História 3 Years (Jikook, Kookmin) - Capítulo 60 (bônus)

[...]

Isso tudo está servindo como lição de moral.

Se eu fiquei bravo e magoado com tudo que aconteceu há mais ou menos cinco dias? Sim, obviamente. Os garotos são meus amigos e por mais que eu os ame, ninguém tinha o direito de tentar mandar em algo que eu faço.

Com a mais pura e plena certeza do mundo eu não estou bravo. Estou triste, apenas. Nada mais envolve Taehyung, Jin, Namjoon, Yoongi ou J-Hope.. na verdade estou triste com Jimin.

Tudo que ocorreu há dias só me fez perceber que os garotos estavam certos em temerem, porque eu pensei em me afastar só porque não tinha o Jimin. Meus pensamentos se voltam para Jimin, e isso afeta minha amizade com os outros garotos.

Após tudo aquilo eu e os garotos estamos nos dando bem, Jimin também, inclusive. Ele não está a pessoa mais próxima de nós, mas de vez em quando fica conosco no intervalo e no fim — de começo ele fica com um garoto, talvez o tal amigo que saiu consigo no domingo.

O porquê de eu estar triste com Jimin é bem óbvio, na verdade. Nesses últimos dias nós somos os únicos a não nos falarmos direito, sempre que eu o cumprimento juntamente aos garotos o menor abaixa a cabeça e se curva, como se não me conhecesse ou não tivesse intimidade para simplesmente dizer um "oi Jungkook".

É doloroso, de verdade. Jimin não faz isso para ninguém, nem mesmo para os superiores da faculdade, e então para alguém que é próximo dele ele quer demonstrar respeito?

Não é como se fosse apenas isso que me deixasse mal, na verdade muitas coisas mudaram drasticamente. Por exemplo na segunda, após tudo o que ocorreu Jimin não quis ficar conosco de começo, apenas foi até nós no intervalo porque Taehyung quase chorou — fazendo birra, claramente. E então quando chegou lá deu um oi para todos, menos para mim. Ah, isso não é o ruim, na verdade o que quebrou meu coração em milhões de pedacinhos foi quando o peguei me encarando, e assim que o olhei notei os olhinhos levemente marejados. E nisso ele saiu caminhando de lá, deixando todos confusos menos a mim. Fiz o mesmo, saí de lá para o lado oposto de todos.

{Flashback}

Taehyung: O que aconteceu com ele? - Apontou para Jimin, este que saiu caminhando para dentro da faculdade enquanto todos estavam do lado de fora.

Era tão óbvia a resposta, mas todos decidiram se fazerem de sonsos. E eu não aguentava mais aquilo, era angustiante, ainda mais por ser a primeira vez que tudo isso ocorreu.

Não esperei até me levantar e começar a caminhar também, porém em direção à saída da faculdade. Todos os garotos obviamente focaram a atenção em mim e me chamaram, me fazendo respirar fundo e me virar. Estava distante, mas era audível os murmúrios confusos.

Jin: Onde você está indo, cara? - Jin se pronunciou, a feição confusa tanto quanto a dos outros garotos.

- Adivinha? - Cínico, debochado, talvez um pouco rude. - Eu só vou para casa, estou cansado.

Taehyung: Ainda nem acabou as au..

- Taehyung, eu falei que estou cansado. - O interrompi. Na verdade estava cansado daquilo, cansado daquela insignificância por mais que para o nosso bem. Jimin estava me tratando diferente.. os garotos estavam bem com isso, mas nós dois não.

Yoongi: Calma Jungkook, credo! - Reclamou. Não era minha intenção ser raivoso, então apenas dei de ombros e voltei a caminhar até a saída.

Namjoon veio em meu encontro, me puxando para trás.

Namjoon: Aguenta Jeon, você consegue, eu confio em você. - Se parou em minha frente, me impedindo de caminhar. Dei alguns passos para trás e passei a mão no cabelo, estava cansado, irritado, magoado.. tudo.

- Namjoon, de coração, eu não quero tratar ninguém mal. Eu entendo todos vocês, mas eu não consigo. Eu realmente não consigo. - Falei, tentei ao máximo não demonstrar que aquilo estava me afetando, mas era perceptível.

Namjoon: Tenta Jungkook, é só agir normalmente, se você se estressar então se estressou. Ninguém vai te julgar por isso. Se você chorar você também só vai ter chorado, ninguém vai brigar com você por você se sentir mal. Se você quiser brigar, aí sim será um problema. Mas.. não faça isso. Não se prejudique só porque está "cansado". - Avisou, e sim, estava certo. Namjoon era sensato demais, isso me deixa mal por tratá-lo mal. - Eu peço desculpas por ter que fazer você passar por isso, mas você perceberá que foi melhor assim. Você pode confiar em mim por enquanto?

- Eu não quero confiar em nenhum de vocês. - Ajeitei a mochila em meus ombros. - Na única pessoa que eu poderia confiar vocês fizeram questão de afastar de mim, estão felizes? Ótimo! - Bati palmas leves, dando as costas para o mais velho e voltando a andar em direção aos meninos. Obviamente passei reto pelos quatro, entrando na faculdade logo em seguida.

Antes ouvi um "obrigado por trazê-lo de volta, Namjoon". Eu sei que eles querem meu bem, querem o bem de Jimin e o próprio bem de cada um. Mas as vezes o bem machuca, e quando algo me machuca eu prefiro não focar em pessoas.

{Flashback of}

Outro dia se fez presente, talvez infelizmente ou felizmente, não sei ao certo. Mas o bom disso tudo é que há uns dias eu e os garotos nos encontramos, claro, Jimin fez questão de dar uma desculpinha e não ir junto — mas me resolvi com os garotos, o clima estava leve, talvez Jimin fosse o real problema. Talvez Jimin me deixasse estranho.

Não coloquei culpa no menor, porque acima de tudo ele é uma das poucas pessoas que me deixa cem por cento bem. Mas.. é estranho.

Taehyung: O professor vai estar um porre hoje. - Comentou enquanto caminhávamos pelos corredores. - Então já que a fera não vai deixar nós conversarmos na sala, você já sabe, né? No final da aula iremos te esperar ali no gramado, já que é feriado pelo resto da semana.. ah, como eu amo essa faculdade. - Fez um leve alarme, sorrindo logo em seguida.

- Vocês chamaram o Jimin? - Perguntei e Taehyung assentiu, fazendo um leve biquinho logo após.

Taehyung: Yoongi o cha..

Jimin: Eu não vou. - Passou pelo meio de mim e Taehyung, não encostando em nenhum apenas se parando logo ao lado de ambos. - Estou cansado e olhe que a aula sequer começou.

Taehyung: Oi pequeno. - Taehyung estava feliz, era perceptível pelo grande sorriso no rosto ao notar a presença do menor alí.

Jimin: Oi Tae. - Sorriu, e nossa.. aquele sorriso. Que droga. - Então.. vamos entrar agora ou esperar até dar o horário? - Olhou para seu celular, possivelmente observando o horário. Logo sua atenção voltou a Taehyung, somente em Taehyung.

Eu basicamente não existo, sou invisível ou estou morto. Não sei ao certo ainda.

Taehyung: Podemos entrar, não é Kookie? - Assenti, evitando usar a voz já que, no momento, Jimin parecia não querer me ouvir. Não é como se eu tivesse feito algo muito errado, ou é?

Jimin: Então tudo bem, o Hoseok disse que não nos encontraria aqui fora hoje, afinal ficaria com o Yoon por um tempinho. - Comentou e nossa, como esse garoto é perfeito.

Taehyung: Eu estou de olho nesses dois. - Semicerrou os olhos, me fazendo soltar um riso cínico.

- Vocês três namoram, Taehyung, deixa de ser ciumento com o que é seu. - Após muito tempo desde que Jimin não me olhava, agora me encarou. Parecia confuso com minha fala. Seu olhar não foi duradouro já que quando olhei para o rosto delicado, o mesmo voltou a olhar para Taehyung.

Jimin: Vocês namoram e não me contaram nada?

Taehyung: Você é tão bobo, Minnie. - Comentou, acabando por rir juntamente a Jimin. Assim que notei que ambos iriam começar a caminhar, me pus a seguí-los. Era como se eu estivesse sendo puxado por ambos, um cachorrinho.

Fiquei atrás dos dois, e assim que Jimin deu um passinho mais lento, acabando por ficar mais atrás de Taehyung, puxei seu pulso e parei de caminhar. Taehyung acabou não percebendo, mas no momento Jimin me olhou assustado.

- Olha nos meus olhos e me diz que porra eu fiz para você, Jimin. - Um arrepio subiu pelo pescoço do menor, assim como a boca vermelhinha que se abriu e fechou no mesmo momento. - Por que você está me tratando assim? Eu sou alguém que você não conhece, por algum acaso? - Eu ditava tudo baixo, quase que sussurrando para que só o menor escutasse.

Jimin: Não faça isso. - Puxou seu pulso, sua voz saiu falhada e baixa. Não tentou sair dali, apenas impediu que minha mão tocasse seu pulso outra vez. - Você acha que eu quero te tratar assim? - E novamente a vergonha, as bochechas vermelhas e cenho franzido. - Por favor, foi.. foi você quem disse que era o certo.

- Em momento algum eu pedi para que você fingisse que eu não existo. E por que ficar se curvando, me chamando de Jeon, hyung, senhor ou qualquer coisa tosca assim? - Questionei, notando as bochechas vermelhinhas e possivelmente quentes. - Eu não estou brincando, Jimin, isso está me machucando.

Jimin: É melhor assim. - Tentou sair, mas novamente toquei seu pulso, descendo até sua mão e a entrelaçando.

