História 9 Meses Para Aprender A Te Amar - Long Night

~ Lucy Povs ~

~ TOC TOC ~

_ Pode entrar. – Logo a porta é aberta. E a figura que vi a seguir não me agradou nenhum pouco. Revirei os olhos. _ O que você quer Sting? – Ele fecha a porta atrás de si.

_ Dar um oi talvez? Afinal você chegou da sua viagem e nem veio falar comigo. – Ele suspira. _ Essas coisas me entristecem. Primeiro você me dá um tapa na cara e depois viaja para fora do país e fica fora por meses. – Ri de canto. _ Não quero ser tratado assim pela minha querida priminha.

_ Querida priminha? Onde foi parar a vadia que faz sexo com qualquer um? – Ele ri de canto.

_ Oras, não vá me dizer que ficou ofendida com aquilo. Te chamei de coisas piores quando estávamos fazendo sexo. – Só de lembrar de tal ato senti um embolo no meu estomago.

– Quer que eu vomite novamente no seu pé? Se sim, pode continuar a falar sobre isso. – Ele senta na cadeira a minha frente.

_ Isso ai na sua barriga é seu almoço ou você realmente está gravida? – Ri espontaneamente.

_ Acho que comi demais. – O encaro. _ É claro que estou gravida, seu idiota.

_ De quem?

_ Natsu Dragneel. – Ele vira o rosto e solta um palavrão quase inaudível.

_ Tsc. Aquele garoto é esperto. Engravidar a presidente da Companhia foi jogo sujo. – Ri.

_ Acha que ele me engravidou de propósito?

_ Claro.

_ Ele nem sabia quem eu era quando tudo aconteceu. Foi pura coincidência.

_ Coincidência? Você é muito bobinha Lucy. – Apertei meus punhos.

_ Bobinha? – Ele se aproxima e me encara. Estava sério. Raramente via aquela expressão em seus olhos.

_ Seja sincera Lucy. – Nada disse. _ Tem certeza que esse filho não é meu? – Ele estava falando tão sério que não consegui nem rir ao ouvir tamanha idiotice. Apenas neguei com a cabeça ainda o encarando.

_ Não Sting, este filho não é seu.

_ Você mentiria caso ele fosse?

_ Talvez.

_ Então como posso ter certeza de que você está falando a verdade?

_ Teste de DNA. E é só calcular o tempo. Eu estou gravida de cinco meses e--- - Ele me interrompe.

_ E há exatos cinco meses nós transamos Lucy!

_ Claro que não. Foi há quatro meses que fizemos sexo. – Ele ri.

_ Você não se lembra?

_ Hã? Do que?

_ Você realmente não se lembra.

_ Não me lembro do que Sting?? – Eu já estava sem paciência. _ Do que está falando?

_ Lembra-se da festa na mansão dos Wegards?

_ Sim, claro que me lembro.

_ E há quanto tempo foi isso?

_ Cinco meses. Um pouco antes de eu ir para o Japão.

_ E como acha que tudo acabou? Você ao menos se lembra de alguma coisa? – Eu não me lembrava de nada.... era como se alguém tivesse jogado tinta branca na minha mente. Tudo estava apagado.

_ Eu me lembro de estar bebendo e-- -

_ E de começar a dançar comigo de um modo provocante, depois de ter tomado uma pílula de êxtase. – Levantei da cadeira e bati minhas mãos com força sobre a mesa.

_ Eu não sei aonde você quer chegar, mas cale a boca agora mesmo e saia da minha sala. – Ele se levanta também.

_ Nós transamos Lucy!

_ Saia da minha sala!!

_ Eu posso ser o pai do seu filho! – Não! Não! Ele estava errado! Era impossível! Impossível!

_ Eu fiz o exame de DNA. Usei o cabelo do Natsu, e foi compatível.

_ Ele pode ter subornado o médico para alterar o exame. Sabia que dinheiro compra tudo Lucy?? Você ao menos fez algum exame de sangue para ter 100% de certeza disso? Procurou outros médicos?

