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História 02 de Novembro - E morto, vivia


Escrita por: MinMei

Notas do Autor


I m p o r t a n t e: leiam as notas finais. Obrigada ♡

Capítulo 1 - E morto, vivia


Fanfic / Fanfiction 02 de Novembro - E morto, vivia

Paradoxialmente, foi naquele dia de memória à morte que sentiu a vida lhe ser devolvida a si como um sopro suave do mesmo débil vento que abraçava seu corpo estático naquela cadeira insignificante dentre as centenas outras espalhadas pelo local arejado – este que se situava no centro de um vasto ambiente decorado em paisagens naturais, tendo o verde em seus mais diversos tons colorindo majoritariamente a vista. 

Nas primeiras horas em que chegara ali, o sol brilhava ameno, aquecendo agradavelmente a manhã preguiçosa que acordava de forma lenta e arrastada naquela quinta-feira fúnebre. Porém, conforme se foi passando o tempo, os raios luminosos do caloroso astro esconderam-se por detrás das cinzentas nuvens que, agora, cobriam todo o azul céu. E, antes mesmo que pudesse entender o que acontecia, viu – pelas laterais abertas – a chuva precipitar-se sobre o solo, orvalhando a grama alta crescida ali. 

Os pêlos do corpo puseram-se a arrepiar. Quiçá tivesse sido pela brisa deveras fria que bailou rodopiante em torno de si, ou simplesmente fora pelo melodioso som enternecedor que ecoou do enorme, também clássico, instrumento de cordas, e adentrou seus ouvidos calma, mansa e tranquilamente, levando-lhe a uma realidade onde a paz habitava no tocar do arco nas cordas e na harmonia que encontrava nas muitas lágrimas celestes que caíam. 

Fosse como fosse, estava bem daquela forma e dali não queria sair nunca mais.

O sentimento pleno de serenidade exalava das muitas notas tecladas no piano elétrico, que construía – ao mesmo que desconstruía – as escalas, compondo assim sua canção atemporal. Também estava no contra-tempo marcado pelo baixo, na doçura da flauta, e até mesmo no estridente som que provinha da bateria.

Não havia nada além de paisagens sonoras dos mais variados tipos lhe agraciando os ouvidos. E mesmo que seja estranho dizer, até o rádio de carro ligado às alturas do outro lado do muro contribuía para que tudo estivesse harmônico e 'numa perfeita sintonia. 

Fosse por onde fosse, estava bem daquela forma e assim queria permanecer eternamente.

E tudo ocorreu naquele dia. Aquele dia de morte em que própria vida lhe falou ao coração, com sua voz de terno silêncio que acalenta a alma e pacifica o espírito. 

Então pôde sentir paz. A verdadeira paz. 

Porque naquele dia de morte, enterrou a si e viveu em Cristo.


Notas Finais


"E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.

Apocalipse 14:2"

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Quero começar uma Campanha de Divulgação, onde irei, óbvio, divulgar obras de arte que merecem ser reconhecidas aqui no Spirit. Há tantas pérolas preciosíssimas perdidas por este site, que resolvi buscá-las e dar destaques a elas (baseada no meu próprio gosto e ponto de vista sobre o que significa essa "arte" que estou falando). E para inaugurar a campanha, vos trago dois pequenos textos grandiosos da @Cookie_azul. Além de ser uma pessoa maravilhosa, essa @ é uma grande escritora. E eu gostaria que vocês dessem uma chance aos textos dela e fossem lá dar uma olhada <3

1 - Rosa radioativa: https://spiritfanfics.com/historia/rosa-radioativa-10878831

2 - Blue Butterfly: https://spiritfanfics.com/historia/blue-butterfly-9916033
(A foto da borboleta que está na capa desta aqui fui eu quem tirei <3 huahua)


Beijos, até breve! ♡


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