- Você está bravo porque eu quis o seu bem? - Perguntei, notando que Taehyung já havia notado a falta de nós dois e agora, esperava ambos em frente a porta. - Você disse que não queria se afastar deles, anjo, eu só estava tentando te deixar bem.

Jimin: Me deixar bem dizendo para fingir que nada havia acontecido? - Me olhou, era um olhar repleto de mágoas. E por minha culpa ainda por cima. - Você tem noção da merda que isso soou?

- Me desculpe, eu não pensei no que falava.. eu só..

Jimin: Não pense. - Falou sorrindo sem mostrar os dentes. - Me trate mal, eu quero ficar longe de você. - Voltou a caminhar, com toda certeza não demorei a dar uma leve corridinha para o alcançar, ouvindo um suspirar sair por entre os lábios.

Taehyung: Do que estavam falando? - Perguntou abrindo a porta, não o deixei entrar porque naquele mesmo momento cortei sua frente e adentrei antes.

- Vai me dizer que vai pedir para não conversarmos também? - Fiz pouco caso, seguindo até o local onde eu deixava minhas coisas e por ali fiquei.

Taehyung ficou com Jimin em um canto já que não havia ninguém na sala, e vezes ou outras Taehyung me olhava meio confuso. Eu me odeio por tratá-lo assim, mas de vez em quando é melhor impor limites.

Se não daqui á alguns dias Jimin nem mesmo vai me ver, vai simplesmente passar por cima de mim sem importância. Jimin é mais facilmente manipulado, eu já não seria tão rígido nisso. O menor se afastou completamente, eu não, eu não faria isso. Todos sabem disso.

O que passa em minha mente é que Jimin está perdido, ele não sabe o que fazer diante disso, e eu o entendo. Ele não queria se afastar, mas como eu mesmo concordei com isso ele se viu na obrigação de me tratar de tal forma. Tem a parte também a qual é difícil manter uma amizade quando qualquer coisa a qual você faz seus amigos te olham de uma forma meio.. estranha. Talvez sejam coisas da cabeça já que pela primeira vez eles pediram alto extremamente escroto.

Taehyung: Você está bravo comigo? - Veio até mim, as pessoas começaram a entrar na sala então Taehyung não podia ficar no lado da sala ao qual era do professor Jaemin. - Eu só fiz uma pergunta, desculpe-me se pegou mal ou não sei. Você sabe que eu.. sinto muito. - Tentou dizer calmo, baixo, mas cada palavra era como uma facada em meu peito.

- Eu não estou bravo, Tae. - Sorri pequeno, ouvindo-o respirar fundo. Ele estava esperando eu contar o que estava acontecendo, porque de verdade eu não o tratava assim tão facilmente. Nem mesmo toquei no assunto Jimin e Jungkook nesses últimos dias.

Taehyung: Você sabe que pode me falar, então aproveita que não tem muitas pessoas e me diz o que está rolando. - Pegou sua garrafa de água, bebericando um pouco do líquido transparente. - É sobre o Jimin? - Falou mais baixo. Mesmo que a sala fosse enorme, ainda sim dava eco e era melhor se o menor não notasse que falávamos dele.

- Por que dói tanto? - Questionei, o olhando bem nos olhos. Taehyung suspirou, fechando a garrafa e a colocando no chão mesmo. - Por que dói, Tae?

Taehyung: Vem cá.. - Abriu os braços, fazendo eu me aproximar de si e o apertar contra mim. Taehyung fez um carinho leve em meu cabelo, e sinceramente era relaxante. Era bom abraçá-lo, constando que era rara as vezes que fazíamos tal ato. - Eu queria ser a última pessoa a te causar mal, e eu sei que estou sendo um péssimo amigo. Um amigo tóxico, desgraçado e egoísta era a última coisa que eu gostaria de ser, acredite em mim. Então me perdoe, Jungkook, me perdoe por fazer você passar por isso, e eu sei que dói, sei que machuca. Então me desculpe, mas eu não sei o que fazer, porque não tem como resolver. Não tem como eu pedir para vocês namorarem, porque não é isso que eu quero. Eu não quero.. eu não quero impedir mas não quero ser assim. Você entende, não é?

- E você me entende? - Bem no momento que eu perguntei, J-Hope surgiu ao nosso lado.

J-Hope: Que linda essa cena ridícula e asquerosa. O que você está fazendo com meu namorado seu piolhento? - Me olhou, fingindo indignação ao que eu e Taehyung nos afastamos. - Porra..

Taehyung: Vou me casar com o Jungkook, se não gostou para de se encontrar com o Yoongi às escondidas. - Resolvi me afastar do casal, apenas segui para o meio da sala onde estavam algumas pessoas. Me sentei no chão de pernas cruzadas e ambas as mãos para trás, me apoiando no chão para que eu não caísse.

E do outro lado da sala estava Jimin, o mesmo que se acomodava ao lado de dois garotos desconhecidos em meu ponto de vista. Seu olhar buscou a pessoa cujo possivelmente o encarava, e assim que percebeu ser eu, apenas relaxou o rosto e assentiu quase que imperceptível. Era como um aceno, mas passei a ignorar. Era isso que ele queria, então era isso que teria. Apenas desviei o olhar e voltei a atenção no casal logo atrás de mim, na conversa infantil e imatura enquanto Jimin conversava com os dois garotos possivelmente mais velhos que si.

É tão incrível como tudo é diferente, estranho, engraçado.. enquanto os garotos não querem o nosso mal, estão causando isso. Eu queria que tudo fosse um pesadelo, seria melhor assim. Não conhecer nenhum deles, estar em Busan desde sempre, nunca ter voltado para Seul e morado na casa de Jimin. Talvez tudo fosse ser melhor.

Talvez ninguém sofresse até chegar aqui. Talvez eu não estivesse passando por isso agora, e nem mesmo Jimin.

J-Hope: Está pensativo, o que se passa na sua cabeça? - Se sentou ao meu lado, me tirando de quaisquer devaneio possível.

- Eu me preocupo com ele, mas ele está bem, não está? - Olhei para J-Hope, o mesmo que franziu o cenho, parecia confuso.

J-Hope: Do que você está falando? - Perguntou, mas logo que olhou para a direção que antes eu olhava

percebeu do que se tratava. - Você quer que eu diga a verdade?

- Eu não sei, Hobi, as verdades de vocês estão me machucando ultimamente. - J-Hope suspirou, mas não parecia irritado ou incomodado com minha fala.

J-Hope: Eu sei disso, Jungkook, e eu sei que você é o que mais está sofrendo com isso. Mas você não percebe que o Jimin está bem? Olhe para ele, cara, olhe para a forma a qual ele está se divertindo essa última semana. Ele não saiu conosco para sair com os amigos, e você tem noção do quão isso é bom? Ele conheceu gente nova, Jeon, você deveria seguir o mesmo rumo. - Conselho descartado com sucesso. - Eu não faço nem ideia do que estava rolando entre vocês dois, mas se fosse sério para o Jimin, ele não teria desistido tão facilmente.

- Não estava rolando nada entre nós. - Uma mentira aqui, outra ali.. que diferença isso faz, afinal? - Foi eu quem desisti, Hoseok, não ele. E mesmo que vocês tivessem ficado calados, não teria rolado nada. O que está esgotando comigo é que vocês falaram, vocês não se importaram e que droga eu fiz para ter que suportar todo dia o Jimin me tratando como um desconhecido? - Questionei, acabando por passar a ponta dos dedos por minha própria testa. - Eu gostava da amizade do Jimin, eu gostava da amizade que nós sete tínhamos, mas vocês perceberam que estragaram tudo no exato momento que controlaram a minha vida?

J-Hope: Nós não controlamos a sua vida, Jungkook, nós jogamos as cartas na mesa. Fomos sinceros porque, se não tivéssemos sido, todos estariam afastados agora. Você não tem noção do quanto dói em mim ter que te dizer uma coisa dessas, mas foi para um bem maior, Jung, foi por..

- Não me chame assim. - O cortei, era um apelido somente usado por Jimin. Ele não tem esse direito. - Seria melhor se todos tivessem se afastado, ou será que você não percebeu? Vocês não queriam perder nós, mas estão perdendo. Eu estou cansando, Jung Hoseok, eu estou me esgotando aos poucos e eu vou sumir caso eu chegar no meu limite. Que droga você acha que o Jimin está tentando fazer com aqueles garotos? Você acha que daqui há um tempo ele irá ligar para vocês? É óbvio que não. Ele está fugindo dessa amizade tóxica, e para ser sincero eu estou fazendo o mesmo a cada momento que ele me trata como se eu não fosse ninguém, e vocês me tratam como se eu fosse um cachorro.

Taehyung: Jesus Cristo, o que está havendo aqui e porque o Jungkook está vermelho feito um tomate? - Taehyung se intrometeu, sentando-se ao meu outro lado. - Não briguem, meninos, não vai adiantar em nada.

J-Hope: Olha, Jungkook, falando dessa forma parece que você está apaixonado pelo garoto. Nós não..

- E você sabe algo sobre mim, Hoseok? - O olhei, senti a mão de Taehyung em meu braço, estava tentando me acalmar com um carinho leve.

J-Hope: Nós não falamos para ele te tratar dessa forma, ou falamos? Quer descontar isso em alguém? Pois então desconte na pessoa que está te fazendo mal. Que inferno, garoto! - J-Hope se levantou e deu indícios de que iria sair da sala. E por mim tudo bem, por mim estava tudo bem.

Taehyung: Mas que droga aconteceu?

