História 3 Years (Jikook, Kookmin) - Capítulo 57

Anteriormente..

Jimin: Vou te provar que.. querendo ou não, você não é tão hétero assim. - Falou meio embaralhado, me fazendo congelar.

Agora..

- Você tem noção do quão ridícula foi essa fala? - Perguntei, claramente para o vento porque Jimin pouco se importava. - Olha bem para mim. - O menor me olhou, continha os olhinhos brilhando e um sorrisinho contido no rosto. - Você vai sair de cima de mim, irá sentar corretamente no banco e colocar o cinto por pura e espontânea vontade.

Jimin: Se não o que? - Desafiou. - Tem muitas, muitas, muitas, muitas.. - Parou de falar, olhando para os lados. - Pessoas que queriam que eu estivesse assim. - Fechou os pequenos olhos, logo os abrindo. - Você tem noção? - Falou meio zonzo. - Eu quero dormir.

- Beleza então, Jimin. - Em um momento de descuido, empurrei o corpo menor para o banco ao lado e rapidamente ajeitei meu banco. - Se você fizer isso de novo eu vou te deixar aqui, e irei embora. - É óbvio que é mentira, mas tudo bem, não é um problema.

Jimin: Você me machucou. - Fez um biquinho, completamente chateado. - Está doendo bastante, muito mesmo. - Puxou o cinto, o colocando com uma dificuldade imensa. - Você é idiota.

- O que eu te fiz? - Coloquei meu próprio cinto, logo voltando a atenção total para Jimin. - Onde eu te machuquei?

Jimin: Minha barriga dói. - Franziu o cenho, fazendo os olhinhos se encherem de lágrimas.

- Posso ver? - Perguntei, vendo-o me encarar logo após. O olhar tão inocente feito de um bebê.

Jimin: Não. - Cruzou os braços, fazendo uma careta engraçada. - Você me machucou na barriga.

- Você está querendo dizer na cintura? - Lembrei do aperto talvez forte demais. - Eu te machuquei na cintura?

Jimin: Vai doer ano que vem. - Sua cabeça praticamente girou e se escorou no banco atrás de si. - Vai ser legal.

- Minha nossa.. - Murmurei para mim mesmo, logo ligando o carro e começando a dirigir outra vez.

[...]

- Você realmente não lembra? - Perguntei para o garoto que caminhava com certa pressa ao meu lado. - Jimin, pelo amor de Deus.

Jimin: Eu lembro de muita coisa, muita coisa mesmo.. mas eu não lembro o que ocorreu dentro do carro, cara. - Tentou explicar, parecia indignado consigo mesmo. - E eu fico muito grato por você ter cuidado de mim até que eu dormisse, e me desculpe qualquer coisa. - Ditou pela décima vez, chegou a ser engraçado.

- Você estava agindo de uma forma muito ousada, devo admitir. - Falei brevemente, ouvindo um suspirar de Jimin. - Mas tudo bem, fico feliz que o Sun tenha ligado para mim e não para outra pessoa.

Jimin: Sun? - Fez uma careta, talvez tentando se recordar. - Minha cabeça vai explodir, eu nunca mais vou beber em toda minha vida. - Praguejou, logo parando de caminhar ao que havíamos chegado no estacionamento.

- Por que você bebeu tanto, afinal? - Perguntei. - Você foi em uma boate cheia de pessoas, tem noção da quantidade de seres que devem ter te tocado?

Jimin: Eu lembro muito bem do que ocorreu lá dentro, não estava tão bêbado assim. - Falou e me fez soltar um breve riso.

- Sun disse que você chamou dez pessoas de Jungkook e tentou agarrá-las. - Era verdade. A mais pura e plena verdade. - Você me confirmou que um homem te desafiou a subir em uma mesa e dançar, e se você fizesse isso, ele te pagaria uma bebida e depois vocês iriam dar uma volta.

Jimin: Eu lembro disso, poxa. - Falou convicto. - Eu estava bêbado, mas ainda sim consciente.

- Bêbado e consciente na mesma frase não combina. Bêbado e Jimin é a junção errada, entenda. - Falei, tocando a alça da mochila. - Mas.. então você realmente teria saído com um homem desconhecido?

Jimin: Sim, por quê?

- Você é uma criança, por algum acaso? Você não tem consciência? - Questionei. - Ele poderia ter..

Jimin: Eu lutava, não se preocupe com isso, eu sei me defender.

- Você não tem certeza de merda alguma. E se ele estivesse armado ou algo assim? - Jimin revirou os olhos, cruzando os braços logo em seguida. - Se você quer sair, saía. Mas tome cuidado, não pense que só porque você já lutou alguma vez na vida que você sempre conseguirá se defender com isso.

Jimin: Por que você está me dando sermões, hum? - Perguntou, parecia uma criança mimada. - Eu te falei algo ontem? Eu fiz alguma coisa?

- Jimin, você foi irresponsável. - Fui direto. - Sair para beber? Tudo bem. Mas não precisava ter bebido até quase entrar em um coma alcoólico.

Jimin: Tudo bem, vou cuidar com isso. Aliás, obrigado por ontem, de verdade.. eu não queria ter dado trabalho por algo fútil. - Se redimiu.

