— Ok, você está morta Jeon _____!
— Agora me conta uma novidade Mina! — Encarei a Japonesa deitada sobre a minha cama mexendo no MEU notebook.
— Quer que eu faça o que? Te mate? Você tem um encontro com Park Jimin daqui há algumas horas e está aí deitada no chão de pijama, nem escovou os dentes ainda.
— Porque você me acordou e não me deixou fazer absolutamente nada. — Me sentei e a encarei. — Preciso saber se meu irmão vai sair com algum amigo hoje… aliás, como você entrou aqui?
— Sua mãe me ama? Ah esqueci, ela disse que ia sair pra fazer compras e depois ia não sei aonde com a sua nova vizinha. Aí ela pediu para mim te acordar.
— Aish. Sabe o que isso significa?
— Que estamos sozinhas?
— Que Jeon vai fazer o café da manhã. — Mina me olhou confusa. — Jeongguk é péssimo na cozinha e da última vez ele explodiu o microondas.
Me levantei rapidamente e abri o guarda roupa pegando de lá uma calça moletom e uma blusa de conjunto, vesti. Calcei meus sapatos e amarrei o cabelo.
— Vamos! — Puxei Mina pelo braço e descemos até a cozinha. E lá estava ele, Jeon Jeongguk, arrumando a mesa.
— Bom dia _____ e…
— Mina.
— Mina! — Ele bateu as mãos uma na outra. — Espero que estejam com fome.
— É… meio que tô. — Digo me sentando na cadeira com Mina. Jeongguk nos serviu um pedaço de bolo de chocolate e colocou em nossos copos o suco. Em cima da mesa havia frutas frescas, pães e bolachas. — Isso não dá envenenado tá?
— Vai comer ou prefere passar fome até a Hee voltar? Sabe que ela saiu com a senhorita Park né? Cedo que ela não volta! — Jeongguk se sentou também.
Mesmo relutante levei a colher o voo até a boca.
Estava bom.
— Uau, está delicioso. — Mina sorriu e começou a comer mais.
— Obrigado. Viu _____, seja igual a sua amiga. — Jeongguk me fitou e eu lhe mostrei a língua.
— Tenho que admitir, está bom. — Digo provando mais. — Gguk?
— Um? — Jeon comia seu bolo enquanto prestava atenção na tela do celular.
— Você não tem que sair hoje? Tipo… ir na casa de um amigo, jogar bola, vídeo game… ficar com alguma garota? — Jeongguk se engasgou e acabou tossindo. Ele largou o celular e me encarou.
— Porque quer saber se eu vou sair?
— Por nada.
— Desembucha Jeon.
— É porque temos uma prova de matemática na semana que vem.
— E…?
— Mina é péssima em matemática e queria sua ajuda pra estudar hoje já que ela não quer reprovar e você foi o melhor aluno da turma desde ahee entrou.
— Que? — Mina arregalou os olhos. — Isso é… — Chutei as pernas da menina disfarçadamente. — Aí! Verdade!
— Eu não vou sair, então, posso ajudar depois do café.
— Nós vamos estudar outras matérias, pode ser às três? — Juntei as mãos o olhando. Jeongguk inalou o ar e afirmou.
— As três, sem atrasos. — Nós voltamos a comer.
.
.
.
— Você é doida! — Mina apontou para mim.
Eu escolhia minhas roupas enquanto ouvia Mina reclamar.
Peguei um vestido branco e um all star da mesma cor, os coloquei e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo meio frouxo e arrumei minha franja. Eu estava apresentável para essa tarde de sexta quente.
— Mina, eu prometo que eu uma hora eu volto. É só para meu irmão se distrair e esquecer que eu existo!
— Você colocou Jeon Jeongguk pra me dar uma aula de Matemática. Sabe o quanto as meninas do nosso colégio matariam pra ter uma aula com ele?
— Que bom que eu fiz tudo ser favorável pra você! — A olhei. — Como estou?
— Linda, mas maluca. Isso é loucura, eu sou ótima em matemática!
— E meu irmão também. Já são duas e cinquenta. Vamos! — Peguei meu celular e puxei Mina dali. Ao chegarmos em frente ao quarto de Jeon eu abri a porta rapidamente.
E o babaca estava lá, fazendo flexões no chão do quarto enquanto ouvia um Rap, e a única coisa que cobria seu corpo era o short preto.
Jeon nos notou e então se levantou pegando um pano e limpando o suor de seu rosto.
— Oi meninas.
Senti Mina puxar meu braço pra fora do quarto e me encarar.
— Eu não vou ficar dentro do quarto com o seu irmão suado e sem camisa! — Revirei os olhos.
— Ele não vai te morder Mina. — Digo puxando-a de volta. Agora o quarto de Jeongguk já estava silencioso e ele vestia uma regata preta.
— Podemos começar, professor? — Mina diz com sua voz doce.
— … Vamos. — Jeongguk se sentou na cama e bateu na cadeira em sua frente em uma petição para Mina se sentar.
Mina se inclinou e sussurrou em meu ouvido.
— Te dou uma hora, se passar um minuto eu falo pro seu irmão.
.
.
.
— Jeon _____.
— Park Jimin.
Eu e Jimin nos encaramos.
— Estou surpreso de te ver aqui, pensei que iria me dar um cano.
— Combinamos de jogar e quem perdesse iria ter que fazer algo, eu perdi, por injustiça, mas perdi. Cá estamos nós!
Jimin riu e balançou a cabeça.
— E então, irá me obrigar a fazer o que mais senhor Park? — Digo me aproximando e ficando em sua frente.
— Vou te obrigar a comer alguma coisa. — Ele diz se colocando ao meu lado e então começamos a andar em silêncio.
Passamos a olhar toda a praça, haviam crianças brincando nos parquinhos, casais tendo um encontro, jovens estudando entre as demais funções cotidianas.
— Devo estranhar?
— O que? — Eu me virei para olhá-lo. Jimin voltou seu olhar para mim.
— Onde está a parte em que seu irmão aparece correndo atrás de nós com um pedaço de madeira e me mata? — Pela frase idiota de Jimin eu acabei rindo.
— Ele está muito ocupada dando aulas agora. E o seu irmão? Vai me dizer que ele apoia um Park dar um passeio na cidade com uma Jeon? — Franzi o cenho questionadora.
— Chanyeol foi descuidado e quebrou uma coisa importante pra nossa mãe, ele está de castigo e não pode sair do quarto, então, ele não me viu.
— Jimin…
— Tá bom, talvez, eu tenha quebrado o vaso dela e colocado a culpa nele.
Nós dois rimos.
— Tenho certeza de que Mina esta envolvida nisso.
— Quem aguentaria uma hora de estudo logo depois da escola e o pior, com o meu irmão?
— Tem razão, irmãos são chatos.
O silêncio se fez presente novamente. Eu e Jimin encaramos o céu por não ter nada a dizer. Era possível os sons de natureza e até mesmo a nossa respiração. Eu estava nervosa, no final de tudo.
— Você… gostava de mim? De verdade? — Jimin parou, o que me fez parar. Eu o encarei.
Aí Jimin, eu já gostei muito de você.
— _____-ah?
— Jimin-ah?
Nossos nomes foram pronunciados juntos, mas por vozes diferentes. Eu e Jimin arregalamos os olhos e olhamos para a porta de uma loja de bolos, de onde vinha o chamado.
— Mãe? — Dissemos em uníssono.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.