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História 20 anos depois - A salvação da Escola Mundial - Capítulo 33


Escrita por: Believe8

Capítulo 39 - Capítulo 33


Assim que abriu os olhos na quinta-feira de manhã, Marcelina encarou o rostinho adormecido de Olívia, agarradinha em seus braços, como vinha acontecendo nas últimas semanas. Porém, aquele era um dia mais especial do que os outros.

Naquele dia se completavam 365 dias, um ano, que a pequena havia chegado ao mundo. Um ano de muita luta e muita dor para sua mãe, mas que culminava naquele dia com uma vitória. Já fazia uma semana que Marcelina não tomava o remédio, e não tinha tido mais nenhum surto.

Algumas lágrimas escorreram de seus olhos enquanto acariciava o rosto da menina, sua mente divagando pelos acontecimentos em torno do momento de seu nascimento. Nunca imaginou que ela, tão pequenina (como a professora Helena a chamava) teria forças para aguentar a provação que fora aquele parto. Claro, gostaria de ter tido a força para aguentar os meses seguintes, mas não se culpava. Pelo menos, não mais.

“O que importa é daqui para a frente. Vai ser só alegria na nossa vida, meu anjinho, eu prometo.” Sussurrou a mãe emocionada, beijando sua testa. A criança se remexeu, coçando os olhinhos para encará-la. “Bom dia, princesa. Feliz aniversário para você, meu amor.”

Um sorrisinho quase sem dentes iluminou o rostinho de Olívia, que disse sem rodeios.

“Mama.”

Aquilo, claro, surpreendeu Marcelina, porque mesmo com um ano, Olívia não havia dito nada até aquele momento. A pequena, mesmo sem saber, guardou sua primeira palavra para aquele dia tão especial e para mostrar para sua mãe que, juntas, tinham vencido toda aquela loucura.

“Que linda essa minha princesa.” Se derreteu Marce, ainda mais emocionada. Puxou a filha para seu peito, a segurando apertado. “Que o resto da sua vida seja maravilhoso, meu amor, cheio de tudo o que esse mundo puder te dar de melhor. O papai é meu anjo, e você é meu anjinho.”

“E você é minha vida, e ela é a minha vidinha.” Mário disse da porta, as observando. Marcelina o encarou sorrindo, enquanto Olívia se sentava, esticando as mãozinhas para o pai. “Cadê essa aniversariante mais linda?”

“Começou o dia falando sua primeira palavra.” O pai se surpreendeu ao ouvir aquilo. “Fala para o papai, meu amor.”

“Mama.” Recitou a pequena, orgulhosa.

“Passo noites em claro por um ano, e você me ganha nessa. Francamente.” Ele brincou, fazendo a esposa rir. Voltou sua atenção para a filha em seus braços, a beijando sem parar. “Feliz aniversário, minha vidinha linda. Que a sua vida seja sempre, sempre, sempre, o mais feliz dos carrosséis.”

“E o que é tudo isso na cômoda?” Perguntou a mulher, indicando a bandeja que ele havia trazido consigo.

“Nosso café da manhã na cama.” Ele depositou Olívia na cama, voltando e pegando o que havia preparado a pouco. “Incluindo um bolinho de aniversário para as duas mulheres da minha vida.”

“Mas hoje é aniversário dela, anjo, não meu.”

“É de vocês duas.” Ele colocou a bandeja na cama e pegou Olívia no colo. “Há um ano atrás, naquela sala, eu estava jurando que ia perder vocês duas, Marce. Eu só conseguia imaginar o que você estava passando, e sabia que eu não teria força no seu lugar. Quando você apagou logo depois de ela nascer, meu mundo caiu. Mas você sobreviveu, vocês duas sobreviveram. E mesmo que tenha demorado um pouquinho, você se reergueu, como... Como uma fênix, que renasce das cinzas. Você renasceu há um ano atrás, junto com a Olívia, e hoje é uma mulher mais forte do que era antes daquele dia. E eu tenho muito orgulho de vocês duas por isso.” Ele declarou, bastante emocionado.

“Eu te amo.” Foi só o que a baixinha conseguiu sussurrar, puxando ele pelo queixo e dando um selinho.

“Eu também te amo demais. Vocês duas.” Ele garantiu.

“Mas esse bolo é de nós três.” Corrigiu Marcelina.

“Como?”

