Acordei na manhã seguinte pronto para me aproximar de Zhong Chenle.
Passei a noite toda pensando naquele sorrindo, nos olhos, na boca, na forma como ele andava... e não pense besteira, okay? Não me empolgue nem um pouco! A não ser pelo coração acelerando e a gastrite atacada que tive por ficar ansioso demais. Mas tudo bem, é o efeito Zhong em mim.
Me arrumei da melhor forma que pude e segui pela rua lendo as mensagens de um Donghyuck debochando do meu amor e tirando uma com a minha cara. Precisei ler milhares de mensagens de como eu receberia um fora e muitos risos. Mas tudo isso só serviu para me motivar! Eu iria conseguir um encontro.
‐ Estamos nós aqui novamente, Romeu. Como se sente? – Ouço Donghyuck se aproximando e me agitando pelos ombros. – O seu amado está bem ali. Já sabe o que fazer? – Nego com a cabeça e sinto me faltar palavras diante do nervosismo – Não! Você não vai dar para trás agora, Jisung. Vai lá! – Nesse momento, o sinto me empurrando até a direção onde Chenle conversava com alguns amigos e logo em seguida sou lançado para frente.
Seria essa uma cena memorável de filmes românticos. Eu derrubei meus livros frente ao corpo do chinês e ele se abaixou para pegar, perguntando se eu estava bem. Bom, eu nunca estive melhor, era o que poderia ter dito, mas ao invés disso...
- Uau... É você. Quer dizer, oi! Eu estou jisung, sou bem – Fui me levantando e pegando meus livros de volta – Quero dizer, você está ótimo hoje... ótimo sempre! Eu sou o jisung e... – Vi que estava perdido quando percebi a confusão estampada naquele lindo rosto – Tem um filme massa passando no cinema essa semana, sabia?
- Sério? Que legal – Ele sorriu para mim, e que sorriso. Me sentia precipitado. Quem em pleno século XXI se interessa tão rápido por alguém e já planeja como serão os filhos que irão adotar? Exatamente, eu. – Você está tentando me chamar para sair, Jihoon?
Okay, ele errou o meu nome, mas dá um desconto. Acabamos de nos conhecer e ele está, obviamente, confuso com tudo isso.
- Você iria?
- Adoraria, mas... não posso sair em um encontro se meu primo não tiver um também. Regras da casa, sinto muito, querido. – Parecia mentira... uma mal contada e sem muito pensar, mas Donghyuck já havia me explicado como era o pai de Chenle.
Ele já ia se afastar. Íamos perder o contato, eu não ouviria mais aquela doce voz. Precisava fazer alguma coisa pois atrás de mim havia um Donghyuck rindo aos quatro ventos. Tudo estava desmoronando de vez e eu assistindo sem saber o que fazer. Até quê...
- Eu tenho um amigo! – Vejo Chenle se voltar para mim e percebo que está interessado novamente ‐ E-Ele é ótimo. Ele estuda aqui e é um cara, gente boa demais. Quero dizer, se seu primo curtir caras... caras legais e que são homens. E ele acha o seu primo muito... muito...
- Oh, isso é ótimo! Jong, você salvou a minha vida com essa notícia. – Ele se aproximou e tocou em meu braço. Aqueles dedos delicados e macios... – Fale com o seu amigo, o convença a convidar o Renjun, por favor. Faria isso por mim?
‐ ÓBVIO. É claro, eu vou falar com ele. – Sorrio e me viro, tentando manter o pouco de dignidade que me restara.
Meu mundo estava em festa, colorido e em pura festa. Mas vejo um Donghyuck de braços cruzados e uma cara feia que doía em mim. Ele estava furioso ou era só impressão minha?
- Não vou sair com Hung Renjun. Esquece essa ideia! Ele me dá medo. ‐ Tentei insistir, mas acabei por ter meu único amigo me ignorando até o intervalo.
Donghyuck estava muito irritado com uma ideia tão boba. Como pode alguém ter tanto medo de uma só pessoa? Afinal, quem era esse tal Rejun e que tipo de perigo ele oferecia?
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