Nico precisou olhar para sua nova mochila umas 57 vezes antes de se convencer que isso realmente estava acontecendo! “Como assim, Nico? Como assim?”
Pegou a mochila de qualquer jeito e a jogou nas costas. Abriu a porta de seu chalé com força, xingando aquele maldito deus por tê-lo obrigado a isso.
— Que coisa feia, filho. Só fiz isso para o seu próprio bem.
E a última coisa que ele esperava e queria era ver seu pai, o tal deus, esperando do lado de fora do chalé.
Pergunta número 1: O que se fazer quando um deus esta a sua porta?
— O que o senhor esta fazendo aqui? — Passa pela porta a trancando. — Não devia esta amaldiçoando alguém, matando algum mortal, ou pedindo para algum zumbi ir ao McDonald’s?
— Eu só achei que iria precisar de algo para o primeiro dia.
— Hã... Não!
— Mas eu tenho um presente para você. — Hades fala animado, e isso não é um bom sinal, normalmente essa “animação” do deus dos mortos significa que Nico deve ir a alguma missão sem sentido e muito perigosa.
— Dispenso dos seus presentes. E estou apressado. — Ajeita melhor a mochila nas costas.
— E é sobre isso que é meu presente. Vem. — Puxa o braço do filho e sobre muitas reclamações o leva para a parte de trais do chalé 13. — Veja isso!
E como presente esta uma moto preta novíssima com rodas prateadas.
— O senhor esta me dando uma moto?
— Sim! Assim você poderá ir para onde quiser sem precisar usar seus poderes. — E Hades ainda esta animado.
— Pai eu não sei dirigir. — É preciso dizer que Nico estava com a sua maior cara de tédio?
— Sem problemas. Sou um deus e posso fazer você aprender em um estalar de dedos. — E como demonstração estalou os dedos.
— Agora o senhor também é o deus da moto ou algo assim?
— Na verdade não, mas ele é um dos meus filhos, então dá na mesma.
— Existe deus para cada coisa inútil.
— Agora tenho que ir. — Hades tocou o topo da cabeça de Nico que fechou os olhos.
Por que deuses gostam de sair brilhando, mesmo?
Di Angelo voltou a olhar para a sua nova moto.
— Ao menos é preta...
Foi até ela. Testou subir. Não é tão difícil, até que parece com montar um cavalo. Droga, Nico odeia cavalos! Tocou no acelerador. A chave na ignição. Tentou ligar. O barulho do motor lhe caiu bem aos ouvidos e quis brincar mais e foi o que fez. Tentou dá algumas voltas e... deus! Abençoado seja Hades!!!
Primeiro de tudo: Motos são MUITO legais.
E aparentemente o “estalar de dedos” do pai tinha dado certo, e Di Angelo tinha aprendido a andar de moto em um passe de mágica.
Anotação metal de Nico: Dá uma oferenda de McLanche feliz para o pai mais vezes.
Levou a motocicleta para fora do chalé, como é inicio do ano letivo, o lugar esta quase vazio e os poucos campistas que restaram ou estão no acampamento Júpiter ou fazendo alguma atividade diária.
Seguiu para o seu destino, a escola de ensino médio, seja qual for o seu nome. Ficou o caminho TODO tentado a ir a qualquer lugar, até mesmo a China. Mas não Nico, Will vai mata-lo se não chegar na hora, imagina não ir. Sim, crianças, Nico di Angelo estava indo para a mesma escola do seu namorado Will Solace, e infelizmente, o jovem moreno não conseguiu dizer “não”, principalmente quando todos os seus amigos, seu pai e sua madrasta acolheram muito bem a ideia que veio da incrível mente de brilhante de um certo filho de Apollo.
Chegou.
Olhou para os lados.
Malditos adolescentes que olham para Nico curiosos!
Será que pode mandá-los todos para o tártaro?
Deixa a moto no estacionamento, retira o capacete, e procura por Will. Droga! Nada!
Continuou andando, andando e testando o território inimigo. Vamos, Nico, um passo de cada vez.
Passa por alguns jovens conversando animadamente sobre o fim de semana e picles. Espera! O que picles tem haver com festas? Tudo bem, continua andando.
