História 9 Meses Para Aprender A Te Amar - What You Did To Me ...?

~ Erza Povs ~

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_ Finalmente chegamos. – Olho para trás onde estavam todos os estudantes. _ Estão prontos? Pois iremos direto para a Companhia.  _ No total alunos restaram apenas 13. Alguns até choraram e pediram para dar uma chance para eles irem na outra semana mas não fiz, afinal como já disse só selecionarei os melhores para a Lucy entrevistar, e os que estão aqui já me mostraram que estão prontos para lidar com situações de surpresa.

_ S-Senhorita Scarlet, temos alguns estudantes passando mal. – Olho para trás e vejo que eram os mesmos de antes, que quase deram um escândalo quando o avião decolou. Me aproximo deles que estavam sentados no chão com a mão na boca talvez tentando conter a ânsia.

_ Natsu e Gajeel, vocês tem problemas com aviões? Se sim vocês serão um peso morto para a Companhia, afinal precisaremos que viagem bastante a trabalho. – Os dois negam com a cabeça. Coloco as mãos na cintura. _ Quem sou eu para dizer alguma coisa? Afinal a própria CEO da Companhia tem problemas com voos também.

_ Calma Erza, logo eles irão melhorar. – Sinto uma mão no meu ombro, olho e era Jellal com aquele sorriso em seu rosto. Sorrio de volta.

_ Só fiquei preocupada. – Mas logo os dois que agora a pouco estavam passando mal se levantam com toda a energia. _ Estão melhores?

_ S-Sim. Peço desculpas.

_ D-Digo o mesmo. – Me aproximo deles e dou um tapa no ombro de cada um.

_ Não se preocupem com isso. Agora que estão melhores podemos ir.

_ Onde deixaremos nossa mala? – Uma garota de cabelo curto preto pergunta.

_ Na sua mão. – Ela me olha com uma cara nada bonita. _ Iremos daqui direto para a Companhia Heartphilia’s. O hotel fica próximo do prédio, mas até lá vocês terão que carregar suas próprias malas.

_ E o almoço? – Ignoro a pergunta. Estavam parecendo alunos do fundamental.

~ TRIM TRIM ~ 

Olho para o celular que tinha uma foto da Lucy bêbada e seu nome logo acima.

_ Diga.

_ Já chegaram?

_ Não Lucy, estou atendendo o celular no avião mesmo sabe, estou louca para bugar os controles internos do avião e fazer essa bagaça cair.

_ Meu Deus, como senti falta desse sarcasmo lindo. – Rio.

_ Chegamos, e daqui 10 minutinhos estamos ai.

_ Okay. Chame a Clover, afinal a contratei como minha secretária temporária.

_ Nossa, já arranjou outra secretária? Não achei que fosse ser substituída tão rápido.

_ Você sabe que eu nunca faria isso. Venha logo, e quando chegar pode entrar direto na minha sala, afinal você tem total liberdade para isso.

_ Okay senhorita Heartfilia.

_ Não me chame assim. Até logo. – Encerramos a ligação.

_ Vamos pessoal. Temos 10 minutos para chegarmos na companhia.

**

~ Lucy Povs ~

Coloco o celular novamente em cima da mesa, agora era só aguardar esse estágio começar. Ainda teria que fazer as entrevistas, e isso seria o mais chato de tudo.

~ TOC TOC ~

_ Posso entrar?

_Você já entrou Sting. – Ele fecha a porta.

_ Já chegaram? – Nego com a cabeça.

_ Erza disse que em 10 minutos estaria aqui.

_ Entendi. – Ele senta na cadeira a minha frente. _ Posso participar das entrevistas?

_ Não. – Começo a ler um papel a minha frente. Era mais um dos casos de assassinato que a Companhia havia pego, e claro, solicitaram-me como advogada, mas não é assim que acontece. Todos os casos que chegam aqui são direcionados a mim, todos querem ter Lucy Heartfilia como advogada, mas eu escolhia somente aqueles que me interessavam. E com este caso a minha frente não seria diferente.

