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História 21 Days - Vizinho inconveniente


Escrita por: nndevonne

Notas do Autor


Oiee amores, Nath aqui, como estão?
Mais um capítulo para vocês.
Esperamos que gostem do capítulo.

Capítulo 6 - Vizinho inconveniente


Fanfic / Fanfiction 21 Days - Vizinho inconveniente

“ —Você sabe que é a única culpada, sua estúpida! — seus olhos azuis que antes me encantavam, hoje me davam medo, me assombravam.

— Não… todos somos…

Ele riu.

— Todos somos? Quem teve a ideia, querida? — debochou — Tudo o que aconteceu é culpa sua.

Meus olhos marejaram.

— Por favor…

— Vem até aqui — neguei — Para de ser teimosa, Blair!

— Eu estou cansada… Você já teve o que queria….

Ele se aproximou, me afastei automaticamente, mas não foi o suficiente. Agarrou meu braço que já estava dolorido de seus apertos e o apertou com mais força, gemi de dor.

— Você acha que aquilo basta? Sabe o que acontece se me desobedecer Blair. Eu conto tudo para todo mundo. — suas palavras eram más, contudo o pior era que eu sabia que elas eram verdadeiras. Ele faria isso, extremamente cruel, não perderia uma chance de me ver na lama. Como um dia pude me apaixonar por ele?

—Eu odeio você! — gritei e a minha resposta foi um tapa forte foi acertado em minha bochecha direita.

Eu não conseguia mais controlar minhas lágrimas, estava vivendo um inferno. Eu merecia, estava pagando meus pecados.

—Agora seja uma boa garota... —disse me arremessando do outro lado do cômodo.

Sim, eu sabia e não gostaria de sentir aquilo novamente, não por enquanto que sentia as dores dos hematomas forte espalhados em todo meu corpo.

Fiz o que ele pediu, no final, eu sempre fazia.

Senti seu membro me invadir da forma bruta que ele sempre fazia e a dor já não era mais novidade, eu estava acostumada com ela, eu tive que me acostumar. Seu semblante de prazer me enoja e as lágrimas continuam a descer. Estava paralisada, cansada demais para revidar aquilo.

Estou pagando meus pecados. Mais uma vez repito aquilo, no fim, eu sabia que merecia. Eu era culpada, eu tinha feito aquilo.”

Acordei em um sobressalto. As lágrimas em meus olhos, meu corpo suado. Outro pesadelo. Quando isso acabaria?

Ele nunca me largaria, sempre estaria preso em minhas memórias, mesmo longe ele me atormentava, como se estivesse aqui do meu lado, me torturando com suas palavras e ações.

—Bom dia, Blair — a voz de Harry me despertou dos meus pensamentos — Você está bem?

Sequei rapidamente a única lágrima que desceu pelo minha bochecha rapidamente e assenti. Me levantei e permaneci de costas para ele enquanto organizava o local que havia dormido.

—Estou um pouco atrasado para o ensaio de hoje, já vou indo ok?

Apenas assenti novamente.

Não queria perguntas em cima de mim, muito menos de Harry. Ouvi a porta ser aberta e fechada logo em seguida só então consegui respirar aliviada.

Depois de arrumar a sala fui para o quartinho onde estavam as minhas coisas e peguei roupas para tomar um banho.

Hoje era sábado e estaria focada em encontrar bons clientes para a American Inversiones. Aquele cargo já era meu, mal posso esperar para a ver a cara de William Bristol.

Tomei meu banho e me vesti com uma calça jeans e uma regata, estava quente, mas não exageradamente. Peguei uma tigela e enchi de leite e cereais, me sentei na mesa e puxei meu notebook.

Hora de trabalhar no meu futuro.

Conforme a pesquisa ia fluindo não conseguia conter um sorriso em meu rosto, iria conseguir essa promoção facilmente, se havia uma coisa que eu tinha confiança era em meu serviço, sempre fui perfeita nele. Enquanto pesquisa escrevia um resumo no word com todas as informações que eu precisava, entraria em contato com todos na segunda, marcaria uma reunião com cada um e daria o meu melhor para conseguir um contrato com todos.

O celular começou a tocar freneticamente em cima da mesa, olhei e revirei meus olhos ao ver o nome do meu irmão na tela. Era vigésima vez que ele ligava naquela semana. Ele conseguia ser insistente quando queria.