Puxa o papel com os horários do bolso de trais da calça, olha para onde vai ser sua primeira aula do século(!). Laboratório de Química, B-3. O que significa B-3?
— Oi? — Por que tem alguém falando com ele? — Oi? Esta perdido?
Di Angelo olha para trais, para os lados ninguém que indicasse que aquela garota loira a sua frente não estivesse falando com ele. Nada!
— É comigo? — Indica a si próprio.
— É...você deve ser novo. Sou Alie. — Estende a mão e Nico aperta indeciso. — Onde é sua aula? — Mostra o papel — Ah, na mesma sala que a minha. Vem! — Puxa o braço de Nico com força.
“Por que as pessoas tem esse costume idiota de ficar me puxando pelos cantos?”
Alie o leva para o laboratório e por algum motivo decide que é legal ficar perto de Nico e senta ao seu lado.
Ótimo!
A aula passa. E a única coisa mais constrangedora que precisa fazer é apresenta-se a turma.
Anotação de Nico di Angelo: Fazer Will pagar por isso!
Graças a sabe-sei-lá-quem, a aula passa e Nico sai a procura de seu namorado. Por que se a ideia foi de Will ao menos ele devia esta ali para ajuda-lo com todos aquele jovens adolescentes curiosos e cheios de costumes estranhos. Por que mastigam chiclete de boca aberta e ainda fazem questão de puxá-lo com os dedos. Errrrrrr....
E como Alie (ainda) estava ao seu lado, resolve tomar um pouco de sua experiência com aquele mundo hostil, mas preferiu começar perguntando sobre seu namorado desaparecido.
— Haaa... Alie?
— Sim?
— Você conhece um cara chamado Will Solace?
A garota para, rir de canto tapando a boca e cora um pouquinho.
— É claro que conheço, e quem não conhece? — Volta a puxar Nico para e o obriga a sentar-se em um banco de madeira.
É sério, isso já esta irritando!
— Will é o cara mais popular de toda a escola, gentil, incrível, com um sorriso lindo e ainda quer ser MÉDICO! — Fala ainda mais animada do que Hades — Posso contar um segredo? — Sussurra é tom conspiratório, e sem deixar Nico sequer expressar sua opinião que seria algo como: “Cala a boca e deixa eu perguntar onde ele esta” ela continua — Eu tenho uma quedinha por ele.
Pergunta numero 2: O que fazer quando uma pessoa diz que gosta do seu namorado?
Mas por sorte (ou azar) a garota não o deixar continuar.
— Mas ele nunca vai olhar para mim. — óbvio, pois se ele fizer isso perde os olhos — Tem muitas garotas e garotos lindo na escola e fora dela também que querem ficar com ele. — Me passa a lista, por que vão todos pro tártaro. — Acho que ele gosta de alguém. — Não, não gosta, ele ama! Ele me ama. — Mas por que você queria saber dele mesmo?
Pergunta numero 3: O que responder em uma situação dessas?
Um barulho de falas (humanas) cresce pelo corredor e isso junto com risadas de felizes.
— Olha, deve ser ele. — Alie indica discretamente, e Nico é obrigado a virar-se para ver quem são (os seres humanos) que se aproximam.
Mas pouco se lixa para a quantidade de pessoas ou quem elas são, sua visão é imediatamente capturada para o loiro bronzeado ao lado direto de todos e que olha em toda a direção como se procurasse algo.
— Ele não é lindo?! — Alie volta a indicar o loiro — Queria me casar com ele. — E eu queria te matar.
Nico ficou tentado em acenar, mas tinha tanta gente...o que era aquilo? Um desfile???
Mas não é necessário fazer nada, Will logo o nota, e em seu rosto o mais lindo sorriso surgi, aquele sorriso dedicado apenas ao seu namorado.
“Baixinho!” — Will faz com os lábios e não é preciso que Nico escute para saber que o loiro fala o apelido carinhoso que recebeu.
Solace consegue escapar das pessoas. Corre na direção do seu “baixinho”, puxa-o pelo braço (de novo!) e ali mesmo, no corredor com todos vendo, o beija com vontade e gosto.
Beijo esse que Nico interrompe.
— Will! O que eu falei sobre demonstração de afeto em público?
— Que é legal...?
— NÃO!
Alie precisou piscar algumas vezes para entender...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.