- Não vou mentir, foi difícil lidar com você.

Jimin: Aliás, eu não consigo me lembrar muito.. - Ficou pensativo por poucos segundos. Será que ele não lembrava de ter sentado em meu colo e.. enfim? - Acordei com uma dor muito enjoativa, acho que me tocaram sim. - Afirmou, assentindo enquanto fazia uma caretinha fofa. - Não dói mais, mas..

- Onde está doendo? - Franzi o cenho. - Te machucaram?

Jimin: Minha cintura. - Foi breve, me fazendo arregalar meus olhos por poucos segundos. Jesus.. foi eu quem o machuquei. Porra, Jungkook. - Por que essa cara? - Perguntou e sorriu envergonhado, tornando as bochechas rubras aos poucos. - Está até um pouquinho avermelhada nessa região.. - Tocou por cima da blusa. - Tipo.. - Ergueu levemente a peça de roupa, olhando para baixo e me mostrando as regiões as quais realmente tinham pequenas marcas avermelhadas.

- Você não lembra?

Jimin: Como assim? Eu deveria lembrar de algo? - Questionou, soltando a camiseta e me olhando. - Eu não lembro de ninguém encostando em mim..

- Não, você não precisa se lembrar de nada. - Neguei com a cabeça, não só fazendo Jimin franzir o cenho, desconfiado, como me fazer sorrir amarelo. - Mas.. você se lembra de quando entramos no carro?

Jimin: Eu deveria lembrar? - Perguntou confuso, logo soltando um risinho com a possível cara de tacho que eu fiz. - Sim, eu lembro. Não de tudo, mas de algumas coisas sim.. por exemplo de quando eu fiquei dando em cima de você.

- Então você lembrou de tudo, parabéns. - Brinquei, o vendo soltar um riso juntamente a mim. - Você me irritou, tentou me agarrar, me fez te tirar a força.. - Reprimi os lábios assim que percebi ter falado mais do que o devido.

Jimin: Você me tirou a força de onde? - Soltou um riso, talvez vendo malícia na frase.

- Hum.. da minha frente, sabe? Você tentou me agarrar. - Menti, em momento algum ele de fato tentou fazer isso. Ele apenas rebolou no meu colo, tentando me provar que eu não era tão hétero quanto parecia. Tudo na base do desconhecimento.

Jimin: Eu não lembro muito bem.

- É melhor assim. - Jimin assentiu levemente, juntamente a mim.

Jimin: Hey, o que aconteceu no caminho de minha casa? Eu só lembro de deitar na minha cama, e então acordar hoje de manhã sozinho. - Deu alguns passinhos para o lado, talvez tentando lembrar.

- Na ida você acabou adormecendo após tentar me fazer bater o carro. - Jimin me olhou com os olhos arregalados. - Você falou para eu virar o volante e bater em um poste, disse algo que seria divertido ver pessoas se acumulando e se preocupando atoa já que nós éramos invencíveis. - Soltei um riso ao lembrar.

Jimin: Eu falei muita merda, entendo o porquê de minha cabeça estar explodindo. - Falou meio zonzo.

- Por que você bebeu? - Jimin mordeu o lábio inferior, e pelo "pouco" que o conheço sei muito bem que ele não irá tocar no assunto. - É a segunda vez que você não me fala sobre isso. Sabia que bêbado você me falou mais do que sóbrio? - O mais baixo tocou levemente a testa. O que de tão errado eu não posso saber? - Você disse que "ela" te irritava e bobeiras assim. Quem é essa garota?

Jimin: Eu não estava raciocinando bem, então.. falei bobeiras. - Sorriu meio incerto do que dizia. - Eu só bebi por diversão. - Mentira. Ninguém bebe tanto apenas por diversão. - Nada demais, não se preocupe.

- Você não lembra de como me chamava o tempo todo? - Perguntei, queria muito que Jimin lembrasse e conseguisse pronunciar daquela mesma forma. Aquela forma arrastada, suave e delicada. A voz pronunciando "Jung" era a coisa mais preciosa de se ouvir, ainda mais por ser Jimin falando.

Jimin: Jung.. - Falou meio baixo, parecia me perguntar se era realmente assim ou se estava enganado. O sorriso que cresceu em meus lábios foi automático, fazendo Jimin sorrir pequeno também. - Ah, você não ficou incomodado?

- Por que diabos eu ficaria incomodado? - Perguntei com um certo ar de certeza. - Certo, esse apelido é a coisa mais preciosa que você já pronunciou para mim.

Jimin: Eu consigo falar seu nome quando não é com você que eu converso. - Balançou levemente o corpo, fazendo um vai e vem lento. - Eu sempre falo Jung.. bem, sempre consigo pronunciar seu nome quando é com pessoas desconhecidas.

- Então você tem um bloqueio apenas comigo? - Perguntei, aquilo certamente me deixou muito feliz. E daí que ele não fala meu nome com a minha presença? O que importa é que ele não fica mal em falar com os outros. Eu sei meu nome, os desconhecidos não.

