Cameron on.
Acordei com um barulho vindo do lado de fora da cabana, com certeza do sino do acampamento. Abri os olhos lentamente e vi Jay deitada ao meu lado, com sua mão apoiado sobre meu peitoral. Sorri ao lembrar da noite anterior e lhe dei um beijo na testa.
Era bom saber que a primeira vez dela tinha sido comigo e que ela tinha feito aquilo tão bom.
- Cameron, porra, eu quero entrar seu vagabundo!! – ouvi a voz do Matt gritar atrás da porta e Nash resmungar algo. Jay se levantou rapidamente da cama e me olhou assustada.
- Não foi assim que eu planejei de como queria que você acordasse. – disse observando o corpo nu dela, Jay logo se dá conta que está nua e fica toda vermelha e vai correndo pro banheiro. – Jay!
- Preciso de privacidade Cam. – ela diz e eu nego com a cabeça rindo fraco. Coloco uma calça e calço os chinelos e abro a porta, revelando um Matthew Espinosa e um Nash Grier totalmente bagunçados e parecendo moradores de rua.
- Por que demorou? Eu hein, tava dando? – Matt pergunta se jogando na cama e entorto o lábio. Nash fecha a porta atrás de mim e me encara e depois varre o lugar com o olhar. – Acho que você não tava dando... E sim... Ai meu Deus! – Matt coloca a mão nas bochechas fazendo cara de reprovação.
Nash revira os olhos e se joga na cama ao lado do Matt. Logo Jay sai do banheiro, cumprimenta os meninos rápido e diz que vai ir chamar a Lox.
Jade on.
Eu o amo, e soube que ele foi o cara certo. Eu ainda estava nas nuvens com a noite anterior, realmente, foi tudo muito perfeito. Isso soa brega, ok. Mas o que importa? Eu realmente amei, não tinha como eu estar mais feliz.
- Onde você se meteu depois da festa, garota? Todo mundo tava procurando você e o Cameron... – Jacob disse enquanto colocava a camiseta.
- Eu... Bom... Eu... Estava...
- Ela estava com dor de cabeça, e Cameron foi levar um remédio para ela. Ele não voltou para a festa porque caiu no sono, pois estava bêbado... – Lox disse, percebendo minha situação e eu sussurrei um “obrigado”.
6 dias depois...
Esses dias tinham passado lentamente. Foi a melhor semana da minha vida, em compensação das que eu já passei ao lado da minha mãe.
Tivemos campeonatos, no qual o time que eu estava venceu... nenhum. Mas isso não importa.
- Claro pai, eu estou bem. – coloquei uma maçã na boca e Cameron me encarava sentado na cadeira do refeitório. – Eu quem diga isso, e os japoneses daí? São amigáveis? – disse de boca cheia e Cameron revirou os olhos. – Isso é bom. Tudo bem pai, tchau.
- Meu pai disse que encontraram um corpo celeste no Japão. – sorri torto.
- Seu pai não te ensinou bons modos não? Tipo, não falar enquanto está comendo...
- Vai se ferrar. – ele riu.
- Tenho uma surpresa para você. – ele disse e eu sorri.
- Que surpresa?
- É surpresa, então eu não vou te contar. – ele arqueou a sobrancelha e eu ri. Uma garota com uma face amigável chegou perto de nós, cumprimentado Cameron e não percebendo que eu estava ali (?). – Ah, Dakota, essa é a Jay.
- Ah, oi Jay. – ela sorriu. – Cam já disse muito sobre você. – olhei para Cameron sorrindo. – Bom, sem querer interromper o momento fofo de vocês... Jay, poderia me emprestar o Cameron? Preciso dele para apresentarmos o nosso trabalho. – ela riu fraco.
- Ah, é, tudo bem. – falei me entortando.
Não queria deixar Cameron ir com ela, mas era preciso. Mesmo ela tendo esse jeitinho amigável e doce dela, algo me dizia que não era certo Cameron andar com ela. Mas quem sou para redimir á umas coisas dessas?
- Te vejo mais tarde Jay. – Cam disse se levantando, e dando um selinho rápido. – Te amo. – ele sussurrou no meu ouvido e saiu em direção para o prédio da faculdade.
Fiquei olhando para eles dois indo em direção ao prédio. Andavam rindo de algo, e de vez em quando Dakota empurrava Cam pelo ombro de leve. Cam dá um abraço de lado em Dakota e eu reprimo os lábios.
Se segura Jade, eles são apenas amigos. Amigos...
Me levanto da mesa do refeitório com o suco de canudinho ainda em mãos e sigo para o meu armário. Próxima aula: Francês.
Pego o material que irei usar, e me viro, deixando meu material cair. Why? Alguém me empurrou pelos ombros, me fazendo bater no chão. Levei um susto e minha bunda ficou doendo por causa do tombo.
- Aí, qual o seu problema? – perguntei. Pensei que a pessoa iria me ajudar ou pelo menos ia responder, mas sucessão zero. Me levantei com os livros nos braços e percebi que o corredor estava vazio.
O que? Mas ele estava cheio quando cheguei aqui... Impossível todos irem embora tão rápido e silenciosamente, nem o sinal havia tocado. Ouvi passos de salto alto e me virei, uma garota vinha na minha direção, mas não dava para ver seu rosto.
- Surpresa em me ver, Jade? Eu, sinceramente, espero por esse dia há tempos. O dia que eu realmente poderia terminar com você... em pedacinho por pedacinho. – ela dizia se aproximando de mim.
- Q-quem é você?
- Você me conhece muito bem, Jade. – ela colocou suas mãos envolta do meu pescoço e me bateu contra os armários, fazendo minha cabeça girar.
Era estranho como eu não conseguia ver seu rosto. Um vulto preto embaçava minha visão.
- Você... pagar... – ela disse lentamente com as palavras embolada enquanto me segurava contra o armário. Eu me debatia e a empurrava, mas estava sem forças.
Puxei o fôlego e soltei um grito alto, me fazendo cair no chão e começar a chorar. Sinto alguém me abraçar e chamar pelo meu nome, abro os olhos lentamente e estou no corredor da escola, só que dessa vez, com todos ali, tudo normal.
Nash me abraçava e me olhava sem entender. As pessoas passavam por nós e algumas paravam para ver o que estava acontecendo.
- Nash... O que está acontecendo? – perguntei me virando para ele.
- Me responda você. – disse e apertei os lábios. Ele se levantou e me ajudou a me levantar.
Nash me levou para o jardim do campus e me deu uma garrafa de água. O sino tocou e não entramos para aula.
- Tem certeza que você está bem? – ele perguntou dando a volta na arvore e se sentando ao meu lado. Assenti. – Quer me contar sobre aquilo? – neguei. Um silêncio se instalou naquele lugar e eu senti minhas pálpebras pesarem.
- Me lembro de quando Cameron disse que nunca iria amar uma garota de verdade. Que nunca teria a garota certa para ele, que amor verdadeiro não existia, que tudo era contos da Disney indispensavelmente mentirosos. Que amor não se passava de uma falácia. – Nash sussurrou. – Acho que ele estava errado... Até conhecer você.
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