_ Por que? Somos sócios, e eu também quero entrevistar os moleques que vão ficar zanzando por aqui.

_ Primeiro: Não são ‘moleques’. São estudantes já formados que estão iniciando suas carreiras como advogados, e vamos ajuda-los nisso. Segundo: Não somos sócios. E por ultimo: Não preciso de você nas entrevistas.

_ Eu vou. – Jogo o papel na mesa e encaro ele que já estava com os pés nela.

_ Você não vai. – Empurro seus pés. _ E tire isso daqui! – Ele ri e se levanta.

_ Vai pegar este caso? – Ele pega o papel e começa a ler.

_ Não sei. Não gosto de caso de assassinatos.

_ Se quiser eu posso ficar com ele.

_ Vou pensar. E além do mais seria ótimo entregar este caso para um dos nossos novos ‘funcionários’.

_ Ah claro. Vamos entregar um caso de assassinato envolvendo o filho do prefeito de Heyur. Vai ser ótimo.

_ Sabia que odeio sarcasmo? – Ele ri e se aproxima de mim.

_ Nee Lucy, hoje é sexta-feira sabia?

_ Sim, tenho um calendário.

_ E sabe o que isso significa?

_ Que amanhã é sábado? – Ele pega em umas das minhas mãos.

_ Também. Mas isso significa que hoje você irá cumprir o que me prometeu.

_ Não me lembro de ter prometido nada para você. – Ele se levanta e leva sua boca ao meu ouvido assoprando o mesmo. Tento empurra-lo, mas ele era mais forte. _ Saia Sting, tenho trabalho a fazer.

_ Lucy, pare de me provocar. Sabe o quanto esperei para te ter novamente na minha cama?

_ Somos primos, seu idiota!

_ Não de sangue, e já fizemos isso uma vez, por que não fazer novamente? – Agora a sua boca vai até meu pescoço onde ele começa a dar vários beijos, chupões e lambidas.

_ N-Nós dois estávamos bêbados, foi um erro que não vai se repetir novamente. – Mas ele não desiste.

_ Eu pouco me importo com isso. – Sua mão antes na minha cintura já subia pousando em meu peito apertando-o de leve.

_ P-Pare Sting! – Ele ri. Droga! Por que fui arfar? Mas o hálito quente em contato com a pele sensível do meu pescoço me causava arrepios e arfadas. Automaticamente minhas mãos vão para seus cabelos lisos e sedosos. Ele ri novamente. Ele estava se divertindo com isso.

_ Não precisa se controlar. Sei que seu corpo também me quer. – Seus lábios começam a se aproximar dos meus, e com o ultimo resquício de consciência coloco minha mão a frente fazendo com que ele a beijasse ao invés de minha boca.

_ Eu disse para você parar. – Logo a porta do meu escritório se abre e revela Erza. E o que ela viu?

Sting com uma de suas mãos na minha cintura e a outra pousada em cima do meu peito, eu com uma mão em sua boca tampando-a e a outra no seu ombro afastando-o.

_ Interrompi algo? – Aproveito a deixa e empurro Sting para longe.

_ Claro que não Erza, se quiser participar será mais que bem vinda. – Ela olha para Sting e lhe mostra o dedo do meio. 

_ Então Erza, onde estão os estudantes?

_ Ainda bem que os deixei na recepção, ou veriam essa cena ai. Os dois chefes se pegando.

_ Você não viu nada demais. Eu só estava tentando manter longe esse vírus aqui. – Aponto para Sting que quase babava olhando para Erza. _ E ele não será chefe deles.

_ Enfim, onde você quer que eu os leve? Afinal você irá entrevista-los.

_ Pode levar as garotas para a minha sala.

_ Sting, cale a boca e volte para sua sala.

_ Hey! Não fale dessa maneira com o seu sócio.

_ Erza, ele insiste dizer que é meu sócio.

_ Eu tenho 12% disso aqui!

