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História ?!. (Ziam Mayne) - Nineteen


Escrita por: LarrysBundas

Notas do Autor


Aviso: estou postando pelo celular, então irei responder o comentários do passado, outro dia...

Aviso 2: ainda não acabou.

Aviso 3: eu estou me sentindo estranha com tudo isso...

E espero que gostem.....

Capítulo 19 - Nineteen


Fanfic / Fanfiction ?!. (Ziam Mayne) - Nineteen

 

Uma semana depois.

Apartamento de Niall.

06hrs30 a.m.

Horan chorava. Chorava como chorava desde aquele bendito almoço onde ele viu de frente o caos que a morte de Liam traria. Chorava e não entendia o motivo de a cada minuto seu desespero aumentar, já que de acordo com o que dizem, chorar é bom e alivia. Mas Niall não se sentia aliviado, ele se sentia sufocado, preso em uma bolha com o oxigênio acabando, sentia-se vendo Liam morrer bem em sua frente e não podendo fazer nada por estar preso nessa bendita bolha, e essa bolha era o próprio Liam, seu amigo. Niall se sentia assim, preso, mas não fisicamente, ele se sentia preso por uma chantagem vinda do mesmo amigo, o amigo que o prendia. E ele também não entendia o motivo de cada lágrima que corria por seu rosto o trazer a dor de punhaladas no peito. Seu choro não aliviava, seu choro o fazia sentir ainda mais dor. Sentia isso porque chorava a morte do amigo ainda vivo. Sofria por antecipação, Niall era a típica pessoa que sofria por amar demais, e por mais lindo que fosse, isso era ruim, principalmente porque Liam ainda estava vivo, e o amando assim como ele o amava.

Niall estava de luto de um cadáver vivo.

Niall estava no sofá, não queria estar ali, queria estar se distraindo no trabalho, mas até nisso o universo parecia querer que ele se desse mal, já que seu chefe o dispensou a quatro dias alegando que ele não estava em condições físicas e psicológicas para defender alguém em um julgamento. E ele tinha razão, principalmente depois que Horan teve uma crise de choro no meio de um. E por isso ele estava em casa a quatro dias seguidos, sem pôr a cara para fora de seu apartamento, sem dar sinal de vida a ninguém. Poderia ser maravilhoso ficar em casa sem trabalhar, sem ter obrigações, mas para uma pessoa que estava prestes a enterrar o amigo, isso era horrível. E como prova do quão aquilo era ruim, os olhos inchados e vermelhos dele mostravam, eram a prova de que pensar, sozinhos em um apartamento sobre a morte do amigo vivo era péssimo.

Os mesmos olhos vermelhos e inchados mais pareciam projetores que onde quer que focassem, mostravam momentos felizes que ele passara ao lado do amido e de Zayn. E ele sabia, aqueles momentos não se repetiriam nunca mais, nem com Liam, nem com Zayn já que Malik jamais voltaria a ser o mesmo depois que Liam se fosse, Niall até duvidava que ele permaneceria vivo depois disso. E Liam parecia não se importar com isso, parecia não se preocupar com Zayn, com Niall nem consigo mesmo, parecia consolado com sua morte, estava indo deitar-se em um caixão por livre e espontânea vontade. Payne já tinha desistido da própria vida como se a doença fosse uma escolha sua em morrer, como se ele um certo dia acordasse, olhasse para o loiro e disse que queria fazer eutanásia pelo simples fato de querer morrer.

Liam estranhamente parecia querer morrer.

O envelope que ele olhava e que sabia o que tinha dentro estava do mesmo jeito que ele encontrara quando chegara na manhã depois do almoço. Tinha medo de tocar naquilo, tinha medo de ver o que Liam tinha posto ali, tinha medo porque era covarde em ler o testamento do amigo que ele mesmo escreveu. Tinha medo e não queria que Liam morresse, não queria sofrer pela morte de Liam e não queria ter que ver Zayn morrendo em vida por Liam ter morrido.

Horan agora chorava ainda mais, seus soluços sendo a melodia do apartamento inteiro, e tudo parecia ser culpa daquele envelope marrom. Ele parecia ser o algoz do choro do loiro. E era. Aquele envelope parecia gritar tão alto quanto seus soluços, a todo o momento que Liam morreria ele querendo ou não.

- VI-VID-DA D-DE ME-ERDA...

Ele levantou do sofá e enxugou o rosto, coisa que não adiantou muito já que novas lágrimas voltaram a escorrer por ali o fazendo sentir novas punhaladas no peito, o que o fazia gritar ainda mais na tentativa de fazer Deus o escutar, a atender duas preces, para que aquela dor sumisse. Mas tão alto quanto seus gritos de desespero e medo misturados com soluços e tosse fora seu celular tocando talvez pela trigésima vez naquele dia que mal começara, não fora Deus, fora o celular. E por ser o celular tocando e não Deus dizendo que atenderia suas preces, ele faria o que fez todas as outras vezes que o celular tocara: nada. Ele na verdade nem chegara perto do aparelho, tudo por medo: medo de atender e ser Zayn o nome brilhando na tela; medo de atender e ao invés de escutar um "alô", receber um choro de desespero de Malik; medo de escuta-lo tentar dizer algo e não conseguir por estar se afogando no seu próprio desespero; medo de depois que ele conseguisse parar de chorar ele conseguisse dizer algo e esse algo ser um simples e curto "O Liam morreu".

