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História 300 Primaveras - Capitulo 30


Escrita por: Nahy06

Capítulo 32 - Capitulo 30


 

– Você tem certeza disso? – Edward perguntou receoso e revirei os olhos.

– Claro que sim.

Ele estava sendo um medroso, claro meu plano poderia não ser o melhor do mundo e provavelmente terminaria em um desastre, mas era melhor do que nada.

– Se você diz... – ele suspirou e torceu o nariz ao olhar novamente para o quadro onde eu havia colocado detalhadamente cada passo estratégico do meu plano. – Mas Bella... Você sabe que isso pode não acabar bem não é? Principalmente na parte em que você liga pra Alice... Não tem outro meio de fazer isso? Ela poderia chamar a policia ou pior... – arregalou os olhos ao se dar conta. – Ela pode vir me matar pessoalmente. Alice nunca foi uma grande fã minha... Isso é muito provável que ela faça. Acho melhor mudarmos essa parte.

Eu revirei os olhos e suspirei.

– Edward – disse exasperada. – Ela não vai te matar, eu a conheço, se ela quisesse mesmo te matar provavelmente mandaria alguém fazer o serviço. Ela nunca sujaria as mãos. – ele puxou o ar com força e prendi o riso. – Deixe de ser medroso.

Eu o encarei com firmeza e por fim ele suspirou assentindo.

– Tudo bem, vou fazer a minha parte do plano – abri um sorriso e ele completou. – E ficar o mais longe possível daqui.

Acabei rindo e ele rolou os olhos rindo também.

Eu ainda não acreditava que há algumas horas atrás estava em sua porta chorando como um bebê com medo de ficar sozinha, fico corada só de lembrar como chorei em seus braços.

Não havia tocado no assunto desde então e eu agradecia.

E então depois de chorar por horas, ele me levou para seu quarto e me colocou para dormir. Quando acordei ele não estava do meu lado, depois descobri que havia dormido no quarto de hospede, ele estava cumprindo com a promessa de dar o tempo que eu precisava e eu o agradecia demais por isso.

Por fim eu lhe contei da ideia que tive para unir Rose e Alice novamente e fazer com que elas façam as pazes, e ele aceitou me ajudar.

Eu só esperava que tudo desse certo.

– Ok, hora de começar com o plano.

Olhei para Edward e ele assentiu, pegando seu celular e ligando para Rose.

– Oi Rosalie, er... Eu estou um pouco gripado e não vou poder ir para empresa hoje – tossiu e torci o nariz. Que atuação horrível. – Você poderia trazer alguns documentos para mim? Vou trabalhar em casa hoje. – ele olhou para mim e sorriu me mostrando o polegar e pulei comemorando. – Certo, obrigado.

– Ótimo, uma já foi – peguei meu celular procurando o número de Alice, mas antes que eu pudesse ligar Edward segurou minha mão.

– Só... Não exagere tá bom? – implorou e escolhi os ombros, mostrando-lhe um sorriso inocente.

Eu iria mostrar para ele o que era uma atuação de verdade.

Liguei para Alice e quando estava no terceiro toque ela atendeu.

Bella? – perguntou com voz sonolenta.

– Alice... – funguei colocando uma voz tremula. – Por favor, me ajuda...

– O que foi Bella? O que aconteceu? – perguntou preocupada e sorri internamente.

– Foi Edward... – olhei para o mesmo que arregalou os olhos e negou com a cabeça repetidamente, mas ignorei-o. – Eu não sei o que deu nele, ele me ligou de repente querendo me ver e então... – comecei a soluçar. – E então ele me jogou no chão e disse que... Disse que eu pertencia a ele e era sua mulher!

– Desgraçado, miserável... – ela ditou uns vinte palavrões diferentes, alguns que nem eu mesma sabia e abri a boca chocada, por um momento me esqueci o que estava fazendo. – Não me diga que ele... – não completou a frase, mas soube a que ela se referia.

– Por favor, vem me buscar... – disse com minha melhor voz desesperada. – Eu não sei quando ele vai voltar, por favor Alice vem logo...

Olhei para cima e quase que explodia em gargalhadas.

Edward estava... Branco.

A cor havia fugido do seu rosto e ele me observava sem expressão alguma, apenas coma boca aberta e os olhos arregalados.

– ... Chego em 10 minutos – voltei a escutar a voz de Alice. Eu havia perdido algo. – Me diga onde fica e vou estar ai mais rápido do que esse desgraçado vai morrer.

Talvez eu tivesse exagerado um pouquinho... Mas o importante era que ela estava vindo.

Disse-lhe o endereço e depois ela desligou.

– Acho melhor você estar longe daqui quando ela voltar – disse a Edward e ele pareceu voltar a si, ainda um pouco desnorteado.

– Eu vou pegar... A chave do carro, é isso – moveu-se rigidamente e mordi o lábio tentando conter o riso.

Entreguei-lhe a chave e o acompanhei até o elevador, as portas abriram e ele entrou ainda parecendo... Perdido.

