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História 300 Primaveras - Capítulo 13


Escrita por: Nahy06

Capítulo 13 - Capítulo 13


Ainda era sábado e só havia uma única coisa que ocupava minha cabeça.

Que merda eu falei?

Quando Edward havia saído daqui naquele dia parecia que eu tinha lhe contado algo inacreditável, do tipo “Luke, eu sou seu pai”.

O que era um absurdo, pois eu não tinha falado nada demais, apenas um acidente que quase me levou a morte e me fez viver um inferno na fisioterapia. Só isso.

E isso absolutamente não era do seu interesse.

– Que cara é esse? – Rose entrou na cozinha franzindo o cenho, provavelmente confusa por me ver acordada nesse horário, e eu dei de ombros soltando um longo suspiro.

– Nada demais.

– Sei... – ela se virou para pegar leite na geladeira e o colocou em um copo.

– Você não notou nada estranho em Edward? – perguntei causalmente fingindo desinteresse e ela arqueou uma sobrancelha enquanto bebia o conteúdo do seu copo.

– Estranho...? – enrugou a testa balançando a cabeça e então parou. Seus olhos aumentando e um sorriso se formando em seu rosto. – Ahh... Aquilo?

– Aquilo?

– Nada demais – repetiu se virando para depositar o copo vazio em cima da pia.

Estreitei os olhos. Ela estava escondendo algo.

– Mas me diga, como está o seu pé? – mudou de assunto rapidamente se voltando para mim.

– Está melhor – comentei e então uma ideia de formou em minha cabeça. Um sorriso se formou em meus lábios e a olhei. – Na verdade... Acho que preciso de ação.

Ela franziu o cenho e negou balançando a cabeça.

– Não, nem pensar. Você não vai correr com seu pé assim – cruzou os braços e rolei os olhos.

– Não seja idiota Rose. Claro que não vou correr, vamos apenas caminhar.

Ela arqueou uma sobrancelha, mas não disse nada.

Alguns minutos depois nós saímos, Rose não me deixou segurar a coleira de Jake com medo que ele corresse e me derrubasse e também me fez andar próximo ao quarteirão e por isso não fomos muito longe para o desagrado de Jake, mas enquanto isso eu fiz ela me contar como estava sendo sua tentativa de seduzir Emmett.

Aparentemente Emmett parecia estar com outros problemas na cabeça e por isso ela quase não o via. Rose estava bastante decepcionada, mas soube disfarçar mudando de assunto rapidamente para Alice e Jasper.

Eu fiquei tensa com o assunto, não gostava de mentir para Rose, mas também não podia falar a verdade desde que prometi a Jasper que manteria segredo.

Isso me fez ficar em silencio pelos próximos minutos enquanto voltávamos para casa. Meu tornozelo começava a doer e eu estava começando a achar que não foi uma boa ideia, mas não conseguia tirar da cabeça a conversa com Jasper.

Eu nunca mais havia o visto desde aquele dia, e sei que ele e Alice não estão tendo um bom momento. Eu queria ligar para ele e perguntar como estava, mas sabia que ele não iria me atender e eu duvidava muito que ele estivesse em sua casa, desde que Alice nos confessou que eles haviam brigado feio.

Rose podia não falar sobre isso, mas eu sabia que ela sentia falta de Jasper. Eles eram como Kanai e Koda*, inseparáveis e amigos desde que se conheceram. Eu não conseguia imaginar como os sentimentos de Jasper mudaram para algo além da amizade.

*Personagens do filme Irmão Urso.

Entretanto, todo e qualquer pensamento sobre Jasper e seu triangulo amoroso saiu da minha cabeça quando avistei a BMW preta estacionada em frente ao prédio em que eu morava.

Não foi o carro que prendeu a minha atenção, mas sim quem estava encostado nele com os braços cruzados enquanto olhava constantemente ao redor.

– Mas o que ele faz aqui? – olho para Rose que escolhe os ombros tentando disfarçar seu sorriso e falhando miseravelmente.

Balanço a cabeça sem comentar nada e vamos em sua direção.

Como se sentisse minha presença, seus olhos se conectaram aos meus e uma corrente elétrica passou por meu corpo quando seus lábios se curvam para cima. Ele parecia... Feliz em me ver.

– Bella! – diz quando paro a sua frente. Sua voz profunda e intensa carregando muito mais que apenas uma palavra.

– Edward – digo me sentindo de repente muito tímida e sem saber o que fazer.

O que sou eu? Uma virgem inexperiente?