Ele não atenderia.

Ele não estava preparado para aquilo, e duvidava que um dia estaria.

Deixou o aparelho tocando e foi para seu quarto, apagou as luzes e se jogou na cama, tentaria dormir, tentaria acabar com o cansaço que se acumulava a dias, mas principalmente tentaria apagar, esquecer ao menos por algumas horas que Liam estava morrendo.

Fechou os olhos e respirou fundo e em meio a isso começou a rezar. Começou a pedir a Deus um milagre, pedia outra vez que Liam ficasse curado, pedia a Deus que ele tivesse piedade de si, porque sabia, sabia que se Liam morresse, ele não teria que lhe dar só com um enterro, ele teria que lhe dar com dois. Pedia a Deus misericórdia e compaixão. E enquanto pedia a Deus a cura de seu amigo, acabou dormindo, recebendo o tão merecido descanso, a paz que buscava.

Deus não o escutava, não o escutava porque as preces de Liam em morrer logo eram mais altas do que as suas para ele ficar curado.

Seu celular tocou mais duas... Cinco... Oito vezes e a cada uma delas, Will ficava mais aflito, mais paranoico e mais qualquer coisa que indicasse desespero.

Niall não o dava notícias a nove dias.

Ele entendia que não eram assim tão próximos, mas desde que se conheceram se falavam todos os dias, e mesmo se não, Will faria tudo para que Niall o mandasse ao menos uma mensagem pedindo para ele parar de mandar mensagens, já que era impossível ficar longe de Niall, era impossível não escutar a voz do homem que ele conhecera no pub, o mesmo homem que ficava lindo de meias e terno amassado, o mesmo homem por quem Will estava apaixonado e que na sua opinião era o homem mais bonito do mundo.

E foi por estar apaixonado que ele tomou a decisão de ir atrás de Horan, decidiu ir até o apartamento dele já que sabia onde era e em que andar era, ele iria mesmo sabendo que corria o risco de ser expulso e de nunca mais ver Niall, de meias, sem meias ou de qualquer outra forma. E isso era o que Will menos queria.

- Ôh.... Davi? – Will levantou de seu beliche e cutucou o parceiro de quarto que o olhou como se dissesse "cara eu tô jogando" – Não me.... Merda... Não me olha assim – Will vestia uma camisa o mais rápido que conseguia enquanto outra vez tentava ligar para Niall, e o palavrão foi consequência do aparelho cair de sua mão enquanto isso - Se tiver algum treinamento surpresa, ou qualquer outra coisa hoje, diga ao capitão que eu tive um problema pessoal e que precisei sair. Se ele quiser me punir, diga que eu aceito, mas só depois que eu resolver isso.

- Nossa Gorski, até parece que você está indo atrás da Megan Fox... – sim, não sabiam que Will era gay, afinal, mesmo as coisas estando bem melhores no quesito aceitação, ele tinha medo de ser tratado com indiferença por sua sexualidade.

- Vai por mim, a pessoa é bem mais bonita que a Megan Fox...

- Porra cara, ou tu é muito sortudo ou eu sou muito azarado... Eu sou tão bonito e você é tão feio, mas mesmo assim só pega gostosa... Divide porra – o homem rolou os olhos e concordou antes que Will pulasse em seu pescoço e o fizesse falar que o encobriria – Vai, eu digo qualquer coisa.

- Obrigado Davi.

- isso vai te custar um chopp.

- Ótimo – e assim Will saiu do quarto do alojamento sem dizer mais nada e escutando a caixa postal de Niall.

"Devo estar ocupado ou dormindo, então faça o que sabe"...

Ele pegou um táxi e disse o endereço ao motorista que disse que não demoraria muito, e isso de certa forma o deixou um pouco menos histérico.

Enquanto ainda tentava ligar para Niall, em sua cabeça mil e trezentas coisas se passavam de uma só vez, tudo envolvendo Niall; Nall sequestrado; Niall sequestrado no apartamento; Niall com raiva de algo que ele possa ter dito ou feito; Niall em um hospital; Niall isso, Niall aquilo...

- Senhor, chegamos – Will imediatamente puxou o dinheiro do bolso e deu ao homem saindo do táxi logo depois e indo direto ao interfone.

- Bom dia, eu sou um amigo de um morador, Niall Horan. Eu queria falar com ele, o senhor poderia liberar minha entrada? – ele praticamente implorava mentalmente para que o portão se abrisse.

- Qual seu nome, por favor?

- Will Gorski...

- Okay, pode entrar – ele achou estranho o homem perguntar seu nome, mas como ver se Niall estava bem era sua prioridade, ele só abriu o portão e entrou.

