1. Spirit Fanfics >
  2. 3 Years (Jikook, Kookmin) >
  3. Capítulo 55

História 3 Years (Jikook, Kookmin) - Capítulo 55


Escrita por: Lover_Jeikei_ e soopjm

Notas do Autor


Heeey, olá pessoinhas! Aposto que vocês gostarão do capítulo, shuashauhsau confiem em mim, ficará muito interessante.

Ignorem os erros, ótima leitura! ❤️

Capítulo 55 - Capítulo 55


[...]

Caminhar as vezes é algo que esvazia a mente. As vezes é bom para pessoas que passam por momentos perturbadores; ficar sozinho, com fones de ouvido e música no alto, é ótimo.

Sei disso por experiência própria.

Aos passos pequenos e lentos pela rua, seguindo ao ritmo da música que, eu diria ser bem seduzente, nem prestei atenção nos olhares que diversas pessoas lançavam para mim.

Eu pareço estar desfilando ao som de Such a Whore, uma música nada menor de dezoito anos. Mas quem se importa? Ninguém mais está ouvindo além de mim mesmo.

Os pés saindo dos trilhos da calçada, indo automaticamente para o cordão da rua. Passos curtos, pés soltos apenas seguindo o ritmo. Braços entrando no ritmo e se soltando no ar, fazendo coisas sem contexto enquanto o vento batia fortemente em meu rosto. O vento, a música e a forma como aquilo me deixava bem, me fez sorrir enquanto fechava os olhos.

Qual a importância se alguém está ou não ligando para a minha presença? Dane-se!

Só abri os olhos quando a música abaixou automaticamente e, no alto do som, começou Believer. Qual é? Eu amo músicas antigas.

- Caraca, que nostalgia! - Murmurei sorrindo longo, observando as pessoas passarem com pressa enquanto parecia que eu continuava ali. O tempo passando, e a única pessoa parada em um tempo comum era eu. Câmera lenta, passos lentos, braços balançando ao ritmo que davam as batidas e cabelos em frente ao rosto.

Parecia cena de filme, e aquilo realmente parecia. Parecia porque me deixava bem, e se tem algo que me deixa bem hoje em dia, é.. difícil dizer.

- Três dias sem ver ninguém.. - Cantarolei, nada haver com a música, totalmente fora do ritmo e afins.

Um braço tocou meu ombro com certa força, me fazendo não só parar de caminhar como arquear uma sobrancelha.

Deus realmente tem seus prediletos, e eu não sou um deles.

Jaemin: Olá, Jeon. - Sorriu pequeno, me fazendo tirar o fone e colocá-lo em volta de meu pescoço. Que droga, esse cara é um morcego por caminhar meia noite nas ruas?

- Oi. - Respondi sem muito interesse, olhando para a mão que continuava me tocando e fazendo uma cara de desgosto. - Não me toque.

Jaemin: Você está ocupado ou podemos conversar? - Perguntou me soltando, fazendo não só eu suspirar, como o acompanhar até às escadas de um edifício. Sentamos ali e ficamos quietos, um ao lado do outro feito dois idiotas.

- Jaemin, com todo respeito do mundo, eu não estou nada afim de ficar aqui até muito tarde. Então seja lá o que você tenha para falar, seja breve. - Falei em meio a todo aquele silêncio, observando poucas pessoas passando de carro na rua.

Jaemin: Eu não estou aqui para arrumar mais intrigas com você, cara, na boa. - Ergueu ambas as mãos, se redimindo de seja lá o que for. - Eu quero, principalmente, me desculpar. Eu deveria ser profissional, te tratar melhor e não deixar você me bater em uma festa. Eu entendo o seu lado, sei o porquê de tudo, e sinceramente, não é um problema. Mas não quero que se repita, você ainda é um aluno da faculdade a qual eu sou o professor. - Soltei um riso cínico ao fim de sua fala, nossa, como esse cara é estranho.

- Estávamos bêbados, professorzinho. - Concluí, observando atentamente cada movimento de Jaemin.

Jaemin: É por isso que nunca podemos ficar juntos sozinhos por muito tempo. - Revirou levemente os olhos. - O profissionalismo que se foda, eu sinceramente, não sei como tem pessoas que aguentam ficar com você.

- Uau, eu penso a mesma coisa diariamente. Acredita que fico sem dormir diversas vezes? - Debochei, lançando um sorrisinho cínico para o possível mais velho. - Tá, era apenas isso? Um pedido de desculpas e depois uma ofensa?