- Deixe ele ir, é um showzinho momentâneo, logo passa. - Vi J-Hope passar pela porta, logo Jimin saiu também, indo atrás do moreno.

Taehyung: Não fale assim, Jungkook.

- E você quer que eu minta? Qual é, Taehyung, eu não falei nada demais para o garoto. Você não percebe que eu tenho total direito de me expressar, já que vocês mesmos limitaram algumas coisas?

Taehyung: O J-Hope mesmo disse, nós não limitamos nada, apenas falamos que se vocês passassem dos limites nós todos não iríamos nos sentir bem. E porra, Jungkook, será que você não percebeu que o próprio Jimin não está afim de insistir nisso? Ele desistiu de você, cara, vê se desiste dele. - Deu dois tapas leves em meu ombro, me fazendo suspirar porque, querendo ou não ele estava certo.

[...]

Puxei o braço de Jimin, fazendo-o adentrar aquele corredor vazio e quase que escuro demais. Um grunhido assustado saiu por seus lábios, mas o impedi de emitir um som alto quando toquei meu dedo em sua boca.

O menor estava indo em direção aos garotos, logo no andar de baixo, bem próximo a nós, mas fiquei o esperando no andar de cima apenas para conversar um pouco consigo.

Jimin: Que infernos você pensa que eu está fazendo? - Perguntou sussurrando, não poderia chamar nenhum tipo de atenção, principalmente dos garotos que estavam a menos de dez metros de distância de nós. - Os garotos.. ah. - Uma carinha sôfrega se fez presente, me fazendo soltar um riso baixinho.

Girei nossos corpos, fazendo o do menor se encostar na parede enquanto eu fiquei a sua frente. Jimin respirou fundo, segurando a respiração ao que eu estava praticamente colado em si.

- Shhh! - Tirei minha mão de seu rosto, segurando seu braço para que o menor não tentasse sair. - Você não quer chamá-los para cá, ou quer? - Perguntei baixo, vendo Jimin negar com a cabeça enquanto parecia quase desesperado.

Jimin: O que você está fazendo? - Finalmente perguntou, afinal estávamos no final da aula, em algum momento os garotos iriam perceber que não estávamos indo de encontro a eles.

- O que você está fazendo? - Fiz ênfase em você. - Anjo, você mesmo disse que não iria até eles. Lembra, no começo quando você fingiu que eu não existia.

Jimin: Não me chame assim.

- Ok, amor. - Jimin olhou para a parede que estava do outro lado do corredor, não queria me olhar. - Eu não estou mais aguentando isso, pequeno, os garotos estão sendo tão ridículos..

Jimin: Você também está, agora me solta e deixa eu sair daqui antes que algum deles pense coisas erradas. - Puxou seu braço sem muita força, mas não o soltei, apenas suspirei.

- Então deixe-os pensar, anjo. Deixe-os achar que estamos agarrados em qualquer canto dessa faculdade, deixe-os saber o quanto que eu queria estar com você toda essa semana, e deixe-os saber tudo o que rolou sábado. Deixe-os cientes, amor. - Falei, vendo os olhinhos de Jimin se fecharem. - Você não me engana, Jimin, eu sei o tanto que você está lutando contra si mesmo.

Jimin: Está indo tudo bem.. - Ditou baixinho, envergonhado assim como casualmente. - Eu estou agindo como era para agir, então faça o mesmo, por favor. - Novamente a educação, que saco!

- Jiminnie.. - Murmurei, me afastando minimamente apenas para não deixá-lo desconfortável ao extremo. - Imagine que estamos apenas nós aqui, que estamos sozinhos dentro de uma bolha. Uma bolha enorme que ninguém mais vê. O que você faria? - Perguntei, era totalmente sugestivo. - Uh?

Jimin: Eu.. - As bochechas vermelhas e olhinhos se abrindo para me olhar foi algo adorável. - Eu não consigo dizer.

- Você está me deixando louco, pare de ser adorável. - Sorri, vendo-o ficar mais vermelho a cada segundo. - Por que está tão envergonhado? O que se passa em sua mente, hum?

Jimin: Eu repetiria tudo. - Disse mais baixo ainda, quase que inaudível. - Mas não podemos, não.. não dá.

- Como você me diz algo assim e quer que eu tenha controle? - Perguntei, queria tanto tê-lo outra vez. - Por favor, deixe os garotos um pouquinho de lado. - Toquei seu rosto com uma das mãos, fazendo um carinho na bochecha farta. Minha atenção foi parar no biquinho fofo de seus lábios, e calmamente me aproximei, esperando que Jimin me impedisse ou algo assim.

Jimin: Jungkookie.. - Se remexeu um pouquinho, virando o rosto com leveza para que eu não fizesse nenhum ato impensável. - Não.. não.

- Porra.. - Praguejei, aproximando meu rosto de uma só vez do pescoço lisinho e branquinho do menor, deixando um selo ali. - Eu tenho tantos desejos que não são possíveis demonstrar. - A ponta de minha língua tocou na pele de seu pescoço, fazendo Jimin ofegar.

Uma leve sugada no local, sem marcas, sem nada, apenas um beijo suave. Eu precisava descontar em algo, e se esse algo fosse Jimin, por mim já estava de bom tamanho.

Jimin: Pare. - Murmurou, tocando ambas as suas mãos em minha camiseta e segurando com força. Achei fofo porque, mesmo que ele pedisse para eu parar, ele me segurava para que eu continuasse.

- Eu queria muito que fosse outro algo no lugar. - Ambas minhas mãos seguraram na cintura fininha, a apertando com força. Contanto o grunhido sôfrego de Jimin só fez meu autocontrole querer ir embora mais uma vez.

Jimin: Eu quero você. - Falou baixinho, em um murmúrio muito mais que delicioso de se ouvir. Fez meu coração pular eufórico, meu rosto subitamente se afastou do pescoço do menor e focou no rosto que agora me encarava com os lábios levemente abertos. - Eu te quero tanto..

Taehyung: Cadê esses dois? - A voz de Taehyung se fez presente, o que significava que o maior estava subindo as escadas. Jimin tentou sair do local, mas o puxei de volta e fiz com que o mesmo ficasse a minha frente outra vez.

Jimin: Era isso que eu faria caso estivéssemos em uma bolha. - Falou baixo, bem baixo, tocando meu rosto com sua destra e passando a ponta do polegar por minha boca. - Mas não estamos, Jung, e.. não podemos. - Selou com rapidez meus lábios, logo que minhas mãos automáticamente soltaram o menor e o mesmo saiu dali, indo de encontro com os garotos para que ninguém desconfiasse.

Jin: Onde infernos você se enfiou? - Jin perguntou para Jimin, e a única reação que eu tive foi de encostar a testa da parede e dar um soco na mesma. A vida é tão filha da puta..

Jimin: Eu estava arrumando minhas coisas na sala. Vamos agora? - Mentiu, possivelmente querendo sair dali o mais rápido possível.

Yoongi: Temos que esperar o Jungkook, Minnie. Inclusive.. você viu ele? - Perguntou, e aquela pergunta só fez eu me sentir mal porque, se tivéssemos nos visto, seria um problema. Inferno!

Jimin: Sim. - Comentou. - Eu o vi indo no banheiro assim que saiu da sala, mas não dei muita importância. - Mentiu outra vez, e outro soco na parede se fez presente. - Ele já deve estar vindo, notei que ele estava um pouquinho cabisbaixo.

J-Hope: Eu preciso conversar com ele. - J-Hope ditou, e minha mão já dolorida só escorregou pela parede e se parou em frente ao meu corpo. - Eu fiz merda.

Meus olhos marejaram, porque estava longe de ser isso. Não era culpa de J-Hope ou da opinião de quaisquer garoto dali. Era por causa de Jimin, porque eu não podia tocá-lo, falar consigo, beijá-lo e ficar com o mesmo quando eu quisesse. E eu não posso fazer isso porque, Jimin simplesmente não quer, porque o menor não permite se arriscar.

Namjoon: Eu vou atrás dele, vocês podem indo no..

- Vão atrás de quem? - Resolvi falar mais alto, assim os garotos que estavam na escadas ficaram quietos e talvez surpresos. Olhei para a pequena mancha de sangue na parede por conta dos socos, nem foram fortes, sequer deram barulhos. Ou melhor, os barulhos foram disfarçados com os barulhos irritantes de cadeiras se arrastando no chão.

Pisquei fortemente e sai daquele corredor, logo dando alguns passos em direção a escada e descendo até os garotos. Todos me olharam, menos Jimin. Era tão rotineiro que virou até mesmo costume.

- Eu tive que ir no banheiro, me desculpem a demora. - Falei e como o óbvio, Taehyung olhou diretamente para minha mão que estava machucada. Ah.. me esqueci desse detalhe.

Taehyung: O que foi que aconteceu? - Perguntou alto, fazendo a atenção de todos, todos mesmo irem até minha mão. Tentei a esconder atrás de meu corpo, mas foi inevitável quando J-Hope puxou meu braço com força e fez minha mão ficar ao meio de todos.

- Ah, isso? - Olhei para os locais vermelhos, alguns pequenos hematomas roxos e então, o sangue. - Não é nada demais. - Sorri observando o machucado, talvez um pouco sádico, não sei.

Jin: Como assim nada demais, Jeon Jungkook? - O alarme, meu pai amado. - Você brigou com quem, uh? Que saco, garoto, quer ser expulso? - Era perceptível a preocupação em seu olhar, o mesmo que fez meu coração amolecer.

J-Hope: Jungkook.. - Minha atenção foi para o rosto do mesmo, logo puxei meu braço com força, fazendo J-Hope piscar fortemente. - Me desculpe por mais cedo, mas nós estamos preocupados com você. Deixe de ser assim por um breve momento, diga para nós o que está havendo ou se não, não será possível te ajudar.