Passou pela portaria e foi direto para o elevador apertando o botão do sétimo andar. Quando as portas se abriram ele tratou lodo de sair e caminhar em passos rápidos até o apartamento de número quarenta e cinco. Estava ainda a alguns passos de lá quando já via que a porta estava aberta o que fez seu desespero aumentar ainda mais.

Ele mais que depressa correu até lá e entrou no apartamento sem nem perceber que aquela era sua primeira vez ali.

- Niall? – o apartamento estava escuro por todos as janelas estarem cobertas por grossas cortinas e por todas as luzes estarem apagadas. Mais parecia que aquele apartamento estava abandonado o que o fez sentir um arrepio ruim correr por todo seu corpo – NIALL? – e novamente nenhuma resposta. E foi aí que ele começou a caminhar até um curto corredor. Viu uma porta e sem bater ou dizer algo, ele entrou e por estar escuro, ele não viu nada. O quarto estava quase congelando e em meio ao desespero e o quase congelamento ele achou o interruptor. Quando as luzes se ascenderam ele não soube se sentiu alivio ou medo. Niall estava deitado no colchão todo encolhido e com no mínimo três edredons ao seu redor, seu rosto parecia abatido e ele estava magro mesmo que o rosto fosse a única parte descoberta do seu corpo. Will depois do choque inicial se aproximou da cama e só suspirou aliviado quando viu que Niall só dormia.

O homem quase desabou em lágrimas, não queria nem imaginar o que poderia ter acontecido com Niall, não queria nem pensar em como poderia ter encontrado Niall. Mas esse momento de alívio durou pouco, não por escolha, já que de repente Niall, seu loiro das meias, começou a se mexer, parecia estar se sentindo preso, sem ar, seu corpo se curvava e ele balbuciava coisas desconexas, e tão rápido quanto tudo aquilo começou, Niall começou a chorar tanto quanto gritava.

- L-LIA... ACOR...

- Niall – Will depois que voltou para seu corpo depois demais um choque, segurou os ombros de Niall tentando o acordar e tentar evitar que ele o batesse ou se machucasse.

- N-NÃ...

- NIALL – o loiro imediatamente abriu os olhos e só não sentou com o susto por Will ainda estar o segurando. Seus olhos inundados de lágrimas e seu coração disparado ao máximo. Will estava ali.

- E-ele está morrendo – e foi o que Niall disse antes de simplesmente puxar Will e o abraçar voltando ao choro compulsivo.

Ficaram daquele jeito por quase uma hora, hora essa que Niall chorava, abraçava Will, dizia que estava tudo bem, voltava a chorar e por fim explicou o que estava acontecendo.

Gorski já deitado ao lado de Niall e o abraçando só tinha a opção de dizer que ficaria tudo bem, que tudo uma hora iria passar e é claro, tentava não mostrar sua perplexidade depois que Niall disse que Liam estava doente e que estava prestes a morrer.

- Está melhor? – Niall concordou com um balançar de cabeça que Will só soube porque o loiro estava com o rosto encostado em seu peitoral.

- Estou, e agora analisando a situação a pergunta que não quer calar é: como você entrou aqui? – a voz de Niall estava baixa e fanha pelo choro, nada que a deixasse feia na singela opinião de Will Gorski o apaixonado por Niall Horan.

- A porta estava aberta, e eu entrei como qualquer pessoa no mundo poderia entrar aqui. E eu vir porque você simplesmente sumiu, e eu sou policial, policiais são malucos quando uma pessoa some – Niall outra vez concordou.

- Desculpa, eu realmente estava desligado, eu estava me remoendo, isso estava me destruindo – Horan já melancólico olhou para Will e viu que o homem estava realmente ali, o ajudando e mesmo não sabendo, o ajudando a ficar vivo, como se só Will o mantivesse na terra, naquele plano.

- Eu estou aqui agora Horan, eu vou te ajudar com isso, você querendo ou não – e Will sorriu, um sorriso tão bonito e verdadeiro que fez Niall sorrir junto, o primeiro sorriso verdadeiro do loiro em dias. E ele não sabia se era pelo sorriso que ele se sentia melhor ou se era pelo simples fato de Will estar ali – E a primeira coisa que eu vou fazer por você é te levar no lançamento do livro dele e a segunda é claro fazer vocês fazerem as pazes – Horan concordou, não tinha como negar aquilo porque no fundo era isso que ele faria se Will fosse ou não ali – E ahhh... Vamos levantar, você vai tomar banho, vai tirar essa barba e vai sair comigo para comer alguma coisa, de preferência algo que te faça ganhar de volta o peso que você perdeu desde a última vez que eu te vi.