Jaemin: Não, isso não foi uma ofensa. - Corrigiu, erguendo o indicador. - Isso foi apenas algo descartável.

- Sabe.. - Começei. - Eu gosto de você quando você não fica falando sobre profissionalismo para cá, profissionalismo para lá. - Acabei admitindo, vendo a cara tediosa que o mesmo fez.

Jaemin: Então você me odeia, porque eu sempre falo isso.

- Não, na verdade na festa você não mencionou tanto. Você ficou bêbado, não tocou em assuntos da faculdade e também não falou sobre trabalho. Você realmente estava indo bem, sendo um cara legal. - Estalei os dedos. - Só que, você me disse algo, e como eu não sou a melhor pessoa para te suportar, eu resolvi acabar com a sua consciência alí mesmo.

Jaemin: "Por você ter me visto com aquela aluna no banheiro, ah, você sabe.. você quer o que para ficar quieto? Dinheiro? Notas boas em sua área da faculdade?" - Falou exatamente o que ele havia dito na festa, contendo um sorriso no rosto.

- Você sabe o quão escroto isso soou? - Estávamos falando 'numa boa, e isso é bom, eu acho. - Jaemin, entenda, o fato de eu ter visto você comendo sua aluna não é importante. Eu não me importo. Eu não tenho motivos para te odiar, eu só não fui com a sua cara e ponto. - Suspirei fraquinho. - Agora você ter tentado me comprar com coisas que eu mesmo conquisto, foi o auge da sua infelicidade. Notas eu conquisto com esforço, dinheiro eu conquisto com trabalho.. o que mais você queria? Você lembra do fim da pergunta?

Jaemin: O Jimin.. mas calma, tá legal?! Eu não falei por mal, o Jimin é apenas um amigo e eu descobri que você era afim dele e só tentei ajudar.. - Não o deixei continuar.

- Sabe o porquê de eu não brigar com você mais uma vez? - Olhei sem muita preocupação para Jaemin. - Porque além de eu me importar muito com o quão baixo você pode ser, eu me importo muito com Jimin. - Concluí, vendo os ombros do outro balançarem levemente. - Eu e Jimin não temos nada, sentimentos um pelo outro é algo que não existe. O que já tivemos ficou enterrado em um buraco muito fundo, e o fato de você ter mencionado algo tão filho da puta para mim..

Jaemin: Uma foda? A qual é!? Eu estava bêbado, você tinha interesse no meu amigo e eu só quis ajudar.

- Não, você queria se safar de algo idiota. - O corrigi. - Uma foda com seu amigo? Jaemin, ele sequer pode ser tocado, de que merda você estava falando? - Questionei, ao final das contas eu estava puto mas curioso. O que se passa na cabeça de um cara "profissional" bêbado?

Jaemin: Eu estava bêbado, muito bêbado Jungkook. Eu não falei por mal, eu amo o Jimin e jamais o colocaria em uma situação dessas com você. - Passou a mão no próprio cabelo. - Eu vim pedir desculpas, não importa a sua resposta eu preciso ir embora. Espero que vá a faculdade, está faltando muito para um mero novato. - Piscou com apenas um olho, se levantando em seguida e ficando a minha frente. - Eu fui um escroto, peço desculpas por isso. Não fique de picuinha comigo, isso é infantil.

- Está bem, mas eu ainda continuo não indo com a sua cara. - Estendi a mão, logo sendo apertada pela mão de Jaemin. Este sorriu largo e revirou os olhos, me fazendo sorrir também.

Jaemin: Nos vemos por aí, Jungkook. - Me soltou e assim, saiu caminhando. Não tardou a sumir de minha vista por entre os diversos carros que estavam estacionados logo ali por perto.

Desliguei a música de meu celular e não hesitei em dar passos até minha casa. Era longe, digamos que eu tenha caminhado por muito tempo e esse tempo me levou em um lugar bem distante.

Mas não é tão longe quando você não tem pensamentos sobre a distância, rua, estrada, seja lá o que for. É questão de vinte minutos.

[...]

Os passos se tornaram mais lentos quando notei um garoto sentado nas escadas em frente a minha casa. Tudo bem que minha casa não é cercada, mas ver alguém ali é completamente estranho e assustador.

Tudo mudou quando eu consegui reconhecer de longe os cabelos loiros do garoto. Jimin, era Jimin quem estava alí, sentado, olhando para mais nada além de uma árvore.

A árvore era cheia de flores, algumas delas estavam caindo por conta do vento recente, e outras apodreciam no chão.