_ Natsu não faria isso. Ele nem sabia que eu estava gravida, para começo de conversa. –Sting solta um riso de puro sarcasmo.

_ É incrível o quanto ele conseguiu te transformar numa idiota que não questiona nada. Você acredita nele cegamente. Natsu Dragneel é homem, e homens fazem de tudo para ter o que querem. Inclusive mentir sobre ser o pai do seu filho. – Apertei meus punhos ainda mais. Minhas unhas, que eram grandes fincavam sobre a pele da minha mão rasgando-a lentamente e dolorosamente.

_ Natsu é diferente. Eu sei que ele jamais faria isso.

_ Você realmente ficou retardada depois de conhecer este idiota. – O encarei séria.

_ Se você não quiser levar outro tapa na cara acho melhor parar de falar assim sobre ele.

_ Tsc! – Ele se afasta e vai em direção a porta. _ Refaça os exames. Pegue meu cabelo, unha, sangue, o que você quiser. Eu vou com você. – Ri de canto.

_ Você quer tanto assim ser o pai do meu filho Sting? – O encaro. _ Isso não vai acontecer. – Ele nada diz, apenas abre a porta. E ao abrir a porta Erza entra quase de supetão. Com certeza estava encostada na porta tentando ouvir a conversa. Ri.

_ Desculpe Erza.– E Sting sai deixando uma Erza abobada para trás. Ela me encara.

_ O que houve com ele? Cadê as cantadas? Cadê os elogios? Cadê o ‘Quero te comer junto com a Lucy’? – Ri.

Sting tinha agido de uma forma que jamais imaginei que ele fosse agir.

_ Não sei. – Suspiro. _ Não consigo entender esse garoto.

_ É, ele é estranho mesmo, mas hoje ele estava mais estranho que o normal. – Ri.

_ E então, o que a senhorita deseja? – Ela se aproxima e coloca um monte de papel sobre a minha mesa.

_ Escolha um e me informe. – Suspirei vendo aquele amontoado de papeis.

_ Trabalho e mais trabalho. Por que você não vem me trazer, sei lá, um chocolate ao invés desses papeis chatos.

_ Por que esses ‘papeis chatos’ fazem parte do seu trabalho. Escolha logo e me diga, tenho que informar qual vai ser o cliente privilegiado que te terá como advogada. – Ri.

_ Claro, claro.

_ Bom, era só isso. Preciso ir, tenho uma reunião com o conselho agora.

_ Certo. – Ela se aproxima da porta. _ Erza! – A chamo antes que ela pudesse abrir a porta.

_ Sim?

_ Você acha que o Natsu é igual aos outros garotos? – Ela arqueia a sobrancelha.

_ Hã? Claro que sim. Homens são homens Lucy.

_ Você acha que ele seria capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer?

_ Pelo pouco que eu o conheço acho que sim. Natsu parece alguém que quando quer algo não vai parar até conseguir. – Até mesmo a Erza concordava com que Sting acabara de me dizer...

_ E-Entendo. – Sorri sem graça. _ Era só isso. Obrigada.

_ Tá. Não entendi nada, mas de nada. – E ela se retirou da minha sala.

**

_ É claro que estou gravida, seu idiota.

_ De quem?

_ Natsu Dragneel.

_ Tsc. Aquele garoto é esperto. Engravidar a presidente da Companhia foi jogo sujo.

_ Acha que ele me engravidou de propósito?

_ Claro.

_ Ele nem sabia quem eu era quando tudo aconteceu. Foi pura coincidência.

_ Coincidência? Você é muito bobinha Lucy.

_ Bobinha?

**

Não! Não e não Lucy Heartfilia!!

Pare de ficar pensando nessas merdas que o Sting falou!!

**

_ Ele pode ter subornado o médico para alterar o exame. Sabia que dinheiro compra tudo Lucy?? Você ao menos fez algum exame de sangue para ter 100% de certeza disso? Procurou outros médicos?

