História 365 Dni - Yoongi - Capítulo 16

Anteriormente… 

— E o que vai acontecer agora? Os meninos devem estar super preocupados conosco, sabia que não deveria ter saído. Por quê não escutei ele? – choramingou. 

— Mantenha a calma, querida, sei que os seres vão achar a gente, igual a primeira vez. – sorriu acolhedora. 

 — Você sabe onde estamos, Sílvia? – perguntou.

 — Esse foi o lugar que o Max foi criado, estamos no litoral de Ulsan. 

POV. S/n.

Triste e suspirando me encostei no ombro de Silvia, querendo de todas as formas acreditar que eu estava tendo um pesadelo.

Mesmo que… Eu soubesse que o Yoon me amava… Eu tinha medo dele desistir de mim depois de tudo que eu o fiz passar… 

— Não se preocupe… Vão achar a gente — Silvia disse, mas ela parecia estar tentando se convencer disso.

— Será mesmo? — pensei alto.

 Ela se afastou para me olhar nos olhos.

— O que quer dizer com isso? 

— Já dei tanto trabalho pra ele… Parte de mim quer que ele venha… Mas parte quer que ele se afaste da minha vida maluca para viver de verda-

— Pare.

— Mas…

— S/n… 

— O que foi?

 Ela me abraçou.

— Que culpa você tem por ter um psicopata louco obcecado atrás de você?

— Disso não, mas tenho de levar esses problemas pra ele.

Ela suspirou.

— O que precisa ser feito pra te provar que nada vai afastar vocês dois?

Eu sorri, me sentia agradecida por mesmo em meio a tudo eu ter feito uma amiga tão próxima, sem ela talvez eu já não estivesse tão sã.

— E então? Como foi?

— Como foi o quê?

— Você e o Yoongi.

Eu não consegui reprimir um sorriso.

— Nos acertamos de vez… — não pude deixar de ficar vermelha, Silvia sorriu.

— Aahhhh minha amiga está apaixonadaa!

Eu ri.

— Ele disse que me ama, Silvia.

Ela abriu a boca em um perfeito "O". Eu sorri.

— E eu disse também. 

Ela cobriu a boca.

— Então vocês já estão namorando??

Meu sorriso murchou. 

— A-ah… Nem conversamos sobre isso…

Ela revirou os olhos.

— Vocês são muito devagar, eu já tinha me convidado para o quarto dele.

  Fiquei vermelha.

— SILVIA! — Eu disse e ela riu, rimos juntas quase esquecendo que estávamos sequestradas.

— Olha… Que bom encontrar as duas de bom humor — Minha risada parou no meio — Como você está, querida?

Ele se aproximou de mim, pelo visto ele não se deu conta de que de fato, eu estava indo bem no tratamento psicológico.

Sem hesitar, antes que seu dedo indicador tocasse meu rosto, meu punho voou na cara dele, Silvia teve que me segurar pela cintura para impedir meus braços raivosos de esmagarem Max.

— Me solta, Silvia!! — pedia, ele sorria de forma pervertida, eu vou acabar com ele. — Me solta, Silvia!!!! 

— Pare! S/n! Está maluca?! 

— Maluca eu estou desde que esse desgraçado tem arruinado a minha vida!! — eu gritei chorando, já estava farta de aguentar e aguentar calada toda essa história.

— Me solta, Silvia, eu vou acabar com ele!!!!

 Ele sorriu.

— Isso funciona como fantasia sexual? — ele perguntou e me acalmei, entendendo, sexo e violência estavam ligados na cabeça dele, lhe dar um era o mesmo que dar o outro. 

— Boa menina — ele disse quando me acalmei, senti descerem lágrimas das minhas bochechas, estava farta, cansada dele, cansada de tudo isso, sentia minhas energias chegarem ao fim com ele por perto, era um câncer na minha vida.

    Ele explicou brevemente como seria o “casamento” novamente, ah por favor, como ele não se deu conta?! Ele pode me torturar para o resto da vida! Eu NUNCA vou dizer sim, NUNCA!

    Ele saiu, e colocou um capanga do lado de fora da porta trancada, abracei Silvia forte, confusa e completamente exausta.

    Depois que consegui me acalmar, ainda ficamos abraçadas por um bom tempo, e quando nos separamos ela tinha um olhar preocupado.

— É besteira perguntar, mas você está bem? 

    Fiz que sim com a cabeça, depois que não.

    Me levantei, olhando o quarto com cuidado.

— Como vamos sair daqui… — pensei alto.

— Eu não sei, mas que nós vamos, nós vamos. 

    Ela se juntou a mim e começamos a procurar minuciosamente qualquer coisa no quarto que nos ajudassem, mas não havia muita coisa a ser feita. 

