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História 02 ( better together - choni ) - Notícia


Escrita por: chxnidale

Capítulo 3 - Notícia


Fanfic / Fanfiction 02 ( better together - choni ) - Notícia

 

Toni Topaz – Point Of View 

Assim que coloquei meus pés na Focus on MMA fui recebida de braços abertos, todos falavam sobre mim como uma promessa para ser a nova campeã de UFC. De certa forma, aquele carinho todo que me deram deixou-me mais animada.

Deixar Cheryl e minha família em Riverdale foi uma escolha muito dolorosa, queria estar com eles e principalmente com minha ex-namorada. A cada segundo que passava sentia mais sua falta e do quanto a queria em meus braços. Betty me mantinha informada sobre ela, por vezes recebia até algumas fotos dela com Veronica. Eu era muito grata a Lodge por se dedicar tanto a melhor amiga, fazendo a mesma rir e se distrair. Queria acompanhar a vida da ruiva, mas fui bloqueada em todas suas redes sociais, era como se estivesse me expulsando. Sabia que a mesma deveria estar com muita raiva, mas nunca iria retribuir esse sentimento porque tudo que sinto é amor e saudade... Muita saudade.

Fazia um ano que havia saído de Riverdale, minha vida se resume em viver na academia. Convivo com pessoas que também treinam, meu treinador e só. Eu literalmente moro na Focus on MMA.

Em um quarto que divido com mais duas garotas que também vieram de outras cidades é onde chamo de casa. Não posso reclamar de nada, tenho alimento, onde dormir e posso focar totalmente em meu sonho. Já tive três lutas, duas ganhas e uma perdida. Foi doloroso ser derrotada pela primeira vez, mas sinceramente me dava ainda mais vontade de treinar para conseguir resultados melhores.

O pessoal da Focus on MMA é como uma família, Pierre nos trata como seus filhos assim como o Dimitri – nosso treinador, rígido e muito bravo. Quando perdi minha primeira luta, o mesmo foi a loucura dizendo que eu tinha potencial para ganhar e muitos xingamentos. Naquele local o psicológico tinha que ser forte, mas como disse somos uma família e os outros lutadores sempre apoiam uns aos outros, fora que Dimitri geralmente nos repreende para o próprio bem.

Por não ter tempo de me relacionar com ninguém, pensava em Cheryl muitas vezes do meu dia, não era como se eu tivesse me tornado uma assexuada já que as garotas da academia são lindas e me envolvi inclusive com as minhas colegas de quarto, mas ninguém aqui quer um relacionamento, todo mundo é focado demais em sua carreira. Isso de fato era bom porque era simplesmente sexo e pronto, sem apego ou ressentimentos.

Quando perguntava a Betty sobre a ruiva, a mesma sempre me dizia que estava bem e feliz com sua faculdade. Sentia que minha ligação com ela estava se desligando aos poucos e quando percebi, nem perguntava mais sobre a mesma. A última vez que fiquei sabendo da minha ex namorada foi por minha mãe, a mesma disse que havia ido a Riverdale e conheceu Samanta – minha irmã mais nova, isso me deixou enciumada de certa forma já que vi minha irmãzinha apenas uma vez no seu nascimento.

 

Flashback on.

Era um dia qualquer na academia, estava me preparando para minha primeira luta e minha concentração era enorme, precisava ganhar para demonstrar a meu novo treinador que sou boa. Distribuía socos imparáveis naquele saco de box e enquanto batia no mesmo havia muito tempo para pensar e em muita coisa.

Principalmente que havia passado apenas três meses que terminei meu relacionamento e me sentia devastada de saudade.

Um suspiro cansado saiu por entre meus lábios, meu corpo tremia e suava. Dimitri conseguia ser pior que Robert, ele realmente queria fazer de mim uma campeã e eu confiava que conseguiria. Nós dois nos esforçando um pelo outro iríamos longe.

— Topaz.

Michele, uma das minhas colegas de quarto chamou minha atenção. A mesma é um pouco mais velha que eu e muito simpática, foi uma das primeiras com quem me dei bem na academia.

— Seu celular não parava de tocar, preciso dormir.