_ Natsu não faria isso. Ele nem sabia que eu estava gravida, para começo de conversa.

_ É incrível o quanto ele conseguiu te transformar numa idiota que não questiona nada. Você acredita nele cegamente. Natsu Dragneel é homem, e homens fazem de tudo para ter o que querem. Inclusive mentir sobre ser o pai do seu filho.

_ Natsu é diferente. Eu sei que ele jamais faria isso.

_ Você realmente ficou retardada depois de conhecer este idiota.

**

_ Maldito Sting!! – A raiva era tanta que quando percebi havia jogado o vaso de flores que tinha em uma das mesinhas do escritório na parede fazendo-o se quebrar por inteiro e molhar o carpete bege da sala. As flores voaram longe e caíram sobre o chão.

**

_ Tsc! Refaça os exames. Pegue meu cabelo, unha, sangue, o que você quiser. Eu vou com você.

_ Você quer tanto assim ser o pai do meu filho Sting? Isso não vai acontecer.

**

_ Garoto idiota!! Idiota!! – Agora pisava nas flores que haviam caído. _ Não existe a menor possibilidade de você ser o pai do Luke! Isso jamais iria acontecer! – Minha sala estava um caos. Cacos no chão, flores destruídas sobre o carpete bege o manchando e algumas gotas de sangue que sairá de minhas mãos quando finquei minhas unhas sobre elas.

Precisava me acalmar. Esse maldito do Sting só me deixou furiosa.

Olho para minha mão constatando o corte. Fui ao banheiro e lavei o machucado que ardeu quando entrou em contato com a água fria.

Peguei alguns band-aids que tinham ali e coloquei sobre o machucado.

**

_ E há exatos cinco meses nós transamos Lucy!

**

Olho para minha barriga e sinto uma enorme vontade de chorar.

Eu nem lembrava disso...

Isso não podia acontecer! O Dr. Merelo fez os exames, eu mesma levei o cabelo do Natsu para ele. Natsu nem ao menos o conhecia.

_ Que droga!! – Chuto outro vaso que cai sobre o chão derramando a terra de dentro de si sobre o toalete que havia em meu escritório.

Natsu Dragneel é o pai do meu filho... essa é a única certeza que tenho neste momento...

**

~ Natsu Povs ~

Gajeel se levanta com uma taça na mão.

_ Hey pessoal!! Quero propor um brinde. – Todos os encaram. _ Um brinde a nós, que conseguimos entrar nessa companhia que é super foda, que nos pagam bem, e a cada dia aumenta nosso conhecimento como advogados. Com certeza ainda temos muito a aprender, mas os poucos meses que estamos aqui está sendo foda. – Rimos.

_ Você também usa o termo ‘foda’ em suas audiências Gajeel?

_ Claro. – Rimos. _ Usei uma vez. Cheguei no Juiz e disse “Me perdoe Meritíssimo, mas é foda meu cliente ter que aguentar tamanha provocação.” – Todos caem na gargalhada.

_ E ai? Foi expulso da audiência?

_ Que nada. Acabei ganhando a causa. Ge He.

_ Ganhar uma audiência é coisa de homem.

_ Com certeza. – Os dois levantam os copos e brindam.

Posso parecer super despreocupado, rindo desse jeito e se divertindo com meus amigos de faculdade, e agora amigos de trabalho... mas a verdade é que estou atento a todos que entram no restaurante da Companhia, com medo de que seja Luce, e que ela veja Lisanna sentada ao meu lado, e neste momento me encarando sorrindo e tentando atrair meu olhar para seu decote, que não era nenhum pouco pequeno.

_ Ah, olhem aquilo!! –Mira aponta para TV, e assim que vejo arregalo os olhos...

“Lucy Heartfilia gravida!!”

Essa era a notícia.