_ Erza, que tal você ter 13% da Companhia? Assim Sting não se acharia o chefe de tudo. Ele não entende que ele é apenas um simples funcionário. – Erza e eu riamos, e ele ficava cada vez mais vermelho de raiva.

_ S-Senhorita Lucy? – Olho para a porta onde estava a Clover com uma pasta de papeis.

_ Sim Clover?

_ O Sr. Adlout está aqui e disse que precisa falar urgente com a senhorita. Ele está fazendo um escândalo. – Suspiro.

_ De novo? – Coço a cabeça. _ Eu já estou indo. – Olho para Erza. _ Erza, peça para os estudantes aguardarem. Vou entrevista-los na minha sala mesmo.

_ Eu também.

_ Tá tá! Que seja! – Vou até a Clover. _ Onde ele está?

_ Na recepção.

_ Vamos.

_ Sim senhorita.

_ Clover, quero que pegue o prontuário dos casos do Sr. Adlout. Acredito que ele tenha machucado alguém novamente. – Clover se surpreende.

_ Ele matou alguém?? – Rio de canto.

_ Esse cara é louco, mas não se preocupe, agora farei o necessário para ele ficar na cadeia por um bom tempo.

**

_ EU QUERO FALAR COM A SENHORITA LUCY!!! É SÓ ELA QUE PODE ME AJUDAR!! – Ao me aproximar da recepção consigo ouvir o escândalo que o Sr. Adlout estava fazendo. Respiro fundo, afinal teria que ter muita paciência para lidar com ele. Assim que apareço na porta ele me vê e sorri. Rapidamente vou até ele. Noto a presença dos estudantes, todos sentados na recepção, mas os ignorei. Afinal agora tinha outro caso mais ‘grave’ para resolver.

_ Sr. Adlout, o que fez dessa vez? – Ele estava assustado, com certeza tinha feito algo agora há pouco.

_ E-Eu não fiz nada!! Eu juro que sou inocente!! – Olho para sua mão que estava machucada e manchada de sangue.

_ E o que é esse sangue em sua mão? Ou melhor, de quem é esse sangue? – Ele rapidamente a coloca atrás das costas. Coço a testa. _ Vamos até minha sala para conversar.

_ V-Você vai me ajudar certo? Você vai me defender? – Olho para Clover que estava ao meu lado com uma cara de espanto.

_ Clover, chame o Loke. Ele vai ficar com o caso do Sr. Adlout.

_ Sim senhorita Heartfilia.

_ NÃO!! Eu quero que você mesma cuide disso!

_ Não tenho tempo para lidar com seu outro caso de tentativa de assassinato.

_ EU NÃO MATEI NINGUÉM!! – Ele já estava descontrolado. Novamente respiro fundo.

_ S-Senhorita, quer que eu chame algum segurança? – Nego com a cabeça.

_ Sr. Adlout, por favor, me acompanhe até a sala. – Ele se afasta um pouco. _ O Loke irá te ajudar, claro que isso vai depender do que você me disser. – Ele leva sua mão até seu sapato. _ E nem pense em tirar esse canivete que esta em seu sapato. – Ele para e me olha. _ Você não vai me ameaçar com isso.

_ C-Como sabe que eu tenho um canivete no meu sapato?

_ Não importa, só tire-o e jogue fora, ou pedirei que se retire da minha Companhia.

_ EU SOU SEU CLIENTE!! VOCÊ TEM QUE ME ATENDER E FAZER O QUE DIGO!! EU ESTOU TE PAGANDO!! EU QUE MANDO AQUI!! – Vejo uma sombra atrás dele e uma mão em seu ombro.

_ Oe oe, calminha senhor. Não fale dessa maneira com a minha chefe.

_ Sting, não interfira. – Ele sorri.

_ Eu estou te ajudando, seja mais agradecida.

_ Eu não pedi sua ajuda.

_ Não me importo. – Ele conseguia tirar minha paciência em segundos.

