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História 20 seconds of courage - People say he is a fuckboy, dad


Escrita por: mii-riggsdixon

Notas do Autor


Hello sistas sistas!!!!!!
Algumas notas sobre a nova fic: # Chandler é filho da Gina com o William Riggs, mas os pais são separados, o motivo será explicado no decorrer da fic # O Grayson terá oito anos na história # O Chandler é famoso, e o elenco irá aparecer # Finch nossa bicth preferida, será um feat Regina George # Haverá pov's de outros personagens
Puts, não acredito que Beautiful Confusion acabouuuuu, vou chorar
Para os novatos: vem vindos
Xoxo

Capítulo 2 - People say he is a fuckboy, dad


Fanfic / Fanfiction 20 seconds of courage - People say he is a fuckboy, dad

LEIAM NOTAS INICIAIS PLEASEEE!!

Eu entrei na sala de aula atrás de Gally comentando sem parar o quanto eu estava com medo de Bethany Clark que havia dito que ficaria na minha cola o ano inteiro pelo esbarrão não proposital que demos na entrada quando o segundo sinal tocou e eu acabei quebrando sua unha do pé. Soltei minha bolsa em cima da mesa na frente da que ele havia escolhido e respirei fundo me controlando com um exercício de respiração que eu costumava fazer ao ficar freneticamente paranóica com algo, o que era quase toda vez. Meu pai costuma dizer que um dia eu vou o fazer surtar, mas todos sabem que ele apenas fala brincando. Ele surtar por minha culpa era algo bem impossível, eu acho. Gally me olhou com uma cara de sonso e eu comecei a me sentir melhor ao notar que conseguimos arranjar um lugar perto um do outro como sempre. Eu achava a maior parte do tempo que funcionávamos melhor juntos do que separados então se alguma coisa acontecesse, Gally estaria por perto para ver eu me ferrar.

Nós somos amigos desde os nove anos e nos conhecemos em um parque de diversões no momento em que o ajudei o sair da casa de espelhos durante o festival de Halloween que sempre há aqui na cidade. Acredite em mim, ele parecia estar morrendo lá dentro e pronto para dar um surto psicótico por achar que havia um palhaço assassino o perseguindo. Desde esse dia, não nos separamos nunca mais e fazemos a maior parte das coisas juntos.

 A sala de aula logo foi enchendo aos poucos e eu me mantive em pé ao lado da sua mesa já que o professor ainda não havia entrado na sala. Certamente levaria alguns minutos há mais para isso acontecer já que todos os professores arrumavam assuntos aleatórios depois do primeiro sinal. Até parece que nós, alunos, éramos péssimas companhias para eles.

-Olha a minha testa... –eu disse me aproximando dele rapidamente. -Tem alguma mancha roxa por aqui que eu deva me preocupar? –ele franziu o cenho analisando enquanto eu mantinha minha cabeça bem perto da dele. -Dei de cara com a parede essa manhã e está latejando. Estou perguntando por que vi no Grey’s Anatomy uma vez que batidas de cabeça que parecem não ser nada no começo podem futuramente causar um aneurisma e eu não estou a fim de morrer.

-Bateu com a cabeça de novo, Juliett? –ele perguntou confusamente enquanto cerrava seus olhos para achar algo na minha cabeça já que eu insisti para ele dar uma boa olhada. -Quantas vezes você bate naquela parede? Você devia tomar uma aspirina... Melhora quando acontece comigo... –ele mencionou e eu me lembrei do que o meu pai havia dito essa manhã.

Sem aceitar remédios do Gally.

-Hmmm melhor não, se continuar passarei na enfermaria. –eu respondi me virando rapidamente para ir me sentar. Meu corpo se chocou contra o de alguém e eu arregalei meus olhos ao ver todo o liquido preto que estava em um copo indo direto na blusa da pessoa. -Ai meu Deus... –eu disse apavorada e em uma espécie de choque momentâneo.

-Opa. –o menino loiro disse dando um passo para trás e olhando a bagunça que eu tinha feito. As pessoas na sala nos olharam e algumas começaram a rir por eu ser tão distraída assim.

-Me Desculpa! Mil desculpas pela sua blusa, meu Deus... –eu pedi a Colin que no momento estava todo sujo de café. Eu me aproximei dele começando a limpar sua blusa com a manga do meu moletom enquanto os amigos dele se mantinham atrás do garoto com uma cara de riso por ver o desespero tomando conta de mim.