Decidi atender, uma hora ou outra teria que fazer isso mesmo.

—Até que enfim maninha, já estava pensando que teria que voar até aí. — foi a primeira coisa que escutei ao atender.

—Não será preciso, se você fosse um bom entendedor teria compreendido que estava lhe ignorando. O que você quer?

—Seu humor nunca melhora não é mesmo? Cada vez mais parece com uma amora azeda.

—E suas piadinhas nunca melhoram não é mesmo? Cada dia piores.

—Eu e nossos pais estamos preocupados com você Blair. — ele finalmente diz o motivo da ligação — Você nunca vem nos visitar e entendemos o motivo, mas ligar não vai intervir em nada, sabe? Sentimos sua falta.

—Zayn… Eu estou bem, já falei isso.

—Você nos disse isso na última vez que eu liguei que se eu me lembro bem, foi a três meses atrás.

Bufei.

—Eu ando muito ocupada….

—Essa é sempre a sua desculpa Blair. — ele disse —Você nunca tem um tempo para nós e sentimos muito a sua falta. —repetiu.

—Você já disse isso.

—De quem você era Blair.

—Não posso acreditar no que eu acabei de escutar —revirei meus olhos e me levantei, começando a me irritar — Aquela Blair não existe mais Zayn, nunca mais repita isso.

—É claro que ela existe. — insistiu — Sou seu irmão, sei do que estou falando.

—Pois então você deveria saber que aquela Blair só me traz pesadelos.

—Aquilo foi uma consequência do caminho errado que todo adolescente passa…

—Não venha com essa ladainha novamente Zayn, estou cansada dessas conversas. Eu sou assim agora.

Ouvi um longo suspiro no outro lado da linha.

—Papai e mamãe querem falar com você. —falou—Foi ótimo conversar com você, Bey. — Senti um aperto no meu coração ao ouvir o apelido carinhoso que ele sempre me chamava.

—Filha? —Ouvi minha mãe — É você mesmo?

—Oi mãe.

Conseguia vê-la chorando do outro lado da linha.

—Filha que bom que atendeu. —A voz de meu pai se fez presente — Estamos com saudades.

—Oi pai, sinto muito não ter atendido antes e nem ligado, as coisas estão corridas por aqui —falei.

—Me conte tudo filha —minha mãe disse— Como está o serviço? A sua vida? Amigos? Namorado?

—O serviço está ótimo mãe, estava agora mesmo trabalhando….sobre as outras perguntas, continua tudo na mesma e não pretendo mudar isso.

—Filha….sabe que tem que seguir em frente não é? —Meu pai diz —Nem todos são como aquele...

—Pai, por favor não quero falar sobre isso.

—Tudo bem… Não vamos tocar naquele assunto, mas filha seu pai tem razão você tem que ter amigos, um paquera…

—Meu apartamento teve problemas com encanamento, está todo alagado — mudei de assunto rapidamente, aquilo os manteria entretidos.

—Oh….

—E você está aonde? —Meu pai pergunta.

—Meu vizinho foi generoso o bastante para me oferecer o quartinho que ele tinha vazio para guardar minhas coisas e estou morando temporariamente com ele.

Ouvi o gritinho animado de minha mãe.

—Aquele vizinho irritante que você tanto odiava? Ele é bonito?

—Mãe —a repreendi, mas vendo que não tinha escapatória daquela pergunta, decidi respondê-la de uma vez. —Sim, é esse mesmo e eu ainda o odeio… Eu acho. Estamos tendo uma convivência agradável, apenas isso.

—Está morando na mesma casa que um cara desconhecido? Filha isso pode ser perigoso….

—Pai não se preocupa —o tranquilizei —Sei que poderia ser perigoso, mas acredito que o máximo que Harry tenha feito de ruim na vida é iludir as pobres garotinhas que passam por sua cama e acreditem eu não corro esse risco.

—E se ele tentar algo…

—Pai eu deveria ter esse medo e não estou tendo ok? Pode ficar tranquilo, ele é um idiota, mas não tanto assim.

—Tudo bem, confio em você.

—Ele deve ser bonito —minha mãe voltou ao assunto.

—Mãe eu vou desligar ok? Tenho muitas coisas para fazer. —Falei, precisava dar um fim ao assuntos “homens e amigos” com minha mãe.

—Ah! —lamentou— Tudo bem, mas promete nos ligar com frequência?

