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História 48h - Passagens não definem seu destino


Escrita por: Zuuuuuuu

Notas do Autor


Bom pessoal, como eu já havia avisado antes, essa é a história de detetive que eu escrevi em sala de aula. Primeiramente, eu nunca escrevi nada desse gênero antes, mas estava pensando seriamente que no futuro essa história poderia virar uma série, onde eu explorasse mais o nosso Detetive Protagonista e seus dois companheiros: A médica Legista e o Ajudante Atrapalhado (Este aqui eu acabei me apegando um pouco mais). Mas isso a gente poderia deixar pro futuro, afinal, eu sou uma pessoa que se empolga muito rapidamente, e eu sei que provavelmente não está tão bom assim...

Enfim, gostaria que soubessem que foi feito de coração, na boa <3

Espero que gostem!

Capítulo 1 - Passagens não definem seu destino


Fanfic / Fanfiction 48h - Passagens não definem seu destino

~*~

Os dedos do detetive brincavam entre si enquanto batiam na bancada do aeroporto. A aeromoça o olhava com um sorriso nervoso:

-Sinto muito senhor Bruno, as passagens estão indisponíveis no momento, somente daqui a quarenta e oito horas.

O jovem detetive engoliu as palavras pobres que ia dizer a aeromoça e se dirigiu ao companheiro, que estava sentado confortavelmente na poltrona azul do aeroporto, lendo jornal.

-Inacreditável! Disse Bruno ao amigo- Parece que não vamos sair dessa droga de país colorido tão cedo.

-Veja lá como você fala do México! Respondeu o ajudante- Muitas chicas pediram meu telefone hoy.

-Você não serve pra nada, Caleb.

-Mas eu tenho uma boa notícia. Disse o ajudante- Lisa ligou pra mim enquanto você estava fora e disse que fomos contratados para solucionar um crime.

Bruno franziu a testa:

-Alguém morreu. É uma boa notícia?

-Você entendeu o que eu quis dizer. Vamos logo.

~*~

E então, detetive e ajudante se dirigiram ao local onde Lisa havia mandado mensagem. Tratava-se do estádio de Azteca.

-Ah cara, aqui? Perguntou Caleb cruzando os braços-Não foi aqui que teve um jogo de futebol hoje cedo?

-Sim. Costa Rica versus El Salvador. Eu estava lá. Disse Lisa aparecendo do nada- O jogo foi 3x1 para a Costa Rica, e teve torcida organizada. Então, as pessoas se abrigaram no beco mais próximo, então...

Lisa fez uma pausa, e empurrou uma lixeira próxima, revelando um cadáver com um corte profundo na garganta, hematomas roxos por todo corpo e um corte no rosto.

-Mais que droga! Exclamou Caleb- Ele é o Diegão! Atacante da Costa Rica!

Bruno, o detetive, que até então permanecia em silencio, decidiu se pronunciar:

-Onde está o chefe da torcida organizada?

-Na cadeia. Respondeu Lisa

Bruna nada respondeu. Apenas seguiu caminho até a delegacia. Seus companheiros o seguiam com dificuldade. O jovem detetive não esperou que lhe fizessem pergunta alguma, apenas mostrou o distintivo rapidamente e adentrou o espaço. Quando Lisa e Caleb tentaram entrar, foram barrados imediatamente:

-Me desculpe, mas não é qualquer pessoa que pode entrar nesse tipo de área.

-Meu nome é Caleb, ajudante de investigações. Disse o ajudante mostrando o seu distintivo

-E eu sou Lisa, médica legista. Disse a doutora, mostrando sua carteirinha de identidade

-Certo, decidam entre os dois qual vai entrar, o limite máximo é de duas pessoas. Disse o guarda, mostrando a placa atrás dele.

-Não é possível! Será que não percebe que estamos resolvendo um caso importante? Perguntou Caleb irritado

-Está tudo bem Caleb, vá ajudar o Bruno, eu fico por aqui. Respondeu Lisa

Caleb abriu a boca para contestar, mas obedeceu a companheira de time, que por sua vez, observava o corpo do atleta ser colocado em um saco. Já sabia o que fazer.

