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História 3racha - Wolfgang - Dois


Escrita por: Malia_Wei

Notas do Autor


Só fiz a imagem pra mostrar que esse homem loiro foi o motivo do meu colapso kk
Sério, não consigo superar, não importa quanto tempo passe 🥵

Capítulo 2 - Dois


Fanfic / Fanfiction 3racha - Wolfgang - Dois


" Quer ir lá pra casa? Eu tenho algumas cervejas no freezer "

" Oferta tentadora, mas não dá, hoje é sexta, tenho turno na Hot " retirou o avental, pegando suas coisas. " Amanhã quem sabe" 

" Ok então, eu já vou indo, tranca tudo quando sair " se despediu. " Nós velhos na segunda " deu um tapinha no ombro do loiro e foi embora. 

Changbin  trancou a porta da frente e abaixou as persianas, desligou todas as luzes e saiu pelos fundos, sempre conferindo duas vezes, só pra ter certeza de que fechou tudo. Subiu as escadas até o andar de cima, encontrando seu vizinho fumando no corredor. Ignorou a existência dele e entrou em casa, os dois não tinham uma convivência muito amigável, o Seo o achava totalmente desprezível.

Tirou a roupa, jogando em qualquer canto, não tinha uma máquina de lavar, então teria que ir à lavanderia amanhã, já estava quase sem roupas limpas. Tomou um banho rápido e vestiu o 'uniforme' da Hot, uma calça de couro preta, que é muito apertada pro seu gosto, e uma camisa social branca, por último, o coturno preto. Arrumou os fios dourados, partindo-os no meio e penteando os dois lados para trás, usando o gel pra fixar no lugar. 

°

" Está atrasado " uma garota o recebeu, assim que ele chegou. 

" Foram só dois minutos " a empurrou, usando o dedo indicador. 

Ela suspirou, " Olha só pra você, sempre teimando em deixar a blusa fechada " desabotoou botão por botão da camisa social, deixando apenas o do meio. " Agora sim, você tem que mostrar o que papai do céu deu a você " riu.

" Tarada " revirou os olhos.

" Agora senta aí que eu vou te maquiar " o empurrou, fazendo ele cair sentado em um banquinho. Pegou uma paleta de sombra colorida do seu estojo e escolheu um tom quente de marrom.

" Ei! " reclamou.

" É só um marrom, para de ser chato " sorriu. " Prontinho, poxa vida, você tá um gato! " piscou. " Eu juro que te pegava, se eu gostasse do seu pacote " 

" Credo, que nojo " fingiu vomitar, tentou se levantar, mas a garota o impediu. 

" Quem disse que eu acabei? Ainda falta o toque final "

Changbin a olhou sem entender e então arregalou os olhos. "Não! Nem pensar! Kylie! "

" É só um brilho labial! Os clientes gostam disto, agora cala a boca e faz um biquinho " o olhou com tédio, quando ele recusou. " Como se diz 'eu vou chutar suas bolas' em coreano? Fica quieto!" 

Mesmo não querendo aquilo, o loiro a obedeceu, já devia ter se acostumado com aquilo, por sempre ter que passar quando vinha trabalhar, mas a sensação gosmenta em seus lábios era agonizante de mais pra ele, sua boca ficava gridenta, e depois de um tempo o gostinho de fruta se transformava em um sabor amargo e horrível. " Perfect! " ela comemorou, guardando as coisas de volta. " Viu só? Eu te deixei ainda mais gostoso " arrumou a saia rodada e o decote da blusa, que assim como a dele, era uma social branca com apenas dois botões fechados, o suficiente pra esconder o sutiã. "  Quem sabe você encontra alguém que te tire dessa seca, às vezes cura esse seu mal humor "

" Se fode " levantou o dedo do meio, ela riu.

" Ei vocês dois! " um cara de terno e óculos escuros entrou no vestiário. " Vão vagabundear aí até quando? É pra isso que eu pago seus salários?! " bateu a mão na porta.

" Idiota.. " Kylie resmungou. " E quem usa óculos escuros à noite? Isso é a porra de uma boate! O que menos tem aqui é luz! "

" Pare de choramingar e vamos trabalhar " a empurrou pelos ombros. " Por que tá andando estranho? "

" Tenta andar nesse salto e ser feliz ao mesmo tempo, meu pé tá dando cãibra! Por que vocês usam coturno e eu tenho que usar esse negócio?!  " 

Changbin riu. " Vai logo, e vê se não quebra o nariz de alguém hoje "

" Seo! " o chefe deles voltou. " Você vai servir lá em cima hoje" declarou, sem mais nem menos.

" O que?! Nem pensar! Eu sou garçom! " se segurou para não atacá-lo ali mesmo 

" Você é o que eu quero que seja "

" Não pode fazer isso!! "

" Eu posso tudo garoto, eu sou o dono, agora suba, ou vai pra rua, você decide " se afastou, não se importando nem um pouco com o garoto transtornado atrás dele.

