História 50 Tons de Ovo - Reunião

    Os helicópteros se aproximavam como um bando de helicópteros, e faziam muito barulho e pareciam muito ameaçadores de longe, e de perto também, e eram todos comandados pelo comandante Hamilton, que salivava pela boca com o cheiro de napalm. Com o apertar de um botão, o esquadrão lançou uma barragem de mísseis que transformou parte do castelo em uma obra de arte moderna.

    Faustão e Sílvio pularam de paraquedas - quer dizer, mais ou menos: Sílvio usava um paraquedas e Faustão usava uns três lençóis e mais uma jetpack pra aguentar toda aquela gostosura - e aterrissaram seguramente em frente ao portão.

    “Oloco bicho, valeu Sílvio, eu vou entrar.”

    “Leve isso com você, meu brotinho de bambú”, disse Sílvio, e lhe entregou um aviãozinho de 50R$.

    “E pra quê eu vou usar isso?”

    “Por que é legal quando um personagem dá um bagulho meio inútil pro outro mas no final ele acaba usando e indiretamente salvando a sua vida, e aí eles podem ter um momento emocional depois.”

    “Pô, e a gente vai ter que fazer isso?”

    “Por que a gente não faz agora, ihiii?”

    “Tá bom.”

    Eles se abraçaram e, com a paixão de dois coelhos no cio, se beijaram profundamente. Faustão então o girou em seus braços, apertou sua bunda e o jogou pra longe. Ele então colocou seus óculos escuros XXGL e armou sua espingarda flamejante.

    “Eu vou botar fogo nessa churrasqueira.”

    Dentro do palácio, Regina Casé rolava desesperada para a sala de Xuxa. Abriu a porta com sua bunda e começou a gritar.

    “ELES CHEGARAM! VIERAM LEVAR O GAROTO! AI MEU DEUS DO CÉU!”

    Xuxa abaixou sua revista “Children Slave Owners Weekly” e perguntou:

    “O que eles tem?”

    “HELICÓPTEROS!”

    “Grandes merdas.”

    “E O SÍLVIO!”

    “A pipa não sobe mais.”

    “E O FAUSTÃO!”

    “Ai meu Lúcifer.”

    Ela pegou as chaves de seu Xuxamóvel.

    “AONDE VOCÊ VAI?”

    “Fugir daqui.”

    “E EU?”

    “Ah, não chore, eu tenho certeza que o Hassun vai te chamar pra algum filme de comédia sem graça”

    Ela calçou seus saltos altos e saiu da sala por uma passagem secreta, e logo depois Faustão entrou.

    “CADÊ. O. MENINO?”, ele perguntou educadamente.

    Casé, não por causa da ameaça de morte, lhe indicou cordialmente onde Justin estava mantido.

    Xuxa abriu a porta de sua garagem secreta, e viu algo em cima de seu carro.

    “Mas que porra é essa?”, ela perguntou.

    “Gugu não vai deixar você escapar, Xuxa má, Xuxa muito má, fez mestre ficar triste!”

    “Vou sim, e aquele canadense maldito vai apodrecer em meus calabouços.”

    “Ah é, e porquê Xuxa dizer isso?”

    “Por que eu tenho um regador mágico.”

    “Regador mágico?”

    “Sim, olha só.”, Xuxa tirou o regador mágico de sua bolsa.

    “E por que ele é todo preto? E de onde vem a água? E pra que essas miras?”

    “É mágico, bicho burro. Agora olha só dentro desse buraco aqui.”

    “Esse redondo?”

    “É.”

    “Tem cheiro de pólvora.”

    “Só olha”

    “Tá bom”

    Xuxa puxou o gatilho. Quer dizer, quase - Gugu foi mais rápido e meteu um murro na cara dela.

    “Gugu pode ser burro e falar em terceira pessoa, mas Gugu não é tão burro assim!”. Ele amarrou a Xuxa inconsciente com sua tanguinha, pegou as chaves da jaula e saiu pulando pelo castelo.

    Faustão  podia ouvir uma voz feminina cantando Baby. Era ele.

    “Justin, meu amor!”

    “...Faustão?”

    “Eu vim te resgatar!”

    “Você - você realmente veio me salvar?”

    “Sim porra, eu acabei de falar isso!”

    “Então, você se importa comigo?”

    “Ãh, sim?”

    “Ai meu deus, ovulei. Mas como você vai abrir a porta?!”

    “Essa barra é feita de papel machê, se eu puxar acho que já arreben-”

    “GUGU TROUXE CHAVE!”, disse o apresentador loiro pulando pelo túnel.

    “Ah”, disse Faustão. “Parabéns Gugu, você foi útil a essa história.”

    “GUGU ORGULHOSO”.

    Faustão abriu a jaula e Justin o abraçou com todas suas forças, e eles giraram no ar e tudo mais e aquelas frescuras de anime. E aí o castelo começou a tremer.

    “Oloco bicho, essa porra vai cair!”

    Eles saíram correndo, agarraram numa escada que o Habilton jogou e saíram voando.

    Dentro do helicóptero, Faustão se virou para Justin e disse:

    “Eu estive pensando… Talvez eu possa ser o passivo de vez em quando?”

    “Ai Faustão, eu te amo!”

    “Mas gente”, disse Gugu, “e a Xuxa?”

    “Ela tá morta!”, disse Hamilton. “Maldita vietcongue! Hahahaha!”

    Justin e Faustão se beijaram e, quando chegaram em casa, fizeram a cama tremer a noite inteira. No próximo dia, um tsunami destruiu a África.

    E viveram felizes para sempre.

    FIM.

    “Mas pera!”, você diz, “e o avião de papel? E o faustomóvel? E a Regina Casé? E os relógios? E onde Faustão vai trabalhar? Eles têm filhos? Qual o nome deles?”.

    E eu te respondo:

    O avião de papel foi gasto em cocaína, o faustomóvel virou trenzinho da carreta furacão, a Regina Casé virou cantora de Rap, Faustão abriu um bordel, eles tiveram 3 filhos e eles se chamavam Bill Clinton, Eusébio e BILLY (tudo maiúsculo mesmo).

    FIM².