Suspirei.

—Sim, eu prometo.

—Te amamos filha.

—Eu também amo vocês.

Antes que aquilo se prolongasse encerrei a ligação.

Voltei minha atenção para o notebook, tentando me concentrar, mas era inútil. Era por isso que odiava as conversas com minha família, isso sempre me levava ao passado e o passado sempre me distraia. O telefone começou a tocar novamente e eu já pensava na possibilidade de desligar ele pelo final de semana inteiro, mas como era um número desconhecido, estranhei e mesmo com receio atendi.

—Alô?

—Senhorita Blair McGrawn? — Uma voz masculina perguntou do outro lado.

—Ela mesma.

—Aqui quem falar é Oliver Cooper, sou responsável pela obra que será feita na sua casa.

—Ah, sim. Algum problema?

—De forma alguma, pelo contrário, gostaríamos de começar na segunda-feira a reforma.

—Seria ótimo, quanto mais rápido melhor.

—A reforma demorará em torno de 21 dias, acredito que meus homens já tenham lhe informado.

—Sim, fui informada sobre esse tempo longe de meu apartamento. Sobre o pagamento, na segunda irei conseguir depositar uma quantia e quando as obras acabarem deposito o resto, certo?

—Perfeito, Srta.McGrawn. Irei mandar o número da conta da agência por mensagem, obrigada por confiar em nosso trabalho.

—Não é como se eu tivesse escolha.

—É... Certo senhorita, foi um prazer fazer negócios com você.

Desliguei a ligação.

Meu dia mal havia começado e já estava com uma tremenda dor de cabeça.

***

Era noite e Harry estava em seu quarto, segundo o mesmo os amigos estranhos iriam vir até aqui e juntos iriam para uma festa. É claro que iriam, estava até surpresa por não ter nada nos dias de semana.

Terminava de lavar a pequena louça que havia sujado ao comer sanduíche e beber um copo de suco quando ouvi a campainha. Sem alternativas, sequei minhas mãos e caminhei até a porta, a abrindo logo em seguida.

Kayla parecia estar com os cabelos mais rosas do que eu me lembrava, o que me levava a pensar que era uma adolescente presa em um corpo adulto, Niall a segurava pela cintura, do contrário da namorada se vestia adequadamente. Meus olhos caíram em Liam que me olhava com um certo brilho no olhar e eu conhecia esse brilho, revirei os olhos internamente, vestia uma roupa de playboyzinho e parecia confiante nela.

—Seu amigo está terminando de se arrumar — falei — Entrem.

—Como está Blair? —Kayla perguntou com o sorriso quase rasgando o seu rosto. A felicidade dela me enojava.

—Bem.

Não perguntei como eles estavam, definitivamente não me interessava.

—É bom ver você de novo, Blair —Liam se aproximou dizendo.

Me afastei.

—É uma pena que não possa dizer o mesmo.

Percebi que Niall segurou a risada. Kayla desfez o sorriso, mas me lançou um olhar que eu conhecia muito bem do meu passado, solidariedade e eu definitivamente odiava isso.

—Ela não é um amor? —Harry surgiu na sala sorridente. Usava uma calça preta com uma bota masculina da mesma cor, sua blusa era branca e seus cabelos estavam molhados.

O sorriso de Kayla voltou.

—Você poderia ir junto com a gente.

Arregalei meus olhos.

—Acho uma ótima ideia — Harry disse.

—Nem pensar —falei—Odeio festas.

—Você ao menos já foi em alguma? —Harry perguntou.

—Em várias — o surpreendi com minha resposta — E me arrependo todas às vezes.

—Por favorzinho — Kayla juntou as mãos — Prometo que conosco a festa será divertida.

—Eu já disse que não.

—Amor, ela não quer — Niall, que parecia ser o único com cérebro naquele local disse — É melhor irmos ou enfrentaremos uma fila maior.

Eles assentiram.

—Tchau, Blair —Liam sorriu para mim.

Apenas acenei, querendo me livrar o mais rápido deles.

—Qualquer coisa eu deixei meu número de telefone na mesa da cozinha, você pode me ligar — Harry disse.

Assenti.

E finalmente eles saíram.

Eu definitivamente não me sentia muito confortável com os amigos de Harry, e até mesmo com o último. Liam tinha aquele olhar estranho em seu rosto, Kayla era intrometida, Harry era irritante, mas estou aprendendo a conviver com o mesmo, afinal ele está sendo gentil comigo, talvez Niall seja o único que ainda não tenho nada contra, é curioso, mas consegue se conter.