" Eu vou matar esse desgraçado! " tripudiou. 

" Eu te ajudo.. " revirou os olhos. " Você vai ficar bem? " perguntou, preocupada.

" Eu sei me cuidar, agora vai, antes que o desgraçado volte " imitou um sorriso. " Nos vemos mais tarde, e vê se não quebra o nariz de alguém hoje " 

" E só esse bando de bêbados deixarem as mãos dentro do bolso " revirou os olhos.

Ambos se despediram, ela entrando no salão lotado de pessoas e ele subindo para o andar de cima. 

Diferente da balada no primeiro andar, aquele lugar, era onde os shows de Strip aconteciam. Os ricaços gostavam de pagar para ver garotos e garotas semi nus, dançando em cima de um mini palco.

O problema de servir ali, era que aquela gente gostava de se divertir com os atendentes enquanto assistiam as performances. Circulou pelo local, servindo alguns copos de bebida, e recolhendo outros, rezando pra que nada desse errado.


Faltava menos de uma hora para o fim de seu cansativo expediente, e lá estava ele, servindo mais um copo de Whisky ao magnata com sotaque irlandês, em uma das cabines VIP.

Foi surpreendido quando seu braço foi segurado, e seu corpo foi puxado para o colo dele.

Na mesma hora, seus ombros caíram em completo tédio, enquanto uma das mãos do bêbado maldito agarrava a parte de dentro de sua coxa e a outra ia para dentro de sua camisa, beliscando seu mamilo. O cara usou a própria cabeça como alavanca para dobrar seu pescoço, deixando um o espaço livre para que fosse judiado.

" Senhor " chamou, mas o outro não lhe deu ouvidos, " Eu juro, que se não tirar as suas mãos de mim, eu vou ser obrigado a quebrar os seus dedos um por um " sentiu um sopro em sua pele quando o outro riu, repugnante

" Qual é gracinha, apenas curta o show, e me deixe brincar com você um pouquinho, Hm? " subiu a mão na coxa do loiro para abrir o botão da calça extremamente apertada. " É a primeira vez que eu vou provar um asiático, você é tão gostosinho.. " 

Changbin sorriu sádico para o garoto apreensivo do outro lado do vidro, que mesmo visivelmente incomodado com o assédio escancarado, não podia parar de dançar. Levantou sua mão e agarrou a que está em seu mamilo, segurando o indicador, e sem hesitar, o puxou com força para trás, ouvindo um estalo, seguido do urro de dor. " Maldito!! " foi empurrado.

Aproveitando essa oportunidade, ele segurou os cabelos grisalhos com força, a forçando para baixo à medida em que levantava o joelho, o acertando bem no nariz. " Eu avisei " levantou o pé, colocando por cima da parte marcada da calça, entre as duas pernas. " Ainda está duro? Seu masoquista do caralho! " forçou a perna pra baixo, " Sinta-se feliz por ter sido só o dedo e o nariz " se afastou, pegando sua bandeja. " Se encostar em mim de novo, eu te mando pro inferno " avisou, encaixou o metal gelado por baixo do braço pra fechar a calça, piscando para o garoto que ria do outro lado do vidro ainda dançando, abrindo a cortina vermelha e o deixando pra trás. 

Não demorou muito pra que o magnata aparecesse, saindo da cabine e correndo escada abaixo, segurando a mão direita, com o dedo todo virado para trás e o nariz sangrando, fazendo o Seo sorrir, sentindo uma enorme satisfação.

Quando finalmente chegou ao final de seu turno, Changbin saiu pela lateral da boate, jogando o saco grande de garrafas vazias na caçamba. Odiava ter que fazer isso, porque por mais que não gostasse de admitir, sua baixa estatura o impedia de fazer certas coisas com facilidade, e aquela maldita lixeira batia em seu queixo. 

Depois de finalmente conseguir, encostou na parede de tijolos e retirou o maço de cigarro de um dos bolsos, havia roubado ele da amiga, que infelizmente ainda teria longas horas antes de sair. Ligou a chama do isqueiro e deu tragada, pegando-o entre os dedos para soltar a fumaça.

" Aqui está você " sentiu já ter ouvido aquela voz em algum lugar, mas não se lembrava de onde.

Virou a cabeça para o lado, e viu o Irlandês na entrada do beco, com mais dois caras atrás dele. " Ah! É você " revirou os olhos, tragando o cigarro outra vez, sem dar muita importância. Percebeu a mão enfaixada. " Até que foi rápido, deveria ter passado mais tempo com o dedo torto "

" Você! Seu desgraçado! " seu sotaque ficou mais forte, e para Changbin, que já não entendia muito bem o inglês, foi engraçado tentar decifrar o que o outro gritava esteticamente.        " .. vai pagar por essa humilhação " estalou os dedos da mão boa. " Segurem ele " mandou, agora desistindo do inglês. 