_ Então a Lu-chan está mesmo gravida? – A TV estava com o volume baixo, então só era possível ver as imagens. _ Quem será o pai? – Merda! Merda! Merda! Eu não contei nada a ninguém, a não ser para o Gray. Nem mesmo a minha mãe sabe sobre essa história de eu ser pai, nem mesmo que eu e a Luce temos algum tipo de relacionamento.

_ Algum bilionário, com certeza. – Não Gajeel. Não era um bilionário, e sim um simples estagiário de advocacia.

_ Aw ela é tão linda. – Encaro a TV e várias fotos dela apareciam. Até mesmo em Paris tinham fotos dela. Ela era famosa por todo o mundo. _ Com certeza ficará ainda mais linda com barriguinha de gravida. – Sim Mira, devo concordar com você. Ela está ainda mais linda com barriguinha de gravida.

Preciso sair logo daqui, antes que....

_ AHH!! – Lisanna se levanta da mesa e aponta para a TV. _ Nat-kun? Você está aparecendo na TV. – E o que eu mais temia estava acontecendo neste exato momento.

Todos do restaurante olhavam para a TV, e inclusive um dos garçons aumentou o volume a pedido de um cliente, que era funcionário da companhia.

**

_ Sim pessoal, parece que os dois estão engajados em um romance adolescente. Foram vistos jantando em um restaurante, onde trocaram beijos e abraços. Seria esse o pai do filho de Lucy Heartfilia? Fontes confiáveis nos informaram que seu nome é Natsu Dragneel, e atualmente trabalha com Lucy Heartfilia, sendo um estagiário em sua companhia.

_ Quem disse que não pode haver romance entre patrão e funcionário está terrivelmente enganado.

_ Natsu Dragneel está sendo considerado um dos caras mais cobiçados de Nova York.

_ Também pudera, afinal roubar o coração de Lucy Heartfilia é algo que deve ser difícil e para poucos.

**

Agora todos do restaurante me encaravam, inclusive meus amigos, que estava a espera de uma resposta.

_ E-Eu preciso ir. – Olho para o meu relógio de pulso. _ Tenho uma audiência daqui quinze minutos e--- -

_ Você pode se atrasar em até meia hora Natsu. – Ela tinha razão.

Parte ruim de ter amigos da mesma profissão::: Não pode usa-la em uma mentira.

_ Natsu, você é o pai do bebe da Lu-chan? – Todos esperavam uma resposta minha, todos mesmo, inclusive os próprios funcionários do restaurante, que pararam tudo o que estavam fazendo para direcionarem sua atenção para mim.

Essa notícia da gravidez da Luce já foi divulgada para todo mundo, isso eu sabia. Porém em nenhum momento foi divulgado com 100% a verdade sobre eu ser o pai do bebe. Eram apenas fatos apresentados, sem confirmação nenhuma, e eu sei que se confirmasse agora isso iria mudar em segundos.

Eu não sabia o que fazer. Luce não ficaria brava, tenho certeza que não, então por qual motivo não quero responder essa simples pergunta? O quão difícil é responder ‘sim’?

_ É claro que ele não é o pai!! – Lisanna se levanta e bate as mãos com força sobre a mesa fazendo nossas taças balançarem e quase caírem.

_ Lisanna...

_ Ele só saiu com ela, só isso. Por que todos ficam dizendo que o Nat-kun é o pai do filho desta garota?? – Ela já estava quase chorando.

_ Liss...

_ Eu não suporto essa ideia do Natsu ser pai do filho dela!! Não suporto!! – Ela já gritava para todos ouvirem. Me levantei e fui ao seu lado. Precisava acalma-la.

_ Lisanna, eu---- -

_ O que está acontecendo aqui? – A voz masculina ecoa por todo o ressinto chamando a nossa atenção. Apertei os punhos assim que o vi.

_ Sting! – Sussurrei para mim mesmo. Ele olha para a TV e sorri.

_  Ah, agora entendi. – Ele encara a todos. _ A chefinha de vocês está gravida. Que bom que agora todos sabem. “Quem será o pai?” – Ele lê em voz alta o que estava escrito na TV. _ Será que sou eu? Hahaha. – Hã? O que aquele idiota estava falando.