-Olha não tem problema... –Colin respondeu simplesmente. -Foi um acidente... E eu acho que você esta piorando tudo. –ele falou ao ver que eu continuava querendo tirar a mancha enquanto algumas pessoas da sala nos encaravam já comentando coisas provavelmente sobre mim.

-Porque diabos você está esfregando o meu namorado?! –a garota de preto perguntou passando no meio dos garotos e me encarou seriamente. Eu arregalei meus olhos engolindo em seco e ri nervosamente querendo já explicar de uma vez.

-Olha, foi um acidente. –eu disse. -Foi sem querer, eu não vi que...

-Então se afaste dele antes que eu te massacre por acidente... –ela falou me interrompendo e eu dei um passo para trás sentindo que ela não estava brincando ao falar que me bateria.

-Calma aí Ocean... Vai assustar a garota, meu amor. –Colin falou e se virou beijando a garota brevemente para acalmá-la. Fiz uma careta de nojo me entreolhando com Gally enquanto ele mantinha a mesma expressão de terror em seu rosto por não saber o que fazer caso uma briga tivesse se iniciado por aqui. -Como ela falou foi um acidente. Trombamos sem querer. –eu sorri um pouco assustada assentindo com a cabeça concordando com o que ele havia dito e ouvi uma risada algumas mesas de distancia. Nos viramos olhando Finch lixando suas unhas e ele deu de ombros.

-Perderam alguma coisa por aqui? –ele perguntou e eu desviei o olhar.

-Certo, bom dia turma! –Lucas o professor de Aula de Comunicação e teatro disse entrando todo animado na sala com um sorriso no rosto. -É sempre bom iniciar as aulas do terceiro ano com uma turma nova! –ele soltou suas coisas em cima da mesa e o grupo passou por mim para irem se sentar nas mesas vazias do fundo. Os garotos novatos ainda se mantinham com uma cara de riso e então quando aquele tal de Chandler passou por mim, ele riu baixo antes de erguer as sobrancelhas em sinal de cumprimento. Fui até a minha mesa me sentando e olhei para Gally brevemente que ainda estava com sua cara de assustado.

-Estou sentindo que todos nessa escola me odeiam. –eu sussurrei e ele riu baixo. -É o primeiro dia de aula e já estou na lista de três pessoas populares que poderiam me matar e fazer parecer acidente.

-Ah, eu não deixaria você morrer sozinha... –ele falou e eu sorri para ele antes de rir fracamente.

-Ok ok... É bom verem vocês por aqui novamente Sr. Reedus e Sr. Riggs! –Lucas disse os olhando com um sorriso no rosto. -Me deixaram com saudades, eu admito! –os garotos deram um acenozinho para o professor e eu virei minha cabeça para olhá-los enquanto alguns murmúrios na sala começavam. Chandler comentava algo com os amigos e sorria para algumas meninas que o encaravam descaradamente mexendo no cabelo de cinco em cinco minutos e piscando constantemente que faria meus olhos arderem se fosse eu. Quando ele piscou para uma delas eu arregalei meus olhos e me virei para frente novamente antes de revirá-los não crendo que vi uma coisa dessas.

**

Pov’s Chandler Riggs

Na hora do intervalo, eu e meus amigos nos sentamos na mesma mesa depois que fui obrigado a tirar foto com trezentas garotas para que elas me deixassem em paz por um momento. Às vezes ser famoso era um saco e eu não tinha a privacidade que eu necessitava de vez em quando e olhando por um lado, minha mãe tinha razão ao falar que eu devia estudar em casa enquanto as pessoas voltavam a se acostumar com a minha presença por aqui. Aliás, eu havia insistido muito para desistir agora. Abri o pote com uma gelatina verde ainda não sabendo se eu iria confiar na palavra do Sam quando o mesmo falou que era uma das melhores que havia por aqui quando estávamos escolhendo os nossos lanches. Uma garota passou atrás de mim usando uma mini-saia rosa e eu me virei a acompanhando com o olhar jurando que se eu me esforçasse iria conseguir ver a cor da calcinha dela.

-Cara... Aqui é melhor do que Los Angeles. –eu comentei e eles riram não acreditando que eu havia dito isso. Dei uma olhada nas mesas vendo toda a escola dividida como sempre e respirei fundo antes de me apoiar na cadeira. -Não é estranho como nós mesmos somos capazes de nos dividir em grupos? –eu perguntei a eles e Sam parou de descascar sua banana me olhando com o cenho franzido.

