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História 180 Days - Chapter 8


Escrita por: TiaClara

Notas do Autor


Boa noite!!!
Somos agora 313 isso é maravilhoso, muito obrigada amores.
Temos o primeiro ponto de vista do Justin nesse cap e vamos aos poucos entrar na mente desse caipira.
Espero que gostem do capítulo e nos vemos logo logo.
Peço desculpa por ainda não ter respondido os comentários do capítulo postado, estou muito cansada esses dias e hoje estou mesmo enterrada, estou desde 05:50 da manhã acordada e fiz MUITA coisa, mas saibam que li cada comentário e sorri com cada um, amo ver a teorias e chingamentos aos meus filhos. Obrigada

Link do wattpad nas notas finais.😘

Capítulo 9 - Chapter 8


Fanfic / Fanfiction 180 Days - Chapter 8

Point  of view— Emma Heard

Dobro meus joelhos até que o mesmo vá de encontro ao meu estômago, mesmo estando quase em forma de uma bola, minha cólica não passa. Os travesseiros estão como deixei na cama, servindo como um muro de proteção, porém, Justin não se encontra do outro lado dormindo, somente seu edredom marrom se encontra na cama.

Pego meu celular debaixo do meu travesseiro, tenho duas mensagens de Blair e uma ligação perdida da minha mãe, meus olhos ardem devida a noite mal dormida e o frio que senti. San Diego apesar de ser quente, as noites são frias, e estar em um trailer no meio do nada, fez com que a sensação térmica seja pior.

Sete e vinte e dois é o que meus olhos captam quando olho as horas, coloco meu braço sobre meus olhos ardidos não acreditando que acordei tão cedo depois da noite terrível que tive. Onde aquele imbecil está?

Uma fisgada em meu ventre me faz desistir da ideia de dormir mais um pouco. Levanto ainda tonta e vou até minha mala no canto do cômodo, com intuito de achar um comprimido para cólica e absorventes, tenho certeza que ainda hoje ficarei menstruada.

— Porcaria —  Minha irritação é palpável quando não encontro nenhum dos dois dentro da mala rosa.

Pego minha toalha, um par de lingerie verde escuro, camiseta branca e uma calça skinny da versace.

Saio do quarto e vou até o banheiro, observo o local apertado, apenas um chuveiro e um vaso preenche o ambiente.

Puxo a cortina e tiro o pijama de meu corpo magro, apesar de ser apertado o local,  está bem organizado.

Ligo o chuveiro e a luz oscila quando a eletricidade do mesmo começa a funcionar, com certeza, ele faz uso de gerador.

Entro debaixo do chuveiro e deixo a água quente me acalmar um pouco, dentro de um pote que ele colocou em cima de uma pequena prateleira está sua escova de dente e o creme dental, só então percebo que eu não trouxe nenhum produto de higiene.

Não me recrimino por isso, foram tantas coisas que aconteceram nos últimos dias, que não teria como lembrar-me de tudo.

Mesmo que minha vontade seja de passar sua escova de dente na privada, o que seria uma atitude infantil, eu acabo a usando para escovar meus dentes, ele não precisa saber desse pequeno detalhe, nunca.

Fico surpresa ao ver o sabonete que ele usa, como uma pessoa que usa um l'occitane mora em um trailer? Jurava que iria encontrar uma barra de sabão e não algo tão fino. O caipira tem bom gosto.

Fecho meus olhos conforme a espuma branca e sedosa forma em minha pele, meu mal humor matinal começa aos poucos se esvair, fico feliz que ele tenha saído cedo, me dando a chance de ficar em paz.

Ainda é difícil para mim aceitar que transamos por causa de um casamento idiota em Vegas. Como eu fui capaz de trair meu namorado? Eu posso ser qualquer coisa, menos dissimulada. Um suspiro sai de meus lábios, não vou ficar remoendo a minha desgraça, o melhor a se fazer é seguir em frente.

