"E quando o fim das férias chega, se descobre que as vontades se multiplica, os desejos flui, os ciúmes aumenta e a vontade de amar leva qualquer um a comenter loucuras".
Última semana de férias...
Algumas horas antes.
POV - Jullie Clark
— Caminhei sem olhar pra trás pra ver se ele me seguia. Eu só quero encontrar um jeito de me jogar na noite e esquecer que vi aqueles dois juntos.
— O bar está cheio, e drinks coloridos dão o charme no balcão. Me aproximei e de pé fiquei olhando todas aquelas bebidas.
— Sozinha de novo? A voz de Sammy me deu um susto.
Desculpas, não quis te assustar. — Disse se desculpando por sua abordagem.
— Tudo bem, sou eu que estou distraída. — Justifiquei.
— Está procurando diversão. — Apontou para as bebidas na nossa frente.
— Qualquer coisa que me faça esquecer. — Respondi ainda de pé ali, olhando todas as bebidas sendo entregue as pessoas ao lado.
— Acho que não se deve deixar uma amiga beber sozinha. Ele colocou o copo com algo colorido e desconhecido bem na minha frente.
— Não posso beber, só por está com raiva. — Recusei a bebida. Eu só estou olhando.
— E o que veio fazer em um bar se não beber? Perguntou curioso.
— Eu vim esquecer, já falei. — Disse temerosa que ele percebesse que briguei com Justin.
— Essa é a amiga perfeita para o esquecimento. — Disse ele colocando a bebida novamente em minha frente.
— Sorri, ergui o copo tocando no dele e em seguida levei o meu copo a boca, e tomei o gole de uma vez. Desceu queimando tudo, e aquele líquido me esquentou e eu sorri com a cara que Sammy fez. Ele estava me fazendo bem, e os sorrisos sairam sem esforços. Acho que vou ficar por aqui e esquecer. — Disse tomando mais um copo da bebida azul que Sammy colocou no balcão. Senti o enjôo e o gosto meio amargo na minha boca.
— O que foi, enjoada? Sammy perguntou quando levei a mão a boca, depois da minha terceira bebida.
— Acho que o jantar não me fez bem. — Menti e fiquei sem graça de dá essa desculpa. Eu nem sei o que está acontecendo comigo. — Pensei. Quero me sentar.
— Acho que ultimamente você anda comendo muita coisa estragada, pois pra ficar todos os dias passando mal. — Disse ele, me ajudando a sentar.
— Como ele sabia que faz cinco dias que ando passando mal. — Pensei.
— Como você sabe que ando enjoada? Perguntei curiosa.
— Tenho observado você. — Disse ele. Melhor? Perguntou disposto a arrancar o motivo pelo qual eu estou aqui.
— Acho que vou ficar bem, só preciso me distrair um pouco.
— Está no lugar certo. Vamos nos divertir e beber um pouco pra esquecer os problemas. — Sugeriu ele.
— Não sei, talvez não seja uma boa ideia.
— Se quer esquecer sabe que deve beber algo. — Disse ele colocando mais um copo, acho que de vodka, bem na minha frente.
— Eu já estou meio tonta. — Reclamei. Não acho que vai me deixar melhor, pelo menos vai me fazer esquecer por algumas horas. Mandei pra dentro mais um copo de bebida.
— Quer mais alguma coisa pra beber, eu pago. — Ofereceu todo prestativo.
— Se for um desse colorido eu aceito. Acho que já bebi de mais, na verdade eu estou ficando tonta. — Ele sorriu.
— Claro, vou pegar. — Disse ele se afastando.
Olhar aquelas pessoas dançando empolgadas na batida de cada música tocada na sala de paredes de vidros da boate ao lado, contagiava e dava vontade de se jogar. Mais estou tonta e enjoada pra isso. Decidi continuar bebendo e tentar se divertir.
— Aqui está. — Disse Sammy me entregando mais um copo da bebida colorida.
— Um atrás do outro eu engolia cada líquido dos copos enfileirados no balcão, e me fazia perder a noção. E no sexto copo eu já nem sabia quem era. Senti a vontade de vomitar vir até a garganta, mais eu não tinha comido nada. — Sorri.
— Sammy, você não sabe o que diz. — Risos. Eu não sabia se era ele que girava ou se eu que rodopiava, tudo girava, e eu só conseguia rir muito, e muito alto.
