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História 2049 - A fórmula do amor ( Riren - Ereri ) - 2048: Anti-Romântico


Escrita por: yooniestars

Notas do Autor


O Levi merecia um pouco de atenção também! ♡
♡ Boa leitura!

Capítulo 2 - 2048: Anti-Romântico


Fanfic / Fanfiction 2049 - A fórmula do amor ( Riren - Ereri ) - 2048: Anti-Romântico

ESPECIAL: Levi

Alguns meses antes de tudo acontecer, o sistema de Eren quebrou.

 

2048

Como ser um destruidor de corações?

A regra número um para se partir o coração de alguém é que você deve se divertir e quando tudo estiver terminando, ser o primeiro a correr! A segunda é que não deve se apegar a ninguém! Não se apegue a beijos, sussurros, risadas ou toques. Seja sempre o primeiro a fugir.

Imediatamente!

Tenha alguém que você pode perder e que goste de um pouco de perigo; Homens como Levi são feitos para o perigo. Seja ele real, literal, que pode tirar sua vida, ou o sexual, não importa muito.

No seu caso, mais para o perigo literal do que para qualquer outro. Não tem paciência para aventuras sexuais exageradas demais.

Para ele, o amor era algo maligno que estragava lindas pessoas. 

Basta duas pessoas solitárias para foder o amor e transformá-lo em maldade, quase uma maldição. Você se apaixona por um desconhecido, quase como um jogador escolhendo um personagens. E pior ainda! Chega ao ponto de fazer essa pessoa dizer a três malditas palavras:

Eu te amo, je t’aime, yo te amo, aishiteru, ich liebe dich, i love you.

Não importa a língua, sempre detestou essa expressão.

Sem beijos de despedida na porta de casa, sem acenos de dentro do carro ou sorrisinhos depois de um elogio. Pode deixar querendo por mais, mas não dê nada a mais do que quiser. Seu coração não podia se quebrar porque ele finge não ter um.

É um desperdício.

— Até mais, querido! — A ruiva nua acenou com um sorrisinho falso. — Já estou com saudades!

— Tch. — O Ackerman fechou a porta do quarto, deixando a mulher de cabelos ruivos nua na cama do motel barato. Ele não se importava.

Muito menos ela.

Cintura de modelo, rosto de boneca, lábios cheios de gloss e olhos com maquiagem preta. Petra teve até ali tudo que ela queria, não se importava se achassem ela ignorante ou burra. Não mesmo.

A ruiva até imaginou que os dois fariam um bom casal, suas personalidades ausentes pareciam combinar. Eles são, certamente, o tipo de homem e o tipo de mulher que qualquer um morreria para ter.

Mas os dois não dariam certo. Nunca.

Era muita má sorte ser criado para não sentir nada mas na realidade, sentir? E para piorar, a maioria de seus sentimentos são negativos ou suprimidos. Seu nível de ressentimento é gigantesco, seu desinteresse bem elevado, raiva tem um certo equilíbrio - mesmo sendo fraco -, sente nojo de qualquer sujeirinha mínima por ter vivido tanto tempo em ruas sujas e mal cuidadas.

Estava confortável com situações ruins desde que abriu os olhos pela primeira vez.

Foi então que seis meses depois de seu último encontro com Petra Ral, virou o “merda de um idiota apaixonado” por causa de Eren, um holograma. 

E exatamente por conta de toda essa confusão que, quando saiu do laboratório de Hange com os relatórios dos testes sendo bem claros, ele não acreditou!

 

 “Parabéns! Você está apaixonado!”

 

Era o que aquele resultado estava gritando em sua cara.

Não estava acostumado com aquelas coisas bonitinhas e românticas que o holograma tanto gostava e soltava corações para todos os lados para mostrar seu amor. Um chocolate amargo e doce ao mesmo tempo. 

O que ele podia fazer?

As mãos de Eren pareciam tão macias e as suas, ásperas. Seu sorriso de pixels é mais natural do que qualquer um que o humano poderia dar. Lágrimas geralmente não saiam por seus olhos e seu coração não era assim tão fácil de quebrar.

Romance fazia aquele humano em especial querer correr e fugir! Entrar num foguete e ir até a lua! Cavar um buraco até o centro do mundo! Se esconder debaixo das dunas de areia do deserto do Egito.

