História O Garoto a Lua - ° A Décima EscriTurλ °

° A Décima EscriTurλ °

|Alone…|

Mais um dia se passou e eu acordei novamente com o balançar de meu corpo causada pela força envolvida nas pequenas mãos do meu irmãozinho.  Ele estava aflito, parece que, mesmo ainda cedo, havia acontecido algo.  Logicamente, eu estava meio lerdo ainda e não entendia a situação, que a propósito, não parecia boa.

-Acorda! Acorda! Kal!! -Dizia meu irmão totalmente dezesperado e aflito.
-Hey! Hey! Acordei, relaxa. Por que o dezespero logo cedo? -Perguntei um pouco irritado mas com leve sonoléncia na voz.
-Alguém ligou e disse uma coisa. Era pra você. -Falou Harry ainda aflito.
-Quem ligou? -Perguntei ainda meio lento pra raciocinar.
-Nossa, você é lerdo. Principalmente quando levanta. Eu disse "alguém" misera, ou seja, NÃO SEI QUEM É! -Ele respondeu alterando a voz.
-Nossa digo eu, que ignorância muleke. Tpm é? -Debochei. -Sai de cima de mim! Quero vê oque "que ta pegando". -Ordenei.

Harry se levantou e me permitiu a passagem, desci as escadas quase caindo por causa do sono e vi minha tia. Meu coração doeu, senti uma sensação ruim, e para ajudar, minha tia estava chorando.

-Tia? Tia? Não chora.. princesas não deviam chorar… -Eu falei compreensivo, levantando o rosto dela pelo queixo que estava coberto por lágrimas. Minha Tia gaguejava de tanto chorar e os soluços acompanhavam seus gaguejos. Até que supliquei novamente.
-Tia? O que foi que houve? Harry me disse sobre uma ligação. -Insisti, ainda segurando ela pelo queixo que continuava voltado em lágrimas.
 
Minha Tia abriou a boca para me responder, quando o som contínuo de telefone a interrompeu.
Eu me movi rapidamente e peguei o telefone na mesa antes dela, que a mesma tentou pega-lo antes de mim, senti como se ela não quizesse que eu pegasse o telefone.

-Alô? -Eu disse no telefone.
-Carline? -Perguntou a voz no telefone, aparentemente, masculina.
-Não, Kaleb. Quem é? -Neguei.
-Não sabe quem sou? -Perguntou a voz.
-Não, por favor, quem é? -Neguei e insisti novamente.
-Bom, muito bom… -Respondeu a voz que depois deste comentário, desligou o telefone.

Olhei fixamente para minha Tia que desviou o olhar. Após ver isso, me pronunciei. "Sinto um sentimento de culpa vindo de você."
Uma lágrima caiu dos olhos dela novamente. Senti de novo aquela sensação ruim. Olhei nos olhos da minha tia novamente, e perguntei.

  -Tia, quem era? -A mesma não respondeu. Fiquei no vaco, com um silêncio recheado de tensão. -Não vai me responder mesmo? -Insiti, e ela também.

Lógico que fiquei com um pouco de raiva, minha tia nem olhava na minha cara. Ela ficou cabisbaixa e eu com muita raiva por dentro. "Ok, faça como quiser." Eu falei.
Ao me virar para a escada, vi Harry observando a conversa. Eu as subi batendo o pé de raiva. Entrei em meu quarto e peguei minha mochila. Taquei la dentro dois pares de roupa e meu conjunto que eu chamava de "ferramentas de um poeta" (na verdade, era somente lápis, borracha, uma pena , tinta e papéis onde eu escrevia minhas escrituras e poemas).

Harry adentrou ao nosso quarto novamente e me viu. Devido nossa convivência de quase um mês morando juntos, ele ja sabia que eu estava, como ele dizia, "bolado".

-Aonde vai? -Ele perguntou.
-Pra casa. -Eu respondi seco.
-Mas, aqui é a nossa casa. -Disse Harry questionando.
-A sua. A minha é em outro lugar. -O corrigi novamente com secura nas palavras.
-Pensei que irmãos morassem juntos… -Ele disse cabisbaixo. Me virei para ele após esse comentário e vi que uma lágrima escorria de seus belos globos oculares. 
Franzi minhas mão entre seus fios de cabelo e disse:

-Quem disse que vou te abandonar?
-Não disse, mas, é o que suas atitudes estão mostrando. -Ele respondeu.

Essa resposta me atingiu como um tiro na testa. Fiquei sem respostas.

-Era uma vez um menino, num caminho sombrio, completamente perdido, inutilmente sozinho, com uma dor nele contido.
Era uma vez um garoto, num mundo louco, completamente esposto, inutilmente sem reforço, com um coração oco.
Era uma vez um muleke e uma proposta, de viver sozinho e sem guarda-costas , com um objetivo, o sentido de uma resposta -Eu disse.
-Não entendi. -Disse Harry com a mão no queixo.
-Não entenda, sinta. -Falei.
-Como assim? -Ele perguntou novamemte.
-Me responda, qual destes três pequenos sofredores sou eu, e qual e você? -Perguntei.
-Hmmm… não sei. -Ele adimitiu.

Eu sorri de canto de boca, puz minha mochila nas costas e sai andando. Na porta do quarto falei cabisbaixo. "Você só vai poder voltar a me acompanhar, quando isso, entender.. e me responder."

Harry sorriu e aceitou. O garoto me conhecia mesmo. Sai de casa e minha Tia não impediu, ela sabia o que eu precisava fazer.

Sai e segui em frente, eu precisava descobrir a verdade. Eu segui em meu caminho, virado pra frente,  encanrando o destino.
Até que vejo um bilhete na porta.

"Me encontre em casa onde la eu te espero, não demore. Tenha força e implore, um poeta forte eu quero…"
                             Ass: A voz.

Estava escrito. A casa era a minha, que no bilhete dizia. Me espantei mas aceitei, e até o destinatário caminhei.
No começo disto tudo, laaaaaa no começo, eu disse a você que está lendo, que eu tinha uma mãe e um pai. Minhas intuição dizia que isso tem haver com ele. Sendo sim ou não, eu tenho que descobrir.

CønTinuλ…

(Na vida existe vários pequenos e sofredores que de nós não entendem,  as vezes julgamos quem está a nossa volta, por não entenderem o que sentimos toda hora, mas então pare, e escute esta proposta, como alguém pode a toda hora lhe entender, sendo que as perguntas que você faz a si mesmo, nem você sabes a resposta?
A vida contém varias pessoas,  algumas fortes, outras também, mas que contém mais medo. Não julgue,  entenda. Você também sofre, eles não entendem nem á eles,  ainda mais a nós mesmos. 
Não seja ignorante, da solidão temos que nos precavir. Pense nos outros, deixe de lado as magoas, pare de olhar somente para ti.…)

°RλiKø Tyz₤i…°