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História A Acompanhante - Justin Bieber - Capítulo 24


Escrita por: KetleyHage

Capítulo 25 - Capítulo 24


Fanfic / Fanfiction A Acompanhante - Justin Bieber - Capítulo 24

[14° noite]

Estava distraída desde o momento em que cheguei, nem me dei conta do grande vestido que estava sobre minha cama.

Justin sabe que estou mentindo. Por que não consigo mentir pra ele?

Respiro fundo, tenho trinta minutos para estar pronta pra um baile de máscaras que nem eu sei de quem é. Talvez seja da Patrícia, os eventos dela são diferentes de simples jantares.

Aproveitando que já havia tomado banho, me sentei em frente a penteadeira e comecei a ondular as pontas de meu cabelo com o babyliss.

E mais uma vez sou tomada por minhas memórias e paranoias.

Lembro-me que ainda na França, tínhamos muitos homens de terno andando pela casa, principalmente quando papai ficou fora por uma semana. Será que essa uma semana que ele ficou fora estava em algum tipo de missão?

Lembro também de uma noite em que ouvi minha mãe fazendo uma oração. Pedindo para que papa voltasse para casa, para mim, para ela... Naquela noite fiquei inquieta, maman nunca se demonstrou religiosa, ou, nunca uma mulher fanática religiosa. Tínhamos algumas imagens espalhada pela casa como decoração, mas nunca tinha visto mamãe orar.

Depois daquela noite comecei a sair de minha cama depois que ela me colocava para dormir, nas noites que papa não estava em casa. E todas essas noites ouvia suas orações pedindo proteção para ele e para que o trabalho dele não nos fizesse nenhum mal.

Teve uma vez que inventei de esperar papa chegar em casa. Fora uma dura batalha comigo mesma, já que naquele dia havia passado o dia todo a brincar na caixa de areia e no balanço que tínhamos nos fundos da casa, estava cansada mas isso não me impediu de ficar acordada, claro que com a ajuda de alguns copos de energético que roubava da geladeira.

Muitos diriam que papai poderia estar traindo minha mãe, com suas noites fora de casa. Mas o pensamento desta hipótese nunca se passou por minha cabeça de criança ingênua.

Todos os dias ao acordar era recebida por um coral de "bom dia" dos meus pais. Dava-se para ver de longe que papai amava minha mãe. Seus olhos brilhavam quando se falava o nome dela.

Maman me contou uma vez a história de como eles se conheceram; foi no colegial. Papai era aquele típico garoto encrenca que todas garotas da escola babavam, exceto por minha mãe. Ela nunca se interessou por playboys, isso foi o que fez papai prestar mais atenção sobre ela.

Mamãe dizia que sua vida era focada nos estudos, já que seus pais queriam que ela tivesse uma boa formação, então ela não se dava ao luxo de se apaixonar por qualquer um.

Entre risos e olhares apaixonados ela me contou que papai sempre que podia ia encher-lhe a paciência na área verde da escola, onde ela gostava de ficar.

Papai dizia que não tinha como não se apaixonar por Charlotte, uma ruiva de olhos claros. Mamãe dizia o mesmo de papai, um loiro de olhos castanhos.

Ela disse que sofreu na mão das meninas que queriam Willis só para elas, mas Lotte não ligava para elas, papai sofreu para conquistar a honra de um primeiro encontro com ela. Ele a levou a um lago, mamãe claro que se fez de difícil. Só vieram ter seu primeiro beijo no terceiro encontro.

Mais uma prova de que para Willis, Charlotte era a mulher da sua vida. Papai foi o primeiro homem na vida da minha mãe, e mamãe foi a primeira mulher que fez meu pai ver o lado bom da vida.

Foram três anos de namoro, quatro meses de noivado, e onze anos de casados, até o acontecimento do fatídico acidente que os tirou de mim.