Antes que as portas se fechassem eu falei.

– Edward – esperei seus olhos focarem em mim e sorri. – Obrigada... Por tudo.

Ele pareceu surpreso, mas logo um sorriso se formou em seus lábios.

– Não há de que. – piscou um olho e quando as portas estavam se fechando ele falou. – Boa sorte... Bella.

Tentei conter o sorriso esmagador que ameaçava a sair, mas era impossível. Voltei para dentro do apartamento de Edward sentindo-me leve, por um momento havia esquecido do tsunami que veria a seguir.

Não demorou muito para a campainha tocar, abri a porta e me deparei com Rose que pareceu surpresa ao me ver.

– Bella? O que faz aqui? – ela olhou ao redor. – Onde está Edward?

– Er... – onde estava Alice? – Ele saiu por um momento, por que não entra?

– Eu acho melhor não, tenho que voltar ao trabalho, só vim entregar isso – empurrou uma pilha de papeis nas minhas mãos e estreitei os olhos.

Ah não Rose, dessa vez você não escapa.

– Ele disse que ia te dar o dia de folga. Vamos entre, não seja chata, vamos tomar alguma coisa.

A puxei pelo braço antes que pudesse falar algo e a coloquei sentada no sofá.

– Me espere ai, eu vou...

De repente eu ouço um grito alto e assustador, e então como se o chão começasse a tremer, escutamos passos fortes e apresados na nossa direção.

– Bellaaaaa!

Olho em direção a porta, que ainda estava aberta, e arregalo os olhos ao ver Alice vestida de pijama com bolinhas cor de rosa, ofegando como se acabasse de correr uma maratona e carregando... Um taco de beisebol na mão. Arfo ao reconhecer o objeto.

Oh.

Meu.

Deus.

– Cadê ele? – pergunta arfante e segura o taco com as duas mãos. – Cadê aquele desgraçado filho da mãe?! – grita.

Minha boca esta aberta e minha reação não é diferente da de Rose, que está em choque olhando para Alice como se perguntasse “Mas que merda é essa?”

– Edward! – Grita entrando dentro da casa e filtrando-a com o olhar. – Saia de onde você estiver! Você não vai escapar de mim!

Eu acordo do meu estupor e vou em direção a Alice.

– Não é o que você está pensando Alice, ele não fez nad...

– Não minta para mim Bella – estreitou os olhos e apoiou o taco no ombro. – Esses desgraçados podem mentir e dizer que a culpa é da vitima, mas acredite em mim... – colocou uma mão em meu ombro. – Você não é culpada. Agora me diga onde ele está, eu vou capá-lo.

– Não! – as palavras saem da minha boca antes que eu percebo e fecho os olhos suspirando. – Eu menti para você, Edward não fez nada, só falei aquilo pra você vir aqui.

A raiva do seu rosto desapareceu e ela me encarou surpresa.

– O que?

– Bella o que está acontecendo? – Rose se levanta e vem na nossa direção. – Edward também deveria estar aqui para me ver... – ela arregalou os olhos ao se dar contar. – Você o fez mentir para me fazer vir aqui?

As duas me encaravam atrás de respostas e suspirei.

– Eu menti para vocês duas... Pra fazerem vir aqui – elas abriram a boca pra reclamar, mas as interrompi antes que falassem. – Não fiquem chateadas, por favor, era necessário. De outra maneira vocês nunca viriam.

Elas olharam para baixo e por fim Alice suspirou levantando os olhos pra mim.

– Bem... Então estamos aqui, sobre o que você quer conversar?

Mordi o lábio sem saber como começar.

– Nós, sobre essa situação – apontei para elas. – Isso tem que parar, só vamos acabar machucando a nós mesmos se continuarmos a fazer isso.

– Bella... – Rose murmurou. – Não é tão simples assim.

– É sim Rose, claro que é! Você não vê? – perguntei com um suspiro. – Alice está aqui, do seu lado, e você não é nem se quer capaz de olhar para ela! Estamos nos evitando a dias. Se continuarmos assim... – fechei os olhos por um momento apertando a mão em punho. – Se continuarmos assim talvez nunca mais poderemos ser amigos. É isso que vocês querem? Bom, pois eu não, por isso fiz isso, pra resolver essa coisa de uma vez por todas como pessoas adultas. Eu quero meus amigos de volta. – desabafei e elas ficaram em silencio.

Ficamos nesse silencio incomodo por alguns segundos até Alice falar.

– Bom... Acho que você tem razão – abriu um sorriso fraco e olhou para suas roupas. – Mas você tinha que fazer isso desse jeito? Eu não tive tempo nem pra trocar minhas roupas.

Abri um sorriso envergonhado e ela balançou a cabeça rindo.

– Então... – Rose suspirou, mas acabou sorrindo. – Vamos fazer isso, vamos conversar.

Suspirei de alivio e o peso que sentia em meus ombros pareceu desaparecer.

Fechei a porta e as levei para sentarem no sofá.

