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História 3-Palavras 7-Letras - Capítulo (02)


Escrita por: Giovana_sem_E

Capítulo 2 - Capítulo (02)


                 Natsu se vendo cada vez mais aborrecido em sua casa, com todas as investidas do pai para colocar na cabeça dele que precisava mudar e assumir de vez uma responsabilidade oficial com Lucy, decidiu sair um pouco de casa e andar para espairecer. Chamou seu cocheiro e em pouco tempo partia para o centro de Magnólia, não sabia ao certo seu rumo ou o que faria ao chegar, mas precisava se distrair.

(¿♡?)

- Lucy, papai e mamãe, estão te procurando! - avisou Sting, entrando de baixo do caramanchão, onde estava sua irmã, a ler um livro.

A jovem não se deu ao trabalho de olhar para o irmão, continuo depositando unicamente sua atenção ao livro.

- eu ja sei o que ele quer falar comigo, e eu não estou afim de um sermão logo de manhã. - era a mesma coisa sempre que ela se dava a liberdade de fazer o que queria, como na noite anterior. Os pais a chamava para conversar, davam uma sermão de como uma dama devem se portar e como não deve, depois tentam convencê-la que ela esta na idade ideal para se casar e como Natsu é um ótimo partido e etc. Ela não escuta eles por muito tempo, sempre se distrai com algo mais interessante que os pais.

O irmão suspirou e se sentou ao seu lado, segurando sua mão com delicadeza, e ela abaixou o livro em seu colo, dando um pouco de atenção para o loiro ao seu lado.

- sei que você não gosta de ouvi-los, e também sei que essa história sobre casamento não a encanta como encanta as outras senhoritas, na verdade a assusta. Mas veja bem...

Ela tentou escutar calada o que ele tinha para falar, mas se sentia incapaz de tal coisa:

- eu não quero me casar...- disparou. Mas não que ela não queria na verdade, - não estou pronta para isso, não estou pronta para comandar em uma casa ou cuidar de filhos e um marido "perfeito"... -

- Natsu está longe de ser perfeito . - lembrou o irmão.

Ela revirou os olhos em resposta. Ela se perguntava, o porque todos eles não podem aceitar que Natsu e ela são apenas amigos e não querem mudar isso.

- o que te leva a pensar que seria ele o meu marido?

- tudo me leva a crer nisso, e é o que todos esperam. Você não vê? Vocês são inseparáveis, e seria o pior castigo para ambos ficar separados, e é o que vai acontecer com os dois quando decidirem construir uma família com outras pessoas, a esposa dele não vai querer essa amizade, e seu marido a proibirá de vê-lo por se sentir ameaçado por Natsu. A única maneira de vocês serem felizes é juntos. - explicou. Mesmo que Lucy se recusasse a aceitar, ela sabe que é verdade.

- então não irei me casar. Não preciso de uma marido para mandar em mim. - casamento para Lucy nada mais era do que perder sua liberdade, nunca mais poderia fazer nada sem o consentimento de outra pessoa, o que a tornaria um bibelô, o enfeite ao lado de alguém.

Sting suspirou com a teimosia da irmã, seus pais nunca permitiria que ela se tornasse uma solteirona.

- e Natsu? Ele também não pretende se casar um dia?

- não... - estava claro que ela mentia, mas não para o irmão, mas para si mesma, pois ela sabe que chegara o dia em que Natsu vai construir uma família com uma esposa que se encaixe em seus requisitos e terão filhos perfeitos, mas sabe que não se sentiria feliz pelo amigo, não porque não desejava ver o amigo feliz, mas porque as coisas iam mudar, as pessoas sempre mudam depois do casamento, ele passaria a chamar a esposa de " meu amor" e não a ela, pois aquele mulher seria a dona de toda a sua atenção e só de pensar nisso suas entranhas se revirava.

- você não pode ter tanta certeza disso.

- Natsu possui amantes para o satisfazer, não precisa de uma esposa... - o Dragneel ja comentou algumas vezes que visitava uma dama voluptuosa que transbordava luxúria em cada gesto, ou sobre suas aventuras nas madrugadas depois de seus rotineiras jogatinas na casa dos Fullbuster. Natsu não possuía segredos quando se tratava de Lucy, ele nunca escondeu nada, e se tentasse ela descobria. Quando descobriu que ele possuía uma amante, foi porque percebeu que o amigo estava agindo diferente e quando interrogou para saber o que acontecia, ele deixou escapar que conheceu uma bela mulher, o que despertou interesse na loira para saber quem era, a princípio achou que ele esta próximo a pedir a mão de alguma donzela, mas quando ela o parabenizou, ele esclareceu que não se casaria com aquela dama, que tudo não se passava de um caso irrelevante, mas que o divertia, e repetiu mais uma vez que sua esposa seria a mais perfeita das damas.

- amantes servem apenas para uma coisa, querida irmã. E acredite, todo homem precisa de um porto seguro, alguém que vai estar com ele o apoiando, ou alguém que possa lhe dar uma família.