- Claro que sim senhor policial – Niall em um ato espontâneo levou uma de suas mãos ao rosto de Will e o puxou um pouco mais para perto do seu - E obrigado por vir mesmo eu não pedindo – a cada letra pronunciada por Niall, sua voz ia ficando mais baixa e seu rosto aproximava um pouco mais do de Will que depois que o loiro terminou de falar mal teve tempo de entender o que ele disse e sentiu os lábios do outro nos seus, o que o fez imediatamente esquecer-se de tudo até de seu próprio nome. E era isso, Niall estava deixando de fugir do que sentia por Will, permitiria que o homem fosse o facho de luz que o deixava feliz em meio a tudo aquilo que estava passando com Liam, deixaria Will ser seu protetor e deixaria de  fingir, assumiria que queria também cuidar do homem. Horan estava sim, apaixonado por Gorski e toda essa paixão só não era reciproca porque Will o amava de todas as formas que fosse possível amar uma pessoa.

Horan separou os lábios e levantou da cama indo para o banheiro ciente de que não precisava dizer nada e mais ciente ainda de que Will não teria capacidade de dizer nada depois do beijo. E era verdade, Will mal conseguir ter certeza de que tinha beijado Niall, seu Niall e que aquilo não tinha sido mais um sonho.

Por alguns minutos, para ser exata, o tempo do longo banho, ele não pensou sobre o amigo. Talvez sua mente agora um pouco mais leve o permitia pensar apenas sobre o beijo que dera no homem que estava no seu quarto, pensar um pouco em si e não em Liam. E não, isso não era ser egoísta ou desumano, isso era a vida. Mas mesmo que pensasse só em si e em Will e a possível futura relação que surgiria depois do beijo, ele ainda sofria, sofria por Liam, por Zayn e por si.

Quando saiu do banheiro enrolado apenas com uma toalha, não encontrou Will na cama e ficou um pouco menos preocupado em trocar de roupa. Não vestiu seu habitual terno, pegou a roupa mais casual que encontrou e a vestiu, fez questão de passar o perfume mais cheiroso que tinha e quando saiu do quarto deu de cara com Will sentado no sofá, os cotovelos encostados nas coxas e os dedos no cabelo curto, parecia ainda em choque e seus olhos fixos no tapete diziam aquilo. Horan apenas pigarreou e Will o olhou, os azuis tão diferente e iguais dos olhos se encontraram e imediatamente os dois sorriram, e novamente não foi preciso dizer nada para que se entendessem e concordassem em algo. Gorski levantou do sofá enquanto Niall já ia para a aporta e quando saíram do apartamento e ele trancou a porta, as mãos se tocaram e como se fosse uma coisa corriqueira, se fizessem aquilo diariamente, eles entrelaçaram seus dedos e foram para o elevador com sorrisinhos satisfeitos nos lábios.

Niall sabia, sabia que por mais que naquele momento ele estivesse melhor, toda sua maré de boas coisas iria se transformar em ondas destruidoras durante a noite, durante sua conversa com Liam, durante o lançamento do livro, afinal, Liam era Liam.

E ele rezava, rezava para que seu sonho fosse apenas sonho e não virasse realidade.

 

Apartamento de Liam e Zayn.

11hrs45 a.m

Liam até parecia um egoísta, desagradecido e um homem que não liga a mínima para o que conquistou, afinal, deveria estar feliz por aquele dia ser aquele dia, por estar dormindo em um apartamento bonito, em uma cama quentinha e com o cheiro de Zayn por todas as partes, e é claro por Zayn estar ao seu lado, por aquele dia ser o lançamento do seu livro na galeria do seu namorado, mas Liam não estava feliz. Talvez fosse o momento, aquele momento em que seu namorado estava ainda com a respiração descompassada, completamente nu e suado por terem acabado de fazer amor, ou Liam realmente não estava e nem queria ficar feliz com tudo aquilo. Ele sabia que poderia parecer injusto na visão de outra pessoa, e ele sabia, que se ele fosse quem observava aquilo, acharia injusto, mas ele estava vivendo, e por estar vivendo, ele não sentia que era injustiça sua, ele na verdade se sentia injustiçado com tudo, com a vida, com seu corpo cancerígeno e com Zayn ao seu lado. Liam se sentia morto e se pudesse voltar no tempo, teria desistido de ter qualquer tipo de relação com Zayn, afinal, se não fosse isso, morrer ainda seria sua melhor opção, e naquele momento, Liam não queria mais morrer, mas sabia que morreria.

E isso era ainda mais injusto porque ter Zayn nos seus braços foi tudo o que Liam mais desejou durante toda sua vida vivida até ali.

E se como só a doença não fosse ruim o suficiente, ele se sentia ainda mais morto por Niall ter sumido de sua vida como se ele não se importasse, como se só fossem colegas de trabalho que só se falavam por obrigação e fingiam nem se conhecer quando se encontravam em outro lugar fora dali. E por mais animador que parecesse ser lançar um livro e por mais prazeroso que fosse ter acabado de fazer amor com o amor de sua vida, ter um amigo de anos não querendo escutar sua voz era desanimador e piorava ainda mais a situação de falta de felicidade de Liam. Contudo, Payne sabia que a culpa de Niall não quer vê-lo era toda sua, unicamente sua, de sua falta de fé em tudo, de sua incredulidade em uma possível cura e principalmente por sua falta de consideração pelos sentimentos do pobre loiro que teve que aguentar aquilo sozinho.

