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História A acompanhante - Because of you


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


voltei amores, obrigado por estarem acompanhando a historia, viu? amo ocês ♥

Capítulo 12 - Because of you


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Because of you

 

“Havia rosas no meu cabelo, rock n roll, e eu estava encrencada. Ninguém podia me balançar como você fez, eu era uma menina má que ficou boa. Olhe para mim agora, eu tenho tudo. Você me deu tudo isso e agora meu coração pode cantar...”

Eu parecia uma estátua. Parada ali na frente dele, nua, segurando o lençol branco para cobrir o meu corpo enquanto ele estava ajoelhado na minha frente segurando minha mão direita e com um sorriso bobo (e lindo) no rosto. Por alguns segundos eu desaprendi a falar, as palavras pararam na minha garganta formando um nó difícil de desatar. Ai meu deus! Jared Leto estava me pedindo em casamento e eu estava parada feito uma estátua.

-Para de pensar e responde logo, acaba com meu sofrimento. Sim ou não? – ele falou um pouco desesperado.

Finalmente o ar voltou a circular nos meus pulmões.

-Claro que sim. – falei quase gritando, não posso negar que todo o meu consciente dizia ‘não’ mas todo o resto do meu corpo dizia ‘sim’. É difícil explicar a minha decisão, mas eu o amava e para isso não há explicações. Nossos sorrisos iam de orelha a orelha. Jared se levantou e me pegou no colo me beijando, depois me deitou na cama novamente retirando todo o lençol e passando a mão sobre meu corpo.

Então ouvimos batidas na porta.

Droga!

-Srta. Robbie, acabou o horário de visitas. – ouvi a voz da enfermeira soar.

-Já estamos saindo. – respondi, Jared ainda beijava meu corpo. Levou mais alguns minutos para finalmente nos soltarmos.

-Eu vou trazer um anel de noivado para você, o mais lindo de todos. Um que combine com seus olhos brilhantes. – ele disse antes de sair, me fazendo rir.

-Não quero diamantes, quero apenas estar com você.

Ele ia saindo mas voltou me agarrando.

-Você é a mulher mais linda, maravilhosa, interessante e incrível que eu já conheci, e nesse momento, Margot Robbie, você está me fazendo o homem mais feliz do mundo.

-Você é incrível, sabia? – o beijei novamente. – Agora vá e compre o nosso anel.

Ele beijou minhas mãos e saiu, exalando felicidade e alegria. Eu poderia dizer que ele era a pessoa mais feliz do mundo naquele momento mas isso era impossível, pois eu era essa pessoa. Meu coração pela primeira vez parecia que ia explodir por tanta felicidade, me belisquei algumas vezes para saber se aquilo era um sonho, mas não era. Eu ia me casar com Jared leto. Íamos ter um filho juntos e nada nem ninguém podia impedir isso.

Isso só me deu forças para continuar com o tratamento contra os vícios, me animou de maneira sobrenatural. Fazia tudo o que me mandavam fazer, tomar remédios, terapias, exercícios, tudo. Enquanto minha barriga crescia saudavelmente, no meu sétimo mês de gestação eu me sentia uma baleia, enquanto Jared e os outros me mimavam o tempo todo.

Durantes os sete meses que fiquei confinada naquela clínica Jared ia me ver quase todos os dias, me enchendo de presentes e mimos, o que tornava toda aquela situação mais suportável. Era tão bom estar com ele, sentir seus beijos, seus abraços, ouvir sua voz e saber que eu era dele e ele era meu, e ninguém nunca ia mudar isso. Deixamos a notícia de nosso noivado em segredo, as pessoas não precisam saber por enquanto.

-Está com fome? – ele me perguntou enquanto entravamos no hospital. Não podíamos estar mais ansiosos, era o dia de saber o sexo de nosso filho.

-Já disse que não – respondi rindo – poderia tentar conter sua curiosidade?

Ele me deu um belo sorriso.

-Minha mãe queria vir.

Eu torci o nariz pensando em Constance.

-Para me tratar mal? – falei.

-Ah, não ligue para ela, você sabe que eu te amo e nada que ela disser vai mudar isso, não sabe?

Toda vez que ele dizia as palavras “eu te amo” meu coração parava de bater por alguns instantes e eu soltava um sorriso bobo. Como ficar com raiva quando ele me tratava daquela forma? Jared me ajudou a subir as escadas para sala do ultrassom, a médica pediu para que eu me deitasse.

Estava tão nervosa que comecei a tirar o esmalte azul de minhas unhas.

-Aqui está o pezinho... A mãozinha – a médica falava, lagrimas brotaram em meus olhos me fazendo parecer boba. – Bom, vocês tem uma linda menininha.

