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História 180 Days - Capítulo 38


Escrita por: TiaClara

Capítulo 39 - Capítulo 38


Fanfic / Fanfiction 180 Days - Capítulo 38

Olha quem voltou com apenas 5 dias de postagem!!! Espero que estejam felizes por isso :)

Gente comentem o que estão achando da história, quero dar o meu máximo para vocês estou amando como estão participativos, podem ser sinceros.
Um beijo e até muito breve

 

Point of view— Emma Heard

Como ser corajosa?

Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?

Mas ao ver você sozinho

Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira.

Uma semana depois…

Batuco minhas unhas lentamente sobre a mesa da faculdade, um sorriso amplo se forma em meus lábios quando observo onde estou, finalmente sei que estou no caminho certo, pois estar aqui, me causa uma satisfação enorme. Sei que tenho alguns anos pela frente, contudo saber que um dia serei considerada um chefe e, talvez, conquistar meu próprio restaurante me dá a força e coragem que preciso para recomeçar minha vida universitária.

Fecho meus olhos quando minha boca amarga e meu estômago embrulha pela terceira vez no dia, nunca pensei que uma pílula do dia seguinte poderia fazer isso com meu organismo, mas foi a melhor saída que encontrei assim que Justin falou sobre não termos nos prevenido naquela noite. Me descuidei com meu anticoncepcional. 

Quando estava namorando tomava as pílulas regularmente e jamais tive suspeita de gravidez e quero que continue assim, eu não penso em filhos e nem deveria pensar nesse assunto. Não sei se quero ser mãe ou não algum dia, mas é algo que eu não preciso me preocupar agora, afinal só tenho vinte e um anos e pensar em filhos no início de minha vida adulta deveria ser considerado um crime.

Me culpei por dias por não ter me cuidado, ou exigido que Justin usasse preservativo, depois procurei relaxar, pois eu sei que passei por muita coisa com meu ex-namorado e meio que nem me toquei que eu deveria continuar tomando meu anticoncepcional.  

Só relaxei quando minha menstruação deu sinal de vida, foi uma alegria. Agora vou tomar meu anticoncepcional mesmo sabendo que não irei transar tão cedo novamente.

Justin… seu nome vem em minha mente quando penso em nosso momento, queria eu poder estar todas as noites e ter mais dele, está ficando cada vez mais difícil dormir em sua cama ao seu lado, ciente de tudo que ele sabe fazer com suas mãos, sua língua e pênis. 

Por isso cheguei a conclusão que seria melhor eu voltar para casa de meus pais.
O que eu ainda não tive coragem.

Eu o vejo sozinho naquele trailer, observo-o às vezes desenhando, concentrado em seu caderno,  cenho franzido e dedos um pouco pretos por causa do carvão de seu lápis, adoro quando chega em casa fedendo depois de um dia de trabalho e sorri para mim e logo em seguida me alfineta, e eu retribui  a altura. 
Adoro como ele come com prazer e gula as comidas que eu faço.

Sei que uso como desculpas tudo que eu pensei neste instante para ficar ao seu lado, e confesso que Justin se tornou importante demais para eu sair de sua vida como se eu nunca tivesse conhecido seu verdadeiro eu.

— Boa noite, Meu nome é Julian Chávez e serei seu professor de história da gastronomia e planejamento de cardápios durante todo o curso — Desperto de meus sentimentos confusos para olhar o professor com voz e sotaque forte, meus olhos quase saltam da cara com a beleza do mesmo, ele é alto e tem os olhos tão pretos como uma noite tempestuosa, seus cabelos lembram o Ian Somerhalder que é quase um deus da perfeição. 

Julian tem uma barba bem feita em seu rosto e seu pomo de Adão é bem visível.  Minha nossa senhora de onde saiu essa perfeição? Ele deve ter no máximo trinta anos e olhe lá.