Estava pronto para me levantar e mandar ele calar a boca e gritar para todos que o Luke era meu filho, mas antes que pudesse faze-lo uma ruiva surge por detrás dele lhe acertando um belo de um tapa em sua cabeça.

_ I-Isso doeu Erza, sua maldita!

_ Diga asneiras novamente e será bem pior. – Erza era medonha. Colocava medo em qualquer um. _ Achei que você tinha mudado um pouco.

_ Hã? Por que acha isso?

_ Por causa das coisas que ouvi mais cedo. – Ele arregala os olhos.

_ V-Você ouviu?? – Ela assenti com a cabeça. _ S-Sua idiota! Não é nada bonito ficar ouvindo a conversa dos outros.

_ Corrigindo: Ouvindo a conversa da minha melhor amiga/chefe com o otário do seu primo. Agora sai da minha frente. – Ela o empurra e passa por ele. Após coçar a cabeça preocupado ele sai do restaurante.

**

_ Corrigindo: Ouvindo a conversa da minha melhor amiga/chefe com o otário do seu primo.”

**

Melhor amiga... chefe... Era da Luce que eles estavam falando?

Me levanto da mesa sem pensar e vou até ela que pegava alguns salgados.

_ Erza, preciso falar com você. – Ela me olha e estava com uma torrada para fora da boca a deixando extremamente fofa.

_ Va, Vatvu. (*Ah, Natsu). – Ela retira a torrada de sua boca. _ O que foi?

_ Preciso falar com você. Se possível a sós. – Ela assenti com a cabeça.

_ Claro deixa eu só---- - Ela olha para frente e arregala os olhos ficando muda em seguida. _ J-J-Jellal??? – Viro para trás e lá estava ele, mais vermelho que a própria Erza. Ele acena de longe para ela.

_ O Jellal veio para um almoço de amigos da faculdade, quer se juntar a nós? – E sem delongas ela assenti com a cabeça. Sorrio. _ Ótimo. Vamos até a mesa. – E ela me acompanha. Jellal senta-se ao lado dela, eu também, afinal ainda queria perguntar sobre o que ela e Sting estavam falando.

_ Peço desculpas por me intrometer no almoço de vocês.

_ Você é bem vinda Erza. Adoramos sua companhia. – Ela sorri timidamente. Só mesmo o Jellal para deixar a ‘poderosa e amedrontadora’ Erza Scarlet agindo como uma adolescente apaixonada.

Em sua bandeja havia quase que um bolo inteiro de morango com chantilly. Me perguntava onde cabia tudo isso? Lucy também tinha um apetite voraz.

~ TRIM TRIM ~

Erza pega seu telefone.

_ Me desculpem, preciso atender.

_ Sem problemas Er-chan. – Levy e seus apelidos rs.

_ Oi, já decidiu? Hãa?? Você não pode estar falando sério. A audiência é daqui meia hora, como vai fazer a defesa em dez minutos? Que??? Já fez?? Ás vezes você me assusta, e muito garota. Então tá. Vou ligar para ele. Eu realmente acho que isso não será bom para você. Tá tá. – Ela suspira. _ Certo, vou ligar para todos. Boa sorte. – Ela encerra a ligação.

_ Tudo bem?

_ Lucy Heartfilia sempre me traz problemas.

_ O que tem a Luce? – Eu tinha que saber tudo sobre ela.

_ Dei seis relatórios para ela ler e escolher apenas um para defender, ou acusar. E a idiota me diz que vai ficar com todos os seis, incluindo um que a audiência será daqui meia hora. Ela pegou o relatório do caso não faz nem quinze minutos. – Ela suspira. _ Essa garota é louca.

_ Aw a Lu-chan é incrível. – Os olhos da Levy brilhavam, iguais o da Mira.

_ O pior é que vocês estão certas. – Erza ri de canto. – Ela é incrível.