— Vai querer mais? Eu quero e você Samuel? — Perguntei alto.
— Ela já está bêbada? — Ouvi uma voz conhecida. Olhei para o lado e Brenda estava lá.
Eu conheço você. — Gritei!
— Não conhece. — Disse a mulher ao lado.
— Sammy já podemos levar a bêbada ao quarto dela?
— Quem está bêbada aqui? Eu estou ótima. — Sorri.
— Só uma última rodada Jullie. — Disse Sammy.
— Virei mais uma rodada e tudo estava rodando sem parar, senti as mãos em mim, eu não sentia o chão. Eu estou flutuando. — Gritei.
— Ei, não me deixa aqui. Quem é você?
— Eita, você gira, roda gigante. — Eu tropeçava nas palavras.
— Por aqui, deixa de ser teimosa. — Disse o homem lindo que me segura.
— Eu não sou teimosa. Eu não sou teimosa... Não sou...
***
— O que vocês estão falando? Ai, minha cabeça. — Reclamei.
— Porque você fez isso comigo? Justin perguntou bravo.
— Eu não fiz nada, do que você está falando?
— Não podia ter feito isso comigo. Ele está nervoso e bravo e eu não estou entendendo nada.
Ele passava as mãos no cabelo, coçava a cabeça.
— Foi encontrada uma substância abortiva nos exames de sangue, e provavelmente você ingeriu nas bebidas. — Disse ele me assuassustando. E você não sabe mais aquelas palavras estão me destruindo. Como você pôde fazer isso comigo? Abortar o meu bebê por raiva.
— Olhei pra Jessy completamente confusa, mais assim como Justin ela estava com uma cara de decepcionada.
Jessy eu não fiz nada. E de que bebê vocês estão falando?
— Olha só ela tomou o porre de esquecer. — Disse Justin zombando de mim. Deixa eu refrescar sua memória. — Disse ele. Você brigou comigo, saiu e resolveu beber e misturar drogas ou substância abortiva e sofrer um aborto que você e sua birra fez acontecer.
— Eu não sabia o que responder, não fiz isso. Nunca abortaria um filho seu. — Justifiquei.
— É Jullie, mais foi o que você fez e tudo por uma briga boba. — Disse decepcionado.
— Eu não fiz nada! — Gritei. As lágrimas ameaçavam cair.
— Calma! Disse Jessy. Calma os dois, primeiro deixa ela descansar, as lembranças vão voltando e ela conversa com a gente.
— Ele olhou pra irmã e saiu batendo a porta com raiva.
Jessy juro que não fiz aborto nenhum.
— Eu sei, eu acredito em você. Mais tem que dá um tempo ao Justin ele está com raiva, e acha que você fez isso de propósito por ter brigado com ele, e Jullie é o que parece.
— Eu sei, mais não fiz isso. Tudo que eu queria era esquecer que vi ele e Selena juntos. Saí pra beber, Sammy estava lá, e depois chegou a Brenda mais não era a Brenda. Quer dizer, ele não a chamou por esse nome, era Bianca. — Disse confusa.
— Como é que é? Respira, eu não estou entendo nada. Brenda estava com vocês?
— Não sei exatamente se era ela, quer dizer o rosto que vejo é o dela, eu até falei que a conhecia. Mais eles descoversaram e foi aí que ouvi o Sammy dizer Bianca.
— Descansa, e depois eu volto. Você vai me contar tudo e juntas vamos explicar para o Justin. Ok?
— Ok. — Confirmei. Mais por dentro eu era uma fumaça de confusão, as imagens mostram Brenda na minha cabeça e Sammy. Respirei fundo tentando me acalmar, pensar no bebê que eu por idiotice perdi.
Justin tem razão a única culpada sou eu.
— Foram as minhas ações que fizeram tudo isso acontecer. As lágrimas caem me dando a sensação de vazio, sinto que se já tinha em mente o medo de perde-lo, e agora o perdi.
Chorei tanto que dormi, pensando no que aquele bebê representa pra Justin que está tão abalado.
POV - Justin Bieber
— Olha só Jessy não vem me dizer que eu estou errado e que eu tenho que ficar sempre ao lado dela, eu estou tentando, mais agora não dá. — Disse zangado.