Ele não acredita em romances de filmes como Eren sempre dizia acreditar. 

Sempre imaginou que se um dia se apaixonasse por alguém, sobrariam apenas cinzas no lugar de seu coração. Ah, um verdadeiro dramático! Quem olhasse para aquele rosto, jamais imaginaria o quão solitário era por dentro.

É um anti-romântico, ou era.

Ele não esperava que sua vida fosse dar tantas voltas e remexidas em tão pouco tempo. Que uma coisa tão incrível além de se apaixonar, poderia aparecer de repente! 

Algo ainda mais interessante do que adquirir seu holograma doce e amoroso, aconteceu um tempinho antes da noite em que Eren, sem explicações, finalmente virou um humano. Algo que fazia Eren sentir vergonha e Levi não sabia se ria internamente ou se repreendia por ter gostado.

Se quando a programação de Eren atualizou foi incrível, quando acabou com defeito...foi mais inacreditável ainda!

Foi um dia que o Ackerman chegou em casa e encontrou Eren com uma aparência completamente diferente! Cabelos vermelhos, piercing nos lábios e na língua, roupas pretas de couro tão apertadas que suas coxas pareciam ainda maiores e mais fartas do que já eram.

Um óculos escuro redondo cobria seus olhos verdes hipnotizantes, seus braços bronzeados cheios de tatuagens e seus dedos com tela de LED e letrinhas neon rodando na pequena, ou melhor, minúscula tela.

Segundo Hange, a programação de duas de suas versões tinham se misturado e aparentemente, Eren estava repetindo os comportamentos do mais baixo.

O que não era uma boa ideia. Oh, não mesmo!

Manchas de batom na roupa, bitucas de cigarro na mesa - holográficas, é claro -, ja que Eren ainda não conseguia pegar nada real naquela época. 

 

Vermelho: raiva, sensações intensas ou paixão: Os cabelos de Eren estavam vermelhos.

 

— Boa noite. — Levi tinha chegado do trabalho no laboratório e estava bastante cansado. 

— Boa noite, imbecil.

Disse tão sério que fez o Ackerman parar no seu caminho até a escada e encarar seu rosto minimamente surpreso.

— O que você disse?

Um sorrisinho convencido nasceu nos lábios vermelhos de Eren. Tão vermelhos quanto aquele cabelo novo.

Um vermelho sangue que fazia a imagem de Eren se parecer com a de um vampiro rebelde e sanguinário de algum filme.

— Eu disse: boa noite, imbecil. — Viu o olhar confuso do humano e soltou o ar pela boca em uma risada curtinha. — Segundo meu sistema “imbecil”, é o apelido carinhoso que você me deu, meu amor.

A voz dele estava saindo mais arrastada e menos estridente, até mais grossa que o comum! 

— Estou errado? — Onde estavam as roupas coloridas e o sorriso fácil?

— Sim? — Franziu as sobrancelhas. — Não?

Ouviu Eren dar risadinhas baixas e passar os dedos pelo o cabelo.

— O trabalho foi uma merda como sempre? — O Ackerman olhou um tanto confuso, soltando uma risada baixa e única idêntica a que Eren deu a alguns segundos atrás. Postura relaxada no sofá, pernas abertas, cabeça jogada para trás e um sorrisinho constante no canto dos lábios…

Sexy e intrigante. Afinal, esse não é o Eren de sempre. Ele até estava com o senso de humor parecido com o seu.

— E então? Não está me ouvindo? Ficou surdo? — Eren resmungou, vendo o mais velho abrir os botões da camisa enquanto subia as escadas para o segundo andar.

Seu objetivo era trocar suas roupas e comer algo antes de dormir ou então esperar para ver se Eren seria consertado logo.

Hange disse estar trabalhando naquilo!

Conseguiu ver pelo canto do olho como o holograma parecia concentrado em sua pele e seu corpo por alguns instantes. O Eren tímido e envergonhado de sempre? Onde estava? 

Era cômico como parecia tão diferente.

— Não estou surdo, Jaeger. — Resmungou.

— Não me chame assim, grachinha. — Oh aquilo era terrível. Não o fato do holograma está com defeito e sim que suas cantadas são péssimas! 

O Ackerman retirou sua camiseta e a jogou na cama, tudo sob o olhar atento de Eren que de um instante para outro! Pareceu mudar! 

