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História 180 Days - Chapter 9


Escrita por: TiaClara

Notas do Autor


Era para eu ter postado ontem, mas não deu, porém hoje estou aqui, me perdoem por esse atraso.
Tem link do grupo no Whatsapp nas notas finais, entrem, vamos ser abigas.
Obrigada pelo mais de 50 comentários Cap passado e 325 fav

Capítulo 10 - Chapter 9


Fanfic / Fanfiction 180 Days - Chapter 9

Point of view— Justin Bieber.

Levo meus dedos até minha cabeça, as pontadas na mesma se tornam insuportáveis a cada segundo, penso que possa ser ressaca, mas não teria como.

Não bebi tanto para eu ter acordado nesse estado, foram apenas algumas cervejas, nada fora do habitual. Callie mexe seu corpo enquanto dorme, levo as pontas dos meus dedos até seu quadril acariciando com leveza, eu preciso que ela acorde.

— Isso é muito gostoso — sua voz sai arrastada e baixa, a morena se vira para mim e abre seus enormes olhos negros e sorri — você é gostoso!

Abro um sorriso convencido, adoro quando elas acordam felizes depois de uma boa foda comigo. Levo minha mão na base da sua coluna e colo nossos corpos. Um segredo para elas ficarem a minha mercê,  é ser um mistério total, algo que desperte o lado competitivo do universo feminino, e que a faz pensar que será diferente, que irá me “salvar”, então no dia seguinte depois de um bom sexo, fazer com que ela se sinta especial.

— Você foi maravilhosa — falo em seu ouvido, arrancando- lhe um suspiro — com certeza iremos nos encontrar mais vezes.— faço minha promessa e dou um beijo em sua bochecha.

— Eu queria mesmo ficar com você toda parte da manhã, mas, eu preciso trabalhar.— aliso sua coxa uma última vez.

— Você me liga?— Callie pergunta depois de enrolar seu corpo curvilíneo e nu no lençol branco, quando me levanto.

— Claro e você também sabe meu telefone. — mando uma piscadela em sua direção, vou até o banheiro do hotel que estamos, abro o registro da água e pelo fato de já estar nu, enfio meu corpo debaixo da água quente, lavando-me rapidamente, somente para tirar o suor da noite passada.

Saio de dentro do box, pego a toalha branca e a enrolo em meu quadril, vou até o quarto e Callie ainda continua deitada.

— Eu tenho que ir, Callie — ela abre apenas um olho, para prestar atenção em mim.

— Eu vou ficar mais um pouco, ainda é muito cedo, minha mãe pensa que estou na casa de uma amiga, eu vou embora de táxi ou peço que Alisson me busque aqui.— Callie procura uma posição confortável— E ainda estou cansada, dormimos cerca de duas horas apenas.

Agora o motivo da minha dor de cabeça é revelado, estava tão determinado em ter a melhor gozada de minha vida, e fazer com que Callie ficasse morta no outro dia, que não me preocupei com as horas. Valeu a pena.

— Tudo bem, então— vou até a cama, dou um beijo em sua bochecha, cato minhas roupas sobre o chão e começo  vesti-las com muita pressa, tenho que estar na mecânica as oito, pego minha carteira e chaves.

 Vou deixar o dinheiro para a pernoite e o que consumimos em cima do aparador, nos vemos por ai morena.

Não espero que ela fale mais alguma coisa, apenas saio do quarto e vou direto para o elevador,  a grande caixa metálica se abre assim que peço o térreo. Pego meu celular me arrependendo no mesmo instante, quando vejo que são 07:15 am.

Três mensagens se destacam em minha tela e todas são da barbie humana, minha vontade é de apagar sem ao menos ler, mas, não quero falazada em minha cabeça.

Abro a primeira e não contenho a gargalhada quando vejo o motivo dela ter me bombardeado de mensagens.

“ Onde você está, caipira? Você não pode me deixar dormir nesse lugar sozinha, deve ter ursos” Emma ás 00:18

Clico na segunda mensagem

“Justin, é sério, eu ouvi barulho do lado de fora. Você vai me encontrar morta e a culpa vai ser toda sua” Emma ás 00:48.