— Eu sei que está com raiva e que qualquer um no seu lugar ficaria. Mais tenta se colocar no lugar dela, você também a fez ficar brava e ela tentou fugir, creio que de uma maneira péssima bebendo, mais ela ainda é a mulher que você ama e isso não conta mais?
— Sempre do lado dela. O que fiz não foi tão grave pra ela fazer o que fez.
— Sei que está bravo e tem todo direito. Mais pensa comigo, tem algo errado nisso tudo, sei que mesmo zangado com ela, sabe que ela não faria nada desse tipo pra te machucar. Sabe que ela é moralista demais pra cometer um aborto. E não é só por ela ser a garota certinha que conheço desde que nasci, mais por ela querer ser médica, salvar vidas e não destrui-las. Acha mesmo que Jullie fez o aborto? — Perguntou Jessy. Deixa eu conversar com ela e descobrir como ela ficou daquele jeito, quem estava com ela.
— Tem razão, eu estou bravo e talvez não esteja pensando direito. — Suspirei derrotado. Vou pensar e me acalmar, depois vou conversar com ela e ouvir o lado dela nessa merda toda.
POV - Jullie Clark
— Bom dia, dormiu bem? A médica me perguntou assim que entrou no quarto. Minha cabeça já não doía tanto como antes e minha barriga também não. Bom dia, estou melhor. — Respondi.
— Que bom, acho que seu namorado já deve ter contado o motivo de você ter vindo parar aqui?
— Sim. — Respondi com vergonha. Mais quero que saiba que não fiz isso, jamais faria algo com uma coisa que eu tanto desejo ter. Não teria lógica eu interromper algo que quero tanto ter.
— Eu sei Jullie. Eu não te conheço mais dá pra perceber que você não é o tipo de garota que fugiria de um problema assim, mesmo que fosse uma gravidez um pouco cedo pra uma mulher da sua idade, que ainda não tem nem dezenove anos.
— Meu namorado está achando que fiz.
— Tem outra coisa que foi encontrado em seu sangue, não sei se eles te falaram. — Disse ela cautelosa. Mais foi encontrado outra substância, cocaína.
Você lembrar de ter usado?
— Não, claro que não. Eu não estou entendendo. Já disse que não fiz nada.
— Calma, eu sei. Só quero que saiba de tudo. Vou te dá alta, você só precisa descansar um pouco, tomar esses remédios por dois dias, se sentir qualquer coisa que seja fora do normal, procure a emergência.
— Obrigada Dra. Ford. — Agradeci ao ver o nome dela no crachá em seu jaleco.
***
— Oi, pronta pra voltar ao seu quarto de hotel e descansar um pouco mais? Jessy perguntou assim que entrou no quarto do hospital.
— Sim, por favor me leva daqui.
— Entramos no elevador e Jessy apertou o botão para descer. Justin estava no carro, sério ele apenas olhou pra mim enquanto abria a porta do mesmo para que eu entrasse. Passou até o banco do motorista sem dizer uma palavra.
— O trajeto todo até o hotel Justin permaneceu em silêncio, como se guardasse sua raiva pra despejar em mim depois, quando estivermos a sós.
— Assim que chegamos no quarto a postura dele mudou. Seus olhos sérios passaram a ter também raiva levemente expressados neles.
— E agora Jullie, está pronta pra me dizer o que aconteceu?
— Eu não sei exatamente o que você está pensando, mais quero que saiba que não fiz o que acha que fiz.
— Ele sorriu zombando, parecia que não queria acreditar, mesmo eu falando por várias vezes que não fiz aquilo. Era como se ele não me conhecesse mais.
— Vamos do início, quando soube que estava grávida?
— Eu não sabia, até tudo isso acontecer.
— Claro que sim. O que não entendo é como você não percebeu que a sua menstruação estava atrasada.
— Você não está aqui pra gente conversar, está aqui pra me condenar. Você quer apenas me dá ordens e eu só tenho que obedecer e aceitar tudo que você faz, até mesmo suas traições.
— Não te traí, eu já te falei eu estava ajudando uma amiga.
— Essa sua desculpa está velha.
— Não cometi crime algum. — Disse ele. Isso você fez sozinha, eu só estou tentando ajudar uma amiga que está doente, enquanto você se diverte com um cara que me odeia e tudo que quer é te tirar de mim. — Gritou.
— Ele quer me tirar de você e a sua amiga quer o quê?
Continua...
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