Jimin: Por que você parece feliz com isso? - Soltou um pequeno riso, negando com a cabeça. - É você na minha frente, eu converso, eu me divirto e fico bem com você. Por que eu não consigo te chamar pelo nome? As coisas estão tão bem..

- Mas não é um pro..

Jimin: Para mim é um problema. - Me interrompeu, falando com certa afobação.

- Por que seria?

Jennie: Jungkook! - Ouvi a voz estridente vinda de trás de mim, e assim que Jennie se fez presente ali, vi a feição de Jimin mudar. Eles não estavam bem?

- Oi, Jennie. - Me virei de lado, dando espaço para a mesma participar daquela conversa.

Jennie: Oi Minnie, como você está? - Perguntou e sorriu para o loiro, já Jimin, apenas abaixou a cabeça e chutou algumas pedras do estacionamento.

Jimin: Eu estava bem. - Respondeu cruzando os braços. Era fofo, mas ainda sim parecia estar incomodado. - E você?

Jennie: Fiquei preocupada com você. - Falou, retirando o sorriso do rosto assim que percebeu não estar tudo bem entre ambos. - Você sumiu por alguns dias, não me falou nada e..

Jimin: Eu fui viajar, você não ficou sabendo porque não era necessário saber. - Jennie fechou a cara na hora, parecia magoada com tais palavras. Eu deveria, talvez, me retirar.

Jennie: Não estávamos bem?

Jimin: Estávamos.

- Então, Jennie.. - Fingi uma tosse, tentando fugir daquele clima ruim que habitava o local. - Como vai a vida?

Jennie: Eu que te pergunto, como assim você sumiu por dois meses, cara? - Deu um leve tapa em meu ombro, estava mais brincalhona do que antes de eu ir viajar.

- Bem, eu tive que ir para o Japão por conta das empresas, você deve saber como isso funciona. - Comentei. - Você mudou muito, minha nossa.

Jennie: Para melhor ou pior? - Pisquei algumas vezes, era impossível de responder. - Estou brincando, Jungkook. Eu sei que mudei, estou menos.. patricinha? É, patricinha é a palavra correta.

- O que fez você mudar tanto? Eu não consigo de forma alguma tirar a Jennie metida de minha mente. - Recebi um leve tapa, seguido de um riso da outra.

Jennie: Não sou mais obrigada a ser a metidinha, filha perfeita e tudo mais. Você conhece meus pais, mas não conhece nem metade do que eles fizeram eu fazer. Eu estou vivendo minha vida, digamos que da forma certa agora. - Dava para perceber a alegria que a mesma tinha em seus olhos. Ela parecia livre, parecia ela mesma depois de muito tempo.

- Eu fico feliz por isso. - Sorri, vendo-a sorrir também. - É, Jennie, já passamos por muitas coisas juntos, não podemos ser rivais justamente no fim.

Jennie: Fim não, começo. - Corrigiu. - Eu concordo com isso, Kookie. Amigos, então? - Esticou a mão, logo a apertei e sorri.

- Isso não é um contrato, garota. - Soltei sua mão, vendo-a olhar para Jimin após o fim de nossa conversa. Park continuava da mesma forma, olhando para o chão enquanto chutava algumas pedrinhas.

Jennie: Você sempre faz isso quando está chateado comigo. - Falou mais cabisbaixa que antes. - Conversa comigo, Jiminnie. - Tentou se aproximar, mas Jimin deu alguns passos para trás e a olhou.

Jimin: Vai fazer igualmente o Soobin agora? Querer me forçar a falar, e para isso, encostar em mim?

Jennie: Jimin? - Tudo bem, se até Jennie estava confusa, quem sou eu para não estar? - Eu não fiz nada para você, eu jamais toquei em você sem sua permissão, e eu sequer estou te obrigando a falar algo. Eu só quero entender.

Jimin: Não tem o que entender. - Começou a olhar para o nada, fechando os olhos vezes ou outras.

Jennie: Para com isso. - Jimin não se importou, parecia não se importar. - Eu vou ficar chateada com você, Jimin.

Jimin: Por que você ficaria?

Jennie: Não sei, talvez pelo mesmo motivo que você está bravo comigo? - Foi uma pergunta meio afirmativa, a mesma que fez Jimin olhar para a mesma.

Jimin: Eu não estou bravo com você por conta disso. - Franziu o cenho, era como se ambos conseguissem ler a mente um do outro. - Você.. nossa!

Jennie: Então o que está acontecendo, caramba? - Perguntou meio exasperada.

Não tenho poderes de ler mentes, então lamento informar, não consigo me comunicar com ambos.

Jimin: Você é perfeita demais, Jennie, satisfeita? - A voz saiu um pouquinho alta, fazendo Jennie se mover um pouco para trás enquanto carregava uma feição confusa no rosto.

Jennie: Você está falando sério? - Soltou um riso, fazendo Jimin revirar os olhos. - Jimin, pelo amor de Deus..

Jimin: Você não percebe.. - Fechou os olhos, respirando fundo enquanto tentava não falar o que tinha de falar.

Jennie: Isso não é uma competição. - Falou aleatoriamente, fazendo Jimin abrir os olhos e voltar a olhá-la. - Eu namoro, Jimin, você se esqueceu disso?