“É, esse ano não é só uma vitória de nós duas. É uma vitória da nossa família, Mário, da nossa pequena família. Se não fosse você, todo o seu amor e o seu empenho em cuidar de nós duas, naquele dia e em todos que se seguiram, nós não teríamos conseguido passar por tudo isso. Você também renasceu naquela sala, anjo, em meio a todo o desespero: se tornou um grande homem, um marido melhor do que eu poderia esperar e o pai mais incrível do mundo inteiro. Esse ano foi difícil para todos nós, e você foi a peça chave para ele ter o desfecho que teve.” Ela acariciou o rosto dele, secando uma lágrima. “Se formos cantar parabéns, é para nós três, por tudo o que conseguimos.”

Se beijaram sem dizer mais nada, com Olívia os observando em silêncio. Mário colocou Marcelina sentada entre suas pernas, o que não era difícil considerando o quão menor ele a mulher era. Ela, por sua vez, colocou a filha sobre suas pernas e acenderam a pequena velinha, a segurando em frente os três.

“Faz um pedido para assoprar a vela, Oli.” Pediu Mário, baixinho.

“Um, dois, três.” Contou Marcelina e os dois fecharam os olhos, assoprando a vela. Olívia também fechou os olhos, um sorrisinho no rosto. “Parabéns para nós três.”

“Porque nós conseguimos.” Concordou Mário, beijando o cabelo dela. “E a Oli realmente gostou do bolinho.”

“To vendo o que esse tanto de glacê vai fazer na fralda dela mais tarde.” Os dois riram, vendo a criança lambendo a mão melecada de glacê rosa que ela retirou do bolo naquele momento.

“Eu to é achando que sua cara está muito limpa.” Comentou o Ayala, melecando a mão e passando na cara de Marcelina.

“Eu não acredito que você fez isso.” Gritou a mulher, revidando. Olívia era sujada pela bagunça e ria sem parar da meleca dos pais.

~*~

Os três chegaram na loja perto das 10h, encontrando Paulo e Alicia orientando os pedreiros que faziam as pequenas reformar necessárias. Ao vê-los entrar, a grávida começou a pular e gritar.

“Paulo, pega logo o presente dela. E você, Oli, vem no colo da dindinha, para eu te dar um abraço.” Ela apanhou a afilhada do chão, enchendo o rostinho de beijos e apertando a menina até quase sufocar. “Parabéns, amorzinho da madrinha, que você seja muito, muito, muito feliz. Não acredito que você já tem um aninho, como o tempo está passando rápido.”

“De onde saiu um urso desse tamanho?” Se espantou Mário, vendo Paulo se aproximar com uma pelúcia quase do seu tamanho.

“Conhece a Alicia grávida?”

“Está bipolar?” Perguntou Marcelina.

“Junta os surtos da gravidez do Lucas e da Isis, e multiplica por 10. Tenho até medo de como a Anne vai nascer.” O homem colocou o urso no chão. “Alicia, posso cumprimentar a nossa afilhada antes que você mate ela sufocada?”

“Vai se ferrar, Guerra.” Reclamou a esposa, lhe passando Olívia. “Você só está assim comigo porque eu estou gorda, não é?”

“Gente, eu juro que não sei o que fazer.” Suspirou o Guerra, encarando a afilhada. “Parabéns, princesinha do padrinho. Seja muito feliz.”

“Cadê o Lucas e a Isis?” Perguntou Marcelina.

“Estamos aqui, dinda.” O garoto apareceu, puxando a irmã pela mão. “Vamos dar parabéns para a Oli, Isis.”

“Paabens.” Sorriu a pequena, mostrando a covinha.

“Pronto.” Paulo colocoi Olívia no chão e os dois priminhos a abraçaram. “Ah não, Ali... Não precisa chorar assim, meu amor.”

“É que é tão lindo.” Soluçou a grávida, abraçando o marido e continuando a chorar.

“Eu to ficando com medo da mamãe, ela não é assim.” Observou Lucas, espantado.

“Mamãe ocona.” Concordou Isis.

“É, baixinha, sua mãe está meio louca mesmo.” Mário e Marcelina riam da cena que presenciavam.

~*~

“Como hoje é um dia muito especial, eu preparei aquela macarronada que vocês adoram.” Avisou Lilian, colocando a travessa na mesa. “Tentem não comer ela inteira, ouviram Paulo e Mário?”

“Sacanagem falar isso, mãe.” Reclamou o filho mais velho.

“É, sogrinha, a gente ainda está na fase de crescimento.”

“Para os lados, só se for.” Riu Germano, mimando a netinha no colo de Marcelina.