– Então... Rose pode começar – disse e ela me olhou assustada.

– Eu? Por que eu tenho que fazer isso? Não podemos apenas decretar as pazes?

Fiz uma careta e estava prestes a negar quando Alice falou.

– Tenho que concordar Bella, além disso ser meio embaraçoso – Alice sorriu em jeito e rolei os olhos.

– Vocês são péssimas amigas.

As duas acabaram rindo e Alice levantou.

– Ótimo! Com isso nós fizemos nossas pazes, agora vamos fazer um brinde e ficar bêbadas as 9:00 da manhã. Bella onde Edward guarda as bebidas?

Eu as encarei chocada e me levantei indignada.

– Eu não acredito que vocês vão fazer mesmo isso!

– E o que você espere que façamos? – perguntou com a sobrancelha arqueada. – Confessemos nossos sentimentos e choremos depois de fazer as pazes. Poupe-me Bella.

– Mas e as questões não definidas? E a causa do conflito? – perguntei e ela suspirou balançando a cabeça enquanto procurava algo para beber na sala.

– Estou começando a desconfiar que Edward fez uma lavagem cerebral em você.

– Alice!

– Tudo bem, quer falar sobre sentimentos? Então vamos lá. – sorriu ao achar uma garrada de whisky e a colocou em cima da mesa junto com três copos, enchendo-os. – Jasper é um babaca, ele é a causa de tudo isso.

E então engoliu a bebida virando o copo em um só gole.

– Isso é demais, tenho que saber onde Edward comprou isso. – sorriu e pegou o outro copo. – Eu não culpo Rose por nada do que aconteceu. Ele que foi idiota o suficiente para se apaixonar por outra pessoa. – e então bebeu.

Ela fez uma careta e balançou a cabeça, como se tentasse colocar a mente no lugar. Acho que esse whisky era forte demais para ela.

– Por fim, eu estive me sentindo um lixo nos últimos dias e confesso que agradeço a você Bella por ter feito isso. Eu não teria coragem – pegou o ultimo copo e o engoliu.

E então ela se jogou para trás, deitando no tapete macio de Edward.

– Próximo! – disse sorrindo já bêbada e revirei os olhos.

– Eu vou.

Peguei a garrafa de whisky e enchi os três copos.

– Eu já sabia que Jasper era apaixonado por Rose. – Rose me olhou surpresa. – Ele me contou naquele dia quando vocês brigaram. Não disse nada porque temia que isso viesse a acontecer e ele havia me prometido que iria se afastar.

Encarei o copo de bebida e respirei fundo antes de beber. Pude sentir o ardor em minha garganta.

Eu entendia porque Alice ficou bêbada tão rápido. Isso era muito forte!

Me encaminhei para o segundo copo.

– Eu descobri que estava gravida de Edward antes... – murmurei e Rose arfou. – Perdi-o quando sofri o acidente e tenho medo de contar a Edward... Então esse brinde eu faço em homenagem ao meu filho.

Tomei-o com uma careta e fiquei um pouco tonta, quase que não conseguia pegar o ultimo copo.

– Bom minha ultima confissão não tem nada haver com a história, mas eu não tenho mais segredos para contar, então... – olhei para Rose e sorri. – Rose eu sei que disse a você que não dormi com Alex Volturi no segundo ano da faculdade, mas eu menti.

Ela soltou uma risada e engoli a bebida, deixando-me no chão como Alice assim que terminei.

– Arrasa Rose! – Alice gritou e rimos.

– Eu vou falar as minhas confições todos de uma vez e depois bebo.

– Corajosa... – murmurou Alice e bati nela.

– Então vamos lá. Eu ainda não dormi com Emmett, mesmo que estivemos quase lá, mas fugi e o deixei na mão e eu não entendo porque fiz isso.

Franzi o cenho com isso.

Não era o que ela estava esperando a muito tempo? Por que fugiu?

– Eu não odeio Jasper, mesmo que ele seja o motivo de tudo isso, ele ainda é nosso amigo e eu queria que ele estivesse aqui... – ficamos em silencio e ela continuou. – E por ultimo, mas o mais importante, eu... – ela se calou de repente e eu senti que ela iria dizer outra coisa, mas completou. – Eu senti falta de vocês.

– Isso não é um segredo – Alice reclamou e ri. – Todas sentimos falta uma da outra.

– Como punição você deve tomar um copo a mais – levantei e servi os copos.

Ela me olhou com uma careta e pegou um copo, engolindo-o rapidamente e fazendo o mesmo com os outros três.

– E por ultimo vamos fazer um brinde – Alice levantou e encheu os copos. – Um brinde a Bella por ter nos trazido aqui hoje e fazer com que ficássemos bêbadas a essa hora da manhã. Eu não conseguiria isso sem ela.

E então rimos.

O resto da manhã passamos bebendo até não reconhecermos nossos próprios pés. Mas eu não ligava.

Nós rimos, brincamos, conversamos, vivemos...

E isso era tudo que eu poderia pedir.



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