Jimin: Cale a boca. - Jennie ergueu ambas as mãos, parecia se redimir de seja lá o que.

- Espera, você namora? - Perguntei, focando em apenas um detalhe da conversa.

Jennie: Sim, você precisa conhecê-la.. - Jimin saiu caminhando, não parecia ter muita paciência. - Eu vou te matar, Park Jimin! - Deu uma leve corridinha atrás do mesmo, se parando em sua frente com ambos os braços para trás das costas. Jimin parou de caminhar no mesmo instante, apenas olhando para a garota a sua frente.

Jimin: Eu fico inseguro perto de você. - Falou mais baixo, então tudo bem, eu realmente não preciso fazer nada. Eu só deveria sair, mas não vou.

Jennie: E você não fala isso por causa do Jungkook, estou certa? - Jimin não respondeu, apenas suspirou. - Você é perfeito, Jimin, você é a melhor pessoa que eu conheço. Você tem ideia do quão gostoso, lindo, gentil, engraçado, divertido, fofo, adorável e tudo de bom que você é? Você não tem noção, né? Porque caralho, eu daria tudo para ter um pingo dessa sua beleza. Eu daria tudo para ser tão gentil e adorável quanto você é. Eu queria ser tão incrível quanto você, Jimin. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Mas é completamente impossível, porque só existe um Park Jimin maravilhoso assim. Cada um tem a sua vida, seu corpo, seus defeitos e suas qualidades.. e eu realmente não vejo defeitos em você. Eu só consigo ver um garoto talentoso que conquista tudo o que quer na base do esforço. Você nunca se queixou de nada para mim, e você sabe o quão orgulhosa eu sou por ter você como amigo? Se você soubesse, Park Jimin.. você realmente não estaria me dizendo essas coisas. Você não estaria dizendo que está bravo comigo por conta de algo tão fútil. - Parecia ter terminado, suspirando enquanto continuava olhando Jimin.

Jimin: Está bem..

Jennie: Não, não está. - O interrompeu. - Você sabe o quão culpada que eu me senti quando você ficou praticamente paralisado na minha casa? Você tem noção do quão mal eu fiquei por saber que eu te fiz tanto mal, que até mesmo seu subconsciente proibiu que alguém te tocasse? - Uh, então foi ela.. - Eu me senti mal por dias, porque eu sabia que você estava mal naquele dia, e mesmo assim eu toquei em você para te repreender. Até hoje eu não fiz nada para te compensar disso, até nesse mesmo momento eu não fiz nada para concertar isso. Eu não posso te ajudar, você não quer a minha ajuda e parece não querer a ajuda de ninguém. É incrível como você se sente inseguro perto de mim, como se eu fosse a melhor pessoa desse mundo enquanto eu não sou. Enquanto eu sou uma garota que é facilmente manipulada pelos próprios pais e impulsiva. Você quer se sentir mal perto de alguém? Então vá para longe daqui, porque eu estou longe de ser perfeita assim como você disse. A perfeição está logo acima, mas não tem escadas para subir. Não tem algo para que eu possa escalar e alcançá-la. Coloca isso na sua cabeça, e quando você se sentir mal por eu ser perfeitinha demais, lembra que foi eu quem fiz você ter seu primeiro transe. Lembra que foi por minha culpa que você tem problemas com toques.

É errado eu continuar parado aqui escutando tudo?

Jimin: Primeiro de tudo; a culpa foi daquela festa, porque foi naquela festa que tocaram em mim sem concedimento e então eu fiquei mal. Você encostou em mim? Encostou, mas encostou para me repreender. Você estava certa. Por qual motivo eu fui em uma festa quando eu estava quase desmaiando? É essa a questão, você só me ajudou, e você continua me ajudando. Você continua sendo perfeita. - Jimin deu um tapinha leve em sua própria perna. - Você não fez eu ficar mal naquele dia, você me ajudou. Você não fez eu ter problemas com toques, você fez eu não ficar traumatizado com tais coisas. O meu pensamento continua, você apenas me ajudou.

Jennie: Você precisa descansar. - Desistiu de tentar, estava cansada, era evidente. - Dançou a aula toda, não é? - Forçou um sorriso. - Vá para casa e descanse, não quero que você fique mal por conta disso. Me desculpe por ser assim, mas eu não quero continuar com essa conversa já que você parece ter sempre o mesmo pensamento. - Jimin não esperou para abraçar a mesma, e esse foi o choque tanto meu quanto de Jennie. A garota tinha os olhos arregalados e mãos em certa distância de Jimin. Parecia não querer tocá-lo por medo.

Enquanto eu apenas olhava ambos sem entender muita coisa. Não escutei toda conversa, não sei se escutei corretamente ou coisas assim. Mas o abraço foi fofo, mesmo que surpreendente da parte de Jimin, foi adorável.

Jimin mal e mal consegue encostar nos nossos amigos, estes que passaram anos com ele.. isso é o mais surpreendente.

Jimin: Desculpa. - Murmurou meio baixo, deixando um beijinho na bochecha da mesma. Um beijinho estalado e suave, este mesmo que fez Jennie sorrir largo.