-Porque esse papo agora, Riggs? –ele me perguntou confuso e eu ri dando de ombros antes de começar a comer meu lanche que não era tão ruim quanto eu imaginei por sinal. Para falar a verdade, era mil vezes melhor do que o de Los Angeles que deveria com certeza ser a sobra da comida de uma penitenciária.

-Estou falando porque eu não me importaria de me sentar na mesa daquelas garotas ali atrás... –eu comentei piscando para eles e os mesmos riram mais uma vez. Mingus me estendeu sua mão para fazermos um toquinho por ele concordar comigo e Ocean me olhou com uma cara estranha como se estivesse prestes a falar algo.

-Você não namora aquela tal de Haleigh? –ela perguntou ajeitando o piercing prata em seu nariz.

-Espera... Haleigh? O nome dela não era Brianna? –Colin perguntou olhando para a namorada e Mingus me olhou com uma cara de riso. Ele sabia muito bem dos meus rolos e sabia provavelmente que eu já havia pegado mais garotas do que um cara já na meia idade. Essa sim era a parte boa de ser famoso. A parte que havia “garotas” envolvidas.

-Sim, eu namorava a Haleigh. –corrigi os olhando. -Decidimos que namorar a distancia não iria ser bom para mim nem para ela, então cada um vai seguir com sua vida agora. –expliquei falando o real motivo. -E puta merda Colin, a Brianna já ficou lá trás... Quero aquela garota longe do meu pé. Quanto mais longe, melhor.

-É, mas perdoem a falta de paciência dele. –Mingus falou colocando seus pés em cima da mesa. -Ele está triste porque ainda pensa na Haleigh, com “g”. –ele fez graça e eu fingi uma risada por todos da mesa terem começado a rir já que ele era um palhaço.

-Não gaste a minha paciência seu otário. –eu disse o encarando e dando um soco de leve no braço dele. -Eu não estou triste... Quer dizer, posso pegar quem eu quiser agora e voltar a ser o antigo Chandler. Aquele que não tem compromissos. –continuei e abri um sorriso de lado.

-Ah sim, e quem irá ser a sua vitima então? –Colin perguntou dando uma olhada em volta. -Aqui é cheio de gatinhas... –Ocean o acertou fortemente com uma cotovelada e ele riu reclamando de dor antes de puxar a namorada para beijá-la. -Mas todos sabem que eu não largo essa Crepúsculo por nada... –nós rimos da piada dele e Ocean revirou os olhos entediada.

-Eu não sei... Tenho que andar mais por aqui. –respondi retomando o assunto principal. -Mas logo arranjarei alguém, vocês vão ver. Acreditem ou não, algumas garotas não conseguem resistir ao meu charme, á minha beleza, ao meu estilo, e a minha incrível habilidade de ouvir Ed Sheeran de vez em quando. –eu comentei e eles reviraram os olhos por eu estar me gabando. Quer dizer, as pessoas falam que amor próprio é tudo e isso eu tinha de sobra.

-Meu Deus essa Juliett tem estilo... –Ocean comentou de um modo irônico e eu a olhei franzindo o cenho. -Ela sempre usa moletons... Nunca vi a usar nada diferente e olha que estou aqui desde o primeiro ano do colegial.

-Calça jeans... Eu já a vi de calça jeans no oitavo ano. –Sam falou mordendo o sanduíche natural. -Sempre fomos da mesma sala, ela é legalzinha. Já fizemos um trabalho em dupla no segundo ano, mas como eu não entendia uma palavra do que estava escrito no roteiro, ela fez sozinha e colocou meu nome... –ele continuou com a boca cheia de alface e frango.

-Que idiotice... –eu disse. -Até parece que eu faria coisas de graça... E quem diabos é essa Juliett? –eu perguntei confuso e Ocean apontou na direção do balcão onde a comida era vendida. Eu me virei olhando a garota de moletom cinza e óculos de grau ao lado de um garoto alto que parecia escolher seu lanche com cautela. Nossa mesa os encarou por alguns segundos antes de eu desviar o olhar com uma cara estranha e debochada. Eu e Mingus nos entreolhamos e ele franziu o cenho antes de fazer uma careta que me fez chutá-lo fracamente. Ele riu e revirou os olhos. -Ela está na nossa sala não está? É a garota do café que adorou dar uma esfregada no Colin. –eu brinquei para zuar com a Ocean que me apontou o dedo do meio no mesmo instante me fazendo rir junto com o namorado dela que havia entendido a brincadeira. -Qual é Ocean... Não fique brava. –olhei a garota saindo do refeitório com o amigo e voltei a olhar para eles. -Porque implica com ela? Tem medo de perder o Colin para a loirinha?

