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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Epílogo


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???

Não imaginam como estou com meu coração apertado, por saber que essa história está terminada. Ao mesmo tempo que é uma sensação de dever cumprido, também é angustiante saber que ela realmente se foi... está concluída.

Obrigada de todo o meu coração, todos que acompanharam essa fanfic. Agradeço também a todas as pessoas que comentaram, fazendo meus dias ficarem mais alegres e incríveis com as coisas que vocês sempre me escreviam. Não imaginam como me sinto abençoada por ter tido a honra de ter vocês como meus leitores. Só espero que não me abandonem agora, que leiam minhas outras histórias — inclusive o oneshot que fiz especialmente para vocês. Vou deixar o link de tudo nas "notas finais".


Realmente espero que gostem desse epílogo, fiz com todo amor e carinho que tenho por vocês!
Bjs!

Capítulo 28 - Epílogo


 Ato I – Sasuke

 

Por um momento pensei que ficaria de fora desta história. Quero dizer; todo mundo ficava me enchendo o saco, falando sobre como era bom ter alguém para poder compartilhar a vida, enquanto eu sequer conseguia entender o que isso realmente significava. Não via qual era a graça em ter alguém no seu pé, te fazendo dar explicações o tempo inteiro. E com certeza não gostava de ideia de ter que ficar com uma só pessoa, isso era loucura.

 

Com tanta mulher gostosa por aí, louca para dar, eu ia me amarrar para quê?

 

Nasci em um berço de ouro, mas isso não significa que minha vida foi fácil. Meu pai nunca me enxergava, minha mãe não tinha tempo para mim, e o único que parecia me entender, também era aquele que eu julgava ser o culpado pelo desamor de meus pais para comigo.

 

Meu irmão, Itachi, sempre tentou ser próximo de mim, me apoiando até mesmo quando ninguém mais o fazia, só que eu tinha muita mágoa dele. Eu me esforçava ao máximo em tudo o que fazia, mas nunca era enxergado por ninguém, enquanto ele conseguia cativar as pessoas até quando estava mal-humorado. Aquilo era terrível para mim. Então ele cometeu um deslize.

 

Achei que daí por diante minha vida mudaria, que eu começaria a ser reconhecido pelas coisas que fazia. Mas nem deu tempo de isso acontecer. Itachi ficou tão apavorado por ter ferrado com a empresa do nosso pai, que saiu para beber. Ele não ia em festas, nem mesmo durante sua adolescência, mas nesse dia ele jogou tudo para o alto e sumiu. Meus pais descobriram onde ele estava e seguiram desesperados ao encontro dele. Nesse dia meus pais morreram em um acidente terrível. Os dois foram velados com os caixões lacrados.

 

Eu estava sozinho. Meu irmão se culpava, e eu o culpava. Não sabia como gerenciar a galeria de artes da família sozinho, então conheci um dos agenciadores que atendia meu pai; Orochimaru. Ele me ensinou tudo o que eu precisava saber, e eu o recompensei indicando seu trabalho para inúmeras galerias e artistas que conhecia. Acabamos nos tornando parceiros.

 

Começamos a sair para caçar quase toda a noite, só que depois de um certo tempo, as mulheres que encontrávamos na rua já não estavam mais me satisfazendo, antão ele me falou sobre uma agência, mais especificamente sobre uma garota que trabalhava nela, Karin.

 

Ela era uma das pessoas mais idiotas que eu já tinha conhecido em toda minha vida, mas isso não me importava desde que ela fizesse tudo o que eu quisesse na cama. E ela fazia. O problema é que eu sabia que não podia confiar nela, a garota era muito complicada, mas acabei me acostumando.

 

Então Orochimaru me chamou para jantar com ele, logo em um dia que Karin e eu havíamos marcado um encontro. Ele resolveu que chamaria uma acompanhante para ele também, assim ficaríamos iguais. Aquela mulher era linda demais, eu não consegui me conformar em ter pensado isso ao vê-la, então tentei ao máximo odiá-la.

 

Não foi muito difícil.