Jennie: Você.. meu Deus. - Estava paralisada, apenas observando Jimin a soltar aos poucos. - Eu te amo. - Soltou, fazendo Jimin soltar um risinho baixo.

Jimin: Eu também te amo. - Se afastou um pouco mais, dando alguns passos para trás. - Mas.. eu preciso ir agora. Estou cansado.

Jennie: Tudo bem.. nossa. - Balançou levemente a cabeça. - Fique bem, Minnie. Tchau! - Mandou um beijo no ar para o mesmo, e um outro beijo para mim. Fingi pegá-lo e jogá-lo para longe, vendo-a me mostrar a língua e dar as costas.

Jimin logo veio em minha direção e me abraçou com força, nem mesmo me deixou falar algo ou fazer quaisquer coisa, apenas me apertou entre os braços pequeninos.

- Você está bem? - Perguntei preocupado, fazendo um carinho leve no couro cabeludo do mesmo. - Jimin?

Jimin: Eu realmente abracei ela? - Perguntou, parecia querer ouvir um não como resposta. Mas ao contrário disso, recebeu o mais pleno e puro silêncio. - Eu acho que vou desmaiar..

- Você o quê? - Arregalei os olhos, sentindo as mãos pequeninas agarrarem minha camiseta. - Você está falando sério? Pelo amor de Deus..

Jimin: Eu vou ficar bem. - Falou brevemente. - Está tudo bem.

- Tem certeza? Você disse..

Jimin: Não importa. - Me interrompeu. - Eu só preciso ir para casa e descansar.

- Seus músculos estão tensos. - Passei as mão pelas costas do menor, talvez tendo uma ideia brilhante em mente. - Eu não vou deixar você ir para casa sozinho, não nesse estado.

Jimin: Mas eu estou bem agora. - Foi me soltando aos poucos. - Eu só tenho em mente que vou ficar mal, ter alguma crise ou coisas assim.. - Passou a mão levemente sobre sua testa, não parecia certo de suas atitudes. - Eu não estou acostumado a tocar muitas pessoas, fazem dois meses, não é pouco tempo.

- Você não tocou em ninguém? - Perguntei, aquilo era uma dúvida bem curiosa. - Você realmente não tocou em ninguém e nem recebeu toques, ou é apenas um modo de dizer?

Jimin: Na verdade eu recebia toques, poucos, inofensivos, mas eram toques. Porém eu mal e mal conseguia opinar sobre, eram toques aleatórios normalmente vindos de Soobin, Jennie, Namchu, Jaemin, pessoas aleatórias da faculdade e desconhecidos no seu ponto de vista.

- Você já teve algum caso com Soobin? - Outra dúvida se fez presente, e logo Jimin me olhou. Joguei a cabeça para o lado, esperando uma resposta. - Sei lá, como vocês começaram a se falar?

Jimin: Bem, nós dois.. - Começou, me fazendo arregalar brevemente os olhos por realmente imaginar os dois juntos. - Não, não tivemos nenhum caso. - Soltou um riso. - Acho que depois de umas duas semanas que você havia ido embora que tudo ocorreu. Eu fui em uma festa com a Jennie, e nessa festa eu estava passando mal, tipo mal mesmo. Não quis tomar remédios, e acabei bebendo e quase que desmaiando no meio da multidão por isso. Porém ao que algumas pessoas notaram minha fragilidade, pessoas bêbadas se consta, acabaram fazendo uma rodinha a qual muitos dali ficaram me abraçando, encostando em mim, fazendo coisas absurdas as quais só fizeram o meu estado piorar e me fazer entrar em um surto psicótico. Naquele dia já se fazia uma semana a qual eu não deixava ninguém encostar em mim, mas era mais por bobeira, não era como se fosse ruim. Porém naquela noite tudo piorou e Jennie foi quem me tirou de lá, me levou para a casa dela e me repreendeu.. porém com isso eu quero dizer que ela me empurrou, encostou em mim e me fez ficar sentado no sofá. Em meio ao processo, as cenas que se passavam em minha mente eram de pessoas desconhecidas me tocando, de você em meio a todas aquelas pessoas, dos garotos e de todos quem eu amava me tocando, me fazendo ficar mal. E foi com isso que eu tive meu primeiro transe, meu primeiro surto e meu problema com toques começou a partir daquele dia. - Explicou de forma rápida, me fazendo ficar um pouco mal por simplesmente não estar lá para ajudá-lo. Eu estive longe em meio a todo caos. - E então uma semana depois eu comecei a ficar com o Namchu, nem teve oportunidade para Soobin ou quaisquer outra pessoa.

- O impressionante é que eu fiz o caos e não estive aqui para ajudar ninguém nos momentos difíceis. Me desculpe por isso, eu queria estar com você naquele dia, queria poder ajudar. - Falei meio cabisbaixo, não deixando transparecer o quanto aquilo me afetava.

Jimin: Hey, você não está aqui agora? É isso que importa, Jung, não tem problema algum se você não esteve aqui há meses atrás. Você vai apoiar tanto a mim quanto os outros garotos se precisarmos, nós sabemos disso. - Aquele apelido. A forma doce a qual ele falou tais palavras. Tudo, tudo em Jimin é perfeito.