Resmungou, insatisfeita e estendendo o aparelho em minha direção. Retirei minhas luvas, respirando fundo e ouvindo começar a tocar novamente.

— Viu?

Arqueou as sobrancelhas.

— Desculpa, da próxima vez coloco no silencioso.

Prometi, pegando o celular. Michele deu de ombros, saindo de meu campo de visão para ir ao quarto novamente. O nome “mãe” brilhava em minha tela, franzi a testa confusa já que sempre nos falávamos no mesmo horário.

— Oi, mãe. – atendi, suspirando cansada. — Aconteceu alguma coisa? Você nunca...

— Toni, sou eu.

A voz do meu pai me interrompeu.

— Sua irmã vai nascer agora.

Anunciou, arregalei os olhos.

— O que? Está falando sério, pai?

— Muito, só queria avisar caso queira vir...

— É claro que vou!

Interrompi, um sorriso largo se abriu em meus lábios e senti lágrimas invadirem meus olhos. Minha irmã vai nascer. Minha pequena garotinha vai nascer agora!

— Vou pegar o primeiro voo, pai.

Falei, me despedindo do mais velho e desligando a chamada. Encarei a tela apagada de meu celular, desacreditada que havia mesmo recebido aquela ligação. Eu estava me tornando oficialmente irmã mais velha.

_____

 

 

Ninguém se opôs a minha decisão de ir para Riverdale, todos na academia me apoiaram por ser algo que envolve família. Consegui chegar a cidade somente no outro dia, pedia pressa para o taxista que me levaria ao hospital, queria conhecer a mais nova Topaz. A ansiedade tomava conta de meu corpo, assim que o carro estacionou em frente ao hospital lhe dei dinheiro sem ao menos ver se receberia troco.

Meus passos eram rápidos por dentro daqueles corredores brancos, me direcionando para a maternidade onde minha mãe deveria estar com a Samantha. Sorri. O nome é lindo. Sabia que havia ocorrido tudo bem, meu pai mandou mensagem dizendo que as duas já poderiam até mesmo receber visitas.

Assim que adentrei o setor da maternidade, avistei meu pai parado no primeiro corredor, sua cabeça baixa não deixava o mesmo me avistar de imediato, mas assim que me aproximei nossos olhares se encontraram. Sentia tanta falta da minha família, do quanto eles me cuidavam quando estava em Riverdale.

— Pai.

Sorri para ele, o abraçando com força e matando a saudade.

— Quanto tempo!

Vi lágrimas em seus olhos assim que nos separamos, a voz embargada pelo choro que estava vindo. Nos abraçamos novamente, também sentia uma vontade imensa de chorar, mas me segurava.

— Entre e vá conhecê-la.

Incentivou-me, apontando para a porta.

Sorri para ele, caminhando para dentro do quarto onde provavelmente minha mãe estava junto de Samantha. O silêncio no cômodo denunciava que as duas poderiam estar dormindo e de fato estavam. Minha mãe em uma maca, o corpo de barriga para cima e um acesso em seu braço lhe transmitindo soro. Aproximei-me do berço, meus olhos percorreram a pequena caminha onde a minha irmã estava deitada.

O corpo pequeno encolhido, tão frágil que fazia meus olhos lacrimejarem. Era minha irmãzinha, bem ali diante de meus olhos. Um ser humano que terei ligação para a vida toda e sinceramente queria dar orgulho a mesma.

— Oi, garotinha.

Sussurrei, tocando seus dedinhos pequenos.

— Sou sua irmã, sabia? Vou estar sempre aqui pra você.

Meus dedos deslizaram por seu rosto, observei a mesma se mexer resmungando. Ri comigo mesma, sentindo as lágrimas caírem por meu rosto. Saber que ficarei muito tempo longe desse anjo me deixa triste, queria poder fazer parte da sua vida, conviver e lhe ensinar tantas coisas...

— Toni?

A voz de minha mãe chamou minha atenção, virei o rosto para a mais velha limpando o mesmo com as mãos. Um sorriso grande estava nos lábios de Katy, não era para menos, não nos víamos a alguns meses.

— Mãe, ela é linda!

Falei a abraçando, seus braços me apertaram contra seu corpo.