-Uma menina? – falei emocionada. Jared me beijou contente. O Sexo do bebê realmente não me importava, tudo que me importava era se ele teria saúde, eu havia parado com as drogas ah alguns meses mas ainda tomava drogas prescritas por médicos. Será que isso interferiria em alguma coisa? Voltei para a clínica extasiada, minha mãe nunca foi muito presente, me abandonando aos quinze anos, nunca soube o que é ter o amor de um pai ou de uma mãe, tudo isso era inédito para mim, não tinha ideia de como seria ser mãe, mas a certeza que tinha era de que eu amaria minha filha mais do que qualquer coisa nesse mundo. Ela e Jared eram os meus tudo.

-A Agencia está indo muito bem, Margot. Temos atraído bastante clientes e nas últimas três semanas tivemos que contratar mais cinco garotas, por que não estamos dando conta. – falou Lizzy contente.

-Sim, Angelina e Daniel devem estar se corroendo de raiva! – falou Marina – muito dos clientes deles estão vindo para nós.

-Isso é incrível – eu dizia, mas nada era mais satisfatório do que ouvir do meu médico que em poucas semanas eu receberia alta. Uma semana depois de descobrir o sexo do meu bebê meu quarto estava cheio de coisas de bebê, sentia que as meninas amariam minha filha como verdadeiras tias.

-Margot, confessa para a gente... Você e Jared tem alguma coisa?

-Porque está perguntando isso, Mary?

-Nos últimos sete meses ele não saiu daqui.

-Ele está preocupado com a filha dele – disse, não pude arrumar uma desculpa mais inútil.

-Sei. – foi a vez de Lizzy se pronunciar.

Eu não aguentava esconder nada delas, elas eram minhas melhores amigas. Então mesmo contra os pedidos de Jared, eu resolvi abrir o jogo.

-Tudo bem, tudo bem, aliás, não tem como ficar mentindo para vocês. Jared e eu noivamos ah quase um mês.

As duas levaram as mãos até as suas bocas e arregalaram os lindos olhos.

-Como você escondeu isso da gente? – brigou Lizzy.

-Desculpe, Jared e eu não quisemos fazer disso uma grande notícia.

-Pelo menos finalmente você admitiu que ama ele.

Eu ri.

-Como não amar?

-Cheguei Maggotizinha – ouvimos a voz de Cara e em menos de um segundo ela adentrou o quarto seguida por Jared. Mal o vi e corri para seus abraços atrás de seus doces beijos. Ele acariciou minha grande barriga e deu o que eu tanto queria.

-Vocês dois são muito melosos – falou Cara – suas coisas já estão prontas? Ah, oi meninas. – cumprimentou minhas amigas.

-Estava terminando de arrumar – falei dando um passo para frente, no mesmo segundo uma dor tomou conta do meu ventre, parei colocando minha mão na barriga.

-Tudo bem? – perguntou Jared.

-Só uma contração – falei tentando convencer mais a mim mesma do que a ele. Só que não era só uma contração, o sangue que escorreu pela minha perna me comprovou isso. Passei a mão no sangue que escorria e olhei para minha mão ensanguentada.

-Jared... – foi o que consegui pronunciar, logo a dor voltou novamente e eu não contive um grito agudo. Era como se tivessem dando facadas dentro do meu ventre.

-Liguem para a emergência – ele ordenou, me pegando antes que eu caísse no chão. – Esquece, eu mesmo a levarei para o hospital. – ele disse me pegando no colo e correndo como louco para a saída da clínica, eu gritava, quase me contorcendo, Chorava, morrendo de medo de que estivesse perdendo minha filha. Não meu deus! Estava indo tudo tão bem, por que isso agora? Jared me enfiou no banco de trás do carro, Lizzy adentrou segurando minha mão com força. Cara correu para o banco da frente e Jared deu partida, os minutos até chegarmos a o hospital mais próximo pareciam durar uma eternidade, eu clamava para que deus ou qualquer ser que existe, que não deixasse eu perder minha filha, era meu bem mais precioso.

Novamente eu estava sendo carregada por ele, correndo para dentro do hospital clamando por ajuda. Fui rodeada por um bando de enfermeiras e médicos que me levaram correndo para sala de parto.

-Margot, precisamos fazer seu parto agora, entendeu? – eles me posicionavam, eu apenas sacudi minha cabeça. Gritei novamente de dor. O que era aquilo? – Vamos lá Margot, empurre.

Reuni todas as forças existentes em meu corpo e fiz o que a médica ordenou, quando eu fazia força a dor parecia se tornar cada vez mais insuportável. – Vamos Margot – e empurrei de novo, e no minuto seguinte senti meu corpo perder as forças do corpo, como se fosse desmaiar, a enfermeira ao meu lado segurou minha mão.

-Você não pode desmaiar, a vida desse bebê depende de você. – ela falou.