-Ai por Deus, você é a pessoa mais babaca que eu já vi em toda a minha vida, Riggs. E eu não impliquei. Só falei das roupas... –Ocean respondeu dando de ombros e a mesa ficou em silencio por todos estarem comendo no momento. -Sabiam que a mãe dela morreu há quatro meses? –fiz uma cara estranha a olhando abrir um achocolatado e Mingus arregalou os olhos pela mudança de assunto repentina.

-Wow... Que pesado. –o loiro falou e eles assentiram. -E macabro, porque estamos falando de morte agora? Isso é... Assustador. –ele disse e eu abri meu sanduíche retirando o tomate de dentro. Era horrível. Como podiam misturar uma coisa doce com salgada?

-Foi só um comentário. –Ocean respondeu e deitou sua cabeça no ombro de Colin antes de entrelaçar sua mão na dele.

-É, parece que a mãe dela estava doente já havia algum tempo. –Sam continuou e eu o olhei prestando atenção. -Fui ao funeral com a minha mãe, parece que se conheciam, não sei direito. Mas não vi a Juliett chorando nem nada, ela só estava lá existindo. –eu assenti e dei de ombros.

-Bom... Cada um reage de um jeito diferente nessas situações não é mesmo? –perguntei. -Quer dizer... Sabem que eu não falei com ninguém quando os meus pais se separaram. Foi o meu modo de lidar com isso. –continuei. -Às vezes ela só...

-Olá... –uma garota falou me interrompendo e parando ao meu lado. Eu a olhei de cima em baixo e então sorri gostando do que vi. Sinceramente garotas de cabelo comprido e covinhas me encantavam de uma maneira que eu não sabia explicar. -Eu sou a Bethany e acho que todos perceberam que você e o seu amigo aí são novatos por aqui... E já que eu faço parte do comitê de boas vindas... O acha de darmos um tour pela escola? Posso mostrar as salas legais... –eu a analisei entendendo muito bem o que ela queria dizer e então assenti com a cabeça me levantando sem pensar duas vezes. Ela sorriu me estendendo sua mão e eu a segurei agarrando minha jaqueta pendurada na cadeira rapidamente. Nós saímos andando e eu olhei para trás vendo Mingus e Sam rindo junto com Colin e Ocean que reviravam os olhos não acreditando.

**

As costas da garota se chocaram contra os armários assim que andamos até eles. Ela colou nossos corpos ao me puxar pela camiseta e eu colei nossas bocas desesperadamente retomando o beijo que havíamos começado bem na saída do refeitório. Minhas mãos desceram pelo corpo dela até pararem em cima de sua bunda e eu a apertei fortemente fazendo a mesma soltar um gemido baixo perto de um dos meus ouvidos. Pedi passagem com a língua e ela concedeu enfiando as mãos no meu cabelo e dando leves puxões que me fariam enlouquecer se estivéssemos em outro lugar. Segurei o seu rosto não querendo me separar dela e a mesma pegou a minha mão a colocando debaixo de sua blusa e bem em cima do seu sutiã. Eu sorri de lado a pressionando contra os armários e desci os beijos para o pescoço dela vendo a mesma tendo que abaixar a saia que se levantava há cada momento que nos mexíamos.

-Ok, vamos achar uma sala... –ela disse se afastando ofegante e me puxando pela mão. Ajeitei o meu cabelo percebendo que uma garota estava tirando fotos nossa com seu celular e revirei meus olhos não acreditando naquilo. A minha mãe iria me matar assim que visse porque quando uma revista publicou que eu não passava de um garoto mimado e irresponsável fui dispensado de um filme que fez muito sucesso e que faria muito bem para a carreira que eu estava construindo. Minha vida era cercada por câmeras e qualquer deslize que eu sempre dava, era motivo de eu ser o foco principal em que as pessoas descontavam sua raiva. Eu estava praticamente afundando e tinha que ouvir Robert brigando comigo nos sets para o caso de eu resolver levar The Walking Dead para afundar junto comigo.

-Espera aí Beth... –eu falei a chamando por um apelido após pensar melhor e garota se virou para mim me encarando com seus olhos castanhos claros. -Acho melhor deixarmos isso para depois... Sabe, eu não posso me fuder e é isso que irá acontecer se alguém nos pegar.  –continuei e ajeitei a minha roupa bagunçada.