Por mera curiosidade, acabo clicando na terceira mensagem, ela é muito dramática

“ Você é um completo idiota, tomara que a mulher que você esteja comendo, não goze” Emma às 02:03  

Reviro meus olhos por sua última mensagem, penso em responder e dizer que a mulher que estava comigo, gozou três vezes e não conseguiu levantar hoje, mas, prefiro deixar quieto, não quero irritar a patricinha mimada, eu vou precisar de sua ajuda no final de semana.

O bip soa quando as portas de metais se abrem, vou até o estacionamento, onde deixei minha moto na noite passada e monto em cima da mesma, depois que que dou partida. Coloco na segunda marcha e deixo o vento de San Diego atingir minha face.

(...)

O trailer está todo em silêncio, vou até o quarto e Emma ainda dorme, ela está completamente enrolada em seu edredom e encolhida, não consigo evitar o sentimento de culpa quando a vejo agarrada ao seu travesseiro, ela deve ter sentido muito medo, mas, eu não posso parar minha vida por causa dela, ela tem que aprender se virar e crescer. A vida não é esse mundinho cor de rosa que ela enxerga.

Troco minha roupa por outra e saio do quarto como entrei, em silêncio, paro na porta quando me recorde algo, vou até a cozinha, tiro minha carteira de meu bolso e pego meu cartão e um pedaço de papel escrevendo a senha e por qual motivo estou deixando o mesmo.

Mais uma vez subo em minha moto e vou até a oficina onde trabalho, cerca de vinte minutos depois chego no meu local de trabalho com cinco minutos de atraso. Pego um pouco de café e tomo o líquido preto rapidamente, com o desejo quase insuportável de fumar. Procuro por um rolinho branco em meu bolso e quando acho o acendo, um alívio passa por meu corpo quando puxo para dentro dos meus pulmões a nicotina.

A noite foi boa? — Ryan se aproxima, ele pega um pouco de café e fecha os olhos quando toma do mesmo, saboreando a sua bebida preferida no mundo todo —  o chupão em seu pescoço pode ser visto a quilômetros de distância.

Eu não imaginei que estaria marcado e como não me olhei no espelho, não teria como imaginar, dou de ombros sem me importar com esse pequeno detalhe.

 Acredite, Callie ficou pior.—  dou mais uma tragada no meu cigarro, Ryan une suas sobrancelhas.

 Callie? Pensei que fosse sua esposa que tinha feito isso, eu ainda acho que vocês dois se atraem demais, por isso, todo esse ódio disfarçado.

Ryan cismou com isso, que Emma e eu, fomos feito um para o outro, engano dele. Tenho apenas vinte anos e não quero me envolver seriamente com alguém neste momento, e se caso acontecesse, Emma seria a última pessoa em minha lista para ser a mulher com que eu passarei o resto de minha vida. Ela é mimada, pretensiosa, fútil e totalmente desagradável, a única coisa que conta a seu favor, é que ela é  gostosa, mas todo o tesão acaba quando se mostra quão filhinha de papai é. E eu odeio isso mais do que qualquer coisa.

 Não viaja, Ryan. Deixa eu terminar aquele carro, pois tenho que ir a universidade hoje, não posso faltar.

Vou até o pequeno banheiro e visto meu macacão já sujo, pego minha caixa de ferramenta indo para debaixo do carro que não terminei ontem.


Point of View—  Emma

A água quente cai sobre meus ombros, fecho meus olhos enquanto encosto minhas costas na parede atrás de mim. Estou um trapo, meu corpo todo está dolorido e minha cabeça dói.

Curvo meu corpo para frente quando a ânsia de vômito vem, somente uma água amarelada vêm de meu estômago. Eu não estou me sentindo bem!

 Maldito caipira —  murmuro para mim mesma, ainda não consigo entender o porquê dele ter aceitado do nada estar casado comigo, ele me odeia na mesma proporção que eu o odeio.