 

Sakura evitava o tempo inteiro olhar para mim, e quando olhava me encara com a cara feia. Mulher nenhuma tinha feito aquilo antes, na verdade elas sempre acabavam baixando a cabeça. E como se isso não bastasse, Orochimaru ficava buzinando em meu ouvido o quanto estava gostando de ficar com ela. Aquilo estava me corroendo, me fazendo ficar inda mais chateado.

 

O que Orochimaru tinha, que eu não tinha?

 

Então minha situação começou a ficar ainda pior, estava afogando todas as minhas mágoas do passado no sexo, mas isso estava virando uma obsessão sem limites, começando a atrapalhar meu trabalho. Eu não estava conseguindo me focar em absolutamente nada, só pensava em comer. Se eu via uma cadeira eu pensava em amarrar aquela diaba rosa nela, se eu via uma estante de livros, pensava em comer ela em pé, escorada na prateleira. Estava realmente louco, perdendo completamente meu juízo por uma garota mimada e estúpida.

 

Não teve jeito, precisei de ajuda. Eu tinha perdido três vendas em menos de duas semanas, porque tratei os clientes mal, isso tudo porque estava me sentindo sexualmente frustrado. Foi humilhante chegar na reunião indicada pela minha terapeuta, mais ainda quando vi Orochimaru lá dentro. Só pensava em dar meia volta e ir para casa, só que resolvi encarar. Estava ficando doido.

 

Para minha completa surpresa, eu não era o único a estar obcecado por ela. Meu amigo também estava com problemas parecidos, e o pior é que ele ainda usava uma maconha acelerada. Tsunade, a mediadora da reunião, era uma mulher muito coerente e inteligente, parecia falar tudo o que eu precisava ouvir sempre. Mas era sair da reunião que tudo voltava, e eu descontava minha situação toda na Karin. O problema é que deveríamos fazer nossos exames a cerca de um mês, mas eles estavam atrasados, estava sendo imprudente de todas as formas. E quando dei por mim, estava com um pequenino machucado no saco. Fiquei louco ao ver aquilo, não tinha me machucado, tinha certeza. 

 

Então veio a notícia, eu estava com sífilis. Tentei contatar Karin diversas vezes, mas ela estava me ignorando. E eu sabia que tinha pegado a doença através dela, até porque era só com ela que eu ficava. Não tinha tempo para ficar atrás de outras mulheres, e me acostumei com o profissionalismo das acompanhantes.

 

Fui obrigado a contatar Mei, a agenciadora dela, porque uma semana já tinha se passado e Karin sequer apareceu para tentar se explicar. Minha vida virou um inferno. Estava doente. E como se não bastasse, eu, um cara adulto, tendo que me virar com os cinco dedos porque a porra da camisinha me brochava. Era azar demais. Muita humilhação para uma pessoa só.

 

Não teve jeito, precisei usar o serviço online de acompanhantes. Assistir filme pornô era triste, usar minha imaginação também não era muito legal. E para meu total e completo desespero, não consegui me segurar ao ver que Pink também trabalhava usando o site, e enviei uma solicitação pedindo por seus serviços.

 

Eu estava muito fodido.

 

Fiquei ainda mais depois que contei para Orochimaru que estava fazendo sexo virtual com ela. Ele pirou, tinha brigado com a garota fazia pouco tempo. Mas depois acabou se conformando, e rindo da minha cara por eu ter usado o nome de um quadro, para não dar o meu verdadeiro. Riu ainda mais quando eu disse que não mostrava o meu rosto. Ele tinha me dito que Sakura não queria me ver nem pintado de ouro, então não tive outra alternativa.

 

Não sabia o motivo de aquela garota ter tanta raiva de mim.

 

O tratamento me deixava esgotado, as vezes parecia que tinham formigas caminhando por dentro do meu corpo, minha cabeça doía constantemente. Estava sendo muito difícil e, para minha surpresa, Sakura acabou me ajudando a superar toda aquela dor que eu sentia, mesmo sem saber pelo que eu estava passando.

 

Ela me ouvia, sem me interromper para falar sobre besteiras ou coisas fúteis, e se sentia tão à vontade conversando comigo que me contava sobre sua vida, sua infância. Isso tudo era uma distração para meus problemas. O sexo já não era mais só pelo prazer, eu ficava excitado porque tinha vontade de ter ela comigo, falando todas aquelas palhaçadas que me faziam rir até mesmo quando eu tinha acabado de chegar do hospital e tomado uma daquelas injeções horríveis.