- Amigos? - Estendi a mão para o mesmo, vendo olhá-la e me olhar logo após.

Jimin: Então você quer seu meu amigo?

- Por quê? O que você quer ser? - Uma sugestão tanto quanto tentadora demais para mim, mas para Jimin eu sou apenas o Jungkook. Apenas Jeon Jungkook. - Amigos para mim é uma boa opção no momento. - No momento..

Jimin: Por que no momento? Você pretende mudar isso? - Deu um tapa em minha mão, logo dando um soquinho. Ok, isso foi fofo.

- É a intenção. - Fui sincero, dando de ombros por poucos segundos. A ficha caiu quando Jimin me olhou confuso e eu apenas soltei um riso, como se aquilo fosse apenas uma brincadeirinha.

Jimin: Somos amigos então. - Outro sorriso, seguido de um fechar de olhos e a risadinha baixa fora ouvida de Jimin. - Não tente mudar isso, Jung. Me prometa, sim? - Voltou a me encarar. Talvez nem mesmo ele tivesse noção de tal promessa.

- Eu prometo.

Eu prometo, mas saiba que se precisar descumprir, eu irei. E eu irei sem nem mesmo pensar duas vezes. Basta um suspirar a favor disso, que eu jogarei tudo para o alto e não será uma promessa que mudará isso.

Porque Jimin-ah, o que eu sinto é mais forte do que uma mera promessa.

Jimin: E eu posso confiar em você?

- Por que você iria querer desconfiar de mim? - Perguntei. - Amigos costumam cumprir promessas, então não tenha dúvidas.

Jimin: Por que eu sinto como se isso fosse uma vingança de algo? - Perguntou, me fazendo conter um sorriso ladino. - Por que infernos eu sinto como se essa fala fosse para me fazer cair na real? - A dúvida estava presente, mas o sorriso pequeno em seus lábios também estava.

- Talvez eu não possa te contar por conta de uma promessa. - Peguei a chave do carro em meu bolso, girando-a em meu dedo. - Você não quer que nada mude, então é isso que vou fazer.

Jimin: Pare com isso, eu sou lerdo. - Soltou um riso, apenas me observando. - O que você iria querer mudar, afinal?

- Bem.. - Dei um passinho para frente, ficando em poucos centímetros de distância do rosto de Jimin. Era possível sentir sua respiração se misturando com a minha aos poucos, em com a mais plena certeza eu afirmo que ele não quer se afastar. - Para isso eu deveria quebrar promessas, e quem gosta de ter amizade com pessoas que não cumprem com o que falam? - Jimin ergueu um pouco a cabeça, me olhando nos olhos. - Você gosta? Eu acho que não, certo? - Suspirei fraquinho, era uma tentação. - Então não faça com que seu mais novo amiguinho quebre promessas e te mostre o que eu quero fazer, na marra.

Jimin: Não quebre promessas, mas também.. - Colocou ambas as mãos em meu abdômen, sorrindo sacana logo em seguida. - Não quebre barreiras. - E me afastou levemente de si, fazendo eu abrir a boca para falar algo mas acabar apenas rindo.

- Essa doeu, ok? - Jimin se afastou, dando alguns passos para trás enquanto soltava um breve e curto riso.

Jimin: Somos amigos, esqueceu? - E o sorriso sacana voltou nos lábios cheinhos. Pois bem, se vocês acham que eu não o encarei na mesma intensidade a qual ele me encarava, vocês estão errados. Ficamos alguns poucos segundos olhando um ao outro com um sorriso nada inocente nos lábios.

- Vamos lá para casa? É sábado, ninguém merece ter de ir na faculdade aos sábados, e nós já estamos aqui no estacionamento há uns bons minutos. - Quebrei aquele silêncio, quebrando o clima juntamente ao mesmo.

Jimin: Não quebre barreiras, Jung. - Soltou um riso enquanto assentia com a cabeça. - Mas eu vou com você.

- De que barreiras você está falando, afinal? - Começamos a dar alguns passos em direção ao meu carro, e assim que estávamos atrás do mesmo, resolvi brincar um pouquinho com Jimin. Puxei seu pulso, fazendo-o se escorar na porta — fechada — do carro. Jimin arregalou os olhos, ficando com ambas as mãos ao lado de seu corpo enquanto me encarava.

Jimin: Isso vai se tornar costume? - Soltou um riso, pronto para sair dalí.

- Eu não mandei você sair. - Jimin segurou o riso, ficando sério e voltando a escorar as costas no carro. - Você não quer que eu te obrigue a ficar aí, quer?

Como eu estava interpretando isso tudo? Não sei. Só sei que no momento eu estava a frente de Jimin, com ambos os braços para trás do corpo. Claramente eu não o tocaria, e essa era a total graça.

- É essa barreira? - Dei um passinho para frente, ficando quase que colado ao seu corpo. Jimin não olhou para meu rosto, apenas abaixou o seu para não ocorrer o risco de rolar realmente algo. - Eu acho que já quebrei ela outro dia, está lembrado?