Niall tinha toda razão do mundo em não estar falando consigo desde aquele almoço.

Zayn que recuperava o fôlego abraçado ao seu tão amado namorado de anos, sabia do tal afastamento de Niall e Liam, e por mais que ele falasse que era só uma briguinha besta, ele via que Liam estava sentindo aquilo como se fosse uma briga de casal, como se fossem um casal de anos que estava passando por um momento ruim e que estava correndo o risco de se divorciarem. E por vezes, por mais infantil que possa parecer, Zayn se sentia o amante de Liam, o amante com quem ele transava para aliviar a pressão desse casamento e que no final de tudo, saía do quarto e o deixava ali sozinho. Claro que isso tudo na mente ciumenta e psicótica por Liam de Zayn Malik, que sabia que não era bem assim e que Liam só ficara daquele jeito porque Niall era agora, seu único amigo, amigo de verdade, e além disso Zayn sabia que não podia gritar por atenção, exigir unicidade sendo que deixaria Liam ainda pior do que já estava, e ele via que Liam não estava bem.

E Zayn nem podia se sentir assim tão injustiçado com Liam e Niall, já que ele mesmo estava passando por um momento difícil em relação a amizades, certo que em uma escala bem menor do que a de Liam e Niall. E por mais que fosse com Louis Tomlinson seu problema, tinha um certo menino de lindos olhos verdes que controlava tudo com um simples suspiro e um olhar feio para Tomlinon que estava ao seu lado e por isso, as coisas estavam mais leves do que para seu namorado. Porque sim, Tomlinson estava com ressentimentos, raiva de Zayn ter feito aquilo, ter o expulsado e gritado consigo e com Harry. E graças a Deus que Styles estava ali e aceitou de bom grado e de primeira o pedido de perdão de Malik, o que o deixou mais aliviado. Já com Louis as coisas foram um pouco mais difíceis, mas ele o desculpou, não perdoou – graças a um "Lou, ele estava nervoso, não foi porque ele quis", e esse desculpou significava que Louis mal falava com Zayn e quando falava era monossilábico, mas falava e isso já era um começo.

Zayn era ciente de que Louis tinha toda razão em estar magoado consigo, até ele mesmo estava, mas agradecia por ele ter o desculpado e por Harry ter o entendido e o perdoado.

- Lih? – Zayn chamou a atenção do Liam apertando um pouco mais seu braço direito na cintura do outro que estava tão magro, tão pálido e tão distante que Malik se sentia sozinho mesmo o tendo ali no alcance de suas mãos.

- Hmmm...?

- Eu tenho certeza de que ele vai aparecer lá hoje – sorriu a Liam que o olha com lamuriantes e sem brilho, olhos castanhos.

- Não sei, acho que não, ele não vai querer estar lá, não depois de tudo – Payne virou de lado e abraçou Zayn, tão forte que Malik podia sentir a dor do outro em cada músculo, Liam parecia radiar dor – Apesar de que ele talvez ficasse feliz depois que eu dissesse uma coisa – ele colou seus lábios na testa de Zayn que fechou os olhos já sentindo vontade de dormir.

- Que coisa?

- Você vai saber mais tarde...

- Okay – Zayn poderia reclama por Liam estar o fazendo ficar curioso, mas ele estava tão cansado que não reclamaria.

- Oh meu Deus, você não vai me pressionar para falar? – Zayn apenas negou – Por Deus, isso é um milagre – e repentinamente Liam sentiu o peito se encher de amor e toda tristeza de antes pareceu se esvair. Seu corpo era 100% amor por Zayn e aquilo era tão maravilhoso que até seu câncer pareceu ser o menor dos problemas do mundo.

- Lih, eu não te entendo, quando eu pergunto você não responde, quando eu não pergunto você quer que eu pergunte? Olha você é mais instável que o Louis.

- Sem comparações com aquele anão de jardim.

- Lihhh... – Payne sorriu baixinho vendo que Zayn já estava quase dormindo, mas mesmo assim queria levar aquela conversa adiante, era o tipo de coisa que só Zayn Malik faria – V...

- Você ganhou amor, o Louis é legal. Agora dorme que vai ser uma longa noite, fotógrafos, fãs, perguntas, livros até perder de vista e provavelmente você e eu em um púlpito... 

- Por quê?

- Dorme...

Zayn não perguntou novamente e se rendeu ao cansaço não muito depois de dizer que amava Liam e de receber um 'eu te amo, amor" de volta e um beijo.

E por mais cansado que Liam estivesse, ele continuou acordado, não conseguia dormir nem se estivesse acordado por dias. E depois de meia hora com Zayn na cama, ele levantou, tomou banho e foi para a sala. Não demorou para a campainha tocar e ele pegar um embrulho de um entregador enviado pela editora. Era o presente de Zayn.