_ Clover, já chamou o Loke?

_ S-Só um minuto senhorita. - Olho para o Sr. Adlout a minha frente.

_ Sr. Adlout, vamos conversar na minha sala. Lá você me explicará direito o que aconteceu. Chamarei o Loke, ele é um ótimo advogado, e dependendo do seu caso ele poderá te ajudar.

_ Dessa vez eu a matei Senhorita Lucy. – Ele me encara. Seus olhos derramavam grossas lágrimas. _ E-Eu matei a minha esposa Senhorita Lucy. – Eu já imaginava que isso aconteceria, e mesmo ele sendo meu cliente pedi todas às vezes para que o Juiz colocasse uma ordem de distância dele com a mulher, mas nunca aceitaram meu pedido. Eu sabia que isso iria acontecer, pois foram inúmeras ameaças de homicídios da parte dele.

Percebi que os estudantes que vieram com a Erza olhavam para a cena e cochichavam entre si. Pareciam assustados.

Seria ótimo eles verem logo no primeiro dia como as coisas funcionam por aqui. Se eles estavam acostumados a lidar com causas de briga de vizinhos, aqui eles terão que se acostumar com verdadeiros casos policiais.

_ Por favor, se acalme. – E para meu alivio Loke aparece na porta do elevador. Aceno para ele que rapidamente vem até mim. _ Loke, venha comigo. – Ele apenas assenti com a cabeça. _ Vamos até minha sala. – Por fim o Sr Adlout me segue.

_ Quer que eu vá junto?

_ Não! – Mas antes de eu sair de perto dele ele me segura pelo ombro. _ Me solte Sting! – Ele se aproxima e sussurra na minha orelha.

_ Ainda não terminamos o que começamos na sua sala. – Tiro suas mãos do meu ombro. Em seguida entro no elevador junto com o Sr. Adlout e o Loke. Aperto o botão do ultimo andar do prédio.

Mas antes da porta se fechar completamente meus olhos pousaram em alguém que estava no meio dos alunos, mais precisamente em alguém com uma certa cabeleira rosada. Abaixo meu olhar e o encontro me encarando.

_ Natsu... – A porta se fecha e logo o elevador se movimenta.

Droga! Por que meu coração acelerou do nada? Novamente essa ânsia de vomito se fez presente.

_ Acho que ainda não me curei completamente.

_ Disse algo Lucy? – Sorrio e nego com a cabeça.

_ Só estava pensando alto.

Será que vai ser sempre assim? Toda vez que eu vê-lo me sentirei dessa forma?

Merda Natsu!!

O que você fez comigo...?

**

_ Você já namorou Mr. Dragneel? – Ele sorri e continua enrolando as madeixas louras do meu cabelo em seu dedo.

_ Podemos não falar sobre isso? Eu realmente me sinto desconfortável quanto a isso. – Sorri sem graça.

_ Só fiquei curiosa, afinal você é lindo, deve ter garotas aos montes. – Ele deposita um beijo carinhoso em minha testa.

_ Não me importo com quantidade. Só procuro a pessoa certa para entregar o meu amor.

_ Que romântico. – Me afasto dos seus braços e me levanto. _ Eu não acredito no amor. – Ele se levanta em seguida.

_ Você não deve dizer isso Luce. Só dê uma chance para a pessoa que fazer seu coração acelerar.

_ Eu já fiz isso Mr. Dragneel. E a tal pessoa me magoou de tal forma e logo em seguida me abandonou. O amor é uma mentira. – Sinto suas mãos envolverem minha cintura e seus lábios depositarem beijos no meu pescoço e ombro.

_ Então ele não era a pessoa certa. Assim que você encontrar a pessoa certa saberá na mesma hora.

_ Será? – Ele beija o canto da minha boca.

_ Pode ter certeza que sim. – Ele pega em meu queixo e sorri. _ O amor ainda está reservando algo muito especial para nós dois Luce. – Sorrio de volta.

_ Sim, Mr. Dragneel....

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