-Está falando a verdade ou é uma desculpa para me dar o fora?  –ela perguntou com um tom de deboche ao cruzar os braços e eu travei o meu maxilar a analisando.

-Sendo sincero com você eu estou pensando em cinqüenta maneiras diferentes de te jogar na minha cama nesse exato momento se você aceitar o meu convite para ir à minha casa hoje mais tarde. –eu respondi e um sorriso iluminou seu rosto. -Isso foi um sim? –ela assentiu e eu pisquei para ela antes da mesma sair andando. Eu ri sorrindo de lado em seguida e dei alguns passos pelo corredor parando assim que ouvi uma risada engraçada vindo do auditório. Me aproximei da porta olhando o ambiente escuro e foquei meu olhar no palco que estava iluminado.

-I thought that I've been hurt before... –eu olhei a garota cantando e encostei-me à porta para olhar. -But no one's ever left me quite this sore, Your words cut deeper than a knife, Now I need someone to breathe me back to life... –sorri sem mostrar os dentes e mantive lá em pé apenas os observando. -Got a feeling that I'm going under, But I know that I'll make it out alive, If I quit calling you my lover, Move on... –ela soltou um grunhido de frustração e respirou fundo se levantando do banco e andando de um lado para o outro. -Qual é Gally! –a garota do café disse enquanto o garoto estava deitado no palco jogando no celular ao lado da bandeja com os lanches. -Eu não consigo alcançar as notas direito. Pode usar sua voz para me ajudar?

-A minha voz é horrível Juliett, você já disse isso o que me deixa com vergonha de conversar. –ele respondeu e eu segurei o riso já imaginando. É estranho dizer, mas a cara desse garoto era muito engraçada. Era como se ele sempre estivesse sentindo alguma dor.  -Volte a cantar... É relaxante e você tem a melhor voz do mundo... –ela o olhou por um tempo fazendo uma cara de tédio e ele a olhou mostrando que a ajudaria da melhor maneira possível já que o mesmo percebeu que ela não o deixaria em paz. Ela sorriu ao se entreolhar com ele e se aproximou do microfone ajeitando os óculos no rosto.

-Ok... Se conseguir fazer a segunda voz no “Make it out alive”, e no “Move on” irá me ajudar a seguir com o resto. –ela explicou e ele assentiu se concentrando. -Certo. Vou começar de novo e nós dividimos as frases no refrão.

-Anda logo! –ele brigou com ela e eu ri fraco ao ver a cara que ela fez. Ela segurou o microfone como se estivesse imaginando o ritmo na sua cabeça.

-I thought that I've been hurt before... –ela começou e por mais estranho que pareça estava sendo bom ouvi-la cantando. -But no one's ever left me quite this sore, Your words cut deeper than a knife, Now I need someone to breathe me back to life... Got a feeling that I'm going under, But I know that I'll make it out alive... –o garoto fez a segunda voz e eu fiz uma cara engraçada ao ver a péssima voz que ele tinha se misturando com a dela. -If I quit calling you my lover, Move on... You watch me bleed until I can't breathe, I'm shaking falling onto my knees, And now that I'm without your kisses, I'll be needing stitches, I'm tripping over myself, Aching begging you to come help, And now that I'm without your kisses, I'll be needing stitches... –eu saí de lá fechando a porta silenciosamente e então voltei para o refeitório cantarolando a musica em um tom baixo.

Pov’s Juliett Adams

Eu empurrei a porta do sidewalk e o sino tocou mostrando que havia alguém entrando. Skye entrou com sua pasta de rodinhas indo correndo até o balcão e Gally entrou atrás de mim um pouco assustado com o cachorro que o perseguiu desde que saímos do carro. Fiz uma cara estranha ao ver que não havia ninguém trabalhando na construção do restaurante e olhei para o meu pai na cozinha fazendo alguns pratos para os clientes que aqui estavam. Acenei para eles que já me conheciam e fui até a Maggie para dar um abraço nela.

-Oi Mags... Oi pai! –eu disse batendo na janela brevemente e ele sorriu acenando para mim enquanto eu abraçava a senhora de cabelos grisalhos. -Precisam de ajuda com alguma coisa? Que eu ajude com as mesas? –perguntei.

-Não é necessário... Hoje as coisas estão bem tranqüilas por aqui, querida. –ela falou e eu dei um aceno para Joe que também estava na cozinha. Ele retribuiu e eu assenti indo me sentar em uma das mesas com o Gally.