Liam ficou olhando para aquele embrulho por quase cinco minutos até ter coragem de abri-lo. E quando o fez, sentiu o coração acelerar. Ali estava ".", e Zayn seria a primeira pessoa a tê-lo, e por mais que ele não tenha lido "?", por dizer que ele só leria quando "." fosse lançado, Liam fez questão de dá-lo, afinal, aquele livro era para Zayn, inteiro, do começo ao fim, da interrogação ao ponto final. E além disso, Zayn ficaria orgulhoso em ser a primeira pessoa no mundo a ter os três livros, já que a algumas semanas atrás ele comprou "!", e é claro ganhou dedicatória especial que foi parar no Instagram e como sempre, rendeu um dia inteiro de brigas entre as fãs, de fofocas nos sites e de um grande e lindo sorriso no rosto de Zayn.

Payne que agora sorria feito bobo pegou uma caneta e se pôs a fazer a primeira dedicatória do dia.

"Você é o primeiro, não só o primeiro que vai ter esse livro, não só o primeiro a ter os três livros juntos, não só o primeiro a ter a minha dedicatória hoje, não só o primeiro que vai pôr uma foto disso no seu Instagram assim que acordar, você é e foi o primeiro e único em tudo: foi o primeiro que me compreendeu, o primeiro que me defendeu depois do que passei, o primeiro e único a fugir de casa comigo, o primeiro que comeu a minha comida, o primeiro a ler o que eu escrevi, e principalmente foi o primeiro que amei e será o único que irie amar pelo resto da minha vida.

Eu te amo não só pelo seu corpo, por seus lindos olhos, por seus cabelos cheirando a flores e canela a qualquer momento do dia, por suas tatuagens aleatórias, por seus lábios, por seu sorriso, por suas manias e religiões diferentes, eu te amo por alma, porque você não é só a metade da minha, você é ela por inteiro.

Eu te amo para sempre.

Liam James Payne".

Ele sorriu em meio a um silencioso choro e por fim pôs o livro na mesinha de centro se sentindo estranhamente bem por estar ali, vivo.

Deitou-se no sofá e se pôs a pensar no que faria depois que dissesse naquela noite que estava junto a Zayn, que dissesse que estava com câncer e que dissesse que começaria a se tratar no dia seguinte, pensava em qual notícia daria primeiro para que talvez a notícia da doença passasse despercebido e que aquilo não gerasse um pandemônio, mas duvidava que não causaria mesmo se ele dissesse que lançaria outro livro. E mesmo que tivesse preocupado com todo mundo, seu foco de preocupação maior era com Zayn. Pensava no que faria não fisicamente, mas no que faria para aguentar todo o choro de Zayn, todo seu desespero quando o visse em uma sessão de quimioterapia, quando visse o amor que Zayn sentia por si se transformar em pena, compaixão e dor e principalmente no que faria quando o médico dissesse que todo o tratamento não tivera afeito nenhum e que a qualquer momento ele morreria, e morreria ali, na frente de Zayn depois de o ver passar por todo o tratamento, depois de vê-lo acreditar, depois de dá-lo esperança de que tudo ficaria bem, e o pior, ter que fazer tudo isso fingindo estar bem. E era por isso que Liam não queria fazer tratamento algum, ele não queria dar esperanças e depois ver essa esperança se transformar em perda, em choro e em um luto antecipado.

Talvez por isso fosse melhor morrer do nada, sem antecipação de nada, assim poder ver pessoas felizes com sua presença e não tristes. Liam queria morrer assim, vendo todos felizes e não chorando.

Não, Liam não acreditava que ficaria curado, Liam não tinha fé que conseguiria vencer seu próprio corpo em uma batalha injusta, Liam só acreditava no pior, não era pessimista, o câncer o transformou em um. Liam queria acreditar, queria escutar o médico dizer que tinha acontecido um milagre, queria poder viver ao lado de Zayn o resto de sua vida, até quando fosse velhinho e mal escutasse e mal conseguisse andar, ele queria isso, queria, mas não podia, e isso por si só era injusto já que pessoas tem o livre arbítrio, mas não podem escolher quando morrer.

Deus era injusto.

 

.

 

Liam ainda estava no sofá quando escutou um longo bocejo vindo da escada e apenas pelo bocejo ele sabia quem era – e não pelo fato de ter naquele apartamento apenas ele e outra pessoa.

- Bom dia dorminhoco – disse se virando em direção a escada e viu Zayn a descendo cambaleante. O rosto ainda inchado, os olhos mal estavam abertos, porém o cabelo molhado e a calça moletom diziam a Payne que ele já estava acordado tempo o suficiente para ter tomado banho e talvez ter acordado um pouco por isso.

- Ai Lih... Eu queria dormir mais – Liam sorriu grande com aquilo, Malik já estava caminhando até o sofá e parecia não se importar nenhum pouco em ver que teria que deitar-se sobre o namorado.

- Meu Deus, o que você tomou? Chá de sono? – Zayn só suspirou antes de sentar nas pernas de Liam e depois sem fazer muito esforço se jogar sobre ele inteiro. E Liam como era de se esperar, apenas abraçou o namorado e o ajudou a ajeitar-se.