Eu havia passado o dia estudando meus clientes, então tudo que eu queria agora era assistir uma televisão e dormir. Amanhã resolveria o que fazer.

***

Pela primeira vez depois de muito tempo eu dormia tranquilamente, mas como sempre eu fui interrompida, só que desta vez não era por um pesadelo e sim por um corpo caindo em cima de mim. Levantei em um sobressalto, estava assustada.

Consegui observar a silhueta de Harry tentando inutilmente se levantar. O fedor de bebida poderia ser sentido a milhas de distância.

Eu mereço. Agora tenho que cuidar de um bebum.

Me levantei e acendi a luz, ele tentava se acostumar com a claridade.

—Levanta daí, imbecil —ordenei sem paciência.

—Acordei você. — ele disse.

—Claro, você é um idiota que não consegue nem ao menos ter responsabilidade e beber com moderação —bufei—Levanta!

Ele sorriu e se deitou mais, como se a cama fosse sua.

—Aqui é confortável....deita comigo Blair...

Revirei os olhos, eu não merecia isso.

Eu simplesmente odiava gente bêbada. Quase gritei de ódio quando tive que pegar sua mão e o puxar, mas foi inútil, porque mesmo bêbado ele tinha força e eu não esperava que ele fosse me puxar.

—Me larga Harry — Gritei exaltada.

—Só um beijo —ele falou— E eu solto você.

Oh meu bom Deus, isso não poderia estar acontecendo de novo.

—Você está bêbado Harry, por favor não faça nada que vá se arrepender depois.

—Eu nunca me arrependeria de beijar você.

Ele se aproximou e mesmo com as lágrimas nos olhos que eu nem havia notado ter aparecido, acertei um tapa em seu rosto, com o impacto ele me largou e eu me afastei o máximo possível.

—Sai de perto de mim! — gritei — Amanhã mesmo eu vou encontrar outro lugar para morar… — Eu dizia nervosa.

Ele se aproximou e eu me levantei, mas não consegui ser rápida o suficiente, ele segurou meu pulso e naquele momento eu me apavorei, como há muito tempo não me apavorava.

—Blair, me desculpa.

As palavras me surpreenderam, o olhei e ele parecia estar arrependido, talvez o tapa tenha dado um choque de realidade nele.

—Eu estou bêbado e frustrado, não deveria ter brincado dessa forma com você.

—Você me assustou, parecia que... — não consegui completar as palavras.

—É verdade que me sinto atraído por você, mas nunca faria nada com você, nem mesmo bêbado. — Suas palavras pareciam sinceras e ele parecia menos alterado. — Você não precisa procurar outro lugar para morar...

Senti seu toque em meu pulso formigar, o puxei rapidamente.

—Acho que preciso. — Declarei ainda tentando acalmar meus batimentos cardíacos. — Essa atração que você diz sentir por mim o fez reagir assim, eu não quero nem imaginar....

—Juro não tocar em você! — Ele me interrompeu com a voz firme.

—Você já prometeu isso.

—Ok — ele colocou a mão na cabeça —Estou com dor de cabeça agora, mas eu juro não tocar em você sem seu consentimento ok?!

—Isso muda alguma coisa?

Ele assentiu.

—Gosto de ter você aqui, sem falar que para onde você iria? Sabe que não tem opção.

Bufei.

—Só não se aproxime mais dessa forma Harry.

Ele assentiu.

—Me desculpa. —pediu de novo.

—Vai tirar a bebedeira de seu corpo, nos vemos amanhã. —Repliquei exausta e sem paciência para aguentar mais aquela conversa.

—Boa noite.

Apenas assenti, ele percebeu que estava chateada com a situação, mas resolveu seguir até o seu quarto.

Não deitei no colchão, sentei no sofá. Senti o nó na minha garganta e chorei como há muito tempo não chorava. Eu sabia que estava longe de ter uma boa noite.


Notas Finais


Geentee, o que que deu no Harry? Será que ele vai lembrar?
Comentem todas as suas teorias.
Quero desejar um feliz natal para vocês e um feliz ano novo, com muita paz, saúde e alegria <3
Próximo capítulo é Aninha que posta hahhaha <3
xoxo,


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