- Eu não quero ajuda.

Jimin: Para de ser hipócrita, caralho! - Jimin se intrometeu, todos ficaram quietos inclusive a mim. - Eles estão preocupados, seja maduro e pelo menos aja com maturidade já que senso você não tem. - Um piscar bem discreto, devo dizer, foi dado por Jimin. Ah, então ele está mentindo?

- E você está querendo falar de senso? - Soltei um riso. - Não me fale o que fazer.

Jimin: Então seja você mesmo e perca as únicas pessoas que ainda se importam com você. - Tá, isso foi sincero. Bem sincero, na verdade.

Para mim isso serviu para nós dois, porque não podemos sermos nós mesmos, agir da forma que agiriamos porque, se não, iríamos perder os garotos. E Jimin está certo, se eu quiser ser eu mesmo vou perder as pessoas que se importam comigo.

Yoongi: Jimin! - Yoongi o repreendeu, não o tocando, até porque desconfio que Jimin não possa com o toque deles.

Jimin: E ainda que eu tente te odiar com todas as minhas forças, você é o único que está agindo naturalmente aqui. - Ditou para mim, e novamente a indireta.

Jimin não está agindo naturalmente, ele não tenta falar comigo e sabe que isso não é o que quer. Enquanto eu ficaria consigo sem problemas, ele sabe que estou sendo eu mesmo, e ele não.

Taehyung: Hey! - Taehyung se envolveu. - Nós estamos agindo naturalmente, parem de ficar discutindo por coisas bobas. Somos amigos. - Ridículo.

Jimin: Me desculpe, Jungkook hyung. - Se curvou, não havia deboche, parecia sincero. - Eu me estressei.

- Tudo bem, Park Jimin. - O deboche foi inevitável, mas ninguém pareceu de fato se importar.

Jimin: Okay, podemos ir embora? - Olhou para os outros garotos. - Estou com um planejamento..

J-Hope: Lá em casa então? - J-Hope perguntou, mas rapidamente neguei.

- Vamos para a minha casa, já estamos acostumados em ficar lá. - Taehyung, Jin, Yoongi e J-Hope rapidamente concordaram, só faltava Namjoon e Jimin.

Namjoon: Não é um incômodo para você? - Questionou. - Sempre é na sua casa. - Soltou um riso curto.

- Eu prefiro que vocês vão para lá. É melhor do que eu precisar sair de casa. - Admiti, sorrindo logo em seguida.

Jimin: Então vamos. - Uh, então ele vai? Isso pode ser.. interessante e agoniante.

Todos seguiram para o estacionamento, e assim como de costume cada um deveria seguir para cada respectivo carro que era seu. Taehyung e J-Hope iriam juntos, Yoongi, Namjoon e Jin em outro. E assim seria.

Jimin: Eu vou com você. - Se parou ao meu lado, e não é nem novidade que todos olharam para nós dois surpresos.

- Tudo bem. - Concordei, afinal não sou idiota de recusar.

Namjoon: Não quer ir conosco? - Perguntou. - Jungkook pode ir também.

Jimin: Não, eu vou com ele. - Ditou simpático, por mais que rude. - Eu quero passar na minha casa antes, e ele pode passar por lá no caminho de sua casa. Eu não vim de carro hoje. - Completou, ninguém quis de fato entender.

Jin: Ele está certo, amor, nós também vamos passar em casa antes, e o Jungkook é..

- Eu sempre passo pelo caminho da casa dele, não vai fazer diferença para mim. - Falei antes que começasse um assunto muito longo. - Vamos então? - Peguei a chave do bolso, olhando para Jimin já que o mesmo iria comigo.

Taehyung: Nós também podemos passar na sua casa, Minnie, claro, se quiser ir conosco. - Taehyung não estava convencido de que Jimin iria comigo, parecia o fim do mundo.

Jimin: Eu quero conversar com ele. - Foi direito, já caminhando em direção ao meu carro, do lado da porta do motorista. Destravei o carro e Jimin entrou sem mais nem menos, e então todos olharam para mim.

Yoongi: O que deu nele? - Perguntou baixo olhando diretamente para mim. - Ele não estava bravo com você ou seja lá o que houve?

- Eu não posso fazer nada se ele quer ir comigo. - Sorri ladino, dando alguns passos em direção ao carro. - Sou um filho da puta quando quero, fiquem cientes disso. - E então adentrei o carro. Jimin estava sorrindo enquanto negava com a cabeça, colocando o cinto com lerdeza. Dei partida antes que quaisquer garoto adentrassem seus carros, ou seja, fui o primeiro a sair dali.

Jimin: Uau. - Respirou fundo, escorando a cabeça no banco e olhando para o lado do vidro, observando todos os garotos ainda parados lá no meio. - Eu fui idiota, não é?

- A única idiotice que você fez hoje foi sair lá do segundo andar naquele momento. - Fechei os vidros, eram escuros, então ninguém via do lado de fora. Ou seja, os garotos não viam para dentro. - O que você acha que eles estão pensando nesse momento?

Jimin: Por que ele fechou o vidro? - Imitou uma voz mais grossa, me fazendo sorrir bobo. - Inclusive, falando da faculdade agora.. o que houve com sua mão? - Me encarou, possivelmente buscando por respostas.

- Não é nada demais, já falamos sobre isso. - Olhei de relance para os poucos machucados, por mais que estivesse um tanto quanto feia, não era doloroso. Tem coisas que doem mais.

Jimin: Então você quer me dizer que não é nada demais enquanto sua mão está toda ferrada? - Questionou, a voz ficando cada vez mais séria e aposto que a expressão também. - Por favor, não tente mentir para mim. Você bateu em alguém?

- Sim, mas não se preocupe, não foi na faculdade. - Acabei por mentir, ouvindo um suspirar de Jimin.

Jimin: Jungkook, você não estava com a mão machucada enquanto me segurava contra a parede. - Foi minha vez de respirar fundo, não tinha como fugir, mas era complicado de se explicar. - O que houve?

- Você já bateu contra uma parede? - Perguntei e virei meu rosto em sua direção, logo acabando por voltar a atenção na estrada. - Pois então.

Jimin: Não, eu nunca fiz isso porque é algo idiota. - Nossa.. - Por qual motivo?

- Diversos, na verdade. - Não haveriam explicações, e Jimin com toda certeza sabia disso.

Jimin: Não faça mais isso, não quero que você se machuque. - Olhou pelo vidro, não focando sua atenção em mim.

- Se não houverem motivos prometo não socar paredes aleatórias. - Era até engraçado de se pensar. - Inclusive você está meio.. estranho. - Admiti, vendo-o me olhar outra vez.

Jimin: Eu posso deixar algo esclarecido?

- Contanto que você não se envergonhe em me olhar, sim, pode falar. - Jimin ficou com as bochechas rosinhas, abaixando levemente a cabeça e me fazendo começar a prestar atenção apenas na estrada.

Jimin: Eu vim com você porque eu me sinto melhor perto de você, do que perto deles. - Falou, e nossa, precisava ser sincero? Por que não dizer que veio comigo apenas para darmos uns amassos dentro do carro? - Não faça nada, você sabe que vai ser mais difícil caso rolar algo.

- Então você não quer um último beijo? - Perguntei, era sacanagem, mas era legal vê-lo envergonhado. - Admito que é delirante quando eu começo a me aproximar de você, e consequentemente sua boca se abre um pouquinho. Seus lábios são tão macios, é gostosa a fricção que causa quando se tocam nos meus. Vai me dizer que nossas bocas não se encaixam? - Olhei de relance para o menor, este que no momento umedecia os lábios.

Jimin: Pare, Kookie-ah.

- Ou então meus toques. - Voltei a falar. - Você não gosta quando minhas mãos deslizam para sua cintura, fazendo um carinho leve antes de apertar com força? Ou então quando eu aperto sua bunda, por mais que poucas as vezes, eu sei que você gosta quando minhas mãos descem para dentro de sua roupa e tem sua carne por volta de meus dedos. - Jimin suspirou, aquilo o deixaria excitado se pensasse, eu o conheço. - Gosto de tocar a ponta de meus dedos por seu corpo, é excitante a forma que você se excita com facilidade.

Jimin: É sério, pare. - Falou meio sôfrego, mais baixo que antes.

- Jimin-shi, e se você se sentasse em meu colo e ficasse rebolando lentamente? Gostou da forma a qual as coisas começaram lentas sábado? Uh? - Perguntei, novamente o olhando. Jimin tinha uma das mãos passando pelos fios de cabelo e a outra apertando sua coxa com força, parecia se controlar. - Vou deixar claro que estar dentro de você enquanto você quicava sem pressa era delirante. Era sensacional, uma verdadeira pena que não podemos repetir. - Levei minha destra até sua coxa, tirando sua mão do local e eu mesmo apertando alí.

Jimin: Você não sabe o quanto estou me segurando.. - Comentou baixinho, fazendo minha atenção voltar a si enquanto minha mão apertava a carne farta de sua coxa.

- Se segurando para que, amor?

Jimin: De fazer você parar o carro, subir em seu colo e quicar em você enquanto você me aperta de todas as formas possíveis. Nossas bocas se tocando e corpos começando a soar por estar quente demais dentro do carro. - Engoli em seco. - Pare de falar essas coisas, eu não sei se consigo aguentar por mais tempo. - Falou tirando minha mão de sua perna, e nossa, como eu queria continuar e vê-lo em seu limite. Como eu queria vê-lo sem vergonha alguma, enquanto fazíamos amor dentro do carro. E meu pai amado, por que aquilo era tão impossível de se acontecer?

