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História 3-Palavras 7-Letras - Capítulo (05)


Escrita por: Giovana_sem_E

Capítulo 5 - Capítulo (05)


          Natsu escolheu seu melhor terno, e o vestiu. Aquela ocasião exigia o melhor dele.

       O Dragneel encarou no espelho após se arrumar, buscava em seu reflexo forças para o que estava prestes a fazer, mas só conseguia ver um menino assustado, ele estava apavorado, porém estava decidido a seguir em frente, era o certo a se fazer.

         Ele respirou fundo, nunca foi um covarde, e não seria um pedido de casamento que o amedrontaria, ou a dama a quem ele vai propor.

         Quem ele estava tentando enganar? Ele está apavorado com a reação que Lucy terá. Ele pode perder a amizade dela.

         A porta do seu quarto foi brevemente aberta, e as madeixas negras de seu irmão passou por ela.

- posso entrar? - perguntou ele, mesmo ja tendo entrado.

- o que você quer? - indagou impaciente.

- você tem certeza do que vai fazer? - ele conhecia o irmão, sabe que ele não estava pronto para dar tal passo, mas sabe que se Natsu tivesse certeza que esta disposto a prosseguir, não será ele a fazer o irmão mudar de ideia.

- sim. - foi breve, não havia o que se discutir, ou que ele queira discutir.

          O irmão pareceu resmungar, ao entrar mais para o centro do quarto, se sentando no pequeno sofá onde Natsu tinha passado a noite.

- Nat, você sabe o que é estar casado? O que é um casamento? - questionou, atento a cada gesto do rosado.

- eu sou jovem, mas não sou burro. É claro que eu sei. - o Dragneel observará os pais por todos esses anos, sabe que o casamento é uma via de mão dupla, dar e receber, companheirismo, confiança, amizade e em alguns casos amor.

- eu acho que não sabe. Você será responsável por outra pessoa, suas decisões afetara a vida dela mesmo você não querendo, e caso tiverem filhos, será apenas mais vidas para você cuidar. Natsu, pense bem, não tome decisões precipitadas. - pediu.

- Zeref, eu não tenho escolha. E você esta certo, eu sou irresponsável, imaturo, serei o pior marido que ela poderia ter... - seria uma longa jornada mudar isso. - mas isso é melhor do que virar escória da sociedade, ela estará segura assim que tiver nosso sobrenome.

- mas ela vai estar feliz? Você vai estar feliz?

- eu a amo, e farei o possível para protege-la -, confessou.

             Zeref, pareceu congelar no tempo por alguns segundos, mas quando recuperou a fala, ele balbuciou:

- você... a ama?

- pensei que ja estava claro isso.

- então por que não tomou essa decisão antes? - o irmão havia entendido errado ao amor que se referia.

-  eu a amo, mas como amo nossa mãe ou nossa irmã, e não como mulher. Sinto se eu me apaixonar por ela, se eu amar ela de outra forma, eu estarei perdido. Como eu poderei ter paz estando apaixonado por ela? Você a conhece, sabe que é impossível controla-la, ela vive em constante movimento, se mete em problemas todos os dias. Eu ia enlouquecer. Eu vou enlouquecer.

- você ja parou para pensar que ja pode estar apaixonado por ela? - indagou o irmão.

- não diga besteiras. - ralhou, se sentando ao lado dele para calçar os sapatos.

- o amor deixa as pessoas irracionais, Natsu. - contou, como se fosse o maior segredo que um homem poderia guardar. - nós faz tomar decisões precipitadas a qualquer sinal de perigo a pessoa amada.

- Zeref...- o chamou.- fique quieto.

          Natsu ja refletirá sobre essa hipótese, mas se convenceu que não, não amava a amiga de outra forma.

- sinto dizer, mas não. Você ja pensou como vai ser depois de se casarem? - Zeref parecia incapaz de permanecer calado.

- o que você quer saber especificamente? - a tantas coisas que envolverá o casamento, que ele não conseguia pensar em um especifica, e seu irmão não perguntaria aquilo sem ter algo em mente que realmente queira saber.

- bom, vocês vão estar casados, e todos esperam depois de um casamento, e que as pessoas tenham filhos, mesmo um casamento de aparências. Já pensou como será se deitar com ela?

- Zeref, não me faça perguntas difíceis. - para ele ter tal pensamentos, o rosado teria que ter pensado em Lucy de outra forma além de ser sua amiga, e isso ele não ousaria fazer. - e se quer saber, acho que ja deu a minha hora. O coche já deve estar a minha espera. Me deseje sorte. - pediu. Talvez ele devesse ter pedido coragem.

               (¿?)

           Lucy, se escondia em seu quarto, ela conseguira fugir da conversa com seu pai até aquele momento. Mas sua sorte parecia mudar, quando escutou batidas em sua porta, ela se recusou a responder, poderia fingir que ainda dormia. Então novamente bateram na porta, e como não houve resposta, a porta foi aberta para surpresa dela, só à uma pessoa intrometida a esse ponto na família dela.