 

Ela estava me cativando de uma maneira incrível, eu não queria admitir isso, mas mentir para mim mesmo era difícil.

 

A minha lesão sumiu, mas o tratamento ainda não tinha terminado, então segui com aquela rotina irritante de medicações. Até meu médico suspender o uso de todos os remédios e pedir meus exames. Ele disse que tinha quase cem por cento de certeza que eu estava curado. Mas quase, não é certeza absoluta. Ainda assim, aproveitei que faria meus exames e resolvi chamar Sakura para sair comigo.

 

O problema é que os exames dela, assim como os meus, demorariam um pouco para ficarem prontos, e eu teria que me esforçar para não passar dos limites enquanto não tivesse certeza real sobre minha cura. E ainda tinha que pensar em como ela reagiria ao ver que Susanoo, na verdade era eu.

 

Foi difícil, o nosso primeiro encontro quase foi para o ralo por diversas vezes. A garota era teimosa demais, muito cabeça dura e orgulhosa. O problema é que eu gostava daquele jeito determinado que ela tinha, jeito de quem nunca desiste. E... Porra! Não tinha outra maneira, eu precisava ficar com ela, mesmo que isso servisse para mostrar que aquela atração que eu sentia era física e mais nada. Ou que só fiquei daquele jeito por não ter aceitado a rejeição.

 

Eu tentei, lutei contra meus instintos de todos os jeitos, com todas as forças que tinha. Mas ver ela fazendo birra, manha na minha frente, querendo cuidar de mim, ainda por cima sem calcinha... Não deu. Eu não era tão forte assim. E aquele foi o orgasmo mais gostoso que eu já tive em toda minha vida.

 

Caralho...! Não era só coisa de pele. Eu queria mais, queria ela só para mim. E ter ficado com ela durante o banho só reafirmou o que eu sentia.

 

Mas ela descobriu tudo. Que eu poderia estar doente.

 

Fiquei me sentindo a pior pessoa que existe na face da Terra. Estava com muito medo ter contaminado ela, sim, de ter estragado a vida de uma pessoa por causa da minha fraqueza. E ainda me sentia mal com a hipótese de ela não querer me olhar na cara nunca mais. Foi terrível e, para completar, ainda sofremos um acidente.

 

Culpa minha. Eu era um canalha, ela não me merecia.

 

Mas ainda assim eu a queria.

 

Ela era mais forte do que eu imaginava, compassiva também, já que mesmo depois de tudo o que aconteceu de errado entre nós, ainda assim ela aceitou me ouvir. Que puta alívio aquilo me deu. Mas me deixou nervoso também, até porque eu sabia que não tinha justificativas suficientes para usar pelo que fiz e, mesmo se tivesse, sabia que nenhuma seria o suficiente.

 

Você deve ter ficado com raiva de mim, não é mesmo? Mas é fácil julgar quando não se vê o outro lado da moeda!

 

Eu também estava me odiando, e ao mesmo tempo que queria muito o perdão dela, entenderia bem se ela não o desse... sabia que merecia ser punido, mas... acho que já não conseguiria mais ouvir um não da boca dela.

 

Então ela fez de novo, bancou a mimada marrenta outra vez. Eu não aguentei, não ia conseguir mais ficar sem aquela desgraçada me atormentando com suas besteiras, com suas conversas sem nexos, piadas sem graça, sem seu corpo, com seus cabelinhos de boneca, seu sorriso sapeca... Não poderia simplesmente desistir. E então todo aquele barraco foi armado dentro da minha galeria, e se aparecesse mais uma pessoa ali eu nem sei onde colocaria minha cara.

 

Ela me fazia passar por cada coisa...

 

A viagem para a casa dos pais dela não foi muito legal no começo, ninguém me queria ali — a não ser o Sai que não parecia enxergar um palmo a sua frente. A situação estava estranha, mas eu estava tentando me redimir, reparar meus erros. Me sentiria um covarde se ao menos não tentasse. E no fim, tudo acabou dando certo. Quero dizer, quase tudo.