“Ficamos muito felizes que aceitaram o convite para jantar, Germano e Natalia. Sei que temos a festinha no sábado, mas acho que hoje é próprio para uma comemoração em família!” Comentou Roberto, com Isis em sua perna.

“Nós concordamos totalmente, Roberto. Só não sei porque a Diana está demorando tanto.” Comentou Natalia, encarando o celular. “Ela te disse algo, querido?”

“Nada, amor. Só disse que ia passar em um lugar antes de vir.”

A campainha tocou naquele momento e Lilian correu para atender a porta. Saudou a duas pessoas, causando estranhamento nos presentes, e logo apareceu com Diana e Dudu, irmão de Carmen.

“Dudu, que surpresa.” Mário cumprimentou o rapaz com entusiasmo, vendo-o responder de forma envergonhada. “O que faz aqui?”

“Eu trouxe o Dudu para o jantar do aniversário da Olívia.” Explicou Diana, sorrindo amarelo.

“Nem sabia que vocês dois eram amigos.” Comentou Alicia, maliciosa.

“Fazia muito tempo que a gente não se via. Acabamos nos vendo no memorial da diretora e retomamos contato.” Contou a jovem Ayala, encarando o Carrilho. “E, bom, nós não somos amigos.”

“Ah, não?” Perguntou Germano, sorrindo.

“Não, somos namorados.” Ela disse, fazendo Mário pular da cadeira.

“É o quê?” Ele gritou alto e Paulo gargalhou.

“Vingança é um prato que se come frio.”

“Paulo Guerra.” Alicia, Lilian e Marcelina repreenderam o professor, que continuou a gargalhar.

“Diana, você não tem idade para isso.”

“Mário, eu já tenho 22 anos, abaixa essa bola aí. Com essa idade a Alicia já estava para ficar grávida do Lucas.”

“Ok, ela tem um ponto.” Defendeu a sra. Guerra, dando de ombros.

“Não me ferra, Alicia. Pai, Natalia, vocês não vão falar nada?” Perguntou Mário, nervoso.

“Você é um amor, Dudu, desde sempre. Espero que sejam felizes.” Sorriu Natalia.

“É, eu lembro de vocês entrando juntos no casamento da Helena e do Renê, vocês ficaram tão fofos.” Sorriu Germano.

“Eu mereço.” Resmungou Mário, caindo sentado ao lado da esposa e da filha, que riam da sua cara.

~*~

Na sexta-feira de manhã, Maria Joaquina e Cirilo receberam uma ligação desesperada de Daniel. O amigo pedia que eles fossem depressa para a ONG, porque precisavam conversar, e pelo tom de voz o casal se assustou.

Chegaram junto com Jorge, que também estava aflito, e Majo logo começou a chorar. Cruzaram a porta tremendo, encontrando Daniel com um sorriso de orelha a orelha, as crianças ao seu lado com suas bolsas.

“Tia Majo, o tio Daniel disse que nós vamos passar um mês na sua casa!” Comemorou Antônia, correndo e abraçando a estilista. Ela arregalou os olhos surpresa, encarando os dois amigos, que riam e dava um ‘toca-aqui’.

“Vocês enganaram a gente?” Perguntou Cirilo, com Paula já no colo.

“Foi mais forte que a gente.” Se desculpou Daniel, pegando uma pasta de documentos. “Está aqui, a liberação. Eles vão passar um mês de observação com vocês. Se tudo der certo, no começo do ano já sai a guarda provisória.”

“Vocês são os melhores, de verdade.” Maria se atirou sobre os amigos, os abraçando apertado.

“E nós podemos contar para eles?” Cirilo indicou as crianças, que os observavam curiosas.

“Claro.” Concordou Jorge, animado. “Mas acho melhor fazer isso em um lugar melhor.”

“Acho que podemos ir tomar sorvete.” Propôs a mulher, e as crianças concordaram entusiasmadas.

~*~

“O que é um ultrassom, mamãe?” Perguntou Lucas, enquanto esperavam do lado de fora do consultório.

“Você era muito pequeno para lembrar, mas você viu os da Isis.” Contou Alicia, encarando a filha no colo do marido. “É um exame que eles fazem para ver o bebê dentro da barriga da mãe.”

“E dá para fazer isso?” Lucas ficou surpreso. “Não machuca a Anne?”

“Não, filho, a Anne nem vai sentir.” Prometeu Paulo. “É tipo uma visão de raio-X, sabe? Você vai entender melhor lá dentro.”