– Sr. Cullen – Rose o cumprimentou mantendo-se afastada por causa de Jake que parecia não confiar em Edward. Ela também parecia querer nos deixar a sós. – Bom... Eu vou subindo para deixar Jake. Bella, pode ficar com Sr. Cullen por enquanto?

– Apenas Edward, Rosalie – ele disse sorrindo levemente, mas seus olhos ainda estavam colados em mim. O que estava me deixando cada vez mais sem jeito.

– Na verdade, eu acho melhor subirmos todos juntos – falei rapidamente antes que ela saísse e ela arqueou uma sobrancelha para mim me fazendo olhar para baixo quando admiti sobre meu estado. – Meu tornozelo está meio que doendo.

– Merda Bella – Rose reclamou. – Eu avisei.

Revirei os olhos antes que ela começasse seu discurso, mas o olhar preocupado de Edward me fez parar.

– Você foi andar? Com seu pé nesse estado? – perguntou franzindo o cenho. Eu podia ver que ele estava tentando ficar irritado, mas ele parecia preocupado demais para isso.

– Eu estava bem quando acordei – me defendi dando um passo para trás me arrependendo rapidamente quando o fiz e mordi o lábio com força tentando não gemer de dor.

– Céus Bella – Edward me apoiou rapidamente, suas mãos deslizando por minhas costas e a outra me puxando para meus braços como fez quando me machuquei. – Eu disse que era para você descansar.

Eu estava surpresa demais por ser pega, novamente, em seus braços no estilo noiva para dizer algo e tudo que fiz foi me segurar em seus ombros.

– Acho melhor a levarmos para um local mais confortável – ele disse a Rose que assentiu e tomou a frente, ele nos levando logo em seguida.

Novamente eu fui tomada por aquele cheiro delicioso que emanava dele e quase fechei os olhos em deleite para deitar minha cabeça em seu peito. Foi muito difícil, mas resisti.

Eu parecia uma viciada fungando em seu peito e espero sinceramente que ele não tenha percebido quando discretamente me inclinei para seu pescoço, onde o cheiro parecia se concentrar. Bom, se ele percebeu ou não, fingiu não ver.

Quase choraminguei quando chegamos ao nosso apartamento e ele me depositou em cima do sofá, ajustando a mesinha no centro e colocando um travesseiro antes de colocar delicadamente o meu pé em cima.

– Melhor? – pergunta em um tom baixo e rouco, fazendo os pelos do meu braço se arrepiarem.

– Sim, obrigada – respondo mordendo o lábio querendo perguntar o porquê ele estava em frente ao prédio e ele se senta ao meu lado.

– Eu estava passando por aqui quando lembrei que você morava nesse prédio – disse como se lesse meus pensamentos e arqueei uma sobrancelha desconfiando. Eu duvidava muito que ele estivesse “passeando” por aqui, mas resolvi guardar meus pensamentos para mim. – E pensei em convidar você para almoçar, mas eu acho que você não pode sair com seu pé assim – comentou pensativo e não passou despercebido apenas por mim apenas o “você”.

– Podemos almoçar aqui se você quiser – ofereci olhando de realce para Rose que parecia muito incomodada em estar ali e sendo completamente ignorada.

– Sério? – perguntou surpreso e assenti. Meu coração falhou uma batida ao ver o enorme sorriso que surgiu em seus lábios. – Eu iria adorar.

Esse homem pode enfeitiçar uma bruxa.

– Bom, Bella me pediu para levar Jake ao veterinário – disse Rose rapidamente e estreitei os olhos. Eu não pedi coisa nenhuma. – E acho melhor levá-lo antes que ele feche. Não se preocupem comigo, vou à casa de uma amiga e provavelmente só volta à noite.

Eu estava meio abismada com a mentira ridícula de Rose.

Quando o veterinário começou a atender nos sábados?

– Certo Rose – respondi tentando não rir e ela acenou rigidamente puxando a coleira de Jake.

– Até mais – disse rapidamente e segundos depois só ouvi o barulho da porta fechando.

Rose definitivamente não era a rainha da sutileza.

– O que você quer pedir? – Edward desviou minha atenção da porta e qualquer pensamento sobre Rose desapareceu.

– Eu adoro comida chinesa.

Seus olhos brilharam com alguma emoção desconhecida e um sorriso se espalhou em seu rosto.

– Claro.

Demorou cerca de 20 minutos para a comida chegar e durante esse tempo ele mostrou ser uma companhia muito agradável, completamente diferente do babaca que era quando nos conhecemos.