-Cadê... Jared... – eu falei.

-Força, Margot. – a médica disse, e eu tive que fazer força de novo. Alguém correu e chamou por ele, e ele apareceu, tomando o lugar da enfermeira e segurando minha mão.

-Hey, você vai ficar bem. – ele disse acariciando meus cabelos, suados. Comecei a chorar instantaneamente, ainda fazendo força para que finalmente meu bebê pudesse nascer. Fiz força novamente e finalmente minha filha nasceu, eu ouvi o choro e tombei minha cabeça sobre a cama, aliviada, Jared sorriu olhando para ela, e então o choro parou tentei me levantar para ver o que havia acontecido mas vi tudo ficar escuro e apaguei.

 

***

Acordei com um impulso, sentei-me na cama respirando forte. O quarto estava escuro e eu estava tomando soro, olhei em volta e não havia ninguém, retirei as agulhas de meus braços e me levantei caminhando em passos leves para fora, eu vestia uma roupa de hospital branca. Caminhei pelo corredor escuro procurando alguém mas estava tudo quieto demais, quando virei-me para entrar em um outro corredor me deparei com uma enfermeira.

-O que está fazendo aqui? Está tarde, precisa voltar para o seu quarto. – ela disse.

-Onde estão todos? – Questionei.

-Estão dormindo, ainda é 4:00, venha você precisa dormir também.

Então eu passei a mão na barriga e me lembrei, minha filha, o choro dela, a correria, Jared. Logo comecei a ficar assustada e desesperada.

-Onde está minha filha? Onde está meu bebê?

-A Srta. Precisa descansar, amanhã falaremos sobre isso. – insistiu ela.

-Falar sobre o que? – fiquei mais desesperada ainda – me diz, onde ela está? – A enfermeira se deu por vencida e soltou um suspiro, ficou um tempo em silencio como se estivesse pensando no que me dizer, ou como me dizer o que me deixou mais aflita ainda, o silencio dela estava me matando.

-A Sua filha está bem. – respondeu – e vai continuar bem, mas você precisa descansar. – disse pacientemente – o seu marido nos recomendou que descansasse e disse-nos que amanhã ou seja, hoje ele estaria aqui cedo por vocês duas. Agora vá descansar.

Vencida pela enfermeira voltei para o meu quarto batendo o pé, as palavras dela tinha me deixado menos preocupada mas mesmo assim eu precisava ver minha filha, tentei descansar para poder vê-la logo no dia seguinte mas quem disse que eu conseguia dormir? Me virava de um lado e me virava de outro mas o sono tinha me abandonado fazia tempo, então apenas aguardei as horas passarem escrevendo uma música. Quando finalmente tudo clareou e as pessoas começaram a sair de suas camas eu me levantei e comecei a me arrumar a espera de Jared que não demorou muito para chegar, ele tinha um semblante triste.

Quando entrou no quarto a primeira coisa que fez foi me abraçar com força e eu devolvi o abraço, quando nos soltamos perguntei o que tinha acontecido e ele apenas chamou a médica.

-Margot, tivemos algumas complicações no parto. Sua placenta estourou e a bebê acabou engolindo muita sujeira.

-Sujeira? – perguntei confusa.

-Algumas coisas que podem ser encontradas no organismo.

-Você quer dizer remédios e etc? – falei entrando em pânico. Jared suspirou fundo.

-Qualquer coisa que estiver no seu organismo, Margot. – ela foi mais clara. – e Jared nos comunicou sobre o seu uso de drogas, sabe que algumas drogas levam tempo para saírem do organismo, certo?

Meus olhos se encheram de lagrimas. Certo, eu quase matei minha filha.

-Já faz alguns meses que eu não uso nada.

-A bebê ficará bem, apenas uma semana em observação enquanto cuidamos dela. Mas você já pode ir para casa. – disse séria.

-Não vou sair daqui sem minha filha – falei relutante.

-Estou te dando alta. – ela disse assinando uns papeis. Olhei para Jared dessolada, ele apenas me abraçou. A médica saiu do quarto deixando-nos a sós.

-Eu machuquei ela, Jared?

-Não, não – ele me abraçou mais forte – ela vai ficar bem.

O Abraço dele era tão aconchegante, tudo nele era aconchegante naquele momento. Ele secou uma lagrima minha com o polegar e me deu outro belo sorriso.

-Temos que escolher um nome.

-Eu gosto de Dolores. – falei, ele fez uma careta, sorriu mas segurou minhas mãos.

-Então ela será nossa pequena Lola. 


Notas Finais


gente, esses pequenos trechos no começo dos capitulos são músicas que eu amo.
Vou começar deixar o nome das músicas aqui. Esse trecho é da musica Because of you, da lana del rey ♥


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