- Você sabe o que eu penso e o que eu quero. - Falei tocando o volante com ambas as mãos, acelerando o carro ainda mais. - Mas eu te respeito, se você não quer, eu vou parar.

[...]

Yoongi: Ficamos felizes que vocês tenham se resolvido. - Yoongi ditou se acomodando nos cobertores do chão, enquanto eu estava sentado no sofá retrátil que estava aberto.

Namjoon: Mas isso ocorreu do nada? - Perguntou confuso, todos estavam na verdade.

Taehyung: Vocês estavam mal há segundos atrás, e uma carona mudou tudo? - Perguntou de cenho franzido, fazendo Jimin rir.

Jimin: Em algum momento nós tínhamos que nos resolver, ou você acha que ficaria esse clima desagradável para sempre? - Se jogou ao meu lado no sofá, já que todos os outros garotos estavam se acomodando no chão.

- Mas você continua sendo insuportável com essas merdas de hyung, Jeon, senhor e palhaçadas do tipo. - Reclamei, ouvindo o riso baixo do menor.

Jimin: Jungkook hyung, as coisas não vão se resolver de uma hora para outra. - Comentou, e então J-Hope notou.

J-Hope: Jimin está falando o nome de Jungkook? Por quanto tempo eu dormi?

Jin: Verdade, acabamos nem notando.

Jimin: Estou conseguindo tocar algumas pessoas também. Sabe, não sei se Jungkook hyung continua na lista, mas meus novos amigos estão se dando bem nesse quesito. - Mentiu sobre eu não tocá-lo, porque há minutos atrás no carro mesmo eu estava tocando sua perna.

Yoongi: "Novos amigos". - Fez uma voz fina, soando deboche. - Foi fácil nos trocar?

Jimin: Foi. - Soltou um riso com a cara raivosa de Yoongi.

- Ah, chega! - Os interrompi me afastando um pouco de Jimin, indo apenas um pouco para o lado. - Tae, me dê aquele cobertor lá. - Apontei para um dos diversos, logo Taehyung me alcançou o mesmo e finalmente todos estavam em seus respectivos lugares, menos Jimin, o menor cismou em ficar ali em cima comigo.

Jimin: Tem problema? - Perguntou mais baixo, me olhando com os olhinhos brilhando e um sorrisinho bem perceptível.

- De forma alguma. - Me levantei e estendi o cobertor enorme sobre o sofá, automaticamente cobrindo Jimin também. Ajeitei a parte de trás do sofá, o inclinando para trás para que assim, eu e Jimin pudéssemos deitar.

Namjoon: Desligue a luz para colocarmos o filme. - Namjoon ditou possivelmente para mim. Naquele local o clima estava bom, resolvemos arrumar a sala para deitarmos e olharmos filmes, mas até então eu ficaria sozinho no sofá. Mesmo que ele seja enorme, os meninos resolveram querer ficarem juntos por ser um filme de terror. Porém Jimin mudou de ideia.

Desliguei a luz e voltei ao sofá, me cobrindo ao lado de Jimin e o olhando brevemente. O mesmo me olhou no mesmo momento, um sorrisinho travesso no canto dos lábios que fez eu balançar a cabeça, em um pedido mudo de saber o que estava havendo.

Jimin: Olhe lá. - Falou sussurrando e apontou para a televisão assim que Namjoon destravou o filme. Todos ficaram em silêncio, um silêncio ótimo e perfeito para o momento. O filme estava quase que no último volume, mas era agradável, dava mais medo.

Passou-se uns quinze minutos de filme e o que era provável aconteceu, Jimin escorou a cabeça em meu ombro e se aproximou de mim. A mãozinha buscou seu celular no sofá e assim que o encontrou começou a mexer no whatsapp. Eu claramente não iria olhar para a conversa que o menor trocava com sabe se lá quem, mas que o celular estava quase que na minha cara, sim, estava.

Assim que senti uma mãozinha um pouquinho travessa em minha perna tentei olhar para Jimin, mas só pude reparar na tela do celular que indicava uma mensagem um pouquinho estranha. Era para mim, na aba do meu contato, mas eu não estava com o celular ali.

Foquei meu olhar nas seguintes palavras: "presta atenção aqui, no celular". E assim fiz, seguindo a instrução esquisita do baixinho.

Se os garotos vissem essa cena minha e de Jimin assim tão próximos, com toda certeza gerariam olhares magoados e possíveis falas meio chatas. Seria ruim, mas eu prefira arriscar.

Mensagem/Jimin: Se você deixar de olhar para o meu celular, eu vou tocar em um lugar um pouquinho sensível e eu acho que você, talvez, não vá gostar.

Jesus Cristo, o que ele está tramando?

Jimin saiu do WhatsApp mas não fechou a aba da conversa minha e dele, apenas deixou em segundo plano como se falasse que utilizaria mais tarde. Os olhinhos atentos procuraram pela galeria e assim fez, clicando na mesma sem delongas. Eu queria tanto não focar nas fotos em que o baixinho estava a coisa mais fofa do mundo, mas foi inevitável, acabei sorrindo todo apaixonado ao que o menor deslizou para baixo. Procurava por algo em específico.

O brilho no mínimo e dedos bem atentos para as fotos que estavam por vir. Tinham álbuns, completamente organizados e com diversas fotos em cada um. Jimin abaixou o volume no zero, acabando por entrar em um dos benditos álbuns que se encontrava como "gatinhos".

Quem imaginaria que a última coisa que eu encontraria lá seriam gatos? Assim que Jimin clicou em uma foto em específica, essa mesmo que era do mesmo utilizando apenas um suéter e nada mais, deixando as coxas fartas de fora e o rostinho angelical a mostra, fechei os olhos. Era um álbum repleto de nudes, fotos do menor que, com toda certeza não mexiam apenas com meu coração e mente. Meu membro estava envolvido e eu não me arriscaria em ficar duro ali, não ali.

Jimin desescorou a cabeça de meu ombro, se acomodando no sofá e me olhando ao que eu o encarei com uma sobrancelha arqueada.

Jimin: Olhe! - Ordenou sussurrando, os garotos sequer ouviam pelo filme estar no máximo. Era uma vantagem.

- Óbvio que não, você está louco? - Perguntei para o baixinho que sorriu travesso, uma de suas mãos continuava em minha coxa, enquanto a outra segurava o celular com força. - Eu não posso.. Jimin, cadê aquilo que você falou sobre não fazermos nada?

Jimin: É uma foto, para de ser chato. - E a vergonha do menor, cadê? - Eu quero te mostrar algo. - Se sentou próximo a mim, mas não escorou sua cabeça em meu ombro. Apenas esticou seu braço até ficar ao meio de nós, continuando naquele álbum. Não olhei para o celular até um aperto forte em minha perna, e assim que observei a tela brilhante já era outra foto.

Na mesma Jimin estava sentado sobre suas pernas, utilizava apenas uma calça de moletom cujo eu julgo ser desnecessária. A cintura fina, a barriguinha lisinha, a clavícula saltada e novamente aquela carinha de anjo. Minha nossa!

Jimin: O que você acha dessa foto? - Perguntou naquele mesmo tom, sussurrando. Que calor que está aqui, não é?

- Você está um repleto gostoso. - Me aproximei de sua orelha para falar rente a seu ouvido. - Eu adoraria te tocar agora, iria ser perfeito te deitar nesse sofá e te foder até não aguentar mais. Não me provoque, eu sei jogar e eu aposto que você não vai gostar das consequências. - Proferi e um arrepio subiu por seu pescoço, juntamente a um sorriso satisfeito. Era essa a intenção.

Jimin: Jura?! Pois bem, você não pode fazer isso. - Me afastei de seu rosto. - Não me sinto ameaçado. - Comentou enquanto voltava a mexer no smartphone, minha feição se fechou no mesmo instante. Não é muito bom para Jimin brincar comigo dessa forma sabendo que em momento algum eu vou poder tocá-lo. Não haverão mais toques.

- Olhe o filme. - Falei ríspido, mas você acha que a peste me ouviu? A única coisa que o fez se afastar em um pulo, foi quando Jin pausou o filme.

Jimin se arrastou para o mais longe de mim possível, resmungando algo como "por que pausou justo agora?". Cínico.

Jin: Vou fazer pipoca, esperem apenas uns cinco minutos. Ninguém vai morrer não. - Se levantou e seguiu para a cozinha, sequer me contatou de algo ou ligou as luzes, apenas foi. Os garotos começaram uma conversa nada interessante, até mesmo Jimin falava sobre o filme. Não sei como, porque ele sequer olhou.

[...]

Jin: Fiz com leite condensado, inclusive Jungkook mexi em tudo quanto é coisa, desculpa mas você tem os armários cheios e eu não estava encontrando os ingredientes no meio daquela bagunça. - Comentou entregando três potes enormes, um para mim e Jimin, e os outros para os garotos lá em baixo. Era uma desculpinha para Jimin se aproximar, e assim ele fez.

O filme novamente começou, e claro que Park Jimin iria jorrar seu veneno outra vez. Era incrível a forma cujo aquelas fotos ainda não saíram de minha mente.

- Para quem você manda aquelas fotos? - Perguntei baixo outra vez, vendo a atenção de Jimin sair do celular e focar em meu rosto.

Jimin: Meus amigos gostam de meu corpo. - Piscou com apenas um olho, e eu pude jurar que aquilo havia feito apenas uma faísca se acender em meu corpo.

Como ele ousa admitir que manda esses tipos de fotos para outras pessoas?