Ele me contou como montou sua empresa, como mudou de ideia sobre seu curso de administração para design de jogos, e cada palavra que dizia eu me via surpreendia cada vez mais.

Ele me fez varias perguntas também, sobre minha vida, faculdade, escola, e muitas outras coisas, mas nunca tocou no assunto do acidente e eu estava muito curiosa sobre isso.

– Por que você reagiu daquele jeito quando contei sobre o acidente? – perguntei quando não estava suportando mais a curiosidade e ele suspirou baixando os olhos.

– Eu acho melhor não falarmos sobre isso – aquilo doeu, eu não queria admitir, mas doeu como uma vadia.

Ele levantou os olhos pra mim e acho que percebeu o quanto aquilo me magoou, pois ele pareceu surpreendido.

– Por favor, não pense que eu não quero falar sobre isso, apenas... – ele parou fechando os olhos com força e respirou fundo antes de abri-los, tocando levemente em meu braço. – Havia uma pessoa... Ela sofreu um acidente assim como você. Quando você me contou sobre o seu... Eu apenas lembrei sobre isso. Não fique chateada, por favor.

Ele parecia realmente desesperado para me fazer entender e por isso forcei um sorriso e assenti. Mas por algum motivo eu sabia que ele estava escondendo algo.

– Por que você resolveu fazer design de jogos? – perguntei e ele pareceu aliviado com a mudança de assunto.

– Eu tinha um colega de quarto na faculdade – disse sorrindo e balançou a cabeça com alguma lembrança. – Ele fazia o curso e às vezes eu o ajudava com algum trabalho, no fim acabei gostando e resolvi trocar.

– E seus pais? – perguntei curioso. Afinal, não era lá o sonho dos seus pais que fizesse tal curso.

Percebi que sua postura mudou quando fiz a pergunta e ele travou a mandíbula.

– Eles não aprovaram – disse, sua voz dura e percebi que toquei em um assunto delicado.

– E como você conseguiu construir a Cullen´s? – mudei de assunto e pude perceber seu corpo relaxar.

– Eu lancei um jogo para celular e para minha surpresa foi um sucesso. Chamei a atenção de algumas empresas e eles investiram em mim – disse como se falasse algo banal e não como se não tivesse construído uma das maiores empresas dos Estados Unidos.

– Você é impressionante – disse e seus lábios se curvaram.

– Você me acha impressionante? – perguntou com um sorriso sedutor que me fez molhar a calcinha.

Impressão minha ou o chefinho estava flertando comigo?

– Acho – se ele estava disposto a me seduzir, eu não iria ficar atrás. Inclinei-me para perto do seu corpo praticamente ronronando a próxima palavra. – Chefe...

Afastei-me sorrindo ao ver seus olhos se fecharem imediatamente e ele sorver o ar profundamente.

– Bella... – ele abriu os olhos e de repente me senti quente. Seus olhos pareciam estar em chamas – Acho melhor você não me chamar assim.

– Mesmo? – mordi o lábio observando seus olhos em fenda que continham muitas promessas. – Como você quer que eu o chame? Sr. Cullen... Posso chama-lo do que você quiser.

Mais uma vez ele respirou fundo e balançou a cabeça como se tentasse tirar alguma ideia, ou como se tentasse resistir. Porém, qualquer tentativa de resistir pareceu desaparecer quando ele me olhou.

Seus olhos se estreitaram e foi sua vez de se inclinar em minha direção.

Imediatamente seu perfume me atingiu e fiquei agradecida por estar sentada ou teria caído no chão. Eu precisava saber de onde ele conseguia esse perfume. Era simplesmente maravilhoso e viciante.

– Acho que você está errada Bella... A questão é – ele sorriu e pensei que iria morrer. Isso era mesmo real? Edward Cullen estava mesmo flertando comigo? – Com você quer me chamar?

Obrigada Deus, eu não sei o que fiz para merecer isso, mas obrigada!

– Bom... – comecei tendo um pouco de dificuldade para respirar. Quem precisava de coração mesmo? – Acho que Edward está bom para um... Inicio.

– Hum... Inicio? – perguntou com a voz rouca e baixa e balancei a cabeça lentamente afirmando. No momento não sei se consigo pensar ou respirar ou fazer qualquer outra coisa. – E como pretende me chamar depois?

Oh céus, ele não perguntou isso.

Não quando eu estou com a porcaria do meu pé impossibilitado de realizar qualquer... Atividade.