_ Só podemos desejar boa sorte para ela nas audiências.

_ Sim sim. Vamos desejar boa sorte para a Lu-chan. Com certeza ela vencerá.

_ Sim. – Sorrimos.

_ Nee Erza, será que você saberia quem é o pai do bebe da Lucy? Afinal vocês são amigas. – Erza devora um pedaço de seu bolo de morangos. Tomo um gole de refrigerante.

_ Amigas não, melhores amigas. E sim, claro. – Ela me aponta com o garfo em suas mãos. _ É o Natsu. – Maldita hora que fui tomar aquele refrigerante. Engasguei ao ouvir aquilo e agora estou quase tossindo o meu pulmão para fora.

_ N-Nat-kun!! Aguente firme!! – Lisanna dava leves tapinhas em minhas costas tentando me desafogar. Mas o que acontecerá agora a pouco fora demais para mim.

_ Então o Salamander vai ser papai? Ge He. Meus parabéns Salamander.

_ Aw um bebe? Que fofo.

_ Você e a Lu-chan fazem um casal super lindo e fofo. – Já estava melhor depois do meu ataque de tosse. Encaro Erza que comia seu bolo como se nada tivesse acontecido. Ela me olha.

_ Ah, me desculpe. Não era para contar? – Suspiro e nego com a cabeça.

_ Tudo bem Erza, eu só não tinha dito a eles ainda. – Encaro meus amigos, e alguns curiosos que me olhavam de outras mesas. _ Como a Erza falou eu sou o pai do bebe que a Luce está esperando. – Os olhos de Mira e Levy brilhavam, enquanto de Lisanna brilhavam, mas de lágrimas. Ela se levanta e sai correndo dizendo coisas como ‘Eu vou matar aquele garota!’.

_ Perdoem a minha irmã. Parece que ela ainda não aceitou o fim do namoro de vocês Natsu. – Sorri de canto.

_ Foi ela quem trouxe o nosso namoro ao fim. Eu não podia ficar a vida inteira esperando por ela. Segui minha vida. – Gajeel se levanta e vem até mim me dando fortes tapas nas costas.

_ Ge He. Nem ligue para ela. E ai, como será o nome do garotão?

_ Luke. E como sabe que vai ser um garoto?

_ Palpite.

_ Vai ser um menino? – Assenti com a cabeça com um enorme sorriso em meus lábios.

_ Luke-kun? Que nome lindo.

_ Sim.

_ E como aconteceu? – Na mesma hora corei. _ Ara, ara. Eu sei como aconteceu, não precisa ficar vermelho Natsu. – Ela me dá um tapinha no ombro. _ Só queria saber como vocês começaram a namorar. – Erza ri.

_ Os dois estavam bêbados, então o Natsu não saberá responder isso. Ah, e vocês estão todos convidados para o chá de bebe. – Elas comemoram.

_ S-Sério? Eu vou amar ir. Vou comprar um presente lindo para o Luke-kun. – Agora que Erza tocou neste assunto pus-me a pensar. Eu havia esquecido totalmente essa história de chá de bebe.

_ Quando será?

_ Não sei. Lucy não quer fazer, mas ela irá. Mesmo que tenha que obriga-la. – Mesmo pronunciando tais ameaças ela continuava com um sorriso gentil no rosto. – E será em breve, pois logo logo ela completará seis meses de gravidez.

~ TRIM TRIM ~  

Agora era meu celular que estava tocando. Na tela estava indicava que era o Dr. Rogers quem ligava.

_ Me desculpem, preciso atender. – Eles assentem com a cabeça e me levantei da mesa.

[...]

~ Lucy Povs ~

_ S-Senhorita Heartfilia, muito obrigado por ter aceitado me defender nesta audiência.

_ Não se preocupe James. Eu sei que você não matou ninguém, e conseguirei provar isso a todos. Só fique tranquilo e deixe tudo em minhas mãos. – Ele sorri de um jeito contagiante.