Mas uma vez o seu irmão estava certo, mas Lucy não confessaria. Ela sabe que caso Natsu decida ter filhos ou uma família, sua amante não séria escolhida para o papel, e essa seria a única necessidade que essa mulher não poderia suprir. Mesmo assim a Heartfilia não podia se deixar convencer, a mais coisas além daquela amizade entre eles que a impede de ao menos se dar uma chance de ver o rosado com outros olhos, um obstáculo de sorriso meigo e olhar cheios de compaixão, e que desde sempre foi apaixonada pelo Dragneel, alguém que será a esposa perfeita para Natsu algum dia. Lucy não poderia roubar de sua amiga, o homem que ela tanto deseja, Lisanna nunca a perdoaria, não depois de ter passado horas e horas vangloriando o rosado, ou ter contado todos seus planos já decididos para o casamento distante.

- Sting, pode me dizer que horas são? - perguntou, fingindo ignorar tudo o que o irmão falou.

O loiro soltou um resmungo de desaprovação, mas retirou o relógio do bolso.

- são onze e quarenta e cinco. - contou, esperando que a irmã contasse o porquê da pergunta. Ela não perguntaria somente por perguntar.

- poderia me fazer um favor? - indagou, com um sorrisinho, que só significava que ela só iria se enrolar mais em problemas.

- não. - ele não séria seu cúmplice.

Ela se levantou do banco e lhe entregou seu livro, dizendo:

- avise papai e mamãe, que eu sai...humm, fale que fui fazer compras, e que voltarei lá pelas três.

- Lucy, você esta fugindo do almoço?

-não. Eu estou fugindo é dos nossos pais. - confessou, com divertimento, girando para o estreito caminho de cascalhos, sem se importar com as consequências de sua rebeldia.

Ela é realmente uma garota impossível de se lidar, pensou Sting.

(¿♡?)

Lucy andava distraída tentando não pisar nas fendas dos paralelepípedo, uma simples e divertida forma de se distrair, ela não fazia ideia do que ia fazer até as três, mas tinha a certeza de que não seria apenas isso, as pessoas já acham ela excêntrica, se a visse agir assim durante três horas e meia, a levariam para um hospício. Mas para sua sorte, ela avistou de longe as madeixas cor de rosa inconfundíveis de do amigo. Deixando sua brincadeira de lado, ela se apressou pelas ruas, até chegar ao amigo que aparentemente esperava alguém no trevo. Aproveitou que ele ainda estava sozinho e se apoiou em seus ombros, ficando nas pontas dos pés, e tascou um beijo em sua bochecha o surpreendendo.

Natsu que foi pego de surpresa se acalmou ao sentir o cheiro inesquecível de limão e baunilha que a loira exalava. O amigo se virou resmungando, ele odeia quando ela o beija.

- conseguiu? - perguntou, virando o rosto, mostrando a bochecha que ela beijou.

Ela sorriu negando.

- infelizmente eu não estou de batom hoje.

Natsu revirou os olhos esfregando com a manga da camisa a bochecha mesmo não tendo nada aqui.

- meu amor, você gosta de me provocar, não é? - perguntou, segurando seu queixo para que ele pudesse olhar diretamente em seus olhos

Um sorriso brincou em seus lábios.

- meu passa tempo predileto...

Ele riu, levantando sua cabeça a procura de alguém.

- onde esta sua aia? - perguntou curiosos, ao não ver a dama que devia estar junto dela.

Ela abriu um grande sorriso culpado, e balbuciou algumas palavras indecifráveis.

- Lucy... - resmungou a repreendendo.

- bom, eu... eu sai sem ela... - respondeu hesitante.

Ele respirou fundo olhando para os três polos da rua, então pegou o braço de Lucy e entrelaçou com o dele.

- terei que ser seu acompanhante então. Você sabe que não deve andar sozinha por ai, é perigoso. - a repreendeu novamente, seria seu próprio fim se algo acontecesse com ela. Natsu, não consegue imaginar um mundo em que Lucy não existisse.

- eu não preciso de babá. - disse apenas para provocar o amigo, ja que a companhia dele é mais que bem vinda.

- eu discordo, meu amor. Na verdade eu acho que você devia ter os mais treinados do exército para vigia-la, não apenas para sua segurança, mas para a segurança de toda Fiore. - zombou.

A garota em resposta revirou os olhos e lhe deu a língua, em petulância.

- amaldiçoado seja o dia em que eu me tornei sua vizinha.

- abençoado seja os quinhentos metros de distância entre nossas propriedades.

- eu te odeio.

- e te amo, meu amor. Agora venha... - falou a arrastando para longe daquele cruzamento. - vamos para algum lugar em que não tenha tantos olhos e ouvidos atentos em nós.

Ela riu o acompanhado.

- vamos a clareira?

- com certeza, o nosso gazebo nos espera.

O sorriso da loira apenas aumentou, aquele era o único lugar do mundo que os dois se sentiam livres de verdade, nenhuma alma viva a uma hora de distância. Ela inda se lembra do dia em que eles encontraram, foi o forte deles na infância.

Mas então ela parou, o impedindo de prosseguir. Ele se virou para ela preocupado.

- o que houve?

- nada, mas o que você fazia aqui? Esperava alguém?

Ele deu de ombros.

- nada demais, eu resolvo isso depois.

- certeza?

- você é mais importante. - uma afirmação absolutamente sincera. Ele se resolveria mais tarde com a pessoa que ele esperava, mesmo sabendo que a moça estaria furiosa com o rosado, por ter deixado ela plantada, depois de ter enviado uma convocação a mesma.

           A loira sorriu, e voltou a andar, dessa vez ela que arrastava o rosado.



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