— Já vou avisando que não aceito puxa saquismo, aqui ficam somente os melhores e seu eu perceber que vocês não tem talento para a arte de cozinhar, irei lhes dizer para não continuarem perdendo seu tempo no curso e gastando dinheiro de seus pais ou de vocês. — Ele fala totalmente sério, sento-me mais ereta, de repente senti medo desse homem e quero que ele perceba que não estou aqui para brincadeiras.

— Por isso mesmo já teremos um trabalho para nossa próxima aula de preparação de pratos que será na quinta-feira— Quase todos suspiram resignados— Quero que vocês tragam um prato, não é nada grandioso, não precisam temer, pode ser algo que já é sua especialidade, mas quero saber até onde o sabor toca a alma de cada um.

Anoto rapidamente o trabalho já passado e começo a cogitar o que posso fazer, não quero arriscar demais mas também não quero que seja algo simples e correr o risco de ouvir que não tenho talento, o que eu sei que tenho.

— Próximo ponto, vocês ainda não devem saber, mas eu sou um dos principais professores deste curso, então já vou logo avisando, se querem a bolsa para irem para várias faculdades e conhecer os chefes mais famosos do mundo, saibam que estarei de olho em cada um que preencher aquele formulário, aqueles que o preencherem será exigido além da conta. Claro que não é agora a bolsa que dois de vocês terão, ainda têm um longo caminho pela frente. Então quem quiser, pegue os formulários ali e me entreguem o mais tardar na sexta feira.

O professor aponta com o dedo o local e volta atenção para todos os alunos novamente.

— Vamos começar nossa aula, alguém sabe me dizer o que é ser um gastrônomo?

Todos levantam as mãos, inclusive eu, radiante com a nova fase de minha vida.
(...)

As primeiras quatro aulas foram incríveis, não vi o tempo passar e foi triste deixar a enorme sala, caminho pelo corredor apenas com meu celular em mãos e a bolsa pendurada em meu ombro direito, vou até a lanchonete em frente a imponente faculdade onde meus amigos me esperam para comermos algo antes de cada um voltar para as aulas finais, mando uma mensagem rapidamente para Ricardo dizendo que já estou chegando quando o mesmo me apressa dizendo estar com fome. 

Atravesso a rua já empurrando a porta de vidro da lanchonete e vejo Ricardo, Brandon e Justin conversando animadamente, vou até eles. Cumprimento os três com um beijo no rosto e Justin faz uma cara de nojo querendo me irritar e eu para provocá-lo beijo o outro lado. Me jogo na cadeira ao seu lado ainda rindo.

Não sei quando pegamos tanta intimidade e fico feliz por sermos amigos.

— Até que enfim vamos comer— Ricardo bate suas mãos na mesa comemorando depois que faz um sinal para alguma garçonete vir até nós.

Brandon pede um cappuccino com algumas rosquinhas, Ricardo pede um X burger com batatas e milkshake de morango, Justin pega o mesmo que Ricardo trocando o milkshake por uma coca cola e eu peço um suco de abacaxi com hortelã e um sanduíche de peito de peru. Começamos a conversar enquanto esperamos nosso lanche.

— Acreditam que Cosby pegou no pé desde a sua festa, Emma! Que menina louca, pensa que só porque transamos temos que namorar, desde quando isso existe?— Ricardo conta indignado e dá uma enorme mordida em seu sanduíche assim que o mesmo é colocado em sua frente— Já deixei claro que não quero namorar por enquanto, mas ela parece não entender.

Tomo um gole do meu suco e ouço atentamente os rapazes opinarem sobre o problema de Ricardo.

— E vocês, não pegaram ninguém na festa? — Ricardo pergunta. 

Brandon conta às gargalhadas que não pegou ninguém, mas que na mesma semana fez um ménage com um amigo e sua namorada fazendo um pouco de suco ser expelido de minha boca quando gargalho com sua naturalidade em nos contar sobre suas aventuras sexuais, realmente homens são os melhores amigos que podemos ter.

— Eu peguei uma gostosa misteriosa e porra se eu soubesse quem é eu transaria de novo, a mulher sabe rebolar e sentar como ninguém.