Não contive um pequeno sorriso quando percebi que Jimin, na verdade, não havia ido embora. Ele estava aqui, e não em Busan. Obviamente o sorriso não durou muito tempo, pois o pensamento de que não estávamos nada bem veio átona ao que eu cheguei mais perto do corpo pequeno nas escadas.

Fiquei parado na calçada em frente a minha casa, vendo a atenção de Jimin vir até mim e me analisar por completo.

Um suspirar seguido de um acenar leve veio de Jimin, me fazendo olhá-lo confuso. Me aproximei aos poucos, nem notei quando me sentei ao lado do loiro.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei baixo, observando a mesma árvore que Jimin olhava antes.

Jimin: Aquela árvore.. - Apontou para a mesma árvore que olhavamos, ignorando a minha pergunta. - Ela tem flores realmente muito bonitas, mas não são duradouras. Conforme o tempo algumas flores vão se perdendo por aí, e quanto mais ficam sem a árvore, elas morrem, apodrecem e secam. Ou seja, se qualquer flor dali, seja a mais viva e bonita, se soltar da árvore ou ser arrancada dali, ela secará e morrerá. - Falou tão suavemente, que até mesmo parecia um professor experiente naquela área. - Todos tem uma árvore em sua vida, sendo você mesmo a flor. Você pode ser a flor mais forte, mas se você se afastar de sua árvore, você vai perder tudo conforme o tempo; o amor, a felicidade, os sentimentos, as coisas básicas e talvez a vida.

- E quem disse que você não pode ser sua própria árvore? - Jimin me olhou, mas não fiz o mesmo. Apenas observei a flores rosas no chão. - Cresça no seu tempo, amadureça no seu tempo, e tenha lindas flores. Você pode ser uma árvore e não uma simples flor. A árvore não vai morrer se perder todas as flores, porque ela tem a si mesma, e nem mesmo se ela estiver sozinha ela precisará apodrecer. Se você for uma flor, você não será independente. Você precisará de alguém para que continue viva, e se você precisar de alguém, você não será feliz. - Suspirei bem baixinho, quase que inaudível. - Mesmo que você seja uma flor que nunca caía ou se perda, você será infeliz por simplesmente estar presa. A flor não pode se arriscar em se soltar de sua árvore, então não seja uma flor, seja a árvore mais bonita que existe no mundo. - Olhei para Jimin, este me encarava sem expressão alguma. Que diabos ele estava fazendo ali?

Jimin: Você está certo. - Assentiu algumas vezes, desviando o olhar.

- Você..

Jimin: Eu não estou falando da árvore, muito menos da flor. - Me interrompeu antes que eu perguntasse algo. - Estou falando de três dias atrás, você estava certo.

- Eu não..

Jimin: Não fale nada. - Me interrompeu outra vez, com uma voz quase que fofa demais. - Eu errei em ignorar aquilo, e você estava certo, eu não deveria ter sido tão ingênuo em ter confiado no Namchu.

- Por que isso agora? - Aumentei um pouquinho o tom de voz, demonstrando que aquilo havia me deixado aflito. - Ele fez algo com você? Ele te tocou novamente? - Perguntei o encarando, Jimin sorriu pequeno antes de negar com a cabeça.

Jimin: Eu sempre confiei muito em você, e por eu confiar tanto, eu resolvi dar uma chance para Namchu. Namchu merecia ter toda essa confiança também. - Jimin parecia com sono, mas não parecia cansado. Talvez por ele estar falando tudo tão tranquilamente passasse essa impressão. - Para ser sincero eu não fui um bom namorado.

- Do que você está falando? Jimin..

Jimin: Com o Namchu, eu não fui uma boa pessoa. - Concluiu, me olhando logo após. - Eu dei o meu melhor, mas o que eu sentia por ele era tão fraco..

- Então você quis recompensá-lo agora por tudo o que você não fez para ele enquanto estavam juntos? - Jimin assentiu. - Você não deve nada a ninguém, Jimin, e se ele ficou com você, significa que você era sim uma boa pessoa. Significa que ele te amava e que ele gostava de estar com você.

Jimin: Você não entenderia. - Deixou de me olhar, agora se levantando e parando-se alí. - Vamos dar uma volta?

- Eu acabei de.. - Não terminei, apenas respirei fundo e me levantei. Sorri minimamente e assenti, logo começando a caminhar ao lado de Jimin. Ele não parecia estar com pressa, mas algo estava estranho. Parecia que algo não estava se encaixando.

Jimin: Você deve estar confuso, não é? - Caminhou lentamente, olhando para o chão e outrora para sua frente. Era engraçado, ele parecia estar tímido.