Os dois capangas se aproximaram, o loiro largou o cigarro e pisou em cima.

Desviou o primeiro golpe, acertando as costelas do cara mais alto, mas não conseguiu evitar o chute no abdômen. Deu alguns passos desequilibrados pra trás, recuperando o ar que escapou de seus pulmões. Dobrou os joelhos quando viu que outro chute vinha em direção a sua cabeça, esticou uma perna e girou, derrubando o outro no chão. Subiu em cima do tronco musculoso e socou o rosto dele algumas vezes. 

Foi impedido de continuar quando uma dor excruciante se espalhou por todo o seu corpo, no segundo seguinte todos os seus membros estavam se contorcendo.

" Chega " o velho se aproximou, e a descarga elétrica subitamente parou, fazendo seu corpo cair para trás. 

Tossiu algumas vezes, tentando se estabilizar, mas os espasmos por todo o seu corpo o impedia de se mexer.

Os dois capangas seguraram seus braços, um de cada lado, o levantando do chão. Levantou sua cabeça, sorrindo sínico para o magnata. " Taser? Você é nojento " cuspiu. " Não sabe se defender sozinho? Seu velhote de merda! " desdenhou.

O outro tirou um lencinho do bolso, e limpou o lado do rosto atingido, seu rosto demonstrando total desprezo pelo ato. Jogou o tecido longe, dando alguns passos mais perto, agarrou o maxilar do loiro, usando os dedos pra forçá-lo a abrir a boca. " Você vai ficar tão lindo amarrado na minha cama" se aproximou, enfiando a língua entre os lábios abertos. 

Changbin queria afastá-lo, queria chutá-lo até que não sobrasse mais nenhum dente naquela boca imunda, mais seu corpo ainda parecia dormente, mesmo que estivesse tentando, não tinha força o suficiente nos músculos.

" Hey! " uma voz chamou a atenção deles, e o loiro arregalou os olhos ao perceber que conhecia ela de algum lugar. "Por que não mexe com alguém do seu tamanho? Seu porco imundo!! "

A imagem do rapaz entrando no beco trouxe um certo alívio para o Seo, mas isso durou pouco, porque um dos capangas sacou uma arma, apontando para ele.

" É melhor caír fora, ou mando estourar seus miolos " avisou.

O garoto bochechudo riu, " Acha mesmo que é o único que carrega uma arma? " 

Nenhum disparo foi ouvido, mas em questão de milésimos de segundos, o cara com a arma já estava no chão, urrando de dor enquanto segurava a mão, que agora faltava dois de seus dedos, o mesmo aconteceu com o outro.

Sem nenhum tipo de apoio, o corpo do loiro foi ao chão, felizmente conseguindo usar os braços pra manter sua parte superior elevada. Não soube o que aconteceu exatamente, sua mente ficou confusa por alguns instantes, mas quando deu por si, o garoto já estava na sua frente, mas o velho e seus capangas não estavam mais lá. 

" Você tá bem? Consegue ficar de pé? " assentiu, aceitando a ajuda pra se levantar, sentindo um braço circular sua cintura e o seu ser passado por cima dos ombros do outro. 

Os dois saíram do beco, e viraram a direita, andando daquele jeito torto até que um carro preto parou ao lado deles. "Vem "

" Pra onde tá me levando? " questionou, desconfiado. 

" Confia em mim, e um lugar seguro " 

" Eu não te conheço " rebateu.

" Isso é verdade, mas eu te salvei,  então eu mereço pelo menos o benefício da dúvida " sorriu.

O Seo queria refutar, dizer que teria dado conta sozinho, mas engoliu as palavras de volta, se perdendo naquele sorriso.

" Entrem logo! " 

" Eu juro que se tentarem me atacar eu quebro vocês no soco " ameaçou. 

" Eu não duvido nada " o motorista falou, depois que ambos riram. " Você é pequeno mas é bom de briga "

Pra sua surpresa, e talvez, só talvez, um pouquinho de decepção, não era o cara da tatuagem.

" Pegaram ele? " o garoto ao seu lado perguntou.

" Nós pegamos um dos capangas, mas o desgraçado conseguiu fugir "

Se tornando cada vez mais alheio aos dois, Changbin se concentrou na janela, aos poucos estava começando a voltar ao normal, mas seu corpo ainda formigava, parecendo que várias formigas estavam picando todas as partes do seu corpo, e isso era um pouco doloroso. 

Pensou um pouco na sua atual situação e quis rir de sua desgraça, se Johnny descobrisse que ele entrou no carro de dois estranhos, depois de se envolver em uma briga com um magnata, ele com certeza ficaria puto.




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