- Não sei... – e lá estava Payne cheirando os cabelos de Zayn. O cheiro de flores e canela invadindo cada pedaço de seu ser. Estava extasiado como se tivesse acabado  de usar uma droga forte, droga essa que estava viciado e nem lutaria contra para deixar o vício.

- Então me diga, por que acordou se ainda queria dormir? – Zayn agora passava levemente seus dedos no bíceps de Payne que olhava para aquilo com um fascínio tão grande que nem parecia apenas uma caricia vinda do homem que amava. Ou parecia dependendo do ponto de vista.

- Porque a fome dói – Payne sorriu baixinho e apertou ainda mais Zayn entre seus braços.

Não sabia bem o motivo de ter sentido aquela vontade tão repentina e mais forte que o normal. Na verdade ele não sabia muito bem o porquê estava se sentindo estranho aquele dia. Liam depois de muito tempo se sentia plenamente feliz e confuso, e triste e tudo junto.

Depois daquela frase, Payne convenceu Zayn que teriam fazer algo para comer, o moreno reclamou um pouco mais acabou aceitando. Fizeram macarrão com molho de tomate, algo fácil claro, tanto por Liam estar com preguiça e Zayn estar quase dormindo em pé. Almoçaram e foram deitar-se novamente, mas antes passaram pela sala e Zayn quase morreu do coração quando viu o livro, e claro que ele fez o que Liam disse que faria, claro que ele chorou e é claro que os dois se beijaram e disseram um ao outro o quanto se amavam. Dormiram o resto da tarde e acordaram apenas porque o celular de Zayn começou a tocar. Era uma de suas empregadas da galeria perguntando a hora que eles chegariam ali. E dali em diante foi apenas desespero.

Zayn e Liam tomaram banho o mais rápido que conseguiram por ser quase oito da noite. Se arrumaram caprichosamente em meio a risos da parte de Liam pelas caretas que Zayn fez quando ele disse que ele poderia ir do jeito que acordou que estaria lindo. Malik é claro só ignoro aquilo e arrumou o cabelo, a roupa e ainda ajeitou o de Liam e o ajudou a parecer menos desleixado.

Saíram do prédio por volta das nove da noite e chegaram na galeria nove e quinze. E dali de dentro do carro ainda, os dois souberam que a coisa seria quase o acontecimento do ano. Eram tantos flashes e tantos gritos que Liam sentiu a cabeça doer.

- Preparado Lih? – Zayn sussurrou ao namorado que olhava pela janela de seu lindo Jaguar.

- Não para o que eu vou dizer – Malik não entendeu, mas nem faria questão disso, afinal, conhecia o irmão o suficiente para saber que ele não explicaria aquilo – Anda, vamos – Zayn concordou e saiu do carro sendo seguido por Liam. Malik deu a chave a um chofer e quando iria dizer para ele tomar cuidado com seu bebê, foi calado por um único ato de Liam: ele segurou sua mão e entrelaçou seus dedos. O ato àquela altura era normal, mas não em frente às câmeras, pessoas, flashes.

- Lihhh... – ele falou ainda meio perplexo, mas o que recebeu como resposta o fez se calar. Liam apenas sorriu ao namorado e começou a caminhar até a entrada da galeria sem dizer um ai para as perguntas dos fotógrafos.

Payne realmente não estava se importando com aquilo, e por incrível que parecesse, era Zayn a se importar e até se sentir mal com aquilo, afinal, aquele simples segurar de mão em frente a todos aqueles fotógrafos significava que estavam agora juntos oficialmente e para todo mundo saber, ou só era um ato desmedido por nervosismo?

Os dois entraram no salão e se depararam com Karol esperando-os. A mulher os levou discretamente para a sala de Zayn e disse que iria anunciar a chegada de Liam e ele poderia começar sua noite de centro das atenções. E foi nesse momento que Liam respirou fundo e puxou Zayn para um beijo que se não fosse desesperado, Zayn achou que fosse. Os lábios ficaram colados por segundos até que Liam mesmo os separou e olhou no fundo dos olhos do irmão/amor de sua vida/namorado/seu tudo.

- Eu vou dizer sobre nós... – Malik congelou, seu coração pareceu parar e ele parecia ver tudo em câmera lenta. Liam parecia ter falado aquilo tudo letra por letra e ele não tinha certeza se era realmente o que tinha escutado. Liam sorriu, deu um selinho em Zayn e o abraçou forte – Eu vou falar sobre nós, e independente do que falem, e de como iram reagir, eu te amo e não a nada, nem ninguém, nem mesmo você que vai me fazer mudar de ideia – Malik o repreenderia dizendo que nunca iria impedir de ama-lo, mas Liam o interrompeu antes disso – Deixa eu terminar... – ele suspirou e se afastou um pouco. Seus olhos focaram nos já marejados de Zayn e seus dedos voaram para o rosto dele, fazendo ali uma caricia leve que deixava tudo ainda mais magico na visão de Zayn – Não importa o que eu vou dizer depois disso, não importa o quanto você não aceite e não importa o quão chocado você fique com a injustiça disso, mas o que vai importar é que eu te amo e nada disso vai mudar enquanto eu viver.