- Algo me diz que você não está confortável. - Nem mesmo pensei em respondê-lo, eu só queria saber o que o incomodava.

Jimin: Não precisamos falar sobre necessariamente isso.. - Soltou um risinho curto, baixo e quase que inaudível. Não tardou a passar a mão em sua nuca, me confirmando de que este estava desconfortável ou tímido. Talvez nervoso.

- Você surgiu na frente da minha casa do nada, falou coisas estranhas sobre árvores e flores, logo após disse coisas sobre seu ex-namorado e então me chamou para caminhar. Então sim, precisamos falar sobre isso agora. - Isso pareceu uma ordem? Porque foi uma ordem.

Jimin: O que nós somos? - Perguntou alto, se virando para mim e parando de caminhar. A fala fora dita com pressa, atropelando as letras e deixando a frase dita de forma rápida.

- Como é? - Parei de caminhar, me parando de frente para o menor e esperando alguma resposta. - Como assim, "o que nós somos?"

Jimin: Ah, ignore isso.. vamos, vamos caminhar. - Tentou voltar a caminhar, mas assim como o típico clichê, segurei o pulso do menor. O puxei com delicadeza até o mesmo se parar de frente para mim novamente, o soltando logo após.

- Me explica, anjo. - Franzi o cenho, vendo o rosto de Jimin ficar vermelho aos poucos. O loiro não me olhava no rosto, ficou com o olhar para baixo o tempo todo.

Jimin: Nós não somos namorados, não somos amigos, não somos conhecidos e muito menos desconhecidos. O que somos então? - E então os olhos pequenos olharam para cima, me olhando diretamente nos olhos enquanto a expressão ficava confusa e meio tristonha. - Eu não gosto de pensar que você é apenas meu ex-namorado. Não é isso que eu quero ser seu. - Um biquinho fofo se fez presente nos lábios, e meus pensamentos foram os mais cruéis comigo.

Beije.

Não faça nada, ignore. Apenas ignore, não é difícil.

- O que você quer ser meu, então? - Perguntei sem malícia alguma, mas talvez a pergunta tenha sido um pouquinho sugestiva demais.

Jimin: Eu acho que isso não é uma pergunta adequada para se fazer.. - Piscou os pequenos olhos, me observando atentamente enquanto eu queria e pensava em agarrá-lo. É difícil tê-lo por perto e não poder fazer nada.

- E desde quando você liga para isso?

Jimin: Desde que é você na minha frente. - Abaixou a cabeça, olhando para um canto qualquer da calçada enquanto eu morria com essa cena.

- Por que você é tão fofo? - Perguntei, deixando de ficar parado ali e caminhando lentamente. Jimin não esperou muito para me acompanhar, lentamente e suavemente.

Jimin: Eu estou te atrapalhando? Ocupando seu tempo ou algo do tipo?

- Não é como se você incomodasse. - Respondi imediatamente, para que não restassem dúvidas. - Jamais iria atrapalhar.

Jimin: Então me diz, por qual motivo você não está indo a faculdade? - Perguntou preocupado, mas mantendo o olhar firme a sua frente. - Eu fiquei curioso, resolvi ver com meus próprios olhos se você não estava morto ou algo do tipo.

- A essas horas? - Retruquei, não recebendo sequer uma resposta. O que infernos ele fazia a essas horas nas ruas? Me ver que não era. - Você tem meu número, anjo, não havia necessidade alguma de você vir para as ruas de madrugada.

Jimin: Não se preocupe tanto comigo.

- Não me diga o que fazer em questão á isso. - Respondi diretamente, ouvindo um baixo riso.

Jimin: Então não me diga o que fazer em questão de sair de casa, independente do horário. - Dessa vez eu que soltei um riso, um curto e breve riso apenas para demonstrar que eu realmente estava surpreso por aquilo.

- E se eu não aparecesse, o que você faria? Ficaria rondando pelas ruas por essas horas sozinho? - Perguntei demonstrando um pinguinho de preocupação e talvez fúria.

Jimin: E se eu não estivesse sozinho? - Paramos de caminhar automaticamente, ficando frente a frente um do outro novamente. - E se eu encontrasse alguém qualquer por aí?

- Um tarado, assassino, assaltante, bêbado, drogado, estrupador, ex-presidiario, ladrão, entre outros. Você sabe qual a chance de ser uma pessoa boa ao invés de alguma dessas pessoas que eu citei acima? - Perguntei e notei o sorriso travesso de Jimin no canto dos lábios.