Agora quem iria o tocar seria eu, sem mãozinhas bobas Park Jimin, quem te torturaria seria eu — enquanto eu sonhava, Jimin procurava pela próxima foto ou então..

Jimin: Tenho vídeos também. - Comentou enquanto colocava apenas uma pipoca em sua boca, fazendo questão de escorregar a mesma entre os lábios carnudos e os sujarem de leite condensado.

Deus me perdoe, mas meus pensamentos foram inevitáveis.

Sem pensar muito aproximei minha boca da sua e suguei seu lábio inferior, ouvindo não só um suspiro, mas um grito de Taehyung por, possivelmente ter se assustado com o filme.

Jimin me empurrou e eu me afastei com um sorriso no rosto, era tão bom o gostinho do doce juntamente aos lábios apetitosos.

Jimin: Não repita isso. - Ah, ele que pensa. - Eu estou falando sério. - Nossa, que ameaçador. - Jungkook..

- Eu achei uma tentação, ainda mais que parecia minha porra na sua boca. - Lambi meus próprios lábios, sentindo ainda mais daquele gostinho bom.

A vez foi de Jimin, o menor abriu a boca para falar algo mas acabou nem dizendo. Se ele quer provocar, pois então fique a vontade, só não prometo que farei diferente.

E novamente o bendito celular.

As fotos vagando pelo celular, e ironicamente nenhuma era selecionada. Nenhuma mesmo. A minha vontade era de pegar o smartphone e clicar logo em quaisquer foto ou vídeo daquele álbum, mas parecia que isso não iria ocorrer.

Não até Park Jimin clicar em um vídeo. Parecia ser o escolhido do momento.

Jimin: Esse é interessante. - Comentou, mal sabe ele que quaisquer coisa vindo de si é interessante. Interessante 'pra caramba. - É um pouquinho vergonhoso também. - Admitiu, dando play na mídia que, assim que começou, já tinha um anjinho abrindo um pirulito.

Anjinho meu caralho, né?! O vídeo focava nos lábios carnudos e no doce vermelho, e se eu disser que meu baixo ventre não esquentou, estarei mentindo.

A língua circulando o doce, a boquinha sugando aquilo com uma vontade que.. minha nossa! A boca começando a ficar vermelhinha e melecada, claramente minha mente era traiçoeira para esses momentos.

Eu iria ficar duro, oh, claro que iria. Só de imaginar os sons que isso faria eu com toda certeza endoidaria.

- Eu já volto. - Falei um pouquinho alto, nem mesmo naquele tom os garotos ouviram. Apenas quando me levantei e fiquei parado no chão que recebi a atenção de Namjoon. O mesmo viu eu saindo de lá e subindo as escadas, mas resolveu nem ligar porque, quando olhou para trás, viu Jimin olhando para a televisão.

Esse garoto é o próprio inferno, não é nem diabo, é inferno mesmo.

Se eu falar que não fiquei um pouquinho excitado com tudo o que rolou, vou estar mentindo. Jimin é um bom provocador, ainda mais usando aqueles tipos de imagens e principalmente o vídeo.

Fui em direção ao meu quarto e busquei por meu celular, assim que o encontrei, o segurei sem muita força ao que li as mensagens de Jimin. Eram aquelas que ele me mandou enquanto estávamos na sala, mas agora tinha outra. Uma tentadora, devo admitir.

Mensagem/Jimin: Ficou duro, Jung? Quer uma foto para relaxar?

Mensagem/Jungkook: Eu não fico excitado com tanta facilidade, só vim buscar meu celular. Inclusive não faça seus joguinhos perto dos garotos, ou se não eu farei questão de te fazer gemer para que todos eles escutem.

"Eu não fico excitado com tanta facilidade", a qual é? Para quem eu estou querendo mentir? Se Jimin respirasse perto de mim eu iria ficar excitado, quem dirá com aquelas mídias completamente perfeitas. Me segurei muito, e eu juro por tudo que teria ficado duro só de ficar lá por mais um segundo.

Desci as escadas com o celular em mãos, voltando no sofá sem chamar atenção de ninguém que estava no chão. Apenas Jimin, esse me olhou com um sorriso travesso enquanto se acomodava.

Me sentei ao seu lado e me cobri, tendo como surpresa a mãozinha pequenina de Jimin se entrelaçando na minha.

- Você não está morrendo de vergonha? - Estranhei, não recusando o aperto adorável. Eu gosto de segurar sua mão, é um vício.

Jimin: Não. - Admitiu enquanto eu mesmo fazia um leve carinho em sua mão. - Meus amigos falaram que as fotos ficaram boas.

- Porra.. - Praguejei sentindo meu sangue ferver levemente, por mais que eu e Jimin não tenhamos nada e possivelmente não teremos, é ruim ficar sabendo que o menor possivelmente já pegou os novos amigos.

Jimin: Sua mão é gigante. - Senti o menor apertar ainda mais nossas mãos embaixo do cobertor. Aquilo parecia proibido, e por ser tão proibido é que tornava tudo melhor.

- Imagina na sua..

Jimin: Pare de ser assim. - Soltou um riso. - Pervertido.

- Eu não estava falando nada demais. No que você estava pensando? - Quem riu dessa vez foi eu. - Como eu estava dizendo.. imagine na sua enquanto damos uma volta por aí sem se importar com ninguém. Sem se importar com os olhares de ninguém e com as falas de ninguém.

Jimin: É impossível. - Se deitou, fazendo automaticamente eu me deitar também. - Eu quero tanto ficar abraçado em você e dormir assim, mas.. por que é tão errado?

- Não ligue para eles. - O puxei, fazendo-o deitar sobre meu peito e me abraçar sem muita força. Sua perna esquerda passou por cima das minhas e um de seus braços rodearam meu corpo. - Não ligue tanto para o que eles irão pensar, faça o que te dá vontade. - Jimin soltou minha mão e me abraçou corretamente, fazendo meus braços passarem por suas costas também.

Jimin: Mas não podemos. - Me soltou, se sentando com as pernas cruzadas no sofá. Se sentou praticamente de frente para mim, se afastando de meu corpo. - Quanto mais eu ficar com você, mais será difícil conviver com isso nos próximos dias.

- Você tem razão, mas quem te garante que nos próximos dias teremos essa oportunidade? - Era até engraçado de se ouvir os sussurros. Podíamos conversar normalmente que os garotos não ouviriam, mas ainda sim sussurravamos.

Jimin: Você sente algo por mim, Jung? - Perguntou, talvez nem notando o real sentido da pergunta. - Ah, d-digo.. não.. não. - Negou com a cabeça, voltando a se sentar no sofá corretamente, esticando as pernas e praticamente escorando a cabeça no próprio sofá. As bochechas vermelhas e um biquinho adoravelmente envergonhado se fizeram presentes, o que fez minha atenção ir para o rosto fofo.

- Que pergunta é essa? - Provoquei rindo. - Seus amiguinhos não gostam de você suficientemente? - Okay.. okay. - Eu posso gostar de você mais que eles.

Jimin: Na verdade não. - Okay? - Eu prefiro que um deles goste de mim mais do que você.

- Como você ousa falar uma coisa dessas? - Brinquei o olhando indignado, rindo juntamente ao menor. Yoongi virou para trás para olhar o que estava acontecendo, então eu e Jimin olhamos diretamente para a televisão e fingimos estar olhando o filme.

Não era possível ouvir nossa conversa, mas talvez o mais velho estivesse escorado no sofá e consequentemente sentiu que estávamos nos mexendo. Jimin olhou para Yoongi e sorriu, assim Yoongi apenas voltou a prestar atenção no filme.

Não era errado rir, conversar. Não era errado para nós.

- Anjo. - Chamei, vendo-o me olhar curioso. Toquei seu rosto com uma das mãos e toquei minha boca na sua, apenas um selinho rápido, nada demorado ou que iria se intensificar ali. Jimin desferiu um tapa estalado em meu abdômen, não doeu, apenas fez barulho.

Jimin: Eu falei para não fazer nada. - Olhou para minha boca, por mais que estivesse bravo com o ato, ainda estávamos um pouco próximos. - Não faça nada. - Ditou, acabando por fechar os olhos e suspirar. O autocontrole que eu queria ter é esse.

- Então faça você. - Ditei vendo-o se aproximar lentamente, iria realmente fazer algo mas acabou desviando no fim de tudo.

Jimin: Pode ir comigo buscar meu moletom dentro de seu carro? - Perguntou um pouco alto, mas aposto que os garotos não ouviram. - Estou com frio.

- Okay. - Nos levantamos, então antes de pegar as chaves e sair me agachei ao lado de Namjoon. - Nam, eu vou ir abrir o carro para o Jimin pegar o moletom dele. Já voltamos. - Avisei, Namjoon assentiu sem muita importância e voltou sua atenção para o filme. Era algo normal, não tinha do que desconfiar. Eles não podiam ser pés no saco o tempo todo.

Segui Jimin até a porta, pegando minha chave e saindo porta afora juntamente ao menor. Assim que fechamos a porta principal, Jimin se virou e me empurrou contra a porta. Gente..

Jimin: Eu falei para você não fazer nada.. - Murmurou tocando meu rosto, minhas mãos seguraram as costas de Jimin, impedindo-o de se afastar. - Que droga, eu avisei.. - Escorou sua testa em meu peito. O abracei com força, fechando os olhos para aproveitar tal momento.

- Me desculpe. - Falei sincero, não era algo de se arrepender, eu apenas deveria tê-lo respeitado.