Cinco minutos depois, estou subindo a calça por minhas pernas, a enjoada cólica ainda está presente, contudo, eu não fico reclamando como vejo a maioria das garotas da universidade, faz parte da natureza na vida de uma mulher e graças a ela, sei que não estou grávida.

Vou descalça até a mini cozinha, abro o frigobar e tenho vontade de chorar, é algum tipo de brincadeira? Como pode ter apenas cerveja aqui dentro? Como ele pode estar vivo? Cigarros e cervejas não é a melhor escolha para o corpo humano.

Vasculho cada canto e tudo que encontro são algumas frutas em cima da pequena bancada perto do pequeno fogareiro — fogão de duas bocas —  opto pela última banana da cesta e começo a comer, eu não vou ficar nesse lugar sendo privada de algumas coisas, um sorriso nasce em meus lábios à medida que uma idéia surge em minha mente.

Pego minha bolsa que está em cima da cama e corro descalça para a porta de entrada, tranco a mesma e vou até o porta malas onde meus sapatos ainda estão, pego uma sandália preta com um salto pequeno e enfio meus pés nos mesmos. Enrolo meu cabelo em um coque, mesmo estando um pouco bagunçado eu gosto do que eu vejo. Destravo o carro entrando no motorista, com a certeza que meu pai vai dar um ponto final nisso.

(...)

— O senhor tem certeza que ouviu o que eu acabei de falar? — Pergunto chocada, meu pai não se abalou com a história que contei, ele permanece sentado em sua poltrona de couro, totalmente tranquilo e não demonstra abalo algum por me ver tão abatida.

— Ouvi bem, Emma. As duas vezes que me contou. — ele tira seus óculos e o coloca sobre a pilha de processos e eu finalmente ganho sua atenção.

— O rapaz morava sozinho até antes de ontem, o que você esperava? Uma casa muito bem decorada? Alimentos? Rapazes na idade dele só pensam em beber e sair.

— Trailer, ele mora em um maldito trailer! —  Jogo meu corpo na cadeira atrás de mim emburrada, formo o maior bico com meus lábios — Eu quero minha mãe! — Choramingo.

— Sua mãe já está ciente, a princípio ela não concordou, conversamos bastante e finalmente ela me entendeu e apoiou.

Eu não entendo o que meu pai quer com isso, eu estava tão bem com meu namorado, planos foram feitos e ele destruiu tudo. Eu tinha tudo para ter uma vida perfeita ao lado de Benjamin, e agora não sei se algum dia conseguiremos voltar ao nosso relacionamento estável e tranquilo. Eu sei que grande parte disso é culpa minha, mas meu pai tem uma grande porcentagem de culpa também, quando me fez morar com aquele ser irritante.

Desde o início soube que meu pai iria surtar, me pôr de castigo, tirar algumas regalias, eu estava disposta a aceitar suas condições, mas... não foi isso que aconteceu, eu o via como alguém que eu poderia contar, alguém que me ajudaria e tudo que eu consegui, foi ser jogada na cova do leão.

— Eu não sei o que o senhor quer com isso papai, que tipo de lição quer me ensinar? Não entendo!

Ele não fala nada, apenas volta a ler seu enorme processo.

— Agora você é patroa da casa, assuma seu lugar.

Ele empurra com a caneta meu cartão, me dando um sorriso pequeno.

Pego o mesmo, enquanto olho o cartão dourado, sei o que ele quis dizer, talvez… talvez eu consiga me sentir um pouco em casa.

Levanto-me da poltrona e lhe dou um beijo em sua bochecha, penso ir até minha melhor amiga ruiva, mas me detenho, tenho muito o que fazer, amanhã venho visitá-la.

Point of view — Justin Bieber

Passo a mão em meu rosto, tirando um pouco do suor mesmo, levanto meu pulso até altura dos olhos, vendo faltar dez minutos para seis da tarde, estou muito atrasado.