Jimin: Não me diga o que fazer.

- Eu estou te falando para não mexer com pessoas erradas. - Dei um passo para frente, vendo Jimin dar um passo pequeno para trás apenas por impulso. - Se você fosse racional o suficiente, iria entender o porquê de eu dizer tudo isso.

Jimin: Então me diz, só assim entenderei.

- Você não é racional. - Respondi retóricamente, vendo a cabeça de Jimin assentir levemente. - Você sabe que não foi isso que eu quis dizer. - Tentei de alguma forma concertar o erro.

Jimin: Eu não me importo, eu só me importo com a intromissão desnecessária. Você não precisa se meter na minha vida, eu sei me cuidar, eu sei o que..

- Eu não preciso mas eu quero, Jimin. - O interrompi. - Eu não pedi permissão, eu quero me importar com você assim como quero te proteger. - Uau.. - Você não quer isso? Tudo bem, eu não me importo.

Jimin: Eu não quero que você se importe comigo, eu também não quero sua proteção. - Respondeu, olhando diretamente para meu rosto. Sua cabeça levemente elevada para conseguir me observar o deixava fofo. - O que vai dizer agora? Que não se importa?

- Eu vou perguntar qual o seu problema. - Suspirei. - Qual o seu problema?

Jimin: O meu problema? Tenho problemas apenas por não querer preocupação? - Jantou, humilhou, explanou e afins. - Engraçado..

- Você tem problemas por aparecer na frente da minha casa sem motivo algum, falar coisas idiotas e agora estar caminhando comigo. Não quer minha preocupação e minha proteção? Tudo bem, então não apareça na minha porta de madrugada. - Concluí com um simples curvar leve com a cabeça, voltando a caminhar sendo seguido pelos passos de Jimin. Deboche talvez, mas era pura preocupação.

Jimin: Eu estava na aula de dança. - Falou aleatoriamente, talvez notando a minha disposição para fazê-lo entender quem estava certo ali; eu.

- Jura? - Perguntei cínico. - Você vai dançar com calça jeans? - Mencionei a roupa o qual ele usava, porque obviamente ele não utilizaria essa roupa para fazer dança contemporânea.

Jimin: Eu estive treinando até onze e meia, mesmo depois que as pessoas foram embora. Então eu fui para casa, tomei banho, troquei de roupas e vim até aqui. - Não é como se ele devesse satisfações para mim.

- Não justifica o fato de você estar sozinho de noite, Jimin. - Respondi ríspido. - Não faça mais isso, simplesmente venha de carro ou então me ligue.

Jimin: Por que está se importando tanto com isso? Não somos nada, lembra? - "Lembra?" ódio.

- A única pessoa que joga fatos aqui é você. Com isso eu quero dizer que, em momento algum eu disse que não me importava com você. - Respondi, colocando ambas as mãos nos bolsos. - Não precisamos ser algo para que eu te considere, certo?

Jimin: Claro que precisamos, ou você acha que consideração surge do além?

- Você está falando como se eu tivesse te conhecido semana passada, Jimin, e nós dois sabemos que tem muita história por trás disso.

Jimin: Que história? A história de quando namorávamos? Aquela história que deu errado no final? - Ele tem respostas para tudo, já entendi isso.

- E o final importa? Eu não estou do seu lado agora, caminhando com você enquanto há dois meses tudo havia ido por água abaixo? - Questionei, e assim como previsto não obtive respostas. - Já pensou em como seria se naquele tempo nada tivesse ficado bem?

Jimin: Não comece nesse assunto.. - Falou mais baixo.

- O que foi? - Perguntei quase que retóricamente, não o daria opção de fala agora. - Você não consegue imaginar? Não seria tão diferente, já que você não me considera nada de qualquer forma. O ódio que você sentiria por mim, a mágoa, o ressentimento por eu ter mentido.. talvez você ainda sinta um pouco disso. Talvez isso te prenda.

Jimin: Nós já falamos sobre isso, e você sabe tão bem quanto eu que essa merda já encerrou. - Isso o irrita, então?

- Por que você está tão irritado? O fato de eu não me importar com você, te incomoda? - Semicerrei os olhos, tentando ao menos entender. Jimin parou de caminhar outra vez, me olhando com uma cara não muito amigável.

Jimin: Você bebeu? - Fez uma cara de pouco caso. - Por que, aleatoriamente, você está tocando nesse assunto?

- Porque isso te incomoda.