- não finja que esta dormindo, você pediu para trazerem seu café na cama agora a pouco. - comentou. Ele conhece bem a irmã que tinha.

          De má vontade ela saiu debaixo das cobertas.

- você é o pior irmão que existe, sabia?

- sim.- ele assentiu, caminhando até o guarda roupa dela, tirando um dos seus vestidos de dentro, e jogou sobre ela. - Mas bem, se arrume, você possui uma visita. - contou.

- quem? - perguntou, curiosa enquanto avaliava a escolha do irmão.

- Natsu. - contou.

             Lucy dispensou o vestido o jogando sobre a cama, passou a andar até a porta.

- se é apenas o Natsu, eu não preciso me arrumar. - ele ja havia visto a pior versão dela, um roupão sobre a camisola não seria o problema.

- hoje é diferente irmãzinha. - falou a fazendo parar.

- é por que seria? - questionou, se voltando para o loiro.

- acredito que hoje, alguém ficará noiva.

             Ela franziu as sobrancelhas, confusa com aquela afirmação.

- hã? Quem? - com certeza tinha escutado mal.

- você. Natsu, acabou de pedir sua mão ao papai.

           Ao escutar aquilo, seu corpo pareceu ser petrificado, o irmão só poderia estar brincando.

           Ela soltou uma risada nervosa.

- isso não tem graça, Sting.

- e não é para ter, pois não é piada. Chegou a sua vez de usar véu, grinalda e um lindo vestido branco. - tudo aquilo parecia o divertir muito, ver que sua irmã não podia fugir mais do casamento, o deixava de bom humor.

           Ela sacudiu a cabeça em negação, só poderia ser uma brincadeira de mal gosto do irmão.

- pare de mentir! - brandou, aborrecida.

- se não acredita, vá até a sala de visitas, e vai encontrar seu querido amigo todo engomadinho com uma enorme buquê para você.

- sim, é isso que vou fazer... - avisou, controlando o tremor que percorria seu corpo.

           Deu as costas ao seu irmão, marchou em passos rápidos pelo longo corredor dos quartos até as escadarias onde já conseguia uma vista privilegiada da sala. E como seu irmão disse, lá estava Natsu como um garoto romântico segurando um buquê com suas flores favoritas.

         Era loucura.

          Lucy precisava descer e exigir explicações, mas suas pernas não queriam obedecer.

           Como se Natsu sentisse que ela estava ali parada como uma covarde, ele se virou em sua direção. O rapaz buscou coragem dentro de si.

- Lucy...

           O Dragneel tentou começar, poder Lucy o cortou.

- o que você esta fazendo? - sua voz não saiu mais alta que um sussurro.

- como?

- o que você está fazendo!? - repetiu, finalmente recobrando o controle do seu corpo e finalmente conseguindo descer até a sala.

- a maior loucura que eu ja fiz na minha vida... - confessou Natsu, estendendo o buquê até ela, mas a jovem não se moveu um milímetro para pegar as flores.

- ele me pediu a sua mão, filha. - contou o pai orgulhoso.

- por que? - voltou a questionar o rosado. Ela não conseguia acreditar no que estava vivendo.

- porque você é minha melhor amiga. - foi sua resposta. Ele não contaria sobre todos os boatos que correm soltos por Magnólia, não queria que ela pensasse que ele estava pedindo sua mão por pena. Pois nem de longe era por isso.

- então por que esta querendo estragar isso? - ela não entendia, tudo era tão perfeito, e ele estava querendo estragar tudo com aquela loucura.

- não quero estragar nada, meu amor...

- não me chame assim se vai agir dessa forma estragando com tudo que temos. - o que tinha dado nele? Ela não entendia. Ontem estava tudo normal. Então por quê?

- meu amor...

- NÃO! – brandou. Aquilo era um pesadelo só podia ser isso. Certo? Ela ainda dormia. Lucy realmente queria acreditar que era um pesadelo.

- Lucy! Se comporte! - brandou seu pai.

- esta bem. Eu não vou me casar com você, pegue suas flores e vá embora. Só volte aqui quando voltar a ser o meu Natsu, o meu amigo. - ralhou, se retirando tão depressa quanto chegou, o que não deu chance de alguém a impedir.

              Natsu bufou, ele sabia que não seria fácil e que seria dispensado de primeira.

              Ele se voltou para o Heartfilia, que estava envergonhado. Coçou a cabeça sem jeito.

- meu filho, desculpe o comportamento de Lucy, ela só está surpresa. Vou ter uma conversa com ela e farei com que entenda que esse casamento é o melhor para sua vida.

            Não, era melhor não pressiona-la, Lucy reagiria pior dessa forma e Natsu sabia disso.

- não fale nada, a deixe pensar sobre isso sozinha, voltarei amanhã. Não avise a Lucy, ou ela vai fugir.



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