— Ryan— Chamo pelo nome do meu amigo e patrão que está debaixo do porshe amarelo, ele desliza o corpo e levanta seu rosto para que seus olhos se encontrem com os meus — Eu preciso ir, falta menos de uma hora para eu entrar na faculdade e ainda tenho que ir em casa.

Um sorriso nasce em seu rosto.

— Não começa — Peço entre dentes, eu não aguento mais piadas sobre meu suposto casamento.

Ele joga a chave L para o lado e se levanta.

— Está louco para dar uma metidinha antes de ir para UCSD né?

Reviro meus olhos descontente com o assunto.

— Eu já disse que quero distância de meninas como ela. Emma me irrita ao extremo, se acha a gostosa, uma deusa que tem que ser venerada e se acha a dona da buceta premiada.

Começo apertar meus dedos na palma da mão, ao lembrar-me do que aquela vadia fez ontem. Quem ela pensa que é? Aquilo não irá ficar assim, se ela quer guerra é isso que ela terá.

— Amor e tesão encubado — Ryan fala divertido, esse demônio deve pensar que eu jamais irei quebrar sua cara por que ele cresceu comigo, está redondamente enganado. Deixa o dia que eu levantar com o pé esquerdo.

— Pode ir, amanhã terminamos os carros, precisam ser entregues até quarta feira.

— Ok, até amanhã bro.

Começo andar em direção a porta de metal larga, mas algo me para, olho para trás vendo o mesmo acendendo um cigarro.

— Ariel está com saudades, irá vir comigo?

— Claro, vou ver a loirinha e ainda por cima conhecer a senhora Bieber.

— Vai para a puta que te pariu, Butler.

Saio da mecânica escutando sua gargalhada, vou até o banheiro e tiro rapidamente o macacão cinza e visto minhas roupas, eu terei apenas tempo de comer um lanche e ir em casa tomar banho, nada mais.

Subo em minha moto e dou partida indo para o primeiro Subway que encontro, entro no local relativamente cheio por causa do horário de pico. Vou até o balcão e aguardo minha vez, passam exatos vinte minutos e começo a cogitar a ideia de ir para casa.

— O que deseja, senhor?

Olho o menu rapidamente, o que aquela patricinha come? Eu não a suporto, mas não deixarei que a mesma morra de fome, sei que não tenho nada comestível em casa.

— Quero um frango defumado com cream cheese, uma batata grande e um milk shake de morango.

— Mais alguma coisa senhor? — A morena me pergunta, e eu nao sei o que pedir para a barbie humana.

— E me traga o que tem mais de natureba nesse lugar, talvez uma salada e…

A dúvida me consome e ela parece perceber.

— Um suco de laranja?

— Isso, tudo para viagem.

Ela assente e sai da minha frente, pego meu celular e leio minhas mensagens, sorrindo ao ler a mensagem de Callie, mordo meu lábio quando me lembro dos seus enormes seios e sua boca voraz, respondo rapidamente que topo encontrá-la hoje a noite.

Depois de pagar os trinta e cinco dólares e me sentir roubado, saio do subway apressadamente.

(...)

Coloco o capacete sobre o retrovisor e caminho em direção ao trailer, estranho quando chego na porta do meu trailer e vejo um tapete na escada de metal. Subo os três degraus e seguro no pequeno trinco, mal posso acreditar quando meus olhos passam pela minha sala, que porra houve aqui?

O sofá está com almofadas pretas e brancas, no chão há um pequeno tapete que mais parece uma cama de tão macio que apresenta ser. Contém algumas flores no canto direito, entro boquiaberto e meus olhos se estagnam na cozinha onde vejo alguns copos e louças diferentes, tudo está em preto e branco.

Emma, não está em canto algum, vou até o quarto, minha cama está com uma enorme colcha branca e outro tapete preto está no chão, ela colocou algumas prateleiras e as roupas estão bem dobradas e organizadas.

Ela fez isso tudo? Odeio o fato dela ter mexido e mudado minhas coisas, mas confesso estar surpreso.

