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História 50 Tons - O lado Grey da história. - Capítulo 9 - Dominador


Escrita por: floidejune

Capítulo 9 - Capítulo 9 - Dominador


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Ela entra, e seu olhar não demonstra nada. Ela inala o cheiro de madeira, couro e citros polonês como se fosse uma mistura intoxicante. Ela olha ao redor da sala espaçosa de cor bordô escuro, olhando os antigos pisos de madeira envernizada. Ela, então, olha para a cruz de madeira em forma de “X” e as algemas de retenção penduradas nela. Seus olhos capturam o teto e as grades de suspensão penduradas. 

Ela caminha mais e toca as cordas, correntes e algemas. Ela anda em direção ao conjunto de chicotes, chicotes de montaria e palmatórias. Ela verifica as gavetas onde guardo os vários brinquedos de abertura, ela olha para o conteúdo e imediatamente fecha a gaveta. Seu rosto ainda não tem nenhuma expressão. Examinando, olhando, mas sem dizer nada, e nenhuma emoção está cruzando o rosto para eu ler.

Ela anda em direção à cama rococó com capa de couro vermelho. Ela olha as braçadeiras, e correntes penduradas no dossel. Seu olhar viaja e ela olha a longa mesa de madeira polida com banquinhos debaixo dela. Ainda não demonstrando nenhuma reação e a curiosidade do que ela está pensando está me deixando louco. Ela olha para os mosquetões do teto.

Ela localiza o chicote de camurça, com contas de plástico no final de suas tiras. Seus dedos acariciam suavemente examinando. Curiosidade acende em seus olhos pela primeira vez. – É chamado de chicote de tiras. – Eu digo calmamente e bem baixinho.

- Uhmmm... – Diz ela olhando para ele em choque. O olhar dela vem para mim, e depois de volta para os meus brinquedos ao redor da sala. Seu rosto parece passivo, mas parece haver uma corrente de medo, choque e dormência.

- Diga alguma coisa. – Eu comando suavemente. 

- Alguém faz isso com você, ou você faz isso com as pessoas? – Ela pede. Sinto alívio, e sorrio.

- Eu faço isso às mulheres que desejam que eu faça isso com elas. – Eu respondo esperando que ela vá me dar algo, alguma resposta.

- Entendo. Parece que você tem voluntárias. Eu não entendo por que estou aqui, ou o meu propósito aqui. – Murmura.

- Porque, eu realmente, realmente, realmente quero fazer isso com você. – Eu digo quase suplicante.

Ela dá um suspiro audível, - Oh! – Com um olhar interrogativo. Eu esperava que ela corresse para fora da sala, mas ela ainda está com seu olhar para as palmatórias, e dá-me o mais triste olhar, deprimida, ela pergunta: - Você é um sádico Christian? – A voz embargada no final.

- Sou um Dominador Ana. – Eu digo com o meu olhar intenso.

- Dominador... – Ela tenta entender a palavra estrangeira em seus lábios. Ela balança a cabeça. – Eu não tenho nenhuma ideia do que isso significa Christian, e eu não sei mesmo se é diferente do sadismo. Parece ruim. – Ela sussurra visivelmente deprimida e decepcionada.

- Significa apenas que você como uma submissa, deve entregar-se a mim voluntariamente... – Eu digo baixinho, quase me pego pedindo pra ela entender. – Em todas as coisas.

Ela franze a testa, e me olha com firmeza, dizendo: - E por que diabos eu faria isso? – Isso me surpreende. Eu realmente gosto dela. Às vezes, quando ela olha para mim, olha através de mim, dentro de mim. Dentro da alma que eu acho que perdi há muito tempo atrás. Esta oposição não é algo que eu encontrei antes, e isso é tão refrescante, tão admirável, tão desafiador. Eu a quero mais do que eu já quis qualquer outra coisa.

- Para me satisfazer. – Eu sussurro. Com um pequeno sorriso inclino minha cabeça para o lado.

Sua boca aberta cai. Lampejos de emoções passam por seu rosto, mas eu estou satisfeito de ver que o desejo é um deles.

- Como posso fazer isso? – Ela respira. Eu fecho meus olhos para ouvir a mente aberta e o desejo de seus bonitos lábios. Quando eu abro meus olhos, eu olho para ela. Ela pode querer participar do meu mundo, como eu estou ansioso para ensiná-la.

- Tenho regras e quero que as aceite e as cumpra.

- Regras? Para quê? – Ela pergunta confusa.