 

Tivemos que dormir com a porta do quarto aberta, e mesmo se os pais dela tivessem permitido que fechássemos, nãos poderíamos ter feito nada demais — não tudo que eu queria ao menos, não com Ino e Sai dormindo lá com a gente. Aqueles encostos resolveram dormir lá, mesmo depois de a Ino ter feito as pazes com os pais. Mas já era um começo.

 

O tempo foi passando e fomos ficando cada vez mais próximos. Mas aquela peste não dava o braço a torcer, voltou a trabalhar como acompanhante depois de duas semanas que voltamos da casa do pai dela. Não dava para ficarmos juntos daquele jeito. Não mesmo. Não tinha nada contra ao trabalho de acompanhante, mas agora ela estava comigo e eu a queria só para mim.

 

Brigamos. Brigamos feio. E resolvi que não ia mais procurar por ela, mesmo que isso me corroesse por dentro. E eu sei que me corroeria. Então, dois dias depois ela me ligou, e marcamos de jantar juntos. Eu não sei o que aconteceu, que bicho mordeu ela, mas ela parecia enfim estar começando a enxergar a realidade, e disse que se eu a quisesse ainda, ela sairia do serviço de acompanhante. Quis matar ela naquele momento. Não entendia como ela podia ser tão... Suspirei profundamente e me levantei da mesa, deixando o dinheiro do jantar em cima da mesma.

 

Droga, por mais que eu estivesse com raiva dela, só pensava em levar ela para minha casa e acabar com toda aquela briga de uma só vez. Mas Sakura pareceu não ter entendido muito bem, e eu tive que praticamente arrastar ela para fora do restaurante, como fiz no nosso primeiro encontro.

 

Agora, cinco anos depois, minha casa estava toda marcada de lembranças. Se olhasse para a pia do banheiro, lembro que já transamos lá, se para a garagem... já transamos lá. Já transamos até no meu escritório da galeria, e o pior é que foi durante uma festa, onde várias pessoas transitavam por ali, e quando terminamos descobrimos que sequer havíamos lembrado de trancar a porta.

 

Ela continuava sendo minha obsessão, só que agora era só minha. E, não, eu não parei de tentar me redimir, ainda sentia que tudo em mim tinha que ser para recompensar ela do mal que a causei.

 

Ela ficava perturbando minhas ideias com suas coisas malucas, mas eu já não me importava mais. Tínhamos nos adaptado um ao outro muito facilmente. Mas isso não significa que ela aceitou ser minha namorada, na verdade ela nunca admitia na frente de ninguém isso, o que me incomodava muito. Eu que tinha que tomar a frente e me impor.

 

Mas depois acabei deixando isso para trás também, até porque as coisas foram mudando... Ela vendeu o Iate para se manter até conseguir um outro emprego, depois começou a trabalhar como auxiliar de Madara, então suas mudas de roupa começaram a ficar na minha casa... até o dia que eu disse para ela alugar o apartamento que ela tinha e ficar lá comigo — sendo que ela já dormia na minha casa todos os dias, só ia para seu apartamento pegar uma coisa ou outra. Ela cedeu com mais facilidade do que imaginei que iria.

 

Era uma louca!

 

Depois de três anos morando juntos, pedi ela em casamento. Sakura disse que queria um tempo para pensar, e até hoje, um ano depois, ela ainda não tinha me dado resposta. Eu não me importei, sabia que independente de uma assinatura no cartório, ela continuava sendo minha. Só minha. E agora estávamos comemorando a inauguração da clínica dela. Ela estava realmente feliz, principalmente depois que descobriu que eu tinha comprado a passagem para seus pais virem. Estava todo mundo lá, na minha casa. Um monte de loucos. E ela estava do meu lado. E eu estava amando ver os olhos dela brilharem com tudo aquilo.

 

Caralho... Eu estava mesmo amarrado!

 

Ato II — Ino                                                                            

 

Você ainda deve estar se perguntando o que aconteceu na galeria há anos atrás, e o motivo de Sakura ter aceitado o Sasuke viajar com a gente para ir nas bodas da mãe dela, não é!?