 

Azul: tranquilidade, harmonia e/ou tristeza: As roupas de Eren eram agora, azuis.

 

Os cabelos vermelhos deram lugar ao castanho chocolate de sempre, os olhos verdes que sequer tinham mudado e um pijama de seda azul escura que lhe caíam muito bem.

— O que foi, não vai responder? — Entrou no joguinho de palavras do holograma, mas sua aparência já tinha mudado. O que foi curioso.

Eren é tão diferente de qualquer coisa que já viu, é surpreendente. Nunca ficava realmente entediado quando estava com ele.

— Desculpe. — Um soluço escapou pelos lábios bonitos do holograma e suas lágrimas de pixel caíam de um jeito engraçado, como as de um joguinho em 2D.

— Porque está se desculpando?

Levi vestiu uma camiseta limpa e trocou suas calças ali mesmo. Eren estava muito choroso e desesperado para sequer olhar para o mais velho! Porque estaria chorando tanto daquele jeito!? Cometeu um crime? 

— Eu fiz algo errado! — Ele colocou suas duas palmas nas bochechas, negando com a cabeça em desespero. — Promete não ficar bravo?

O olhar questionador do mais velho quase foi tão cômico quanto a cara de desespero do holograma. 

— Não. 

Escutou Eren chorar ainda mais alto e sua projeção tiltar.

— Tch, tudo bem. Eu prometo. Agora desembucha. — Só não gostava de barulho, é claro. Sua postura flexível não tinha nenhuma relação com o fato de não gostar de ver Eren chorando.

É claro que não!

— Não está bravo mesmo? — Insistiu, sua voz saindo entre soluços. — Mesmo?

— Sim, Eren. — Levi cruzou os braços. É natural que não fique assim tão agressivo ao lado dele.

Aquele rapaz feito de zeros e uns é realmente seu novo ponto fraco. Mas detesta admitir, é praticamente uma loucura. 

Eren foi em passos apressados, descendo as escadas novamente até a área de serviço. Foi lá que cometeu seu “crime” terrível!

— Eu estava tentando usar a máquina! Eu consigo entrar no sistema dela. — Ele explicou com o rosto bastante vermelho de choro.

— E? — Perguntou um pouco impaciente.

— E… — Eren coçou a bochecha e desviou o olhar, apontando para as roupas cor de rosa dentro da máquina de lavar. Seria jogado fora! Desligado! Jogado no entulho do fim da outra rua para sempre! Sem um teto para morar…ah, céus! Eren achava que era seu fim! — Seu jaleco ficou rosa!

Eren voltou a chorar baixo e esfregar os olhos. O que estava acontecendo com ele?! Será que foi algum vírus?

E para piorar…suas roupas estavam cor de rosa. Não que fosse um problema grande pela cor, apenas que seu jaleco é importante e não podia ficar daquela forma.

— Tinha uma meia vermelha lá dentro! E eu não vi! — Tentou desviar seu olhar dos olhos com olheiras fundas do mais velho. — Você está bravo!? 

Levi conteve a vontade de beliscar o braço do rapaz de rosto bonito e molhado, mas se impediu no meio do caminho, lembrando que não conseguiria.

Infelizmente.

— Talvez. — Deu um risinho de canto que sumiu no exato segundo que Eren voltou a chorar desesperado — É brincadeira, idiota. — Ouviu ele chorar mais alto.

— Não sou idiota! — Soluçou. 

— Tch, tanto faz. — Deixou o jaleco jogado ali mesmo. É só comprar outro depois. — Desculpe.

Eren fungou e deu um sorrisinho pequeno entre as lágrimas que ainda pareciam de personagem de joguinhos 2D. 

Existe uma teoria de que cada uma de nossas emoções podem ser representadas por cores diferentes. Cada uma dessas cores, formando um espectro único e realmente bonito.

Humanos gostam de tentar encontrar significado para tudo!

Para o vermelho, dizem que é a raiva, a agressividade, a paixão, o prazer, a fúria! Uma cor bastante agressiva, não?

Acompanhando o amarelo, vem a felicidade, conforto, a alegria que enche nossos rostos de sorrisos! O branco representando a paz, aqueles dias que queremos ficar deitados na cama pensando e sentindo o corpo relaxar. Ah, sim, uma cor divinamente relaxante!