Brandon me olha e segura a risada, além de mim ele é o único que sabe o que houve entre mim e Justin. Olho feio para ele. Esse segredo deve ir para o túmulo com ele.

— Brandon, você me disse que era uma amiga sua. Quem é?

Quase engasgo com meu sanduíche quando Justin pergunta diretamente ao nosso amigo, eu estranho essa sua curiosidade, nunca pensei que ele fosse ficar realmente atrás de mim, sempre pensei que Justin iria transar e depois ligar o botão do foda-se para essa noite.

— Nem sobre tortura eu vou contar, ela não quer revelar e eu não posso trair sua confiança, quando ela estiver pronta, ela mesma vai te dizer.

Brandon me olha enquanto responde,sei que o coloquei em uma situação ruim, e não posso fazer nada em relação a isso, um dia Justin esquece essa noite.

— Vai se foder então, seu merda.

E como sempre ele não surpreende ninguém com sua grosseria, Justin volta a comer e não olha para mais ninguém, ele está pensativo e o porquê disso eu não sei. Depois que comemos, Ricardo paga a comanda pois hoje é sua vez de arcar com tudo.

Vamos para a faculdade sabendo que temos cerca de dez minutos antes de nossas aulas começarem. Meus pés se prendem ao chão quando ao longe reconheço Benjamin. Ele está mais a frente olhando para nós com raiva.

Os garotos continuam seu caminho e me forço a andar. Desvio o olhar mas ainda vejo quando ele parte em minha direção. 

Ele passa pelos garotos e logo sinto um agarre firme em meu braço. Meus olhos sobem para seu rosto e minha paciência evapora. 

— Benjamim, me solta! 

— Agora você vai me ouvir. Como pode fazer aquilo comigo? 

Olho sem entender a que se refere.

— Não finja ser idiota, Emma! Você me proibiu de entrar na sua festa…

Oi??? É o que vem em meu pensamento, eu não posso acreditar no que ouço, tudo nessa vida tem limite e Benjamin já passou o dele a muito tempo.

— Você não é mais nada meu. Nem amigo. — puxo meu braço numa vã tentativa de me soltar.

Ele me puxa colando seu corpo no meu. 

— Eu já te disse que a Blair me seduziu. Eu amo você, Emma.

À frente meus olhos passam por Justin que está sendo contido por Brandon e Ricardo que falam com ele, não sei o porquê de toda agitação dos rapazes, mas quando nossos olhares se cruzam é dali tiro a força que preciso. 

— Quantas vezes terei que te dizer que acabou? Não existe mais nós. Você acabou com todo o sentimento que tinha por você. Agora se já acabou com seu show, eu preciso ir. Tenho aula.

Puxo meu braço e caminho para a porta, eu sinto que deixei claro que não temos mais nada e que ali morre a história que criamos juntos, eu não quero mais nada com ele, assim que me aproximo dos garotos, Justin me olha atentamente e não preciso falar nada ele sabe que estou bem, Justin passa o braço por minha cintura e vamos para nossas salas.

Olho sobre o ombro e tenho uma última visão de Benjamin socando o ar e batendo os pés. 

"Idiota." — penso.
...

Me sinto revigorada mesmo depois de tudo que aconteceu depois do lanche. Justin me levou até a sala de aula e estava me esperando no corredor na hora de irmos para casa. 

Pegamos o hábito de virmos juntos, quando não estamos com sua moto estamos com meu carro, segundo ele é para economizar combustível já que estudamos no mesmo lugar e saímos no mesmo horário, o que no fundo eu acho que seja uma mentira, às vezes penso que ele quer apenas ficar um pouco mais comigo e não posso negar que quero o mesmo.

Também tenho percebido que algo em seus olhos mudou. Justin continua sendo Justin, contudo ele demonstra gostar da minha presença sem ao menos dizer uma palavra e, de verdade eu prefiro assim, me iludi tanto com palavras que hoje eu sei que elas não são absolutamente necessárias.