Justin simplesmente decidiu a ficar casado comigo aceitando a proposta absurda do meu pai. Porque? O que aquela mente doentia está tramando?

Desligo o chuveiro quando acabo de escovar meus dentes e me aproximo em frente ao pequeno espelho do pequeno e apertado banheiro. Minha imagem é uma desgraça, estou com olheiras e meus lábios estão ressecados.

Eu tenho certeza que ficarei doente, San Diego não é uma cidade fria, porém a noite a temperatura cai um pouco e como estou no meio da mata de madrugada este trailer fica muito frio e meu corpo está acostumado ao meu quarto quentinho.

— Oh meu Deus isso é um pesadelo.

Eu estou tentando ser forte e esperar pacientemente que esses 180 dias passem para que eu possa voltar a minha vida e minha rotina.

Sinto falta da minha casa.

Sinto falta do Benjamin.

Enrolo a toalha no meu corpo e vou até o quarto, pego apenas um conjunto de lingerie amarelo claro e um vestido branco solto.

Enrolo meu cabelo na toalha para que o máximo de água seja absorvido pelo algodão. Mais uma vez a vontade de vomitar aparece, eu odeio ficar menstruada exatamente pelos sintomas que sinto, não fico irritada ou sensível como a maioria das mulheres, eu fico enjoada e com muita dor de cabeça.

Dou um pequeno pulo quando meu celular começa a tocar em cima da cama, vou até ele e vendo ser Blair, deslizo meu dedo no botão verde para que eu possa atender a chamada da ruiva.

Vamos almoçar hoje? Ela é direta e posso ouvir quando ela recrimina alguém.

Claro, onde? Estou mesmo precisando conversar com alguém, eu sinto que vou enlouquecer a qualquer momento.

Ainda não se acostumou ao seu marido? — Ela gargalha quando termina sua fala, porém a voz que escuto do outro lado da linha me deixa ainda mais triste.

Benjamin está com você? Mesmo sabendo a resposta eu pergunto.

Sim, o professor de economia passou um trabalho ontem e ele mesmo separou as duplas,fiquei  com seu namorado. Adivinha, você ficou com o Bieber.

Mais uma vez ela gargalha, eu me irrito com sua felicidade, porém ela não tem culpa da minha desgraça.

Somente vocês dois faltaram ontem, então o senhor Amarilio decidiu que vocês dois irão trabalhar juntos no trabalho de publicidade.

Blair me explica como será feito o trabalho e parece ser algo que não irá dar tanto trabalho. O que me incomoda é que Benjamin não pediu em nenhum momento para falar comigo e ontem não atendeu minhas duas tentativas de falar com ele.

Nos vemos então daqui uma hora no restaurante italiano.

Sim, Blair por favor vá sozinha.— Quase imploro, eu não quero ver Benjamin, estou a destruição em pessoa e se o mesmo me ver assim, me deixaria ainda pior. Eu sinto que estou perdendo meu namorado.

Claro.

Ela encerra a chamada logo em seguida, me sento na beirada da cama e olho para minhas fotos que coloquei ali, simplesmente tentando colocar minhas emoções em ordem.

A vida é mesmo engraçada… Quando você acha que finalmente está tudo bem, a vida te dá uma rasteira e você cai de cara no barro, isso está acontecendo comigo de uma maneira cruel.

É tudo tão estranho, tão irreal, que parece até uma mentira. Um sonho. Um terrível  sonho que quero acordar.

Levanto da minha cama para me arrumar e então poder encontrar minha amiga.

Coloco uma sandália com tiras rosa chá, pego minha nécessaire com minha maquiagem, escondendo qualquer imperfeição pela noite mal dormida, tiro a toalha do meu cabelo, penteio o mesmo vendo formar alguns cachos nas pontas e para finalizar passo apenas um gloss em meus lábios.

Vou até cozinha e me abaixo em frente do pequeno frigobar pego um potinho de iogurte de morango. Um pequeno papel perto de um cartão chama minha atenção, pego uma colher e vou até o papel me deparando com uma letra garrancho e bruta.