Ela pagou alguém para fazer tudo isso… minha mente me mostra a realidade.

— Ah, você chegou.

Olho para trás e a vejo toda suada e em suas mãos ela segura um notebook.

— Eu esqueci meu notebook e voltei para buscá-lo.

— Eu te perguntei alguma coisa por acaso?—  arqueio minha sobrancelha — Que porra você fez  na minha casa?

Ela passa por mim fazendo questão de trombar seu corpo com o meu.

— Você deve ter esquecido que criou essa situação, então, essa casa é minha também.

Ela ajeita seu porta retrato que está perto de suas maquiagens, a casa tem um leve aroma de eucalipto.

— Pagando é fácil.— retruco, eu não gosto dessa menina, eu nem queria estar aqui com ela, apenas… foi necessário.

Ela se vira para mim com raiva, coloca as mãos em sua cintura extremamente fina.

— Eu fiz cada coisa sozinha, a única coisa que paguei foi as prateleiras pois não conseguiria.—  Tento esconder minha surpresa — Justin, eu não quero ser sua amiga nem nada do tipo, não precisamos falar nem um mísero A  com o outro, apenas peço respeito, não quero passar 178 dias em pé de guerra.

Eu estava esperando gritos e ofensas, não isso.

— Quem começou com a guerra foi você, ontem quando fez seu show na faculdade.

— Não, você mereceu quando aceitou estar casado comigo, agora estamos quites.

Ela ri um pouco e eu continuo sério, pois sei que jamais conseguiremos viver bem, somos opostos.

— Eu trouxe comida.

Falo apenas, começo a tirar minha camisa fedendo a graxa e óleo. Quando a mesma sai por minha cabeça a pego olhando meu corpo, tenha paciência.

— O que foi? — Pergunto sem fazer rodeio.

— Nada, só estava olhando que você está sujo, muito sujo.

Ela não se sente envergonhada e deduzo ser verdade.

— Resultado de quem trabalha o dia todo.

Ela dá dá de ombros, mas vejo seus olhos confusos.

— Que bom que trouxe algo comestível, eu não tive tempo de comprar nada.

Ela segue em direção à cozinha onde deixei a sacola, não tem como ir a faculdade, entretanto, nada vai me parar, hoje à noite eu vou foder com a Callie.

Quando ela percebe que estou na cozinha, ela me olha tranqüilamente enquanto segura meu sanduíche.

— Espero que essa salada seja para você — Emma morde com gosto meu sanduíche — Só como essas coisas quando estou com minha mãe. Achou mesmo que eu eu era como essas loucas que não come? Pelo amor de Deus, eu não sou nenhuma modelo da Victoria Secrets, e isso está muito bom.

Ela lambe seus lábios e come uma batata, eu não esperava nem um por cento do que eu vi hoje nesta casa, o que me aguarda nesse cento e setenta e oito dias?

— Eu vou tomar banho, tenho que sair.

Ela dá de ombros e toma um pouco do milkshake de morango, vou até o quarto pegando uma muda de roupa qualquer e vou até o banheiro.  

Abro o registro de água mergulhando minha cabeça dentro da cascata.

— Justin— Batidas soam na porta — Eu trouxe meu notebook, quero assistir filmes. Não sei como funcionam as coisas por aqui, bem, sobre a energia.

Mesmo irritado por ela me incomodar, enrolo uma toalha no quadril, vou até a porta e abro a mesma um pouco.

— Passa energia no subsolo, e a companhia liberou o uso da mesma, pode às vezes oscilar por não ter rede de distribuição, mas, jamais ficará sem luz. Pode fazer o que quiser.

Ela se vira indo em direção ao quarto, olho seu corpo de costas e sua fala vem em minha mente.

“Não sou nenhuma modelo da victoria secrets”

Quando sua bunda quebra para o lado direito chama a minha atenção.

— Com certeza ela poderia ser.— Resmungo para mim mesmo e volto para meu banho.


Notas Finais




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