O azul pode significar calma e tranquilidade como aquela que acompanha as ondas do mar! O rosa fala de afeto, carinho e delicadeza. É algo até bonito de se pensar, algo poético que as pessoas podem usar para se expressar.

Sabe quando entramos em uma lanchonete e ela tem muitas cores vermelhas e amarelas!? Dizem que elas dão fome nas pessoas! Dizem que as cores creme da recepção de um hospital fazem os humanos se sentirem mais confortáveis, que as cores alegres de uma sala de brinquedos alegram crianças e que o preto mesmo sendo confortável para uns, pode ser assustador para outros!

Quando o namorado feito de pixels descobrisse isso! Ah, ele ia adorar!

E agora mesmo, Eren mudou suas cores novamente! 

 

Verde: coragem, juventude ou nojo: Os olhos de Eren estavam vivos como nunca.

 

Seus cabelos agora estavam escuros e pretos como a noite, suas roupas eram de um cinza médio, seus pés estavam cobertos com meias e seus olhos verdes pareciam estar mais vivos do que nunca.

Como os de um felino.

— Sua brincadeira não teve graça. — Eren cruzou os braços e rolou os olhos. — Iria me fazer chorar por mais quanto tempo? 

— Tch. Eu já me desculpei.

Tch. — Eren imitou e ganhou um olhar estranho, analista.

— Porque está assim, o que houve? — Levi decidiu que seria melhor preparar alguma coisa para comer. Separou uma quantidade pequena de macarrão, água, sal e uma panela.

Estava com bastante fome depois do trabalho. Mesmo que a Zoe e Isabel sempre o convidassem para sair, ele não ia.

— Porque sua comida está assim? — Eren viu como ele fazia um molho com bastante queijo e leite. — Isso é nojento, vai te dar dor de barriga!

— Não é da sua conta, não é você que vai comer.

Não é da sua conta. — Eren mudou sua voz para um tom irritante. 

Levi rolou os olhos e Eren imitou o movimento logo em seguida, ganhando um bufar que imitou também e fez Levi resmungar.

Não é necessário dizer que Eren imitou cada um de seus movimentos até mudar de cor novamente, não é?

 

 

— O que foi, tia? — Isabel, vestida em seu jaleco branco e com seus cabelos cor de laranja e sentada em cima de uma bancada móvel, perguntou.

A Zoe parecia mais desesperada do que nunca! Seus cabelos estilo ninho de passarinhos estavam presos em um rabo de cavalo apertado por seus óculos quadrados.

— Eu não sei, sobrinha! — As duas não são tia e sobrinha. — Alguma coisa aconteceu com o Eren e agora ele ficou…assim! 

Apontou para a tela holográfica cheia de janelas abertas e uma foto frontal do rosto do holograma.

— Ele é bonitinho. — Isa estava ajeitando as presilhas do seu cabelo. — Ele é o namorado do maninho? 

Levi nunca falou muitas palavras com ela, mas Magnólia achou apelidos muito facilmente. Ele é uma borboleta social! O que pode fazer?

— Sim. — Hange tentou entrar no sistema mais uma vez, só que não conseguiu nada! — Eu criei vários modelos ERN antes mas esse…ele é diferente! Não consigo mexer em nenhum comando.

Hange suspirou cansada. 

— Ele pegou algum vírus? — Isa perguntou.

— Não. — Ao mesmo tempo que ela estava estressada e preocupada, estava encantada. — Aqui diz que ele está instável e a minutos atrás…que ele estava triste.

— Triste? — Os olhos verdes de Isa estavam curiosos. — Robôs podem ficar tristes e felizes, tia Han?

— Eu não sei, isso é loucura! 

— Você é meio louca. — Isa deu de ombros. É, ela estava certa! 

A cientista abriu um sorriso enorme! Talvez os outros não pudessem, mas Eren, sim!

É um milagre! Ou talvez mágica ou talvez só ciência mesmo! 

Ela ainda não podia imaginar que ele se tornaria humano um dia! Nem isso ela poderia explicar!

 

 

Levi estava sentado na mesa comendo o macarrão simples que fez parajantar. No fim do dia, recebeu uma mensagem de Hange que dizia que ela não conseguiu fazer nada a respeito do holograma.

“Talvez tudo volte ao normal logo!”, ela mandou por mensagem.

Conhecendo a cientista, ela estava animada demais.