 

Não se preocupe! Vim aqui para mostrar como tudo aconteceu...!

 

Depois de tudo o que minha amiga me contou, até parece que eu simplesmente deixaria ela ficar naquela galeria sozinha com aquele psicopata. Desci do táxi uma esquina depois, ligando para Sai para saber onde ele estava. Antes de chamarmos o táxi, eu já tinha enviado uma mensagem para ele, pedindo por reforços. Ele já devia ter chegado.

 

Fiquei observando aquela montanha do segurança de longe. Sasuke deveria ser um louco mesmo, hoje, no nosso mundo moderno, com tanta tecnologia e ele ainda me coloca uma merda de um guarda-roupas gigante, vestido de pinguim para proteger sua fortaleza! Teria que conseguir encontrar um jeito de distrair aquele cara ou então não conseguiríamos entrar para espiar.

 

Sai não atendeu o celular, e eu fiquei me segurando para não roer as minhas unhas. Fui andando lentamente até a galeria, já tentando bolar algum plano. Mesmo se meu namorado não aparecesse eu entraria lá sozinha, mas não deixaria minha amiga correndo perigo de jeito nenhum.

 

— Ei!

 

— Aiii!!! — gritei, colocando as mãos para o alto, sentindo meu corpo tremendo.

 

— Que foi, Ino? Sou eu! — Me virei e dei dois tapas no peito dele.

 

— Mais que droga, Sai, já te disse pra parar com essa mania besta de assustar as pessoas — falei nervosa, ajeitando minha bolsa no ombro.

 

— Eu não quis te assustar!

 

— Por que está sussurrando desse jeito? E porque está vestido que nem um ladrão? — perguntei, vendo ele com calça e blusa de moletom preto e um capuz na cabeça.

 

— Sei lá, você me mandou uma mensagem doida, falando de arrombar um lugar. — Ai que bonitinho!!! Ele seria capaz de cometer um crime por mim! Meus olhos brilharam.

 

— Ai, Sai... Só você. Mas nós temos um problema — falei, olhando para trás onde o segurança não mexia um músculo sequer.

 

— E agora? — ele perguntou.

 

— Não sei. Vamos lá, posso tentar ludibriar ele, mas não sei se vai dar certo.

 

Começamos a andar em direção ao homem, e eu sequer imaginava o que diria para ele. Estava nervosa, mas não podia deixar de me preocupar com minha amiga. Precisava dar um jeito de contornar aquela situação e estar pronta para socorrer ela, caso precisasse. Parei na frente daquele cara musculoso, e o Sai ficou do meu lado, rindo que nem um idiota para o homem.

 

— Posso ajudar? — ele perguntou sério, sua voz era pura testosterona. Mas algo me dizia que ele deveria tomar bomba...

 

— Então, moço... Eu fiquei de encontrar com uma amiga na galeria — disse, olhando para dentro do lugar.

 

— Sinto muito, mas tenho ordens para não permitir a entrada de ninguém.

 

— Ah... moço, qual é! Vai me dizer que minha amiga não entrou aí? — ele continuou sério, sem dizer uma palavra sequer em resposta. E eu suspirei pesadamente. — Uma bonitinha, de cabelos rosas — insisti.

 

— Sinto muito. Realmente não posso permitir que ninguém entre.

 

Então ouvimos um barulho. Tinha certeza de que aquilo era um tapa — tinha experiência com brigas de sobra para saber disso, quando fazia meu ensino médio. Olhei desesperada para Sai, ele não pareceu entender na hora, mas depois assentiu para mim e simplesmente deu um soco na cara do gigante. Eu fiquei pasma. Coloquei minhas mãos na boca, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. O cara estava no chão.

 

— Sai... — sussurrei.

 

— O quê? Ele não ia deixar a gente passar! — ele disse, rodeando o homem no chão e estendendo sua mão para mim.

 

— Porra, de onde você tirou tanta força? Nocauteou o cara.

 

— Fazia quique box. Parei tem três meses por causa de uma distensão muscular — ele explicou, enquanto começávamos a nos esgueirar pelo local.