“Alicia Guerra?” A médica chamou, e a família se levantou. “Ora, ora... Temos visitas ilustres hoje, hã?”

“É, nós vamos conhecer a nossa irmãzinha.” Contou Lucas, entrando de mãos dadas com a mãe.

“Já chegou o resultado do exame de sangue?” Perguntou a médica, recebendo um aceno em resposta. “E a mocinha já tem nome?”

“Anne.” Contou Paulo, sentando com Isis ao lado da maca.

“Belo nome, e combina com o dos irmãos.” Sorriu a médica. “Bom, Alicia, você já conhece o processo.”

Logo, Lucas e Isis tinham os olhos cravados na tela, maravilhados com a imagem que aparecia ali, mesmo que fosse bem disforme.

“Prestem atenção, vocês dois... Esse é o coraçãozinho da irmãzinha de vocês, dentro da barriga da mamãe.” Avisou Paulo, e os olhinhos dos dois brilharam.

“Tum, tum, tum, tum, tum.” Imitou Isis, animada.

“Caramba, ele é bem rápido, né?” Comentou Lucas, encarando a mãe.

“O de vocês dois era igualzinho.” Afirmou Alicia, sorrindo. “Agora a doutora Angela vai mostrar todo o corpinho dela, presta atenção.”

Passaram pelos bracinhos, perninhas, cabeça. A médica ia explicando passo a passo, e Lucas assentia, sendo imitado por Isis. A pequena não entendia muito do que acontecia, mas ia na do irmão.

“Bom, a previsão se mantém do final de abril ao começo de maio.” Anotou a médica, quando já estavam na mesa dela.

“Vai ficar na sequência mesmo. Lucas no meio de janeiro, Isis no começo de março e ela no final de abril.” Riu Paulo. “Todo o prejuízo de festa no primeiro semestre.”

“Aí passa o segundo economizando para o ano seguinte.” Alicia revirou os olhos, mas ria.

~*~

“O sorvete de vocês está gostoso?” Perguntou Maria Joaquina. João Pedro estava sentado no seu colo, enquanto ela tomava um potinho de sorvete. Ao redor da mesa, o resto das crianças estavam completamente lambuzada, assim como Cirilo.

“Muito, tia.” Garantiu Henrique, sorrindo com a boca toda melecada de morango.

“Língua azul.” Riu Paula, mostrando a linguinha.

“Ela sempre quis tomar sorvete azul.” Contou Antônia, animada. “Mas a gente nunca tinha dinheiro para tomar sorvete.”

“Nós vamos tomar sorvete sempre que vocês quiserem.” Prometeu Cirilo, limpando a boca. “Mas, meninos, eu e a Majo queremos falar algo importante com vocês.”

“Pode falar, tio.”

“Bom, vocês sabem que a mãe de vocês, a Marta, está presa, não sabem?” Eles concordaram, desanimados. “Mas, dessa vez, ela não vai sair tão rápido.”

“Não?” Perguntou Guilherme, mais animado.

“Ela já foi presa várias vezes, querido, e a polícia acha que ela não é uma pessoa que deva ficar na rua então, para não aprontar mais.” Maria tentava explicar de forma suave. “Então, ela vai ficar presa por alguns anos.”

“Então nós não vamos ter que voltar para a casa dela?” Perguntou Antônia, e o casal negou. “Vamos poder ficar com o tio Dani e vocês?”

“Não é bem assim, querida.” Cirilo segurou a mão dela. “A ONG do tio Dani pode receber crianças por um tempo, mas não deixar elas morando lá. Isso se chama orfanato, já ouviu falar?”

“Não, orfanato não. Em orfanatos eles separam irmãos.” Se assustou a menina, assustando os irmãos.

“Calma, princesa, vocês não vão para o orfanato.” Prometeu Maria, carinhosa. “Lembra que você me perguntou porque eu e o Cirilo não tínhamos filhos, que nem todos os nossos amigos?”

“É, você disse que vocês tinham um filhinho, mas que ele estava no céu.” Repetiu a menina.

“Isso, meu amor. E agora, eu não posso mais ter outros filhos, sabe? Então, o que eu e o Cirilo queremos saber é se vocês querem ir viver com a gente, como nossos filhos?” Perguntou a estilista, ansiosa.

“Na casa de vocês? Naquelas camas? Com os pais e os amigos de vocês?” Perguntou Guilherme, abismado.