- São regras que te beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas regras para me satisfazer, te recompensarei. Se não, vou te castigar para que aprenda. – Eu sussurro com uma voz suave.

Ela ainda está aqui, e não fugiu pelo menos. Ainda esta ouvindo. Ela acena sua mão ao redor e pergunta: - Estas coisas? Quanto a elas? Onde elas se encaixam na sua fantasia? – Ela sussurra.

- É parte do pacote de incentivos. Tanto da recompensa como do castigo.

- A recompensa é a punição? – Ela pergunta cética. – Então desfrutará de sua excitação exercendo sua vontade sobre mim? – Ela é calma, mas com um fundo de medo.

- Se trata de ganhar sua confiança e seu respeito para que me permita exercer minha vontade sobre você. Obterei um grande prazer, inclusive uma grande alegria, caso você se submeta. Quanto mais se submeter, maior será minha alegria.

Ela é toda negócios, pronta para explorar a oferta e talvez fazer uma contraproposta.

- E todo seu prazer viria através da minha “submissão”. – ela faz os gestos das aspas com os dedos. – E o que isso me dará? O que eu ganho? – Eu gosto dela. Ela é uma negociadora.

Eu sei que não é muito, e a maior parte do tempo eu me vejo como a casca de um homem, um homem sem alma, portanto, não é quanto ela vai receber além de sua própria alegria. Mas eu sou o que ela estaria recebendo. Eu olho desculpando-me e digo – Você me ganha. – Eu digo dando de ombros.

Ela olha pra mim. Avaliando-me. Pesando se o que ela está dando, vale o que está recendendo. Mas não diz nada. Eu fico nervoso, não quero que ela escape por entre meus dedos. Eu a quero desesperadamente. Preciso dela. Agora.

- Anastasia, por favor. Você é tão difícil de ler. Eu não sei o que você está pensando, você não me dá nada. Ele está me deixando louco. – Eu corro a mão pelo meu cabelo em um gesto nervoso e digo a ela. – talvez devêssemos ir lá embaixo. Você, aqui, é tão perturbador para mim. Eu não consigo pensar direito.

Ela me olha como se eu fosse perigoso, um perigo para a sua saúde. Um lampejo de emoção corre atrás de seus olhos. Eu não quero que ela tenha medo de mim. Eu gosto muito dela. Talvez mais do que seja bom para mim. Eu ofereço minha mão para ela, mas ela está hesitante para pegá-la, questionando, ainda com medo.

- Eu não vou te machucar Anastasia, por favor. – Peço-lhe baixinho. Ela recebe a minha mão com aquela familiar eletricidade que passa através de nós novamente. Eu a levo para fora e quero distraí-la. Eu a levo no corredor e em um quarto. O quarto é todo branco, juntamente com os móveis. Eu abro a porta e mostro-lhe o quarto. – Se você decidir fazer isso, este será o seu quarto. Eu sei que é branco e liso agora, mas você pode decorá-lo com qualquer coisa e de qualquer maneira que você queira! – Ela parece surpresa.

- O que você quer dizer com “meu quarto”? Espera que eu me mude e viva aqui? – Ela diz horrorizada. Na verdade, eu faria isso se fosse pra ela aceitar. Mas modifico meu pedido.

- Não o tempo todo. Mas pelo menos de sexta a domingo. – Eu peço usando minha cara de mediador.

- Você quer que eu durma neste quarto? – Ela questiona.

- Sim. Eu respondo.

- Significa que não dormirei com você. – Ela diz desapontada.

- Não. Já disse. Eu não durmo com ninguém. Apenas aquela vez com você quando se embebedou até perder o sentido. – Eu digo repreendendo-a.

Seus olhos viram fendas de raiva reprimida, eu poderia vendá-la com um fio dental, e sua boca carnuda vira uma linha fina. Ela se move com sondando.

- Onde é que você dorme?

- Eu durmo lá embaixo no meu próprio quarto. Vamos descer, eu tenho certeza que você está com fome.

- Na verdade não. Eu perdi o apetite. – Ela suspira.

Eu não posso vê-la não comer. - Você tem que comer Ana. – Eu a repreendo tomando sua mão levando-a para baixo.

Quando voltamos para a sala grande, ela se vira para mim, mas não diz nada. O olhar que ela me dá a faz parecer alarmada. Eu não quero que ela tenha medo.