Jimin: Não é errado, Jung, não para nós. Eu não me importo se você faz isso ou não, eu prefiro que faça, na verdade.. mas os garotos.. os garotos não querem. Eu.. eu não sei o que fazer e isso está me deixando maluco. Enquanto eu te quero 'pra caramba, eu sei que é o errado a se fazer. Estávamos conseguindo nos afastar essa semana mas eu sinto que a cada toque hoje, estamos nos aproximando novamente. - Ditou tudo de uma fez, ele estava certo. Por mais que quiséssemos mais e mais, não podíamos. - Quanto mais nos tocarmos hoje, mais difícil será essa semana. Mais difícil será te ignorar nesses dias, mais difícil será fingir que nada aconteceu e mais difícil ainda vai ser te ver todos os dias e não poder repetir nada. Não poder repetir porque não podemos, mas fizemos.

- Aí Deus. - Fiz um leve carinho no couro cabeludo do menor. - Eu nunca pensei que isso fosse ser um problema. Em que década eu iria pensar que ter namorado com você há meses atrás, iria trazer tantos problemas agora? - Questionei mais para mim mesmo. - Só de saber o quão incrível você é eu.. minha nossa eu odeio tanto os garotos.

Jimin: Por que estamos tão incomodados afinal? - Se afastou, fazendo-me o soltar. - Somos amigos, Jung.

- E eu lá quero ser seu amigo? - As famosas cartas na mesa. - Você sabe disso muito bem, Jimin, eu levaria tudo adiante e é quase impossível não pensar nisso.

Jimin: Mas isso não está possível no momento, Jung.. só podemos ter uma amizade e isso precisa ser o suficiente. - Foi sincero. Aquela dupla personalidade dele me deixava de boca aberta vezes ou outras.

- Vamos pegar seu moletom, se é que tem mesmo. - Passei pelo menor, indo diretamente para o carro e o destravando.

Jimin: Vai ficar bravo? - Perguntou enquanto me seguia, se pondo em minha frente e impedindo que eu abrisse a porta do carro. - Vai ficar bravo comigo?

- Saia. - Uma tentativa falha de pedir para o menor sair de minha frente. Então.. - Não, Jimin. - O empurrei contra o carro, colocando ambos meus braços ao lado do mesmo. O impedi de sair dalí porque naquele momento, o prendi contra meu próprio corpo. - Eu não estou bravo com você. Eu estou bravo com eles, apenas com os meninos. - Ditei e Jimin tentou sair, mas quando eu quero algo, não tem quem me impeça. - Por que isso não pode acontecer? Por que essa cena é tão errada? Só porque estamos de frente para a minha casa e lá dentro tem um bando de gente tóxica? - Questionei e Jimin cruzou seus braços. Parecia acostumado com aquilo. - Se fosse qualquer outra pessoa isso seria considerado uma brincadeira, mas só porque somos nós dois isso aqui é o fim do mundo. Por que infernos eu não posso ser eu mesmo sem que aqueles que dizem ser nossos amigos, se intrometam?

Jimin: Isso não envolve só você, então saí. - Tentou me empurrar, o impedi sem sequer dar um passo.

- Você quer agir como se fossemos amigos? - Perguntei e aproximei meu rosto do seu, vendo-o engolir a seco. - Okay, Park, então vamos ser amigos. Isso daqui é apenas uma brincadeira, e se eles não lidarem como uma, quem liga? Vamos sair juntos, nos abraçar, rir, conversar em particular e dividir roupas. Podemos dormir na mesma cama, no mesmo quarto, ficarmos sozinhos e até mesmo fingir que vamos beijar um ao outro. Isso é uma amizade.

Jimin: Jung e..

- Não me peça para ser seu amigo enquanto nem amigos podemos ser, Jimin, é isso que você não está entendendo. - Me afastei e fui até o outro lado do carro, abrindo a porta do motorista. Jimin abriu a porta do banco traseiro, pegando o tal moletom dali.

Jimin: Você está errado. - Dito isso o menor caminhou em direção a casa. Parando no meio do caminho e se virando em minha direção. - Eu não disse que deveríamos agir como amigos, eu só falei para sermos. Enquanto namorávamos nós éramos amigos acima de tudo, ao menos eu achava que sim, talvez eu estivesse errado esse tempo todo. - Não voltou a caminhar.

- Quer namorar comigo? - Perguntei sério me aproximando do menor. - Pois então, foi o que eu imaginei. - Lidei o silêncio como um pleno e certeiro não. - Namorar é bem diferente, Jimin, namorar e ser amigos ao mesmo tempo é completamente diferente de sermos amigos.

Jimin: Para de ficar colocando amizade acima de tudo, caralho! - Estava começando a se irritar. - Em que porra de momento eu disse que era necessário sermos amigos? Jungkook pelo amor de Deus, enfia na sua cabeça que não é porque somos amigos que precisamos agir como melhores amigos.

- Então enfia na sua cabeça que se você quer ser meu amigo e agir como um desconhecido, eu não quero participar dessa farsa. Porque não sei se você percebeu mas os garotos querem isso, os seus amiguinhos querem que nós dois sejamos meros desconhecidos. Eles estão nos vigiando o tempo todo, caralho, eles estão no nosso pé enquanto estamos juntos e você jura que é fácil termos momentos juntos? - Jimin respirou fundo, parecia contar até três em sua mente.

Jimin: Então vamos lá para dentro e falar que nos beijamos no sofá enquanto todos olhavam a merda do filme. Vamos lá os avisar que eu estava te mostrando fotos quase que pelado porque queria aliviar a barra. Avise também que transamos sábado, Jungkook, vai lá dentro e faça o que você tanto deseja. Esfrega na cara deles que a porra do plano de separar nós dois não deu certo, avisa que nem eu nem você estamos suportando isso. - Uma fina lágrima escorreu por sua bochecha, fazendo meu coração quebrar em pedacinhos. - Quer que eu te agarre na frente de todos? Tudo bem, então vamos fazer os nossos amigos ficarem mal. Eu topo fazer todos ficarem contra nós porque, segundo você, é impossível sermos amigos. Vamos colocar as cartas na mesa então. - Deu as costas e andou em passos apressados em direção a casa, e assim que o menor tocou o trinco da porta e estava preparado para abrir a boca, possivelmente explanar tudo, o puxei com total força para trás e o beijei.

É assim que se cala alguém irritado.

Minha boca tocou a sua com força, e de impacto Jimin tentou se soltar, mas assim que percebeu o que ocorria apenas relaxou os músculos. Um selo demorado, eu diria.

- Não fale. - Me afastei de seu rosto, logo voltando e deixando três ou mais selinhos nos lábios carnudos. - Não fale nada. - Deixei um beijo na bochecha farta, sentindo uma lágrima quentinha escorregar pela bochecha de Jimin. - Não chore, pequeno. - O abracei, sentindo o rosto ir de encontro com meu peito enquanto as possíveis lágrimas desciam por seus olhos.

E então a porta foi aberta. Taehyung apareceu ali e nos olhou confusos, e a única coisa que eu fiz foi apertar ainda mais Jimin e olhar para Taehyung com uma cara preocupada.

Taehyung fez mímica indicando estar chorando, apontando para Jimin logo após. Era uma dúvida, na verdade. Assenti e o moreno mordeu o lábio inferior, sussurrando um "tudo bem, cuide dele" e dando as costas. Fechou a porta sem muita força e nos deixou sozinhos outra vez.

- Por favor, bebê, não chore. - Passei a mão suavemente por suas costas. - Me desculpe, eu não deveria ter falado essas coisas. Eu não quero que fique mal por minha causa, anjo.

Jimin: Sai daqui, vai com os meninos.. me deixa aqui, Jung, me solta por favor. - A voz falhada e desesperada era a única coisa ouvida. Mas não tinha como o soltar, não tinha como deixá-lo ali até porque ele me segurava.

As mãos pequeninas seguravam minha camiseta com força, como se fosse para não deixá-lo ali em momento algum.

E em momento algum eu o deixaria.

E o real problema é que Jimin não estava chorando apenas por isso. Tinham motivos, tinham diversos motivos e eu não sabia quais eram. Ele estava desesperado, resolveu se esconder em mim para chorar, mas, enquanto chorava só conseguia entrar em pânico. E para alguém que entra em transe constantemente, não é uma boa ficar tão mal.

- Hey, calma.. - O apertei um pouco, e quando ouvi um soluço saindo de sua boca foi o ápice da coisa. - Amor, não.. meu Deus, não fique assim. - Parecia impossível o acalmar, ele não queria parar de chorar e a cada segundo eu achava que ele ficava mais mole. Ou seja, estava caindo. - Me perdoe pequeno, me desculpe, me desculpe, me desculpe. Esquece isso, não aconteceu nada. Shhh! - Apoiei meu queixo em sua cabeça, ouvindo mais e mais soluços.

Jimin: O que eu fiz pa-para ter que passar por isso, uh? - Ele estava desesperado. E estava me preocupando a cada minuto, segundo, momento o qual não se acalmava. - Me fala Jungkook, o que foi que eu eu fiz de errado? - O choro se intensificava a cada minuto, e se intensificava porque Jimin pensava. Ele pensava em coisas ruins, e na situação que o menor está eu não duvido que ele possa entrar em transe ou algo assim.

- Você não fez nada de errado, meu anjo, você precisa se acalmar. Se você não parar de pensar eu vou ficar mal também, bebê, pare de pensar que você errou, porque você não fez nada.

Jimin: Me deixe aqui, o que custa me deixar aqui? - Senti as mãos trêmulas em minhas costas, agora Jimin apertava minha pele juntamente a camiseta.