Bonequinha de plástico, compre o que precisa para a cozinha, quase não tem nada de comestível nessa merda. Porém, não é pra abusar , eu não sou nada seu e não tenho a obrigação de te tratar como princesa.

PS. Aqui não tem ursos.

Logo mais abaixo está sua senha, eu não consigo entender esse caipira, ele parece se preocupar com certas coisas, como comida e me dizer que aqui não tem ursos, ainda sim, não deixa de ser um ogro e me tratar feito merda.

Eu me irrito por saber que ele leu minhas mensagens noite passada e não se preocupou em voltar ou apenas me responder que não tem ursos aqui.

Eu senti medo boa parte da noite e quando comecei a pegar no sono o frio tomou conta do meu corpo.

Acabo meu iogurte e pego o cartão platinum, eu não sei como ele tem um cartão desses. Mas não me faço a independente, a casa é dele e eu não vou gastar meu dinheiro com aquele imbecil, se eu estou aqui é por culpa dele.

Saio do trailer e entro em meu carro, vou almoçar com Blair e depois vou ir até algum supermercado.

(....)

— Ele mora onde?— Blair quase grita depois que conto que estou morando em um trailer, ela engole rapidamente a massa e seus olhos faltam soltar de seu rosto.

— Em um maldito trailer no meio do nada. Blair, eu estou vivendo um inferno.

Eu não me importo de verdade com a situação financeira do caipira, se fôssemos amigos, eu até gostaria de passar algumas horas com ele em seu trailer o silêncio daquele lugar é algo inacreditável, que traz um certo conforto. Entretanto ele me forçou estar ali por algum motivo doentio. Ele me tirou da minha casa, onde eu tinha meus pais e minha amiga. Me deixou sem saber como Benjamin e eu estamos.

Ás vezes me pergunto se ele fez isso pelo fato de eu não ter mentido para o juiz. Eu não fiz por mal, eu apenas não sei mentir, meu pai é um homem muito bom porém rigoroso.

Desde muito nova fui criada com muitas regras e não segui-las é o mesmo que eu estivesse o desobedecendo.

— Eu não sei nem o que dizer, Emma. Tenha paciência os dias passam muito rápido.

Como um pouco do meu tortellini depois que concordo com Blair.

— E o Benjamin?— Pergunto depois que tomo um pouco do vinho tinto.

— Ele está brigado com o pai novamente e está muito estranho, ele está muito estourado e nervoso. Enquanto esperávamos o material do trabalho ele estava distante, só quando ele me ouviu falar com você que mostrou alguma reação.

O segundo gole do vinho desce machucando minha garganta. Eu sei que tudo isso é minha culpa, ter me casado com Justin não sei como e nem o porque. Eu tento me lembrar o que me levou a isto e nada vem em minha mente.

O que houve naquela noite?

Também entendo que não é fácil para Benjamin aceitar facilmente toda essa confusão, eu sei que no lugar dele, não aceitaria. Me sentiria traída e minha vontade seria matá-lo e talvez esse seja seu desejo.

—Eu tentei esconder onde iríamos nos encontrar, mas você conhece seu namorado.

Eu não estou fugindo do Benjamin, eu só não sei o que fazer e depois de ontem que ele não me atendeu, penso que nosso reencontro vai ser para o fim de toda nossa história.

— Desculpe-me por isso.

Blair aponta para a entrada do restaurante e quando giro meu corpo, meu coração vai à boca. Benjamin vêm andando até onde estamos, ele está lindo, a saudade aperta em meu peito conforme ele se aproxima.

Levanto-me da cadeira e quando ele chega em frente a mim, sua mão agarra minha cintura.

— Me desculpe, eu sou tão idiota por tentar te afastar. — seus lábios tocam os meus em um singelo beijo.— Eu pensei que fosse enlouquecer sem você.

Um sorriso nasce em meus lábios, sabendo que terei o apoio de Benjamin as coisas parecem mais simples.

Porém, eu não sabia que o tormento de estar casada com Justin Bieber ainda estava para começar.


Notas Finais




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