-Como foi à escola?! –ouvi meu pai perguntando quando ele passou levando dois pratos em direção a uma mesa ao lado da janela de vidro. Me encostei no encosto amarelo do sofá e dei de ombros.

-Normal... Nada de interessante. –respondi ajeitando meus óculos. -Mas é legal estar no terceiro ano, Lucas é o nosso professor novamente.

-Definitivamente o Lucas é o melhor cara. –meu pai disse.

-Ah tem uma pessoa famosa estudando lá... –Gally mencionou e meu pai franziu o cenho o olhando. -E ele ficou sorrindo para a Juliett... –eu o acertei fortemente.

-Você é um grande mentiroso Gally. –eu disse e meu pai riu fraco. -Ele não sorriu para mim, sorriu para a minha câmera. É diferente.

-Bom, isso é interessante. Como pode falar que não é? –meu pai perguntou parando ao nosso lado e nos olhando. -Pessoa famosa é? Quem é? Alguém que eu conheça?

-Pessoalmente? Duvido muito já que você nunca vai há lugar nenhum... –comentei.

-Você também nunca vai a lugar nenhum pelo que eu saiba... –ele disse me encarando.

-Por isso aquele ditado que a mamãe sempre falava se aplica mesmo a nós dois... “Tal pai, tal filha”. –eu disse ouvindo Margareth rindo por ouvir a conversa.

-O famoso é o Chandler Riggs... –Gally explicou.

-Eu realmente achava que isso era nome de uma banda. –eu confirmei. -E as pessoas disseram que ele é um fuckboy, pai. –Gally fez uma cara de nojo ao me ouvir.

-O que?! –meu pai perguntou arregalando os olhos preocupado. -Juliett Rose Adams se eu ver esse garoto perto de você ou sorrindo para a sua câmera como você mesma disse, eu sou capaz de cometer uma loucura... Esse tipo de gente só quer saber de uma coisa, você me ouviu? –eu fiz uma cara de riso, mas assenti com a cabeça com o seu surto repentino. -Credo em cruz, me preocupa saber que tem um puto perto da minha filha. –ele disse a Margareth e eu cerrei meus olhos em sua direção pelo que o mesmo disse.

-Pai, não pode sair por aí falando que os outros são “putos”, é falta de respeito. –eu disse e ele revirou seus olhos voltando para a cozinha depois de bater na minha cabeça fracamente.

-Longe dele! –ele falou e eu assenti dando de ombros.

Até parece que eu iria querer ter algum tipo de contato com o garoto.

Balancei minhas pernas nervosamente e olhei para Gally na minha frente me olhando com uma cara sem noção enquanto tomava seu milkshake de baunilha.

-O que foi com você? –ele perguntou. -Porque está com essa cara de que irá me convencer a fazer algo que eu não ache correto?

-Eu não estou com cara nenhuma. –respondi. -Mas é que... Você não percebeu nada de estranho por aqui? –ele franziu o cenho olhando em volta e voltou a focar seu olhar em mim me fazendo saber que ele não havia reparado em nada. -Sem obras. –eu disse.

-Ahhh, verdade. –ele falou assentindo. -E o que tem?

-Acho que meu pai está encrencado. –falei em um tom baixo. -Quer dizer... Eu olhei alguns papeis na minha casa que acho que ele não queria que eu olhasse. Ele está em dívida com banco em relação a nossa casa e... Acho que parou as obras por causa disso e porque ele vem juntando dinheiro para eu ir para a faculdade. Além disso, eu não vejo muitas pessoas vindo para o sidewalk. –soltei um suspiro cansado e olhei para Skye sentada em um banco desenhando em seu caderno de borboletas. -Acho que todos nós estamos encrencados.

-Bom, eu não sei se ajuda, mas eu tenho um dinheiro guardado que minha mãe juntou para caso eu tivesse em uma emergência. –ele falou e eu franzi o cenho.

-Não, não de jeito nenhum. –eu disse. -Não vou pegar o seu dinheiro, Gally... –olhei para o meu pai trabalhando na cozinha e ele me olhou abrindo um sorriso quando viu que eu o olhava. Eu retribuí e voltei a olhar para o garoto sentado na minha frente pensando em algo para me ajudar. -Eu vou dar um jeito nisso e nós vamos ficar bem. –continuei. -Só preciso esperar os meus vinte segundos de coragem aparecer para eu tomar alguma iniciativa.


Notas Finais


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