 

~*~

Caleb demorou um pouco para encontrar Bruno, e apenas o encontrou pelo fato de alguns policiais estarem saindo da sala. Bruno sempre fazia isso para interrogar algum suspeito. O ajudante não pensou duas vezes antes de entrar na sala e sentar ao lado de seu camarada.

-Nome completo? Perguntou Bruno

-Alexandre Júnior de La Cruz.

-E por que você está detento mesmo? Perguntou o detetive irônico

-Por que eu planejei uma torcida organizada. Respondeu o detento

-Tem certeza que você só planejou isso? Perguntou Caleb

-Eu sou apenas um torcedor rebelde, jamais teria acesso a um jogador, ainda mais o Diegão! Exclamou o detento

Bruno limpou a garganta:

-Isso é o que nós vamos ver. Em seguida, fez sinal para que os policiais levassem Alexandre pra fora da sala.

-O que está fazendo? Perguntou Caleb- Nem tivemos tempo de interroga-lo direito!

-Sei disso, mas considerando o local e as circunstancias, as chances dele ser o assassino são realmente mínimas. Respondeu Bruno- Eu mandei que recolhessem imagens da câmera de segurança do beco, e eu vou analisa-las. Parece que o suposto assassino estava com pressa em destruí-la, mas não fez um bom trabalho com isso. Diga a Lisa a situação do caso, e a ajude com o que ela precisar.

Caleb assentiu com a cabeça e foi ao encontro da colega, que estava do lado de fora, mascando um chiclete. Ao vê-lo, a médica mudou de compostura rapidamente.

-Sou eu, não Bruno. Brincou Caleb

-Tiveram progresso com o detento? Perguntou Lisa

-Não muito. Respondeu Caleb

-Aproveitei que estava aqui fora e atropelei a imprensa- Respondeu Lisa- Eu conversei com a namorada da vítima e um colega de time próximo a ele. Ambos disseram quase a mesma coisa: Que o Diegão estava tendo um ótimo desempenho e que começou a ser bastante cobiçado por técnicos dos times do exterior, e que todas as decisões que ele tomava junto com seu treinador, Navarra. Mas o que mais me impressionou foi o que a namorada dele disse, que ele e o pai nunca haviam se dado muito bem, e que sei pai resolveu assisti-lo justamente na data de hoje.

-Ah é? Fez Caleb- E onde ele está agora?

-Está ali, dando depoimentos. O nome dele é Antônio. Respondeu Lisa- O de camiseta laranja.

Caleb se aproximou a passos rápidos do homem e anunciou:
-Senhor Antônio, você está preso.

-Mas por que? Perguntou o homem

-Você é suspeito direto do assassinato de Diegão. Respondeu Caleb o algemando

-Como eu poderia matar meu próprio filho? Perguntou o homem

-Você é culpado até que provem o contrário. Disse o ajudante, invertendo a famosa frase policial. Em seguida, o jovem levou o homem algemado para a delegacia.

~*~

Bruno estava satisfeito com seu trabalho. Ele havia recuperado uma pequena parte das gravações, mas o suficiente. A gravação que lhe chamou a atenção foi a visão de três encapuzados que estavam usando drogas quinze minutos antes do jogo começar. Bastava ele descobrir quem eram os três.

-Novo suspeito. Disse Caleb- Prendi o pai do cara.

-Tá. Respondeu Bruno sem tirar os olhos do computador

-Tá? Repetiu Caleb indignado- É isso? Eu nem mereço um parabéns?

-Estou me concentrando em algo mais importante agora. Respondeu Bruno- Tenho que identificar quem são esses três homens. Anote as descrições das vestimentas deles.

-Tá. Caleb respondeu no mesmo tom monótono de Bruno, e ao ver que o detetive o encarava, concertou- Sim senhor.