— Acha que vamos conseguir sair, Silvia? 

— Eu espero que sim… 

“Eu espero”. Normalmente ela é bem otimista, mas eu estava com ela dessa vez, não havia muito o que fazer, éramos as duas, reféns, e ninguém sabia onde estávamos.

[Três dias depois…]

[POV. Yoongi]

— Tudo pronto — Jin perguntou aos meninos que estavam presentes na sala, eu assenti enquanto Jimin e Jungkook vestiam as jaquetas e Namjoon colocava a mochila nas costas. 

— Quero ficar frente a frente com esse desgraçado — eu disse e já sentia meu corpo ferver de raiva.

— Muito bem, não é tão longe, contei o tempo, no máximo 4h até lá. 

Eu assenti.

— Vocês… meninos… — eu os chamei e todos se viraram para mim. — Vocês não precisam ir comigo… mesmo… é perigoso e isso não é problema de vocês…

— Também não é problema seu. — Namjoon levantou uma sobrancelha com um sorriso de canto.

— Como?

— É a vida da S/n, tecnicamente você também não tem nada a ver.

— Claro que tenho, é a minha garota — os meninos sorriram e eu corei — não vou desistir de tudo agora que nos acertamos. Não vou perdê-la de novo, isso está fora de cogitação.

— Acho que já resolvemos o problema, não? — eu revirei os olhos sorrindo e todos me deram um abraço — Obrigado…

Depois do abraço, entramos em dois carros, e partimos para Ulsan. 

[Horas depois...]

[POV. S/n]

— Vai se fazer de menininha birrenta até quando? — ele perguntou quando tentava de todas as formas me fazer assinar uma certidão, sei lá do quê. 

    Ele tentava e eu me esquivava de seus toques, Silvia estava no quarto ao lado, trancada enquanto ele “falava” comigo, desceram lágrimas enquanto eu só pedia para ele me deixar em paz, ele segurou meu rosto com força, apertando minhas bochechas.

— Quieta. Ou eu vou atrás do seu namoradinho. — senti mais lágrimas descerem, estava a ponto de chutá-lo, mas ouvimos um barulho de coisas quebrando no andar debaixo, o que estava acontecendo?

— Droga. — ele me largou, trancou a porta e saiu. 

— Hey, S/n-ah. — escutei um sussurro, ainda sentada no chão, me virei de onde vinha o som.

— Yoon… — sussurrei quase sem voz, ele pulou a janela e correu e me abraçou, me aninhei em seus braços, chorando.

— Tive que me segurar tanto para não pular no pescoço dele… — nos separamos do abraço, e ele segurou a minha nuca para me dar um selinho demorado.

— Não achei que você viesse. — eu disse quase sem voz, ele secou as minhas lágrimas acariciando minhas bochechas.

— Por que? Claro que eu viria.

— Já te causei tanto problema… 

Ele me olhou com deboche.

— Esperei você por tanto tempo… nunca ia desistir agora que estamos tão perto de ficarmos juntos. — eu sorri e lhe dei outro selinho segurando seu rosto com as duas mãos. Nos separamos e ele a minha mão.

— Temos que ir agora, prometo a você milhões e milhões de beijos quando chegarmos à Seul, mas agora temos que ir.

Eu assenti.

— A Silvia Yoongi, A Silvia! — eu disse quando chegamos à janela. 

— Taehyung e Hoseok foram buscá-la, encontraremos todos na porta.

Eu assenti, ele abraçou a minha cintura para descermos pela escada que eles tinham posto e corremos. Chegamos ao primeiro carro escondido, Íamos entrar seguindo o plano dos meninos quando um dos capangas saiu do mato e agarrou meu braço.

— S/n! — Yoongi saiu do carro e com o grito atraiu mais dois capangas, dei um chute nas partes do que me segurava e avancei em outro com um pedaço de pau. 

Segurei o homem que era o braço direito do Max pelo pescoço.

— Sabia! — escutei a voz de Max que segurava Silvia pelo pescoço.

— Eu vou acabar com você! — eu gritei.

— Tem certeza? — ele perguntou apertando o braço envolta do pescoço da Silvia, os capangas envolta riram.

— SOLTA ELA! 

— SOLTA ELE! 

Soltamos os dois ao mesmo tempo e corri para Silvia e ele correu para seu amigo, quando ia perguntar se ela estava bem para corrermos até os carros, escutei um disparo e um frio me correu a espinha, a blusa manchada de sangue de Silvia  e Max segurando a arma fez meus olhos encherem de lágrimas.

— NÃO! — gritei segurando-a que caiu no chão. Yoongi correu até nós e chamar uma ambulância.

— S/N! — ele gritou quando eu com os olhos com fogo de raiva e ódio corri atrás de Max que entrava na mansão.