– Você quer mesmo saber? – perguntei tentando obter algum controle de mim mesma e me aproximando até nossos rostos estarem a um centímetro de distância. Eu também sei jogar Cullen. – A espera pode guardar muitas surpresas Edward.

Seu sorriso aumentou e um arrepio subiu por minha espinha.

– Eu nunca fui um homem paciente Swan – ele pisca um olho e se afasta de repente. – Veremos que surpresas você pode trazer.

Ah! Tudo bem!

Ele venceu.

 

...

Era domingo.

Um dia depois da jogada de flertes quentes que Edward e eu começamos e que eu tinha total intenção de continuar quando voltasse ao trabalho.

Alice havia aparecido em minha porta logo que o sol nasceu – aparentemente ela e Jasper não estavam tendo um bom momento – e desde então ela esteve me levando à loucura.

Alica tinha o costume irritante de discordar em tudo que digo.

Vamos assistir a um filme de ação? Não, vamos assistir um de comedia.

Vamos comer pizza? Não, vamos pedir comida chinesa.

Vamos beber no bar? Não! Vamos beber em casa.

Foda-se.

Eu estava no meu limite.

Era por isso que agora estávamos discutindo como duas loucas sobre desenhos.

Tudo tinha começado quando comentei sobre o desenho que passava, o que ela insistia que se chamava anime, e quando percebi estávamos elevando nossas vozes cada vez mais até estarmos gritando uma com a outra sobre o maldito desenho.

Rose estava em silencio, mas então ela resolveu participar da discursão – contra mim – e tudo pareceu piorar.

Elas não iam me fazer aceitar essa merda assim. De jeito nenhum.

– Chega! – Rose gritou acima de nossas vozes nos fazendo calar a boca. – Isso não vai resolver nada. Alice, Bella não é obrigada a aceitar nossas opiniões – disse e lancei um sorriso zombeteiro em direção a Alice que bufou cruzando os braços. – E Bella, você também precisa aprender a respeitar a opinião dos outros. Agora vá olhar seu celular que ele já está me irritando.

Franzi o cenho confusa e só então fui perceber que o aparelho piscava com novas mensagens.

Meu olhos não acreditaram ao ver quem estava mandando-as e quantas mensagens haviam.

E: Como você está?

E: Seu pé está melhor?

E: Está ocupada?

E: Estou aborrecendo você?

E: Estou, não é? Vou tentar parar.

Meus lábios se curvaram quando terminei de lê-las. Ele estava preocupado? Comigo?

Céus... Esse é o melhor dia de todos!

Mas antes que eu piscasse uma nova mensagem chegou e soltei um riso ao vê-la.

E: Você vai mesmo me ignorar?

Reviro os olhos e respondo.

B: Cullen, onde você conseguiu meu número?

E: Tenho meus contatos. Mas não tente desviar do assunto, você ainda não respondeu minhas perguntas.

Solto um riso alto atraindo a atenção de Alice que ergueu as sobrancelhas, mas apenas dei de ombros e me sentei no sofá.

B: Quem é você? Um stalker? E não estou desviando de assunto, você está.

E: Swan, se eu fosse mesmo um perseguidor garanto a você que não estaríamos nos falando por mensagens ou que você não estaria em outro lugar a não ser amarrada a minha cama. E não estou não. Agora responda antes que eu vá ai e lhe mostre meu lado sombrio.

Um arrepio subiu por minha espinha ao terminar de ser sua mensagem.

Cenas se formando em minha mente e fazendo todo meu corpo ficar quente de um jeito bom.

B: Tudo bem Cullen, conseguiu. Sim, eu e meu pé estamos bem. E não estava ignorando você, na verdade você me impediu de ser presa por assassinar minha prima. E meu dia estaria sendo um tédio se não fosse por suas mensagens.

Sua próxima mensagem me derreteu e me fez ficar mais encantada (se possível) por esse homem.

E: Meu dia se tornou melhor no segundo que você falou comigo.

É, ele conseguiu.

Esse homem é um feiticeiro.

B: Você não joga limpo Cullen.

E: Eu nunca disse que jogaria Swan. E estou disposto a jogar com todas as cartas que tenho.

B: Nesse jogo não há prémios.

E: Ahh Swan... Existe sim um prémio. O melhor e o mais precioso deles, e esse eu não posso perder.

B: E o que é esse tão precioso prémio?

E: Você.

Bom, Edward Cullen certamente sabia jogar. E eu não tinha duvidas que ele iria sair vencendo.

Porque, afinal, só uma louca resistiria a esse homem.

E eu com certeza não era uma.

 

 

 



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