 

A discussão dos dois era audível, mas não conseguia entender nenhuma palavra que eles diziam, então subimos as escadas de vagar. Até porque eu não queria atrapalhar minha amiga em nada, só queria ter certeza de que ela não se machucaria. Mas quando chegamos no andar de cima, Sasuke estava prendendo Sakura na parede, enquanto ela se debatia, tentando se livrar do beijo que ele a dava.

 

— Seu desgraçado dos infernos! Solta ela agora! — gritei, indo na direção dele, que rapidamente a soltou, olhando assustado para mim, e para Sai, que me seguia. — Se tocar nela mais uma vez... Meu namorado te mata! — gritei.

 

— Eu? — Sai perguntou assustado.

 

— É claro, sua anta. Entra no clima! — sussurrei para ele.

 

— É... Eu.. eu te mato! — ele disse de forma estranha, jogando a mão para frente que nem um hepper retardado, enquanto Sakura e Sasuke ainda olhavam assustados para nós.

 

— Ino... — minha amiga sussurrou.

 

— Não se preocupa, esse cara não encosta em você mais — disse, indo em direção a ela e agarrando em seu braço.

 

— Mas que merda está acontecendo aqui? E por que meu segurança deixou vocês dois entrarem? — Sasuke perguntou aos berros, até que mais alguém entrasse.

 

— Kakashi? — todos nós falamos em um coro, nos entreolhando depois. Eu reconheci ele pelos cabelos grisalhos e a máscara estranha, Sakura porque já ficou com ele, mas os outros dois eu não sabia.

 

— Vocês se conhecem? — Sakura perguntou, soltando meu braço e indo para o meio da "rodinha deformada" que se formou ali.

 

— Ele é dono da empresa responsável pela segurança da galeria — explicou Sasuke.

 

— Eu sou o advogado dele — Sai justificou.

 

— Já chamei a ambulância, acho que ele vai ficar bem — um cara de sobrancelhas grossas disse para Kakashi, entrando no grande salão. — Sakura? — perguntou espantado.

 

— Rock Lee? — ela disse, parecendo um tomate maduro de tão vermelha.

 

— Sasuke, o que aconteceu com o segurança? — Kakashi perguntou.

 

— Como assim o que aconteceu. Eu não sei... — Sasuke olhou para Sai, e para mim depois, praticamente nos acusando com seus olhos amedrontadores.

 

— Não foi a gente! — me apressei em mentir.

 

— Não... Acho que não. Vai ficar tudo bem! — ouvimos, e todos olhamos em direção a escada, onde duas cabeleiras pretas começavam a despontar, revelando dois homens.

 

— O que essa cobra está fazendo aqui? Eu sabia que você não valia nada! — gritei para Sasuke, ao ver Orochimaru. Nunca me esqueceria dele depois de sua invasão na casa da Sakura.

 

— Itachi? — Sakura falou, olhando para o outro homem, que me lembrava de ter conhecido ele na boate em que nos encontrávamos antes de ela começar a trabalhar como acompanhante.

 

— Vocês estão de sacanagem comigo, né? Que porra é essa? — Sasuke perguntou.

 

— Essa porra... — Sakura apontou para o homem que a desvirginou — ela estava apontando para o nada na verdade, mas tá bom, eu entendi o que ela queria. — Ele tem nome. É Itachi, e é seu irmão! — ela gritou nervosa.

 

— Tudo bem, Sakura. Eu posso ir embora — Itachi falou. Tadinho... tão bonzinho!

 

— Se ele for embora, eu também vou — Sakura fez birra, batendo o pé no chão e cruzando os braços, olhando para Sasuke. E eu, já não estava entendendo mais nada.

 

— Se quiser podemos colocar todo mundo pra fora — Rock Lee falou.

 

— Vocês dois trabalham juntos? — Sai perguntou, apontando para o sobrancelhudo e o mascarado.

 

— Sim, estamos fazendo uma parceria de negócios agora — Kakashi respondeu.

 

— Olha, Sakura, eu não tenho nada pra falar com ele — Sasuke respondeu, se referindo ao irmão. — E você? O que está fazendo aqui? — perguntou para Orochimaru.

 

— Clama, Sasukezinho... Fomos na sua casa e você não estava, achei que estava resolvendo alguma coisa aqui — Orochimaru respondeu.