Jimin: Isso não me incomoda. - Revidou seriamente. Não me parecia sincero.. - É só estranho te ver indo contra algo que eu falo. Você sempre tentou me tratar da melhor forma possível, e agora quando eu falei que não queria falar sobre isso, você insistiu e ainda deu detalhes.

- Então eu não me importar com você te deixou irritado? - Perguntei, ouvindo um bufar muito mais que zangado. - Você não gosta de pensar que sua amiga e seu ex já tiveram um caso, esse que estragou o seu relacionamento? - Continuei no assunto.

Jimin: O que você quer, uh?

- Jennie e você estão próximos agora, ouvi falar muito sobre isso desde que voltei.

Jimin: Vamos trocar de assunto? - Perguntou, demonstrando que estava bem desconfortável naquele tipo de conversa. Hum..

- Podemos. - Concordei, decidindo de uma vez por todas encerrar aquilo ali. Mas Jimin ainda pediria para que o assunto voltasse a ser esse.. ah se pediria. - Eu preciso te fazer lembrar e me esclarecer dúvidas. - Dei um passo pequeno e sorrateiro em direção ao Jimin, deixando-o imobilizado; não igual antes o qual o menor se afastou. Longe disso, ele sequer tentou se afastar.

Jimin: Obrigado. - Agradeceu baixinho, suspirando.

- Não agradeça quando você irá suplicar para voltar ao assunto anterior. - Jimin tinha uma expressão confusa, essa que estava me matando de amores. Tem como ser rude com um ser desses? Não tem!

Jimin: Eu tenho que ir embora, então poderíamos conversar sobre esse algo outro.. - Nem mesmo o deixei continuar, apenas toquei seus braços e o guiei até a grade atrás de si. Assim que o metal bateu contra suas costas, Jimin fez uma expressão de dor.

- Eu te machuquei?

Jimin: Nã..

- Ótimo! - Nem o deixei se explicar, fazendo-o deixar os músculos dos ombros tensos. - Lembra que.. - Me aproximei mais do corpo do baixinho, quase que me colando em si; não quero o ver mal, o forçar a algo ou coisas do tipo.

Jimin: O que você está fazendo? - Suspirou, não tendo coragem de olhar para cima e me encarar. Ficou com a visão em meu peito, ou melhor, em meu moletom.

- Você disse algo sobre minhas mãos há mais ou menos três dias. - Franzi o cenho, tentando lembrar da frase exata. - O prazer que ele me proporciona, não é nem comparado ás suas mãos em meu corpo. - Falei a frase, vendo os olhos de Jimin se reprimirem enquanto a língua vermelha passeava pelos lábios cheinhos. - Algo assim, se não me engano.

Jimin: Essa sua dupla personalidade me assusta.. - Ditou ainda de olhos fechados, parecia ter muita vergonha para me olhar. - Olha, aquilo foi um erro, eu não.. - Parou de falar assim que uma de minhas mãos pousou na cintura fina do mesmo.

O loiro soltou um suspirar sofrego, sem nem mesmo tentar se mover ou falar algo.

- É um erro? - Perguntei mais baixo, fazendo um leve carinho no local tocado. Não colocaria outra mão, apertaria ou coisas assim.. não é o que eu quero fazer no momento.

Jimin: Não me toque. - Ditou obviamente contragosto, dava para perceber isso até mesmo em sua fala. A fala levemente trêmula, olhinhos se abrindo aos poucos quando comecei a afastar minha mão de seu corpo.

Agora ambas as mãos estavam na grade novamente, o prendendo ali enquanto Jimin parecia suplicar por minhas mãos em seu corpo novamente.

Eu só quero saber o que é isso, quero entender se é algo bom ou ruim; se for ruim, vou fazer ser bom.

Só quero entender.

- É um erro minhas mãos passarem suavemente por sua cintura? - Aproximei minha boca na orelha do menor, começando a falar bem baixinho. - As pontas dos dedos fazendo um carinho tão suave que você quase nem mesmo sentiria. - Jimin se arrepiou com as palavras, talvez estivesse imaginando em como seria. Um sorriso maroto brotou no canto de meus lábios, sabendo que meus toques não o faziam mal, na verdade o faziam bem, muito bem. - Lembra daquele dia que você acordou e se sentou no meu colo? - Ditei baixo, o corpo de Jimin não tinha reações. Não parecia que teria. - Lembra daquele carinho que eu fiz em sua coxa? O leve pousar de minha mão em sua perna fez você querer fazer o que? Eu estive com essa curiosidade na mente..

Jimin: Por que você está fazendo isso? - As mãos pequenas seguraram a frente de minha camiseta, assim fazendo eu segurar com mais força nas grades por saber que ele me empurraria.

