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História 300 Primaveras - Capitulo 21


Escrita por: Nahy06

Capítulo 21 - Capitulo 21


Na manhã seguinte acordei com o despertador tocando.

Eu procurei o objeto irritante ao meu lado, mas não conseguia acha-lo. Tentei ignorá-lo, mas ele também não parava de tocar.

Eu já estava irritada quando empurrei o braço de Edward de cima de mim e estava prestes a levantar e jogar o aparelho no chão quando percebi que ele também estava acordado.

– Desligue essa porcaria – reclamei virando para o outro lado e enfiando o travesseiro no rosto.

O escutei suspirar e a cama remexeu quando ele se inclinou para desligar o objeto.

– É seu celular – disse com a voz rouca pelo sono e eu poderia ficar muito animada com o quão sexy soou, mas não nesse momento.

Havíamos ido dormir tarde e tudo que eu queria era voltar para os braços de Morfeu.

– Atenda – resmunguei ainda na mesma posição.

– Acho melhor você atender.

Eu quis chorar como uma criança mimada, mas me resignei a sentar na cama e pegar o aparelho chato.

Simplesmente não acreditei quando vi o nome de Alice piscando na tela.

– Apenas me diga, você ou alguém está morrendo ou sangrando em algum beco escuro? – perguntei assim que atendi.

– O que? Claro que não Bella – Alice disse irritada. – Você precisa me contar, o que aconteceu ont...

Desliguei sem esperar uma resposta e joguei o aparelho para o lado voltando a me acomodar na cama quente e macia.

– Está tudo bem? – Edward perguntou enquanto colocava seu braço de volta a minha cintura e o senti depositar um beijo no meu pescoço.

– Está – suspirei quando sua mão se infiltrou por debaixo da camisa dele que eu usava e seus lábios continuaram a beijar a pele exposta do meu pescoço.

Isso estava tomando um caminho muito interessante. Porém eu tinha prioridades em mente agora.

Depois da louca festa de ontem a noite nós fomos para casa dele, claro que eu não iria deixá-lo sozinho depois de tudo que aconteceu e bem... Alice estava na minha casa então eu preferia evita-la por enquanto.

– Nem pense nisso – avisei já me desvencilhando dos seus beijos e ele me olhou confuso. Sorri inocentemente e sentei na beirada da cama. – Eu preciso de comida, então vou pegar sua cozinha emprestada e tentar fazer algo decente para nós dois.

Eu olhei para seu rosto e percebi que seus olhos estavam fixos nos meus seios e que, provavelmente, ele não havia ouvido nada do que eu tinha falado.

Olhei para os gêmeos e percebi que alguns botões da camisa que ele havia me emprestado estavam abertos, mostrando um pouquinho mais de pele do que o permitido.

Revirei os olhos e ajeitei a roupa olhando-o feio, enquanto ele sorria inocentemente.

– Já que você não respondeu, vou tomar isso como um sim – levantei e o olhei pela ultima vez. – Quando eu terminar chamo você.

Ele assentiu e me direcionei para a saída.

Precisava colocar meu plano em pratica. O que incluía preparar um café da manhã digno dos deuses e fazer Edward me contar de uma vez por todas o que foi aquilo na festa ontem.

Só que não era tão fácil colocar em pratica o que eu tinha na teoria.

Primeiro, a única coisa que eu sabia preparar no café da manha eram ovos com bacon, culpa de Rose e minha mãe que tinham a mania de sempre preparar a comida. E segundo, eu não sabia como tocar no assunto dos pais de Edward sem feri-lo.

A mãe é uma cadela total. O pai... Bom esse nem se fala.

Eu não conseguia imaginar como Edward conseguiu ser o homem que é hoje sem ser um babaca total. Bom, no inicio ele era bem... Difícil, mas é compreensível dado a família que ele possui.

Então alguns minutos mais tarde – depois de entrar em contato com Rose é claro – eu tinha preparado um café da manhã relativamente... Decente.

– O cheiro está bom – me virei surpresa para trás com a voz de Edward e o olhei feio.

– Que susto Edward – reclamei e ele me olhou com um sorriso inocente.

Sentamos para tomar o café e estava até comestível – Rose estaria orgulhosa de mim agora se estivesse aqui – e comemos enquanto conversávamos coisas banais. Tudo ia de acordo com o plano.

Agora só faltava a parte difícil.

E eu estava disposta a ser sutil, muito sutil.

– Então... – comecei depois que ficamos em silencio e ele me observou. Respirei fundo e fechei os olhos por um momento. Sutil... – O que foi aquilo ontem a noite com seus pais? – Edward me olhou surpreso.

Quando as palavras saíram da minha boca eu voltei a fechar os olhos, agora me xingando e bati na minha boca com a mão.

Sutileza Isabella! Qual o seu problema?

Espera, eu posso consertar isso!

– Quero dizer... – comecei meio confusa e sem saber como explicar. – Qual... Por que eles fizeram aquilo? Eles não gostaram de mim? E a sua mãe, por que ágil daquele jeito?

Apenas cale a boca Bella!

Cale a maldita boca!

Mordi o lábio o encarando. Qual a merda do meu problema?

Ele me encarava ainda surpreso, parecendo não acreditar no que eu acabei de perguntar. Acho que ele não esperava que eu perguntasse de maneira tão... Direta. Merda, nem eu sabia que iria fazer isso.

– Você parece bastante... Curiosa – disse tentando brincar.