Jimin:. A sua mudança de humor repentina me dá medo. - Falou mais baixo, a respiração se tornando descompassa aos poucos.

- E se eu quebrar minha promessa agora? - Perguntei, na verdade eu queria ouvir um não. Porque se eu ouvisse um "tudo bem", eu realmente acabaria com a brincadeira e partiria para cima.

Qual é, eu não sou de perder tempo.

Jimin: Beleza, então quebre. - Olhou para cima, os olhinhos brilhando como se soubesse exatamente o que ocorreria. - Você não teria coragem. - Um mínimo sorriso surgiu no canto de seus lábios, automaticamente minha atenção foi para o local.

- Ah, por favor né.. - Colei nossos corpos, fazendo Jimin dar uma leve batida com suas costas no carro. - Você realmente acha que eu não tenho coragem?

Jimin: Então por qual motivo não me beijou ainda? - Achei sugestivo, achei muito sugestivo. - Deixe-me adivinhar.. - As mãos deixaram de tocar o carro para tocar meus ombros. - Você não vai fazer isso. - Dois tapinhas leves foram desferidos em meus ombros, como se aquilo fosse um consolo.

- Hum.. - Aproximei nossos rostos, e assim como esperado Jimin afastou sua cabeça para trás. - É por isso que eu ainda não beijei você, assim como é por isso que eu ainda não toquei em você. - Fui sincero, mas talvez sincero até demais. Espero que Jimin não leve na brincadeira, porque eu não vou ter coragem para falar isso de novo. - E adivinha?

Jimin: Não sou bom nessas coisas. - Fechou os olhos ao que eu voltei a afastar meu rosto do seu.

E pela primeira vez naquele momento, levei uma das minhas mãos até a cintura possivelmente avermelhada.

- Aqui dói? - Jimin negou. Ótimo. - Pois bem, eu sei fazer pior. - E com isso me afastei, vendo Jimin desferir um tapa em meu ombro. Claramente envergonhado, enfurecido e fofo.

Jimin: Nunca mais faça isso, está me ouvindo? - Sorriu, agora entrando no carro juntamente a mim.

- Eu fiz você se esquecer de seu transe, você está bem? - Perguntei, vendo Jimin assentir com um sorriso pequeno no rosto. - Pelo jeito não foi só disso que você se esqueceu.. - Jimin me olhou enquanto colocava o cinto.

Jimin: Como assim?

- Ontem, nesse carro.. - Sim, eu estava apenas fazendo isso para deixá-lo curioso. - Você fez umas coisas que, pelo jeito, se esqueceu.

Jimin: Conte de uma vez, Jung. - Era perceptível a curiosidade em seus olhos, mas a fúria logo se fez presente quando eu o ignorei e apenas liguei o carro. Claramente um sorriso se formou em meu rosto, fazendo Jimin grunhiu em reprovação.

- Pense um pouquinho.

Jimin: Eu te odeio. - Soltei um riso, ouvindo alguns xingamentos pela parte do menor.

- Para mim isso se chama amor reprimido.

Jimin: Ao menos não foi eu quem gostou quando foi chamado de amor, certo? - Então ele também sabe jogar?

- Bem, eu não costumo gostar quando me colocam contra algo, me prendendo e, talvez, quase me agarrando.

Jimin: Gostei tanto que se você fizer isso de novo, eu juro por tudo que você vai sair ferido.

- Então veremos. - Pisei no acelerador, saindo do estacionamento. - Vamos ver se eu vou sair ferido, ou você com uma ereção no meio das pernas, príncipe. - Jimin me olhou, parecia mais atento na conversa agora.

[...]

Jimin: É o Tae. - Me alcançou meu próprio celular, este que ele segurava para que eu abrisse a porta. E assim foi feito, abri a porta de minha casa e peguei o celular, atendendo a ligação no instante seguinte.

Taehyung: Oi filho da puta, tudo bem? - Falou antes de qualquer coisa

- Assim gratuito? E sim, estou bem, obrigado pela falsa preocupação.

Taehyung: Ótimo, que bom que você sabe. Onde você está, uh?

- Ocupado. - Simples, fácil e rápido. - O que você quer? Você não estava na faculdade há alguns minutos atrás? - Estranhei. - Por que não falou comigo lá?

Taehyung: Você estava ocupado com a Jennie. - A voz ficou um pouco mais fina ao pronunciar o nome. - Enfim, vou direto ao assunto. Você vem aqui para ca..

- Não. - Fui breve, observando Jimin de braços cruzados esperando a minha pessoa. - Não posso ir, Tae, estou ocupado assim como já disse.

Taehyung: Mas todos os garotos vão vir, Jeon Jungkook. - Pareceu me repreender. - Você vai realmente preferir ficar atoa aí ao invés de vir ficar com seus amigos?

- Eu não estou atoa, caramba. - Respirei fundo. - Se divirta com os garotos, eu vou outro dia.

Taehyung: Está zoando com a minha cara, né? - Ouvi um suspirar do outro lado da linha.. e algo ainda não se encaixava.