— Como você está?— Justin pergunta quando começamos a andar até o estacionamento onde o carro está, eu sei muito bem a que ele se refere.

— Estou bem, finalmente as investidas de Benjamin não me incomodam mais, alguma hora ele vai ter que entender que não quero mais nada com ele.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, o vejo pelo canto dos olhos enfiar as mãos em sua jaqueta e olhar para cima.

— Eu queria quebrar a cara dele quando ele te segurou daquela maneira, quem ele pensa que é? Os meninos que não deixaram, disseram que era você que deveria pôr um ponto final em sua história. Mas irrita o fato dele ficar como um cachorro atrás de você, porra, você já não disse não, então porque ele insiste? Esse desgraçado tem que ver que você é min…

Justin para de falar e, no mesmo instante, paro de andar querendo entender o que ele ia dizer. Meu carro está apenas dois ou três passos distante de nós.

Ele solta um pigarro e me olha, seus olhos estão dourados e a luz do poste que fica no estacionamento da impressão que os mesmos estão em um estado líquido.

— Enfim, eu posso quebrar a cara dele sempre que quiser.

Justin tenta voltar a andar, mas eu seguro a manga de sua jaqueta preta.

— Porquê? — Eu não sei explicar bem a minha pergunta, esse porque significa tantas coisas, porque ele me defende, porque ele se irrita com Benjamin se aproximar, o porquê dele não dizer como se sente em relação a mim, e espero que ele entenda as minhas perguntas nas entrelinhas.

— Porque somos amigos, bonequinha de plástico.

Justin fala como se fosse óbvio, me aproximo dele um pouco, sua resposta é vaga contudo ele me olha fixamente, tenho vontade de beijá-lo e não vou reprimir meu desejo, sempre que ele  teve vontade o fez e então eu faço isso.
Passo meus braços por seu pescoço puxando sua cabeça para que nossos lábios se encontrem.

Justin não me evita, seus braços circundam minha cintura e não sei como mas ele vira meu corpo e alguns passos são dados para trás. Meu corpo esguio se encontra com a lataria do carro, ele me beija com vontade e toma controle da situação, sua língua começa a explorar cada canto de minha boca e mordidas são dadas levemente quando precisamos de alguns segundos para respirar. Sua mão desce sem vergonha alguma e aperta minha bunda por cima do jeans escuro, suspiro forte usando minhas unhas para arranhar sua nuca sentindo que Justin se arrepia com meu ato.

Ele aperta seu corpo ao meu ainda mais contra o carro, Justin interrompe o beijo para começar a beijar meu pescoço, ele morde e suga uma parte do mesmo, enquanto sua mão se aventura em minha bunda e pernas.

— Esse perfume— Justin sussurra em meu ouvido, fazendo-me arrepiar por completo. Justin volta beijar meus lábios lambendo meu lábio inferior e depois o superior, beijamos por mais um tempo até que contra a gosto separo nossos lábios com um último selinho.

— Vamos para casa? — pergunto, não precisamos falar sobre o beijo, é algo que nós dois queríamos e fim.

Justin me surpreende quando abre a porta do passageiro para mim, sento-me e enquanto coloco cinto ele dá volta no carro e assume o motorista.

— Olha! O caipira sabe ser cavalheiro. — o provoco quando ele começa a fazer a baliza para sair do estacionamento, ele lambe os lábios e me olha rapidamente começando a dirigir.

— Quando eu quero foder alguém, eu sei fingir muito bem, bonequinha de plástico.

Não me abalo com sua afirmação que quer transar comigo e apenas um pensamento vem em minha mente: "Quem me dera" ignoro qualquer reação de meu corpo lembrando-me de tudo que ele é capaz.

— Só em seus sonhos isso vai acontecer, caipira.

 

Justin ia responder,  porém ele freia de uma vez quando uma senhora com uma cesta em mãos, que esperava o sinal fechar desmaia bem próximo a nós.



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