Zayn já chorava sem nem entender muito bem o que aquilo era, o que Liam queria falar com tudo isso, mas seu coração acalmou assim que Liam o beijou novamente. Um beijo apaixonado, lento, como se para sentirem novamente todas as partes, todas as sensações dos toques de suas línguas. As mãos foram para onde já eram puxadas naturalmente e aquele beijo significava o mundo para ambos.

Mais parecia um beijo de despedida.

- Lia... O meu Deus... De... – Liam escutou a voz de desespero da mulher, e ao invés de se afastar de Zayn, ele apenas encostou suas testas e sorriu – Meu Deus, me des...

- Não precisa, Karol. Não precisa – ele sorriu a mulher que sorriu em troca. Ela estava tão feliz em ver Liam com Zayn, via nos olhos dos dois que se amavam e que estavam mais felizes que nunca. Malik só olhava aquilo ainda mais perplexo que antes.

- E... Você... – ela suspirou fundo – Estão te esperando.

- Eu já estou indo – ela assentiu e saiu da sala.

- Promete pra mim que vai ser forte? – e outra vez Zayn ficou sem palavras – Só promete.

- P-prometo... Mas... – Liam negou.

- Vamos – os dois foram até a porta e saíram da sala. Chegaram ao salão novamente e Liam passou a sorrir a todos. Sua mão na de Zayn, a de Zayn na sua e aquilo parecia ser a coisa que menos chamava atenção. Karol os guiou até perto de onde estava um púlpito e Liam sabia o que teria que fazer. Ele iria abrir sua vida.

- Boa sorte... – Liam agradeceu e sorriu a Zayn, o abraçou e o deu um selinho tão demorado que até uma pessoa desatenta teria percebido.

- Eu te amo, Zayn.

- Eu te amo – apesar da situação Zayn estava menos tenso. Sorriu a Liam e o incentivou a ir logo fazer aquilo. Seus peitos cheios de algo que sabiam que era amor, seus corpos eletrizados de medo e felicidade. 

Pobre Zayn.

Liam se afastou do namorado e deu alguns passos até o púlpito. Respirou fundo antes de subir ali e olhar para frente. Tinham no máximo cem pessoas ali, o que para ele já era muito, mas ele sabia que ainda chegariam mais. Segurou a gargalhada ao ver a cara de choque de todos ali.

- Boa noite – disse calmo – Hoje é um dia muito importante para mim, esse dia marca o fim de uma história, a minha história contada de um jeito diferente. Eu sei que parece ser estranho, mas não é – sorriu – Eu sei que viram, eu sei que estão em choque por terem visto, mas independente disso, eu estou com Zayn, eu o amo mais do que já amei uma pessoa nessa vida, seja como irmão, companheiro de vida e como o amor da minha vida – olhou para Zayn que sorria entre lágrimas, mas logo voltou a olhar para as pessoas ali – Estamos juntos, nos amamos de todas as maneiras que pessoas podem se amar, e eu estou falando isso agora, porque a partir de hoje, eu não sou mais o Liam escritor que namora o homem que era conhecido como seu irmão – ele pigarreou, suspirou e quando iria continuar a falar, viu Niall entrando na galeria em companhia de Will, sorriu e sentiu os olhos marejados – Hoje eu deixo de ser o Liam que omitiu as coisas, o Liam que machucou alguém por egoísmo – ele viu ao longe Niall sorrir e dá um leve aceno. Viu também Louis e Harry caminhando para onde Zayn estava e agradeceu por aquilo – Hoje eu deixo de ser o Liam escritor para ser o Liam que começará uma dura batalha contra mim mesmo, a partir de hoje eu sou o Liam que quer viver ao lado dos amigos e do namorado, a partir de hoje eu sou o Liam que começará a se tratar de tumor que está no cérebro – e nesse momento ele olhou para Zayn, o viu pálido, quase sem vida sendo amparado por Louis e Harry que pareciam tão sem vida quanto o próprio. Olhou para o outro lado e viu Niall já aos prantos sendo abraçado por Will. E quando percebeu chorava.

Se sentiu estranhamente leve depois que disse, por mais que tivesse vendo o homem que amava tentando a todo custo chegar até si, aos prantos, gritando seu nome. Sim, Zayn gritava seu nome, mas ele não escutava, ele mal conseguia ver Zayn ao longe. Sentiu repentinamente algo quente em seu nariz, sentiu uma dor lacerante na cabeça e o corpo ficando sem forças.

Liam estava feliz apesar de todo o caos que via, de toda a dor que sentia. Se sentia Feliz como nunca antes.

Sentia-se livre.

- Eu te am-amo...

- LIAMMMMMMMMMMMMMMMM...


Notas Finais


Edito depois os centralizados..



BOM É ISSO E ATÉ O PRÓXIMO. ...

KISSES DE UMA TRISTE

ALLY


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