Caleb passou a anotar as informações e entregou a prancheta para o companheiro, que passou os olhos pelo conteúdo e devolveu a prancheta.

-O que foi agora? Perguntou Caleb

-Faltou a cor das meias. Respondeu Bruno

-A cor das meias? Repetiu Caleb- Mas que relevância tem a cor das meias?
            -São os detalhes que fazem a diferença. Respondeu Bruno- Anote a cor das meias.

-Tá legal. Respondeu Caleb relutante

-Nova informação. Disse Lisa entrando na sala

-E você podia entrar aqui? Perguntou Caleb

-Marcos Gomes, o jogador que eu tinha mencionado antes admitiu ser viciado em cocaína e que usava com o treinador e Diegão antes de todos os jogos. Informou Lisa e em seguida se virou para Caleb- Você prendeu o cara errado.

-Ah jura? Perguntou Caleb frustrado- E onde está esse imbecil? 

 -Preso.  Respondeu Lisa-Ele estava usando uma chuteira vermelha quando foi preso.

-Chuteira vermelha? Repetiu Bruno analisando as gravações- Perfeito. Então Marcos é esse cara.

Em seguida, o detetive apontou com a caneta para o encapuzado que usava chuteiras.

-Mas como vamos saber qual é o treinador e qual é o Diegão? Perguntou Caleb- Eles estão vestidos do mesmo jeito.

-O cara não disse mais nada? Perguntou Bruno

-Ele diz não lembrar. O exame disse que ele realmente estava chapado. Disse Lisa mostrando uma pasta- Na autópsia que fizemos no corpo do Brunão, percebemos que ele foi morto por enforcamento seguido de facadas.

-Se eu conseguisse resgatar mais um pouco dessas imagens... Resmungou Bruno apertando alguns botões da câmera estragada.

-Não se apresse, temos todo o tempo do mundo para essa investigação. Aconselhou Caleb

-Você não está entendendo. Disse Bruno se virando para encará-lo- Eu odeio o México. Eu odeio esse País. Eu odeio futebol. E odeio vocês dois também. Não vejo a hora de isso tudo acabar.

 

~*~

Bruno passou a noite inteira a base de café, tentando, em vão, resgatar alguma imagem daquela câmera quebrada, Caleb estava ao seu lado, mas adormecera nas primeiras horas da madrugada. Enfim, o detetive foi vencido pelo cansaço, e agora deitava com a cabeça enterrada nos próprios braços. Lisa apareceu no edifício da delegacia naquela manhã com sanduíches e ao encontrar eles dormindo, vasculhou em sua bolsa uma buzina portátil e apertou-a, emitindo um som desagradável que fez Caleb gritar ao acordar.

-Bom dia. Disse Lisa como se aquilo fosse normal-Aposto que não conseguiram encontrar nada.

-Obrigado pelo seu otimismo, mas você está certa. Respondeu Bruno

-Vocês não iam achar nunca pois estava faltando um pedaço da câmera. Disse Lisa, tirando da bolsa um pedaço da câmera.

-É claro... Resmungou Bruno, pragejando por não ter pensado naquela possibilidade anteriormente.

- Diga que odeia ela agora! Desafiou Caleb

-Eu continuo odiando você. Respondeu Bruno, pegando com Lisa o pedaço da câmera e o encaixando com uma certa maestria.

A equipe se ajuntou para observar o que aconteceria a seguir.  O beco se mostrou vazio quase em todo tempo, sem nenhuma movimentação fora do comum. Já haviam se passado mais de sete minutos de nenhuma ação registrada naquele pedaço de câmera, o que fez Lisa ficar irritada, pois quando entregara a peça a Bruno, ela acreditava que seria um grande feito na investigação, mas ao que tudo indicava, sua atitude estava se resumindo a uma grande perda de tempo.

-Que droga! Disse Caleb batendo a mão para o botão de avançar as gravações

-Caleb! Exclamou Bruno, zangado com o ajudante

-Não tava passando na....Começou Caleb, mas Lisa os cortou

-Olhem isso! Exclamou a garota, apontando para a tela.