- Eu quero que você peça. - Ditei, sorrindo fraco ao que as mãos apenas apertaram o tecido de minha camiseta.

Jimin: Você está perto demais..

- Isso me fez lembrar de uma outra pergunta. - Assoprei levemente a pele do pescoço alheio, vendo outro arrepio se passar por seu corpo. - Eu estive pensando em coisas tão leves.. mas e se uma de minhas mãos fosse até suas costas e te puxasse para frente com força? Seria algo ruim?

Jimin: Você não pode fazer isso. - Indagou, abaixando a cabeça e mordendo o lábio inferior com força.

- Não? - Perguntei, afastando meu rosto de seu ouvido apenas para ver o estado o qual o menor estava. - Isso não te impediu de admitir certas coisas.

Jimin: Foi um impulso.

- Não foi um impulso! - Proferi certeiro, ríspido e rude, dando um passo para frente; o qual fez Jimin escorar a cabeça na grade e ter seu corpo pressionado pelo meu. - Onde você está sentindo dor, uh? - Um suspirar bem baixo fora ouvido de Jimin.

Jimin: Como..

- Você ainda não tentou me impedir e..

Jimin: Eu não tentei te impedir porque eu não me importo. - Assim que percebeu sua fala, fechou os olhos, deixando-os bem pequeninos. - Digo.. eu só não.. não tem problema você me tocar.. não, ah! - Embaralhou as palavras, negando levemente com a cabeça. As bochechas rubras me chamaram bastante atenção.

- Eu não tocaria em você, anjo. - Levei uma de minhas mãos até a bochecha direita do menor, fazendo um carinho alí enquanto Jimin parecia amolecer. Eu amo quando ele fica assim. - Onde você está com dor? Está machucado? - Perguntei outra vez, demonstrando preocupação.

Jimin: Eu apenas torci o tornozelo na aula de hoje, mas está tudo bem. - Está tudo bem é o meu..

- E você resolveu caminhar com dores? Ótima opção! - Falei com ironia, me afastando do corpo pequeno, sendo assim deixando de tocá-lo e de prende-lo ali. - Está doendo muito?

Jimin: Foi só uma torção, não se preocupe. - Falou simpático, agora me olhando no rosto. - Eu gosto quando você fica assim..

- Hey, eu te envergonhar tudo bem, agora você me envergonhar é outra história. - Fingi indignação, ouvindo um riso curto do menor. Sorri com o ato - Mas como assim? Me explique.

Jimin: Antes você estava provocativo, e agora está cuidadoso. É estranho, mas eu gosto quando você muda de personalidade do nada. - Falou meio tímido, me fazendo soltar um riso.

- Qual você prefere? - Cruzei os braços, estava realmente curioso.

Jimin: Você por completo. - Assim que percebeu sua fala, sendo essa em um total duplo sentido, acabou abaixando a cabeça e ficando todo vermelho. Achei fofo.

- Completo? - Soltei um riso, talvez a pergunta tenha soado sugestiva. - Você é muito fofo, anjo. - Admiti, me virando de costas para Jimin e me abaixando levemente. - Suba. - Aguardei para o corpo menor se aproximar e subir em minhas costas, mas não ocorreu.

Jimin: Por quê?

- Quando você deu um passo para trás antes você gemeu de dor, eu não quero que você caminhe e fique com mais dores no tornozelo. - Expliquei, e Jimin nem mesmo pensou em se aproximar. - Vamos lá, Minnie, eu levo você. - Meus joelhos estavam começando a doer em ficar naquela posição, mas não me importei, pois logo Jimin se aproximou e tentou se apoiar em mim; totalmente tímido.

Soltei um riso ao que o menor não conseguiu.

- Fique parado. - Falei, sentindo seu tronco encostados em minhas costas. - Segure meus ombros. - As mãos tímidas logo tocaram tal local.

Assim que Jimin estava de tal forma, direcionei uma de minhas mãos para trás e toquei sua coxa com certa força — a segurei e puxei para cima, fazendo aquela perna ficar ao lado de minha cintura —, logo, com a outra mão fiz o mesmo ato. Ouvi um suspirar baixo de Jimin com o possível toque forte. Ah, eu preciso provocá-lo para saber se há alguma intenção nisso tudo, ou se tudo foi realmente um impulso seu.

- Me desculpe se te machuquei. - Continuei segurando ambas as coxas, mas agora de forma mais delicada e suave apenas para que o menor não caísse de volta. Jimin finalmente estava em minhas costas, nem parece que ele quase teve um filho apenas para subir.