 

— Tá mais por que trouxe ele? — perguntou, se referindo ao irmão de novo.

 

— Acho que deveriam fazer as pazes — Orochimaru disse em resposta.

 

— Também acho — Sakura concordou.

 

— Eu também. Euem, se não fala nem com o irmão, então porque acha que pode tentar se explicar para minha amiga? — gritei.

 

— Menos, Ino. Você também não fala com sua mãe — a ingrata da minha amiga falou.

 

— Boa noite, gostaríamos de saber alguma referência do senhor lá embaixo — uma voz feminina falou.

 

— Tentem? — Sakura perguntou assustada. — Isso é alguma conspiração contra mim? — ela questionou nervosa.

 

— Você conhece ele, Sakura? Nossa, menina, é bom te ver! Quanto tempo! — a mulher, vestida de socorrista falou, entrando no meio da rodinha e abraçando Sakura, que ficou meio nervosa. — Neji vai adorar saber que te encontrei.

 

— Onde ele está? — Sakura perguntou.

 

— No trabalho ainda. Quando trabalho a noite ele aproveita pra ficar até mais tarde no escritório.

 

— Pode resolver isso? — Sasuke perguntou para Kakashi, que acenou positivamente para o mesmo, começando a deixar a sala junto com a socorrista, afim de ajudar o pobre do segurança.

 

— Boa noite, ainda quer que espere? — Gaara apareceu, perguntando para o sobrancelhudo. E foi aí que comecei a suar frio. — Sakura? — ele perguntou espantado!

 

— Ga-Gaara! — ela disse sem graça, com todos a olhando.

 

— Não vou demorar. Pode me esperar, por favor — Rock Lee respondeu ao ruivo, que deu uma última olhada para mim e minha amiga antes de sair junto com seu cliente. Ficamos num silêncio estranho depois disso, até Sakura voltar a se pronunciar:

 

— Então, você. Faça as pazes com seu irmão —  disse para Sasuke.

 

— Não vejo pra que isso — ele respondeu emburrado.

 

— Ele é seu irmão — Sai se intrometeu.

 

— Verdade cara! — Orochimaru concordou.

 

— Desalmado! — falei, revirando meus olhos.

 

— Pelo que eu entendi, é o sujo falando do mal lavado — Sasuke me provocou.

 

— Então vamos apostar! — disse, estendendo minha mão direita para ele.

 

— Apostar o que, garota? — ele perguntou.

 

— Eu te desafio. Se fizer as pazes com seu irmão, faço com minha mãe. — Eu sei que não foi muito inteligente falar aquilo, já que na verdade só estava procurando um jeito de me encorajar e falar com dona Inoichi... já que minha passagem já estava paga para lá mesmo!

 

— Feito! — ele disse, apertando minha mão com força, enquanto todos — to-dos — ficamos surpresos. Acho que até ele mesmo.

 

— Agora sim! — Sakura sussurrou.

 

Caramba, minha testuda estava apaixonada mesmo!

 

Primeiro achei que era uma lágrima... mas depois percebi que era brilho! Os olhos dela estavam brilhando enquanto olhava para o canalha do Sasuke!

 

Depois de toda aquela confusão, Sasuke realmente fez as pazes com seu irmão, não teve pedido de desculpas nem nada, só trocaram apertos de mãos, ambos parecendo extremamente envergonhados. Depois Sasuke conversou com Kakashi e o cara da sobrancelha, que logo em seguida foram embora.

 

 Minha cabeça estava explodindo por causa daquele auê todo, mas acabamos nos juntando e indo para o bar que tinha a três quadras dali. Sasuke, Sai, Orochimaru, Itachi, Sakura e eu. Tomamos todas, e como eu não ia ficar para trás no desafio que fiz, já comecei a esquematizar um pedido de desculpas para minha mãe.