Detetive e Ajudante voltaram os olhos para a câmera, que apresentava dois encapuzados, brigando. Eles estavam vestidos de maneira totalmente diferente da anterior, sendo impossível provar com clareza que eram as mesmas pessoas de antes. Um dos encapuzados, finalmente, puxou uma faca, quando, em meio ao suspense, o Detetive pausou o vídeo.

-O que você tá fazendo? Perguntou Caleb, irritado

-Esse cara é o treinador. Disse Bruno, apontando com a caneta para o encapuzado a direita.

-Isso não faz o menor sentido. Disse Lisa- Não acha que tomou cafeína demais?

-Todas as atividades que foram registradas nessa câmera foram no mesmo dia. E quando eu pedi para que Caleb registrasse a aparência das vestimentas que cada um usava, pedi pra que ele anotasse tudo, inclusive as meias que eles usavam. Disse Bruno, se levantando e pegando a prancheta e colocando sob a mesa- Essa é a maior prova de que foi o treinador que matou Diegão, e não seu colega de time. Marcos estava usando chuteiras vermelhas quando foi preso e meias da Nike. O segundo encapuzado, que acertou o terceiro, estava usando meias da Adidas e o terceiro não dava pra ver que tipo de meias que ele estava usando. Já que Marcos disse que toda vez antes e após o jogo eles usam drogas, certamente, tratavam-se dos dois naquele beco.  

-Como todas as atividades foram feitas no mesmo dia, o treinador estava usando as mesmas meias de antes, por que estava preocupado em esconder apenas a sua aparência física que seria reconhecível as outras pessoas. Completou Lisa- Ele deve ter percebido o erro que cometeu quando tentou destruir a câmera depois, e isso explica a faca que ele usou na anatomia.

-Então, esse é o cara. Disse Caleb, como se estivesse tentando entender tudo- Vamos prender logo esse cara!

~*~

Ironicamente, o Treinador foi encontrado no aeroporto, quando tentava sair do País.  Ele pareceu sacana quando viu a equipe, como se já esperasse eles ali.

-Tentando sair do País, Navarra? Perguntou Caleb tomando as passagens dele- Se nem a gente conseguiu sair, até parece que você conseguiria.

-Você é declarado culpado pelo caso do Diegão. Disse Bruno calmamente enquanto prendia o homem e o conduzia rumo a delegacia. O aeroporto parou para ver o trabalho da equipe.

-Vocês não entendem! Gritou o Treinador- Eu o considerava um filho! Ele era o fruto do meu vigor e sucesso como treinador! Eu não podia deixar com que ele fosse para outro time! Eu o considerava um filho!

-Que tipo de pai mataria o próprio filho? Repetiu Lisa, se lembrando do momento em que o pai biológico foi considerado suspeito.

Em seguida, a médica observou Caleb sendo entrevistado por alguns jornalistas. A garota sabia que Caleb provavelmente estava mentindo ou se gabando até demais. Ela observou também Bruno conduzindo o assassino até a viatura da policia até o veículo sumir de vista.

Lisa suspirou e em seguida olhou para o céu através do vidro do aeroporto, próximo aos aviões que decolavam e aterrissavam:

-Bom, Diegão, eu sei que isso não te trouxe de volta, mas a sua justiça foi feita. Agora você foi vingado e pode seguir em frente em paz, seja lá onde você esteja.

 


Notas Finais


Bom, é isso. Eu espero que tenham gostado, e eu sinceramente não sabia como finalizar a história hehe.

Pra fazer ela, eu tive que seguir alguns moldes exigidos: Tinha que escolher o crime entre um Estádio de Futebol ou um Motel, e o corpo obrigatoriamente tinha que estar atrás da lixeira. Mas quem sabe um dia eu faça esse trio se aventurar em um Motel, nada é impossível, não?


Bom, isso é tudo e até a próxima!


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