Acho difícil de acreditar que papai era líder de uma gangue. Mas recordando agora das noites em que presenciei minha mãe fazendo suas orações pela vida e segurança dele... Já não sei o que pensar ou acreditar. Talvez ele fora o líder dos Meute, talvez não... Isso só saberei quando chegar a Versalhes.

Me olho uma última vez no espelho, meu vestido vermelho com um corte acima do joelho na parte da frente e com uma longa cauda na parte de trás combina com meu salto alto agulha preto da sola vermelha.

No meio do processo do babyliss eu desisti, fiz-me um coque frouxo com algumas mechas soltas, coloquei um par de brincos vermelhos e um colar de pedras da mesma cor. Minha máscara quebrava um pouco do avermelhado, ela era preta com algumas pedras de brilhantes combinando com as que completavam o par de brincos.

Com uma maquiagem para realçar meus olhos e uma batom rosa quase nude, meu look da noite estava completo.

— Aimee? – Ouço a voz de Justin do outro lado da porta. — Está viva? Já se passou uma hora. Você está muito atrasada.

— Droga! – Digo baixo. — Calma, só me deixa pegar o celular – pego o aparelho sobre a penteadeira, não irei levar carteira ou bolsa. Pego o batom e coloco entre os seios.

Ando em direção a porta e a abro. Justin está escorando suas costas na parede de seu quarto enquanto mexe em seu celular.

Ele fica lindo com essa roupa, o deixa ainda mais sexy.

— Está pronta? – Desliga a tela do aparelho e me olha pela primeira vez desde que abri a porta. Sua boca mexe, mas nenhum som é emitido por ela.

— O que foi? Tá ruim? Exagerei na maquiagem? Se quiser eu tiro – digo já voltando para dentro do cômodo.

— Não! – Segura minha mão.

— Então o que foi Justin? – Faço bico.

— Você está perfeita – me olhou nos olhos enquanto seus dedos colocavam uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.

Sorrio para o loiro a minha frente. Receber esse elogio dele fez meu dia melhorar.

Com seu sorriso lindo, Justin foi chegando seu rosto cada vez mais perto do meu, até nossos narizes se encostaram, logo com nossas bocas fazendo o mesmo.

Seus lábios tocavam os meus com delicadeza, com carinho, com amor? Estávamos indo com calma, mas ao mesmo tempo era algo intenso, fazendo meu coração acelerar cada vez mais. Esse beijo está sendo algo diferente dos outros.

— Senhor Bieber? – Uma voz desconhecida se fez presente. — Oh, me desculpe.

Justin separou nossos lábios com calma, distribuindo alguns selinhos por minha boca, o que me fez sorrir. — O que foi, Frederick? – Perguntou ainda me olhando.

— A senhora Mallette está a sua procura e a procura da senhorita Aimee.

— Diga a ela que já estamos descendo – o rapaz assentiu e começou a andar para o final do corredor. — Preparada?

— Para que exatamente?

— Para sua festa de aniversário – sorriu como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo.

— Fe-Festa? – Minha confusão é mais que nítida. Eu não esperava por isso. Nem em sonhos. Pensei que ele havia esquecido já que de manhã não mencionou nada. — Que festa Justin?

— Sua festa que está rolando lá em baixo – piscou-me um olho. — Um baile de máscaras para ser mais exato.

— Um baile? – Olhei para a máscara que estava em sua mão. — Não creio!

Sem que eu mesma me dê conta, círculo o pescoço de Justin com meus braços. — Obrigada – digo em seu ouvido. — Sempre quis uma festa de aniversário assim – depositei um beijo em seu pescoço. Justin circulou seus braços por minha cintura dando ainda mais força ao abraço.

— Não precisa agradecer meu morango. Eu faria qualquer coisa por você – disse calmamente. Acho que ele não se deu conta do que havia dito no momento, pois logo fingiu uma tosse. — Bom, pegue sua máscara, temos uma festa lhe esperando – se separou de mim.

