinha cabeça para conversar no momento. Só queria dormir e acordar desse pesadelo ainda tendo Hermione ao seu lado. Mas amanhã, ela não escaparia dele, não mesmo. 

Tirou a roupa, ficando só de calça, se jogou na cama, do lado direito, olhando para o lugar vazio. Lugar que Hermione sempre deitava, enquanto conversavam, antes de dormirem juntos. Observou mais uma vez, o silêncio do quarto, desejando ouvir a voz doce dela, enquanto lhe fazia perguntas e o som doce do riso da mesma, sempre que ele lhe contava algo engraçado, a fazendo rir.

— O que está acontecendo, Hermione – perguntou baixinho, colocando sua mão sobre o lugar vazio da cama, caindo no sono, rapidamente.

Hermione estava no quarto, abraçada ao travesseiro, que tinha o cheiro do sonserino, deixando as lágrimas escorrem por seus olhos. Ouviu os passos dele e pediu em pensamento para que ele não tenta-se falar com ela, naquele momento.

Não conseguiria manter a farsa de que não o amava mais, se o olha-se nos olhos. Se visse seu próprio sofrimento refletido nos olhos cinzas de Draco. Queria estar com ele. Conversando com ele, como sempre faziam antes de dormirem, contudo se encontrava sozinha naquela cama, sentido falta da respiração do loiro, do cheiro, do abraço e da voz rouca e doce que ele mantinha só para ela.

— Sinto sua falta, amor – disse baixando, olhando para o lado esquerdo da sua cama, colocando sua mão no colchão, como se pudesse senti-lo bem ali, consigo.

E em meio as lágrimas, Granger e Malfoy sentiam seus corações quebrados. Literalmente. Eram ecos de amor. 


Notas Finais


Me contam tudo o que acharam do capitulo. Estou bastante ansiosa. Sugestões, criticas, elogios, observações. Fiquem a vontade. Abraço.


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