 

Durante toda aquela conversa e bebedeira, eu quase cometi um grande erro, mencionando a primeira vez de Sakura, mas minha amiga era esperta e soube contornar. Claro que ela não ia querer contar para Sasuke e Itachi que a primeira vez dela foi com o irmão mais velho. Então, antes das três da manhã chegar, Sasuke resolveu que iria com a gente também. Foi uma guerra, porque eu não queria, e como Sakura não parecia fazer muita questão da presença dele, fiquei o provocando quanto pude. Até que as quatro horas da manhã fomos embora, cada um para sua respectiva casa. Mas logo nos reencontramos no aeroporto. O resto vocês já sabem como foi!

 

Agora as coisas estavam bem mudadas. Minha amiga concluiu a faculdade dela, e eu a minha. Sai e eu estávamos firmes e fortes, noivos e maravilhosos e o Sasuke... bom ele continuava rabugento, mas fazia minha amiga muito feliz!

 

Sakura estava radiante, havia conseguido concluir seu sonho depois de muita luta e perseverança. Daqui a um mês era a minha formatura como enfermeira, então eu era, oficialmente, a primeira funcionaria da minha amiga, que concluiu sua graduação como ginecologista. No começo ela não pensava e se especializar nisso, mas depois de todas as coisas que passou, sua cabeça mudou muito.

 

Ela trabalhou com Madara durante muito tempo, e ele, como um médico experiente, a ensinou muitas coisas. Mei estava na festa de comemoração, já que Sakura fez uma parceria com ela. Essa parceria consistia em um desconto de cinquenta por cento nas consultas para as acompanhantes, o que era algo maravilhoso. Entrei nessa vida ainda antes que a Sakura, e sabia sobre a dificuldade que tínhamos de encontrar um profissional da área ginecológica na qual sentíssemos real confiança para poder nos abrirmos.

 

Os pais de Sakura estavam lá com a gente, assim como todos aqueles malucos que invadiram a galeria do Sasuke naquela noite confusa. Hinata ligou mais cedo para parabenizar nossa amiga, mas infelizmente não pôde vir, já que Boruto e Himawari, sua filha mais nova, estavam com virose. Parecíamos todos uma grande família. Estávamos realmente felizes.

 

— Você já revisou o contrato daquele artista que te falei? — Sasuke perguntou.

 

— Já, está tudo certo — Itachi o respondeu, tomando um gole de seu whisky em seguida. 

 

— Dá para conversar sobre trabalho em outro momento, por favor?! — Sakura bradou, se mexendo desconfortavelmente no sofá. — Sasuke?

 

— Humm?

 

— Sabe aquela proposta que você me fez? — ela questionou.

 

— Que proposta, amiga? — perguntei, levantando meu copo vazio para Sai, que estava conversando com Kizashi, pedindo com o gesto mais uma cerveja para mim.

 

— Eu aceito — ela disse, me ignorando completamente, ao responder olhando para Sasuke.

 

— Aceita o quê? — ele perguntou, enquanto eu já estava com um sorriso de orelha a orelha, entendendo tudo.

 

— A proposta... Você sabe! — ela disse sem graça, e ele continuou sem entender, até o momento em que suas sobrancelhas se arquearam e um sorriso bobo brotou em sua face. — Eu aceito! — ela repetiu em um sussurro. Não pude aguentar, levantei do sofá correndo e gritando empolgada:

 

— Dona Mebukiiiiii... A Sakura vai se casar!

 

Fim!


Notas Finais


É isso aí gente! Espero que tenham curtido! Esses dois não poderiam ficar de fora dessa história, não é! rsrsrs


Minha one shot, assim como minhas outras histórias para vocês:


Uma submissa em mim – Oneshot
https://spiritfanfics.com/historia/uma-submissa-em-mim-9163313


Corações divididos – Itasaku
https://spiritfanfics.com/historia/coracoes-divididos--sakura-e-itachi-itasaku-6796287


Quase sem querer – Kakasaku
https://spiritfanfics.com/historia/quase-sem-querer-sakura-e-kakashi-kakasaku-6635848


Grãos de areia – Gaasaku
https://spiritfanfics.com/historia/graos-de-areia--sakura-e-gaara-gaasaku-7611998


Minha virgem preferida — Rivamika
https://spiritfanfics.com/historia/minha-virgem-preferida-levi-e-mikasa-8515951


Mais uma vez, obrigada a todos. Foi uma honra.

Siga-me no Insta: @karimyrevisa


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