— Senti tanto sua falta, filha. – nos separou para tocar em meu rosto. — Como você está? O que tem feito? Está se alimentando? Eles te tratam bem?

Não me contive e acabei por rir em meio as lágrimas.

— Eu estou ótima, mãe.

Nós sorrimos juntas.

— Agora quero pegar aquela garotinha.

Decretei, apontando para o berço.

Minha mãe sorriu incentivando-me para que o fizesse, aproximei meu corpo do berço depois de receber seu consentimento e a peguei em meus braços. A maneira com que aquela pequena pessoinha se encaixou em meu colo me deixou emotiva, suspirei a encarando e vendo seu rostinho sem imperfeição nenhuma. Era linda. É linda. Minha irmã. Sorri comigo mesma, emocionada ao ter a pequena comigo.

Flashback of.

 

 

Naquele dia, passei vinte e quatro horas grudada em minha irmã mais nova, queria aproveitar cada minuto já que no outro dia teria que voltar e provavelmente só a veria quando minha mãe fosse a Los Angeles.

Eles vieram, duas vezes em um ano e meio. Sim, o tempo passou rápido e já faz quase dois anos que moro na Focus on MMA ou seja, em Los Angeles. Nessa época pensei que nunca mais colocaria meus pés em Riverdale ou veria Cheryl novamente, eu mal sabia se ainda estava viva. Parecia que minha mãe sabia muito mais da minha ex do que eu mesma. Mas o destino ou simplesmente a vida queria nos fazer ter um reencontro pelo menos era o que eu pensava.

Após minha luta mais importante onde ganhei depois de apanhar muito, comemorava com os outros lutadores em uma pizzaria. Havia acabado de entrar oficialmente para o ranking do UFC, sendo assim minhas lutas contavam para futuramente disputar o cinturão.

Em um local do lado de fora, estava eu, Michele e Brian. Eram meus melhores amigos da Focus on MMA e foram eles que me ensinaram como relaxar em uma profissão tão estressante.

— Agora pode fumar a vontade!

Brian sorriu me oferecendo o beck que ele acabará de bolar.

— Sinceramente, eu não entendia como gostavam de fumar, mas depois de hoje entendo perfeitamente.

Suspirei, dando uma tragada no cigarro de maconha.

É proibido usar qualquer droga para nós lutadores, mas não se você usar quando não irá participar de nenhuma luta dentro de três meses. Esse é um prazo seguro para não detectarem nada em seu sangue, era minha primeira vez com a maconha. Digo, já havia experimentado, mas nunca usado fixamente. Era um segredo dos lutadores, se Dimitri focasse sabendo poderia causar um estrago em nossas carreiras, mas no fundo acredito que o mesmo até sabe.

— Relaxa, né?

Michele perguntou após um tempo.

Assenti, soltando a fumaça por entre meus lábios. Meu rosto tinha cortes, o meu corpo estava inteiramente dolorido, mas era como se aquela substância de alguma forma me deixasse completamente em êxtase. Bom, parecia que a vida estava colaborando para me deixar atordoada.

Meu celular começou a tocar incansavelmente em meu bolso, passei o cigarro para Brian e peguei o aparelho, na tela o nome da “Betty” brilhava. Franzi a testa, dando uns passos para longe de meus amigos, a loira nunca me ligava sempre conversávamos por mensagem.

— Betty?!

Atendi, ainda em dúvida.

— Oi, Toni. – ela suspirou. — Só liguei para dizer que eu e Veronica estamos indo a Riverdale.

Um silêncio se instalou, a loira parecia tomar coragem para me falar algo.

— Eu achei que gostaria de saber que...

Mais um suspiro, meu coração acelerou.

— Betty? Fala logo! Está me assustando.

Meu tom se alterou, dei alguns passos nervosa e ouvi sua respiração funda do outro lado da linha. Levei a mão a testa, esperando que qualquer coisa poderia vir da minha amiga naquele momento. Então, ela finalmente falou:

— A Nana Rose morreu.

 


Notas Finais


Será que teremos um reencontro choni? Depende se a Toni vai ir a Riverdale depois de saber dessa informação....


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