- Olha, Anastasia, eu sei que isso é diferente. Talvez até mesmo um caminho escuro para você. Então, por favor, pense sobre isso. Muito, muito bem. Você já assinou um AND, pergunte-me qualquer coisa. Estou disposto a responder a qualquer pergunta que você possa ter. – Eu imploro.

Eu a levo para o bar e a sento em um banco. – Sente-se. – Eu comando. Ela estreita os olhos, dando-me aquele olhar “você é mandão”, mas se senta.

- Que outros documentos você tem? Ela vai direto ao ponto.

- Há um contrato que especifica o que faremos e o que não faremos Anastasia. Tenho que saber quais são seus limites, e você tem que saber quais são os meus. Afinal, tudo isso é consensual.

Ela parece perdida. - E se... – Ela começa coletar o excesso de informação em sua mente. – O que acontece se eu não estiver disposta a fazer isso?

- Estará tudo bem. – Eu digo, sem revelar nada, mas o que eu sinto é o completo oposto.

- Nós teremos qualquer outro tipo de relacionamento, se eu não fizer isso? - Ela pergunta baixinho.

- Não. – Eu respondo.

- Como assim?

- Eu não estou interessado em qualquer outro tipo de relacionamento.

- Sério? Por quê?

- É esse o único tipo de relacionamento que me interessa.

- Eu vejo. Como você escolheu esse caminho? 

- Existe realmente uma razão para que alguém seja do jeito que é? É difícil de responder, porque todo mundo gosta de coisas diferentes. Alguns gostam disso, alguns daquilo. Isto é o que eu gosto e o que eu desejo. E você, gosta de comer?

Ela olha surpresa. Mas determinada a permanecer em seu curso de ação, e não vai para o desvio.

- Que tipo de regras que você quer que eu siga?

- Depois do jantar, nós falaremos sobre o documento. – Eu digo.

- Eu perdi o apetite. – Diz ela baixinho, perdida.

- Você tem que comer. – Eu digo com força. Mas altero com uma pergunta suave, indagando se ela gostaria de um copo de vinho. Ela quer. Eu empurro a comida mais perto dela e ela pega algumas frutas. 

Há quanto tempo você esta neste... – Diz ela parando em busca de uma palavra apropriada para seus pensamentos. – persuasivo estilo de vida? – Ela termina seu discurso. Dou um pequeno sorriso.

- Há um tempo. 

- Há muitas mulheres que desejam participar deste estilo de vida? – Ela sonda.

- Números surpreendentes. – Eu respondo secamente.

Ela encolhe os ombros, e desarma-me mais uma vez. - Se há tantas delas, e vendo como eu nunca, nunca tive este estilo de vida, por que eu Christian? É claro que você pode escolher dentre as voluntárias. – Eu dou um suspiro audível para ela. Este é o ponto da questão em meio a essa merda toda.

- Há algo sobre você que eu não posso evitar Anastasia. Você é diferente de que qualquer um que eu conheci antes. Sou como uma mariposa em busca de luz, eu não posso escapar de você. Eu te desejo muito, não posso evitar! Especialmente agora, quando você está mordendo o lábio. – Eu digo com um suspiro, engolindo em seco.

Pela primeira vez desde a minha revelação, ela teve luz e brilho em seus olhos.

- Eu acho que eu sou a mariposa, e você é a luz Christian. – Sussurra. – Eu vou ser a única a se queimar. – Diz ela tão baixo que eu não sei se a ouvi, ou imaginei.

- Coma! – Eu ordeno.

- Não Sr. Grey. Ainda não assinei nada, assim, acho que usarei meu livre arbítrio, por enquanto. – Eu gosto dela! Ela negocia de igual para igual comigo.

- Como você quiser Anastasia. – Digo. Ela olha para seus dedos. Refletindo sobre uma questão em sua cabeça, decidindo qual a melhor abordagem neste curso de ação. Ela olha nos meus olhos e pergunta:

- Quantas mulheres?

- Quinze. – Eu deixo escapar. 

- A longo ou curto prazo?

- Alguns longos, alguns curtos.

- Já machucou alguma?

- Sim.

- Gravemente?

- Não.

- Tem a intenção de me machucar? – Diz ela fechando os olhos. Estou surpreso com a pergunta. Não quero magoá-la.

- Como assim?

- Eu quero saber se você pretende me machucar fisicamente. Pergunta simples.


Notas Finais


Essa foi a 1° parte do capítulo, são 3, vou postar as outras partes já em seguida.
Espero que tenham gostado.


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