A porta novamente foi aberta, porém dessa vez quem apareceu ali foi Yoongi. O mesmo me olhou enquanto eu fechava os olhos, ver Jimin daquela forma me deixava magoado, triste e ainda por cima bravo, bravo comigo mesmo por ter feito isso.

Yoongi: Jiminnie.. - Yoongi se aproximou, hesitando em tocá-lo já que não o tocava há um bom tempo por conta do problema. - O que foi, uh? Converse comigo, pequeno, me conte o que está havendo e deixe eu te ajudar. - Yoongi tentou de alguma forma me ajudar. Ao mesmo tempo que eu queria que Jimin me soltasse, eu não queria. Só queria o acalmar.

Jimin estava entrando em estado de pânico e Yoongi sabia disso, Yoongi entendia sobre o assunto.

Jimin: Não faça isso, Jungkook, por favor pare. - Outros soluços, outro aperto até o corpo pequeno começar a ficar cada vez mais mole.

- Jimin, hey, Jiminnie.. - O balancei enquanto continuava o abraçando. - Olhe para mim, sim? Só para mim, o Yoongi não vai tocar em você, ele sequer está perto. Eu estou com você, está bem? - Vi o rosto inchadinho se afastar de meu peito, passando a me encarar enquanto estava bem a minha frente. - Não chore, meu bem. - Levei uma das mãos até as bochechas gordinhas, limpando as lágrimas dali enquanto outras já tomavam lugar novamente. Os olhos vermelhos e narizinho rubro me destruiu, e Jimin com toda certeza percebeu porque soluçou outra vez e deixou mais lágrimas rolarem.

- Você quer descansar, bebê? Quer dormir um pouquinho? - Perguntei enquanto fazia um carinho suave na bochecha quente. Jimin parecia estar com febre, parecia que desmaiaria.

Jimin: Não se afaste, por favor.. - Suplicou ainda me encarando, outras lágrimas descendo pelos olhos bonitos. - Eu só te peço isso, Jeongguk-shi, não me deixe. - Suspirei enquanto sorria pequeno, me aproximando e deixando um beijo cauteloso em sua testa.

- Eu não vou te deixar. - Outro beijinho porém agora no couro cabeludo, me fazendo respirar fundo para manter a calma. - Yoongi, suba e arrume roupas do meu roupeiro para Jimin. Coloque em cima da cama roupas confortáveis, pode ser qualquer uma, vou subir com ele já já. - Pedi e Yoongi assentiu passando a mão na testa, logo que entrou falou algo para alguém e possivelmente subiu as escadas.

Yoongi: Isso já foi longe demais, olhe o estado do garoto lá fora seus imbecis! - A única coisa ouvida foi isso, e então a porta principal se fechou com o fraco vento.

- Viu, eu estou com você!? - Jimin fungou baixinho. - Eu sempre vou estar com você.

Jimin: Você pode.. - Falou baixinho, fazendo eu me afastar de sua cabeça e o olhar. Uma de minhas mãos novamente limparam as lágrimas enquanto Jimin não falava. - Me beijar? - Perguntou enquanto um sorriso pequeno surgia em meus lábios.

- Se você parar de chorar, pensarei no seu caso. - Comentei passando os dedos pelo cabelo incrivelmente perfeito, o colocando atrás da orelha pequenina.

Jimin: Ah.. - Outras lágrimas rolaram pelos olhos pequeninos, fazendo meu coração quebrar em mil pedaços.

- Tudo bem, pode ser agora. - Convenci a mim mesmo, vendo Jimin me olhar com o rostinho todo inchadinho por chorar. - Mas se acalme, bebê, não quero que fique assim. - Com uma das mãozinhas o menor tocou meu rosto e automaticamente o puxou para frente, me dando um selinho um tanto quanto demorado.

Acabei não resistindo e levei uma das mãos a nuca de Jimin, o puxando mais para frente e abrindo a boca do menor com a ponta da língua. Jimin automaticamente abriu os lábios e, logo após, ambas as línguas se tocaram com calma.

Eu pouco me importava com os garotos, o meu único foco no momento é o Jimin. O bem de Jimin.

As línguas se entrelaçando enquanto as mãos trêmulas de Jimin tentavam me segurar. Enquanto a minha mão fazia um carinho leve em sua nuca. E enquanto ambos os corpos pareciam que iriam se afundar um ao outro a cada segundo.

Se Yoongi abrir a porta agora eu continuarei beijando Jimin.

Se algum outro menino abrir a porta eu continuarei beijando Jimin.

Se Jimin se afastar, então darei essa permissão. Irei acabar com aquilo.

E foi exatamente isso que aconteceu. O pequeno ser levou as duas mãos ao meu rosto e selou o beijo com um selinho demorado.

Jimin: Obrigado! - Murmurou baixinho, afastando seu rosto do meu.

- Não agradeça, eu não fiz isso por obrigação. - Admiti fazendo um leve carinho em sua nuca, e no mesmo momento Yoongi abriu a porta.

Yoongi: Arrumei uma roupa sua e deixei sobre a cama, assim como os cobertores que peguei do armário para vocês deitarem. - Ditou calmo, dando espaço para que eu e Jimin passássemos.

Jimin não quis se afastar de mim, o que complicou um pouco para caminharmos. Mas nada que um ajeitar não mudasse.

Jimin ficou me abraçando de lado enquanto praticamente estava grudado a mim, com a cabeça escorada em meu ombro e afins. Parecia ficar seguro de tal forma.

Assim que passamos pela porta todos os garotos estavam parados nos olhando, estavam preocupados. Quem diria que eles se sentiriam culpados sendo que não tinham nada haver.

Jimin parou de caminhar no meio do caminho às escadas, se virando de frente para os garotos e me solando.

Jimin: Me desculpem. - Se curvou com o pedido, fazendo os garotos se entre-olharem pelo ato. - Eu sei que isso dói em vocês, mas eu preciso do Jungkook. Eu preciso ficar com ele apenas hoje, por favor.. - Deu uma pausa em sua fala. - Sinto muito, me desculpem. - Falou outra vez, agora passando a destra em seu olho direito e secando a lágrima que havia acabado de escorrer. Estendi a mão para o menor, esse que logo entrelaçou a mão pequenina na minha. Foi um ato tão inocente e sem intenções, verdadeiramente amigos. Antes que pudéssemos voltar a caminhar, Yoongi tocou meu ombro, me fazendo o olhar.

Yoongi: Não se preocupem conosco, nós vamos ficar por aqui e estaremos ali na sala caso precisem de algo. - Yoongi ditou, parecia ter cuidado com cada palavra.

Taehyung: Cuide bem dele, Jungkook. - Taehyung disse, com uma feição muito além de preocupação. Estava com medo.

Jin: Se cuide, Minnie.

Namjoon: Antes de vocês subirem, nós queremos pedir desculpas. - Namjoon se curvou, ficando por alguns segundos naquela posição. - Não era a intenção. Fiquem despreocupados.

- Está tudo bem. - Falei e sorri pequeno, logo os dois bracinhos de Jimin rodearam meu corpo outra vez. Ele estava sensível, e era óbvio que chorava contra mim.

J-Hope: Quer que eu prepare um chá de camomila ou algo para o acalmar? - Hoseok questionou, também parecia nervoso.

- Não, na verdade eu quero pedir algo. Não vão no meu quarto hoje, estaremos bem, só precisamos ficar sozinhos. Se eu precisar de algo vou pedir, ou então venho buscar. Não é pedir muito ter privacidade, certo? - Eu não estava brigando, longe disso. Até mesmo os garotos assentiram, colocaram a amizade acima daquela coisa boba. Colocaram o bem-estar, a saúde mental e tudo quanto é coisa acima de medos.

Jimin: Jung.. - Murmurou sôfrego, me fazendo prestar atenção em si.

- Tem quartos de hóspedes, vocês conhecem a casa. Se cuidem, meninos, e obrigado. - Agradeci com um sorriso sincero no rosto.

Jimin parecia fraco e envergonhado, então para ajudá-lo toquei seus pulsos e passei os braços do menor por meu pescoço. Com um leve impulso para cima Jimin arrodeou ambas as pernas por minha cintura, rapidamente escondendo seu rosto na curvatura de meu pescoço. Segurei em suas nádegas para não deixá-lo cair, mas era um toque sútil, sem segundas intenções. Voltei a caminhar e então, subir as escadas com o pequeno bolinho.

Assim que chegamos no quarto, fechei a porta e a tranquei, seguindo até a cama e colocando Jimin sentado no local. Me agachei em sua frente e o olhei.

- Somos só nós dois no nosso mundinho agora. - Falei tocando o rosto delicado. - Fique bem. - Um leve carinho e então levantei, pegando as peças de roupas e sem delongas ajudando Jimin a se vestir. Não foi complicado, longe disso, foi até mesmo rápido.

Deitei Jimin na cama e logo em seguida apaguei a luz do quarto, cobrindo Jimin e me deitando ao seu lado logo em seguida. Jimin se virou de frente para mim, logo subiu parte de seu corpo em mim e se deitou contra meu peitoral.

Jimin: Obrigado. - Agradeceu, a mãozinha fazendo desenhos imaginários sobre minha camiseta. - Eu sei que isso te machuca, mas eu preciso de você.

- Não me machuca, apenas dói ver você mal. Não quero que você fique assim, nem mesmo que fique mal por algo que eu te disse. - Levei minha mão até o rosto pequenino, começando um carinho leve pela região. - Eu gosto de estar com você, na sua companhia e agarradinho assim. Me faz bem.

Jimin: Jung, você gosta de mim? - Perguntou baixinho, a mão acabou parando de fazer desenhos imaginários em minha camiseta.

- Sim. Eu gosto de você, bebê.

[...]