_ C-Claro. – Me levanto após arrumar os papeis da mesa.

_ Preciso ir. Me ligue para agendarmos um dia para conversamos sobre a próxima audiência, que será daqui dois meses.

_ Sim senhorita. Eu ligarei. – Sorri.

_ Até mais James. – Ele acena e eu me retiro do salão.

Sentia olhares sobre mim e vários buchichos.

Pouco me importava, afinal lido com isso desde que tinha seis anos de idade. Mas agora eu sabia muito bem do que falavam, e o que olhavam...

Minha gravidez era o assunto mais comentado no momento.

Chego fora do fórum e abro um sorriso enorme ao ver a barraca de comidas que eu tanto amava ali aberta. Corri até ela.

_– Senhor Hiroko. – Ele se vira e me olha sorrindo.

_ Ahhh, Lucy-chan. Há quanto tempo.

_ Sim. – Me sentei em um dos banquinhos que tinha ali. Por sorte não havia ninguém.

_ E então, o mesmo pedido de sempre. – Sorri assentindo a cabeça.

_ Com certeza. O senhor é um único de Nova York que consegue fazer um *takoyaki delicioso. – Ele se vira para a chapa quente e começa a mexer a massa que estava em um recipiente.

_ Fico honrado em ouvir isso.

_ Com certeza trarei o Luke aqui. Ele precisa comer esse takoyaki delicioso.

_ Luke? Seu namorado, Lucy-chan? – Sorri.

_ Não. Luke é meu filho senhor Hiroko. – Ele se vira e me encara surpreso.

_ F-Filho? – Assenti com a cabeça. _ Não sabia que você tinha um filho. Onde ele está?

_ Ainda na minha barriga. Mas logo logo estará aqui comigo, comendo na barraca do senhor Hiroko.

_ Você está gravida?

_ Moo senhor Hiroko. O senhor precisa ver mais TV e ler jornais. – Ele ri.

_ Me perdoe, mas não gosto de TV. – Ele retorna sua atenção a chapa quente que agora já moldava meu takoyaki. _ E onde está o pai do pequeno Luke?

_ Deve estar no escritório da companhia.

_ E qual o nome dele? – Ri.

_ Natsu Dragneel.

_ Traga-o aqui também Lucy-chan. Será um prazer conhecer seu namorado.

_ Pode deixar.  – Ele ajeita os bolinhos em uma embalagem de isopor e logo o coloca em minha frente. Os bolinhos estavam tão quentes que até saiam fumaça, e como estávamos próximo do inverno aquela sensação de comer algo quentinho era maravilhosa. _ Hmm, realmente são os melhores. – Só o cheiro já me fazia salivar. Assopro um dos bolinhos e levo a boca, comprovando o que tinha dito agora a pouco. _ Aww eles estão mais deliciosos ainda. – Ele ri. _ Senhor Hiroko, faça dez caixinhas para viagem.

_ Claro Lucy-chan.

[...]

Já estava no meu apartamento, e fiquei tantas horas na barraca do senhor Hiroko comendo takoyaki que nem havia notado como o tempo passou, e agora já era quase nove horas da noite.

Olho para o celular e rapidamente disco o numero que estava em primeiro lugar em meus contatos.

Depois de três toques ele atende.

_ Luce?

_ Onde você está?

_ Já estou no apartamento.

_ Por que não veio para cá?

_ Nossa, eu esqueci. Mas hoje estou muito cansado, pode ser amanhã? – Suspirei.

_ Você está bravo comigo ou algo assim? – Ele se surpreendeu.

_ Hã? Claro que não. Só estou cansado mesmo. – Não tinha jeito. Teria que apelar.

_ Natsu, o Luke está me deixando mal novamente. Preciso de você. – Tentei fazer a voz parecer a mais chorosa possível.

_ L-Luce!! E-Estou indo, espere ai. – Ele já estava desesperado.

_ Tá. – Encerro a ligação.

Eu me sentia mal de mentir para ele, principalmente se tratando do nosso filho, mas eu precisava falar com ele.