Jimin: Você pode apertar. - Pareceu ter se arrependido de tal frase, me fazendo soltar um risinho enquanto já começava a caminhar novamente.

- Eu sei que você não está falando isso com malícia, mas não fale isso para qualquer pessoa. - Soltei outro riso. - Vai ser diferente com outros homens, eles não irão reagir da mesma forma que eu.

Jimin: Eu sei disso. - Os braços de Jimin arrodiaram por meu pescoço, se apoiando de forma correta. - Na verdade eu pensei que você reagiria de forma diferente. - Jimin pareceu escorar sua cabeça em seu próprio braço, ficando com o rosto bem próximo ao meu pescoço. Meu ponto fraco, eu diria.

- Você queria que eu realmente apertasse? - Brinquei, sorrindo travesso com a pergunta. Assim que não obtive respostas, fiquei quieto, mas nada tímido. - É sério?

Jimin: Você estava agindo de uma forma intensa antes, então eu imaginei que você fosse provocar outra vez. - A voz levemente abafada, a respiração batendo contra meu pescoço e o nariz tocando o local fez com que eu me arrepiasse.

- Eu não estava te provocando. - Estava sim. - E não é como se eu quisesse te deixar desconfortável.

Jimin: Eu gosto. - Admitiu bem baixo. - Eu realmente gosto quando você me toca.

- Eu sei disso. - Ditei convencido, sentindo a boca de Jimin passar em meu pescoço ao que ele riu. Que droga, Park Jimin! - Eu não..

Naomi: Hey, Junggukie! - Senti uma mão feminina tocar meu braço, e logo foquei meu olhar na garota sorridente a minha frente.

- Naomi, olá! - Falei meio perdido, logo senti a cabeça de Jimin se erguer para possivelmente observar a pessoa cujo falava comigo. - O que você faz aqui? Não estava no Japão?

Jimin tentou forçar as pernas para baixo, parecia que queria descer, mas não o deixei. Apenas apertei ambas as mãos em suas pernas, fazendo Jimin ficar quietinho outra vez. Parece que esse tipo de toque mexe com seu subconsciente de uma forma boa..

Naomi: Nós sequer pudemos conversar direito, bobinho. - Soltou um riso, parecia estar alegre. - Eu não moro no Japão, Gukkie. Mas me diz, como você está? Faz um tempo desde..

- Eu estou bem. - Sorri pequeno. - E eu estou acompanhado, então.. - Naomi finalmente olhou para Jimin, o sorriso em seu rosto ficou maior ainda. A mão delicada iria tocar a perna de Jimin, mas dei um passo para trás, não permitindo tal ato. Jimin ainda não pode com toques, irei cuidar dele.

Jimin: Olá! - Falou docemente. - Me chamo Jimin, é um prazer te conhecer.

Naomi: Você é um anjo? - Perguntou analisando Jimin. - Você é muito lindo, e o prazer é meu, me chame de Na ou Mi. - Falou educadamente, logo voltando a atenção para mim. - Pensei que você não namorasse. - Olhou para minhas mãos, só não sei se estava procurando aliança ou se só estava reparando na forma a qual eu segurava Jimin.

- Por que achou isso? - Sua atenção voltou ao meu rosto. - Assim como você disse, sequer tivemos tempo de conversar.

Naomi: Não está feliz de me ver outra vez? - Desmanchou o sorriso, ficando séria e com o cenho franzido. - Ah, entendi tudo. É por causa dele? - Apontou para Jimin, logo abaixando a mão. Uma cara de desgosto vindo da moça me fez revirar os olhos.

- Ele tem nome assim como você, então não haja como se você tivesse intimidade com alguém daqui. - Não falei grosseiramente, só ditei. - Não o trate assim.

Naomi: Eu só..

Jimin: Ela não fez nada demais. - Se intrometeu. - Está tudo bem.

Naomi: Junggukie-ah, nós podemos falar em particular?

- Por que em particular?

Naomi: Acredito que seu namoradinho não vá gostar de ficar ouvindo essas coisas.

[...]


Notas Finais


Jeonggukie nem conseguiu falar um 'algo' por conta de Naomi. Mas me digam, quem é Naomi? Façam suas apostas. Está bem próximo do final, então pensem.. talvez ela nem seja ninguém.

HEIDJADNDKEK OS MOMENTOS JIKOOK- aiai eu gosto de lenha na fogueira mesmo, kenskssndn desculpa.

Amo vocês, até a próxima. ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...