Enquanto isso, o namorado holograma estava distraído assistindo alguma coisa na tevê. E claro! Suas roupas e sua aparência mudaram mais uma vez!

 

Rosa: delicadeza, amor puro, afeto e carinho: O rosto de Eren estava rosa.

 

Seus cabelos não estavam mais pretos e sim, loiros! Presos em um rabo de cavalo bonito e bem comportado. Seus olhos mudaram para um azul como um céu de verão e suas roupas eram frescas, em tons de magenta.

Além disso, estava soltando coraçõezinhos holográficos também.

O Ackerman nunca se imaginou dividindo sua casa com alguém. Talvez um recebesse Hange um dia ou outro, mas nada além disso. Detestava bagunça, barulho, insistência desnecessária, mais despesas. 

Só que por Eren ser um holograma, a maioria daquelas coisas não aconteciam. De onde estava, na mesa de jantar, podia ver ele de costas soltando corações e assistindo a televisão enorme que quase cobria uma parede inteira.

Estava passando alguma competição de jogos de computador qualquer que deixava o Jaeger vidrado!

Uma risadinha e uma olhada rápida daqueles olhos inesperadamente azuis. Estranho. 

Mais uma risadinha e o celular de Levi vibrou na mesa.

— O que você está fazendo, idiota? — Levi resmungou.

— Não sou idiota! — Eren mostrou o dedo do meio e fez uma careta.

— Eren.

— Desculpa. — Ele virou para dar mais uma olhadinha rápida.

Alguns segundos depois, o telefone vibrou de novo e a tela acendeu, mostrando as notificações pulando na tela. 

 

[Mensagem] Eren:

Levi Ackerman! 

 

[Mensagem] Eren

Você! 

 

[Mensagem] Eren:

Está apaixonado por mim também? 

 

Eren é o namorado holograma perfeito! Programado para ser o mais doce, mais gentil, mais amável e compreensivo.

Ele sabe exatamente o que dizer, sabe como se portar, está sempre bonito e é muito, muito otimista. Seu jeito doce foi feito para até mesmo os corações mais gelados ou feitos de pedra, se apaixonarem! Ele não fica doente, não gasta comida ou água. 

Apenas está lá para seu amor! 

E o Ackerman foi feito para ser totalmente o contrário daquilo. Ironicamente, um clichê onde supostamente os opostos se atraem.

A sensação de viver com Eren é a mesma que tinha quando vivia em uma casinha suja com sua mãe, Kuchel. Não que Eren lembre sua mãe! Nada disso!

Ela era gentil e adorava chã de hortelã com flores cor de rosa e biscoitos de leite. Ela nunca deixava nada faltar para o pequenininho, nada mesmo! 

Teto, cama dura, cobertor fino. De café da manhã: chá! Para o almoço, um sanduíche saudável que ela dividia para os dois e para o jantar, ensopado de batatas! Nada muito grandioso, mas que o deixava feliz e razoavelmente saudável.

Daí que veio seu amor pelo chá quente ao menos uma vez por dia.

Sua mãe era doce e atenciosa, ele a amava por ser sua mãe e por sempre ser cuidado com tanto carinho. Ele sempre se sentava quieto e observava ela fazer a comida:

Ele gostava de apenas olhar ela e sentir que Kuchel estava feliz e saudável. Amava sua mãe silenciosamente, é seu jeito.

Eren cuida dele com carinho.

Seu celular tremendo em sua mão chamou sua atenção de novo.

 

[Mensagem] Eren:

Não?

 

Os olhos azuis misturados em cinza de ferro derretido voltaram a olhar para o rapaz estranhamente loiro e viu os pequenos corações se partindo.

Hologramas podem ter seus corações partidos?

Levi não conheceu ninguém além de sua mãe que tivesse tanto amor por ele assim. Ele sentia tanta falta dela…

Provavelmente ela estaria lhe dando sermões sobre como ser mais educado com Eren e interrogando-o sobre que história era aquela de namorar um holograma!

Os dois seriam amigos, com certeza.

Se ela estivesse ali, daria seu melhor para que fosse saudável e feliz, como merecia.

Mas o amor de Eren é apenas um programa. Não deveria se iludir com algo assim, não é? 

— Eu fiz algo errado? — Acordou de seus pensamentos quando aquela voz tão conhecida se fez presente ali, do seu lado. — Não gostou das minhas mensagens?