Ainda meio confusa acenei com a cabeça e entrei novamente no quarto para pegar a máscara que estava sobre a cama, retoquei o batom e sai do quarto. Bieber me esperava já na escada. Sorriu e pegou a máscara de minha mão a colocando delicadamente em meu rosto, logo pôs as sua e então pegou em minha mão me ajudando a descer. Descer essas escadas com esse vestido não é fácil.

Os olhares foram todos direcionados a nós, a música que tocava um pouco alta teve seu volume reduzido. Ryan estava no final da escada, com um microfone em suas mãos, o qual foi passado para Justin assim que chegamos ao final da mesma.

Ryan me deu um beijo na bochecha. — Você está linda – sorri em agradecimento e o rapaz se afastou.

— Bom... – Justin começou a falar no microfone. — Hoje é um dia muito especial para mim e para minha namorada, Aimee – nesse instante reconheci o rosto de Caitlin entre outros na multidão, ela estava sem a máscara, o que facilitou ver seu olhar de desgosto. — Hoje a garota que faz meus dias mais felizes está completando anos. E com esse baile de máscaras que vamos comemorar essa data tão especial...

Justin continuou falando mais algumas coisas que acabei nem ouvindo por causa da minha distração em tentar reconhecer alguém daquela festa.

Tentei, mas não reconheci ninguém, ou quase ninguém. De longe vi Lola com Andrew, estavam abraçados próximos a uma das janelas. Lola me mandou o sorriso reconfortante, junto a Andrew. Queria que Clair estivesse aqui...

— Aproveitem a festa – ouvi Justin dizer o final de seu discurso. Espero que ele não venha me perguntar o que eu achei, já que não prestei atenção em nada.

— E então, o que achou? – Droga! Acho que minha cara de espanto me entregou enquanto íamos de encontro a Pattie.

— Ahn, eu... Ah... Bom... – Sorrio sem graça por não saber o que dizer.

— Relaxa Aimee, sei que não ouviu o que eu disse, você estava muito ocupada procurando a sua amiga Lola – sorriu divertido.

— Idiota – dou um leve tapa em seu braço.

— Aimee – ouço a voz de Patrícia. — Oh, minha querida, parabéns – me puxou para um abraço. — Não sabia que estava fazendo dezenove anos – nos separou. — Muito nova para me dar netos. Talvez quando você tiver vinte um ou vinte e dois – fez cara de pensativa.

Ouvi a risada de Justin e logo o infeliz traidor saiu me deixando sozinha com sua mãe. — Ahn... Foi a senhora que organizou essa festa?

— Se me chamar de senhora mais uma vez não irá completar vinte anos– me olhou seria o suficiente pra me passar o devido medo com sua ameaça, mas logo sorriu brincalhona. — Bom, a maioria foi o Justin e os meninos, ajudei em pouca coisa.

— O Justin organizou isso? – A mais velha assente. — De onde tiraram a ideia para o baile de máscaras?

— Bieber disse que você estava lendo Cinquenta Tons de Cinza aos olhares do Grey, aí lembrei que no Mais Escuros tem um baile de máscaras. Só juntamos o útil ao agradável – sorriu simpática. — E o que está achando?

— Estou achando tudo muito lindo – digo com um sorriso sincero. — Muito obrigada Pattie, nem sei como lhe agradecer.

— Tem um jeito.

— Qual?

— Fazendo meu filho feliz – piscou. — Bom agora eu vou indo andar um pouco, até daqui a pouco.

Isso me deixou meio desconfortável, por saber que isso tudo não passa de uma mentira. Esse namoro é uma mentira, mas o que eu sinto por Justin não.

Queria que você estivesse aqui Morena, você me ajudaria a entender tudo isso. Mas se você estivesse aqui... Eu não estaria aqui... Eu não teria Justin ao meu lado mesmo sendo uma farsa. Uma mentira que está me fazendo feliz de verdade depois de todos esses anos.


Notas Finais


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