– Merda, me desculpe Edward. Eu não queria perguntar  assim. É que sua mãe... Seus pais foram tão estranhos ontem, eu não esperava aquilo. Quer dizer, os pais normalmente são assim com seus filhos? Meus pais que são estranhos? Droga, eu não sei de mais nada – coloquei a mão na minha boca antes que eu falasse mais alguma besteira.

No entanto, ele sorriu e pegou minha mão, tirando-a da minha boca e a apertou gentilmente.

– Não precisa se preocupar. Eu entendo que você deve ter varias perguntas depois do que houve ontem.

Ele sorriu calorosamente e suspirou.

– Bom... Por onde começar?

– Você não precisa de dizer se não quiser.

– Eu quero, não se preocupe, acho que está na hora de falar.

Abri um sorriso hesitante e ele continuou.

– Meus pais sempre foram desse jeito, desde de que me entendo por gente, eles sempre foram assim. Acho que pior antes... – abriu um sorriso amarelo. – Mas tudo piorou quando ela chegou.

– Ela? – o interrompi. – Aquela garota que você me falou?

– Sim... Meus pais não a aprovaram porque para eles eu deveria apenas ficar com um garota hum... Do nosso meio. – ele me ofereceu um sorriso envergonhado e não precisou me explicar para eu entender como o que quis dizer com “nosso meio”, rica, herdeira de uma fortuna, uma típica patricinha. – Meus pais nunca se amaram, eles apenas se casaram por ordem dos seus pais e por isso não me entendiam. Eles fizeram de tudo para me separar dela, fizeram coisas que eu nunca imaginaria que seriam capazes e eu me arrependo de nunca ter percebido o tipo de pessoas que eles eram, talvez tudo teria sido diferente... – olhou para baixo por um momento. – É por isso que nossa relação é tão ruim, por isso nunca fomos capazes de nos dar bem e acho que nunca seremos.

– Eu sinto muito Edward – coloquei minha mão em cima da sua e ele me olhou intensamente.

– Bella tem uma coisa a mais que eu não contei para você... Tem uma coisa que eu preciso te contar.

– O que? – perguntei um pouco confusa com sua atitude quando ele inspirou profundamente e me encarou determinado.

– Você...

E então a campainha tocou.

Olhamos um para o outro confusos e então a campainha passou a tocar repetidamente.

Edward suspirou irritado e levantou indo em direção a porta.

– O que... – ele se calou por um momento. – O que você faz aqui?

Franzi o cenho confusa com seu tom irritado e me levantai indo em sua direção.

Assim que entrei na sala avistei Emmett Cullen com um olhar raivoso e quando ele levantou os olhos e me avistou, deu um passo para trás surpreso e logo em seguida encarou seu irmão com ódio.

– O que ela faz aqui? – rugiu e Edward suspirou.

– Você deveria ir embora Emmett.

Emmett olhou entre mim e seu irmão e seus olhos brilharam em entendimento.

– Você e ela? Sério? – abriu um sorriso sarcástico. – Depois de tudo que ela fez?

– Emmett – Edward disse perigosamente. – Você deveria manter sua boca fechada. As coisas não são como você pensa.

– Não? Você sabe tão bem quanto eu o que ela fez. E você se apaixona por ela de novo? Você é idiota?

– Emmett! – Edward grunhiu e deu um passo para frente. – Vá embora, isso não é um pedido.

– Você vai deixar essa... Essa mulher entrar na família de novo e nos enganar?

– Nos enganar? – Edward riu friamente. – Essa é nova. Quem mandou você aqui? Carlisle? Elizabeth?

Emmett olhou incrédulo para seu irmão.

– Você nem ao menos os chama de pais. O que essa mulher fez com você? Não percebe que ela vai enganá-lo novamente? Não lembra o que ela fez a gente?

– O que você quer dizer com a gente? – Edward estreitou os olhos para ele. – Que eu sabia você nunca foi afetado por nada disso... Você... – ele arregalou os olhos. – Não, eu não acredito que você... Não.

Edward respirou fundo e passou a mão pelo rosto. Ele olhou para trás e me viu, seu rosto ficou em branco e ele olhou para seu irmão.

– Vá embora – ordenou. – Não volte mais aqui. Nunca mais chegue perto dela novamente. Esse é o meu ultimo aviso.

– Você vai se arrepender Edward.

– Não Emmett, você vai. Antes de acusar qualquer um, sabia o que os seus pais fizeram antes.

As palavras de Edward pareceram deixar seu irmão confuso e antes de ir ele me olhou uma ultima vez. Várias emoções pareciam estar presentes naquele simples olhar, raiva, medo, confusão e... Carinho...

Edward trancou a porta e me olhou, com apenas algumas passadas ele estava na minha frente, envolvendo-me em seus braços com tanta fora que quase me sufocou.

– Edward... – reclamei sem ar e ele afrouxou seu aperto um pouco sobre mim.

Alguns segundos depois ele se afastou e olhou em meus olhos.

– Bella... Por favor, não se aproxime mais de Emmett.

Eu queria perguntar o porquê. Queria saber por qual motivo ele estava me pedindo aqui.

Mas ao olhar em seus olhos, ao olhar o quão vulnerável ele estava eu não consegui perguntar.

Eu não pude fazer outra coisa a não ser pegar seu rosto entre minhas mãos e assentir.

Eu não sabia o que iria acontecer em seguida ou porque motivo sua família parecia me odiar.

Mas eu tinha certeza que poderia confiar em Edward.

E apenas dessa vez eu não contestei.



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