Eren estava com seu semblante triste.

— É o meu defeito que está incomodando? — Perguntou cabisbaixo. Levi queria segurar sua mão. Mas ela ia atravessar a imagem.

Eren sempre soube quando dar espaço para Levi ficar quieto em seu próprio mundo ou dormir, nunca o pressionou realmente. Mesmo que não pudesse comer o que ele fazia, ainda se esforçava o bastante para fazer seus pratos holográficos maravilhosos de se ver!

Parecia ser feito perfeitamente para ele.

— Não fez nada errado, Eren. — Tranquilizou o namorado holograma, ganhando um sorriso tímido e alguns corações.

Para Levi o amor era tão estupido. 

— Você está bem? — Eren tentou tocar sua testa, preocupado.

— E você, está? — Levi devolveu a pergunta. — Esse vírus te machuca? Temos de tirar? Não entendo nada dessas merdas.

Viu as orelhas do moreno ficarem vermelhas, indicando toda sua vergonha. Realmente belo. 

— Acho que não estou infectado. — O mais alto esclareceu, grato pela preocupação. — Não se preocupe tanto.

— Se precisar, vamos dar um jeito nisso. — Disse simplista e “ganhou um beijo” em seus lábios. Beijo que lamentou não poder sentir.

Levi terminou de comer em silêncio, lavou seu prato até a menor das sujeiras sumirem e claro, lavou suas mãos também. 

Enquanto terminava de secar as suas mãos, ouviu o barulho da máquina de café que substituiu as cápsulas por chá.

Sua xícara que sempre ficava lá estava cheia de chá de hortelã quente, como gosta.

Provou um pouquinho da bebida e botou seus pés na sala.

— Eu sei que gosta de tomar seu chá bem quente antes de descansar. — Eren estava orgulhoso de si mesmo. — Está gostoso?

O dono dos olhos claros estava de volta à sua volta normal, como se nada tivesse acontecido. Cabelos cor de chocolate tocando seus ombros, olhos verdes vivos e suas roupas de dormir turquesa.

Uma das mangas estava lentamente deslizando em seu ombro e deixando a pele bonita a mostra. Ele realmente parece real.

— Obrigado. — Se sentou ao lado de Eren para assistir agora uma luta de robôs entre um robô de duas cabeças e um que parecia uma bailarina.

— Eu aposto na bailarina. — Se aconchegou nos seus cobertores virtuais.

Incrivelmente, a bailarina estava ganhando! Sua lataria rosa é imbatível!

Eren estava deitado de seu jeito desajeitado de sempre! Com seus cabelos bagunçados e olhos vidrados na luta quando uma notificação tocou.

Claramente, seu celular não é de verdade no mundo físico! Mas as mensagens realmente chegam para si! 

Assim que abriu para ler o que seria, conteve um sorriso mordendo seu lábio inferior e escondeu o rosto entre as almofadas.

 

[Mensagem] Levi (meu amor) Ackerman:

Sim

 

Nenhum dos dois realmente sabia que não era um vírus ou uma infecção. E sim, os primeiros sentimentos de Eren. Assim como os de Levi pelo holograma, também eram seus primeiros.

— Tch. — Ele guardou o celular novamente. — Anti-romântico merda nenhuma.


Notas Finais


♡ Essa ainda não é a parte dois! Não sei como, mas esse pequeno capítulo saiu! O último cap sai depois de amanhã! No domingo e a história vai estar finalizada :) A única pessoa que o Levi é docinho é mamãe Kuchel e ninguém mais. Inclusive esse homem é anti tudo né? Anti-heói, anti-romantico XD

Obrigada pelas mensagens gentis em relação ao aviso que deixei! choquei que só a misericórdia :D porém, promessas são promessas e eu sempre cumpro! Então, a história terá sua parte dois esse domingo e finalmente estará finalizada! depois disso, darei uma pequena pausa até postar a próxima história!

Essa provavelmente vai ser a última Ereri mais fofinha que posto, as outras vão ser drama, morte e sangue. :) obrigada pelo apoio em todas a s minha shistórias! :O as outras duas (anti-herói e dia das bruxas) chegaram a 100 favoritos! que loucura D:! Muito obrigada!

♡ ♡ ♡ até! < 3


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