- Você tem cinco amigos para te fazer feliz hoje, não precisa de mais um. Para de ser chato. - Revirei os olhos. - Inclusive, já falou com o Jimin? Ele disse se vai ou não?

Taehyung: Ah, claro! Falei com o Minnie sim, antes mesmo, ele confirmou. - Franzi o cenho, olhando para Jimin em seguida. - Só falta você aceitar.

- Se eu conseguir terminar as coisas aqui a tempo, eu vou. Mas não vou confirmar nada, tudo bem?

Taehyung: Ok então, vê se dá um jeitinho. Jimin e Yoongi já estão aqui, inclusive estão esperando por você. Jin, Namjoon e Hoseok já devem estar vindo.

- Hum.. Jimin já está aí? - Olhei novamente para o baixinho, este que franziu o cenho com minha pergunta.

Taehyung: Sim, sim. Está me ajudando a arrumar umas coisinhas aqui. - Suspirei baixinho, era incrível a forma a qual Taehyung tentava me enganar. - E, Jungkook, se você não vir hoje, me encontra amanhã de tarde?

- Por que a insistência em querer me ver?

Taehyung: Eu acho importante alguém abrir seus olhos, e quem é melhor para isso a não ser eu? - Soltou um riso. - Tchauzinho, e vê se dá um jeito de vir, ok? Estamos te esperando.

Apenas desliguei a ligação, estava começando a ficar desconfiado e acima de tudo preocupado. Por que Taehyung mentiria? Afinal, qual o motivo?

Jimin: O que aconteceu? - Perguntou, agora me acompanhando para dentro de casa.

- Taehyung queria que eu fosse lá, disse que todos os garotos iriam. Inclusive disse que você já estava lá, estranho, não é? - Jimin murmurou um "uhum".

Jimin: Por que ele mentiria sobre isso?

- Não faço nem idéia. - Taehyung é improvável, e isso é o mais curioso disso tudo. - Enfim, isso não importa agora. Você deve estar com sede depois da secada que eu te dei no carro, não é? - Jimin soltou um riso, me fazendo sorrir e caminhar até a cozinha com o mesmo.

Jimin: O pior de tudo é que eu realmente estou com sede. - Ri baixinho, ouvindo Jimin rir também.

- Tudo bem, quer água, refrigerante, bebida alcoólica, ch..

Jimin: Água. - Se aproximou da pia, ele mesmo pegando um copo e o enchendo de água.

- Tem certeza? Tem..

Jimin: Água, apenas água. - Me interrompeu outra vez, ficando de costas para mim apenas para bebericar a água. Era um momento perfeito para o provocar um pouco, não é?

Primeiramente, isso não é assédio. Eu JAMAIS o tocaria caso ele não quisesse isso, caso ele falasse para não fazer isso ou tais coisas. Eu não o toquei, eu não estou realmente reparando em seu corpo, eu apenas faço brincadeiras. Caso ele não quiser, ele vai me dizer. Eu conheço o Jimin, quando ele se sente desconfortável ele realmente fala. Enfim, é isto.

Jimin: Você acredita.. - Iria se virar, então vi o momento perfeito para me aproximar de si. Assim que Jimin se virou ainda com o copo em mãos, fiquei a sua frente o encarando. - Eu vou jogar água se você se aproximar. - Avisou.

- No fundo você sabe que não vai fazer isso. - Toquei sua mão, automaticamente segurando o copo juntamente a si. - Até porque se você fizer isso, eu vou tirar a roupa na sua frente.

Jimin: No fundo você sabe que não vai fazer isso. - Me encarou profundamente, imitando a minha fala.

- Você realmente dúvida? - Soltei o copo, fazendo uma cara de pouco caso. - Tudo bem, então me molhe. - Jimin jogou a cabeça levemente para o lado, talvez pensando ou simplesmente vendo minha vida toda através daquele olhar.

Jimin: Você não fez nada para isso acontecer. - Soltou o copo ao seu lado na pia. Logo ambas as mãos seguraram o mármore, se apoiando ali enquanto continuava a me encarar. - O que você quer agora?

- Eu percebi que você está com os músculos muito tensos. - Dei um passinho para frente, não tão próximo, nem tão longe de seu corpo. - Que tal se eu fizer uma massagem em você? - Toquei com a ponta dos dedos um de seus ombros, descendo por seu braço até acabar com o toque. - Sim?

Jimin: O que você está aprontando? - Olhou para a minha mão, essa que agora dedilhava meu próprio pescoço. Desci para o primeiro botão de minha camiseta, vendo a atenção de Jimin se prender exatamente alí.

- Na verdade eu só quero testar meus conhecimentos no seu corpo. - Jimin piscou os pequenos olhos, focando sua atenção em meu rosto. - Que pensamentos perversos, anjo. Eu estou falando de massagem, apenas massagem. - É tão bom brincar consigo.

Assim que não obtive nenhuma resposta, levei novamente minha mão até seu ombro. Porém desta vez subi a mesma até o pescoço branquinho, vendo Jimin se arrepiar e umidecer os lábios. Ele quer isso e nem mesmo consegue negar.

- Vamos para o quarto, vou ajudar você a relaxar.

[...]