[...]

~ TOC TOC TOC ~

_ Luce, sou eu. – Me levanto do sofá e abro a porta. Sorrio quando o vejo ali na minha frente. Sem nem perceber já tinha corrido para abraça-lo.

_ Eu queria te ver. – Ele retribui meu abraço. Seu peito levantava e abaixava rapidamente. Estava sem folego.

_ Você está bem? O Luke está bem? – Abaixei a cabeça.

_ Me desculpe, mas eu menti. Não estou sentindo dor, e o Luke deve estar ótimo. – Ele me afasta de seus braços e me encara bravo.

_ Que? Você mentiu? – Assenti com a cabeça. _ Céus Luce! Você está ficando louca? Você tem noção de como eu dirigi para chegar aqui o mais rápido possível? Tudo porque eu achava que você e meu filho estavam mal, e agora você diz que mentiu?

_ Me desculpa. Mas eu queria ver você. – Ele suspira irritado.

_ Chega desses seus mimos. Eu vou embora. – Ele tenta se afastar, mas sou mais rápida e o abraço por trás.

_ Por favor Natsu, fica. Eu já pedi desculpas. – Ele me solta.

_ Nunca mais brinque com isso, ouviu?

_ Prometo. – Ele suspira, mas dessa vez era de alivio.

_ Que bom que você está bem. – Ele me abraça forte. _ Que bom. – Sorri e retribui seu abraço.

_ Eu estou bem, e o nosso Luke também. – Ele se afasta um pouco, o suficiente para nos encararmos.

_ Erza disse a todos os que eu sou o pai do Luke. – O empurro lentamente para dentro e tranco a porta.

_ E isso não é bom? – Ele sorri.

_ É ótimo. Só estava com receio de isso lhe trazer algum problema.

_ Que problema? Você é o pai do Luke. Todos devem saber disso. – Certo...?

**

_ Ele pode ter subornado o médico para alterar o exame. Sabia que dinheiro compra tudo Lucy?? Você ao menos fez algum exame de sangue para ter 100% de certeza disso? Procurou outros médicos?

**

Maldito Sting! Saia da minha mente!

_ Luce? – O encaro e sorrio.

_ O-Oi? Então, vamos comer? Você deve estar com fome.

_ Eu já jantei, mas aceito seu convite.

_ Ótimo. – Me solto de seus braços e vou até a mesa da sala de jantar e pego as embalagens de takoyaki que havia comprado do senhor Hiroko. _ São takoyakis, os melhores daqui.

_ Óh, takoyakis? Desde que vim pra cá não comi mais. – Lhe entrego um dos potinhos.

_ O senhor Hiroko é realmente bom no que faz.

_ Parecem deliciosos.

_ Um dia eu te levo lá na barraca dele para conhecê-lo.

_ Irei cobrar hein. – Sorrio.

_ Já que não fomos ao cinema, que tal vermos um filme aqui mesmo? Minha TV é grande, e o som é ótimo.

_ Claro. – Pegamos os outros potes de takoyaki e fomos para a sala. Nos sentamos no sofá e colocamos o takoyaki mais um jarra de chá verde na mesa de centro. Liguei a TV.

_ Qual filme quer ver?

_ Hm, que tal O Senhor dos Anéis?

_ Ótima escolha. – Logo encontro o filme e dou play.

O filme dá inicio, e também começamos a devorar os deliciosos takoyakis do senhor Hiroko.

_ Natsu, hoje eu te contarei tudo sobre a minha vida. – Nos encaramos. _ Lhe contarei tudo sobre minha família, amigos, ex-namorados. Tudo o que você quiser saber eu direi.

_ Certo. – Ele sorri. _ Obrigado por querer dividir isso comigo.

_ Já passou da hora de você saber um pouco mais da sua namorada e mãe do seu filho.

_ Com certeza. – Sorrio.

_ Deixe-me ver por onde começo...

Realmente será uma noite longa...

**