“É, carinha. Nós gostamos muito de vocês, e acho que vocês também gostam muito da gente, e gostaram de ficar lá em casa, não é?” Questionou Cirilo.

“Foi o que a moça nos perguntou essa semana, se nós tínhamos gostado de ficar com vocês.” Contou Henrique.

“Então, meu anjo. Essa moça está ajudando nisso. Esse um mês que vocês vão ficar lá em casa, com a gente, é para todos nos conhecermos e adaptarmos, e para a juíza ter certeza que vocês vão gostar de ficar com a gente e que nós vamos cuidar bem de vocês. Se eles tiverem certeza disso, vocês passam a ser nossos filhos.” Explicou Majo, sorrindo.

“E a gente nunca mais vai precisar ver a Marta?” Pediu Antônia.

“Se vocês não quiserem, não. Ela não vai mais ter poder ou direito nenhum sobre vocês.” Garantiu Maria Joaquina, ansiosa. “Mas... Vocês querem?”

“É, vocês querem ser nossos filhos?”

“O filhinho de vocês, o que tá no céu, ele não vai ligar, não é?” Perguntou Guilherme.

“Não, querido. Eu tenho certeza que, de onde eles está, o João está muito feliz.” Garantiu Cirilo.

“Ele chamava João também, que nem a gente?” Se animou Henrique.

“Chamava sim, meu amor. E ele ia gostar muito de ter vocês cinco como irmãozinhos.” Maria sorriu para eles. “E então... Topam?”

“Sim.” Gritaram os três mais velhos, enquanto Paula batia palminhas e o casal trocava o maior sorriso do mundo.

~*~

“Obrigada pelo convite para o cinema, Benny. A Sara adorou sair com o Rafa.” Agradeceu Valéria, enquanto observavam as duas crianças no brinquedão do shopping.

“E você se animou, o que é ainda melhor.” Garantiu o repórter, acariciando o rosto dela. “Você é sempre tão cheia de vida quando está com os seus amigos, Val... Diferente de quando está no trabalho. E não venham me dizer que é porque lá precisa ser séria.”

“É que, quando eu estou com eles, é como se os problemas sumissem, sabe? A dor e a tristeza pela separação minha e do Davi.” Ela suspirou, e ele sorriu. “E já to enchendo sua orelha com isso de novo.”

“Não ligo, sei como é difícil perder um grande amor.” O homem segurou sua mão. “Mas também sei que é muito bom quando aparece um novo.”

A jornalista não disse nada, só entrelaçou seus dedos com os dele. Honestamente, queria ter aberto os olhos mais cedo para Bernardo. Nos últimos dias ele tinha sido tudo o que ela havia procurado nos últimos anos, mas principalmente alguém que a entendesse. Se conheciam a tanto tempo, mas ela estava tão focada em seu fracasso com Davi que não teve olhos para vê-lo ao seu lado.

“Você tem sido um conforto enorme para o meu coração, Benny.” Ela admitiu.

“Mas será que algum dia eu vou poder ser mais do que isso, Val?”

“Você já é. Eu não teria coragem de dar um passo assim com mais ninguém, tenho certeza. Você me entende, entende minha agenda e minhas necessidades, mas vê além disso. Me enxerga como mulher, e também como mãe. Não reclama da minha necessidade de estar com a Sara, porque você tem a mesma necessidade de estar com o Rafa. Mas ao mesmo tempo me chama para sair só nós dois e me faz sentir desejada. Se eu não estou me afundando tanto quanto eu esperava, é porque você está me ajudando a subir para a luz. E eu só posso ser grata por isso, Bernardo.”

“Isso me deixa bem mais seguro.”

“Para quê?”

“Para isso.” Ele disse, antes de puxá-la para um beijo.


Notas Finais


Precisei dividir o primeiro aninho da Olívia em duas partes, se não ia ficar uma capítulo enooorme.
AI GENTE, QUERO UM MÁRIO PARA MIM. Na verdade quero um Mário, um Paulo, um Jorge... To aceitando todos eles, obrigada.
Acho tão fofo reação de criança com ultrassom, quase vomito um arco-íris, me julguem!
E TEVE BEIJO BELÉRIA! Shippo sim, e se reclamar, shippo duas vezes. Humph.
E as Marias e o Joãos gostaram da ideia de serem filhinhos da Majo e do Cirilo <3 Muito amor, apenas!
Capítulo que vem: festinha da Oli e a segunda jogada para salvar a escola. Será que vai dar certo?
Mil beijos e nos vemos em breve!


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