História A Amante - Capítulo 2

Investidores de vários continentes encontravam-se presentes na mesma sala. A cadeia de hotéis de Uzumaki Naruto era reconhecida a nível internacional, já fora renomeada várias vezes pela qualidade dos serviços prestados, pelas instalações, era raro o cliente que não se encontrava satisfeito no fim da sua estadia.

Mas, apesar de terem na sua frente uma fonte de ouro, os empresários não conseguiam tirar os olhos de Sakura. Já perdera a conta de quantas vezes tivera de repetir respostas. E, para ser sincera, estava a começar a perder a paciência. A rosada sempre teve noção que era bonita, não era convencida, era realista. Sabia que isso atraía atenção indesejada. Mas acreditava que um pouco de controle era fundamental, especialmente quando o assunto central envolvia milhões e milhões de dólares.

- Como estava referindo, estamos apostando o nosso marketing nas redes sociais, tentando alcançar todos os jovens que desejam se hospedar a um preço acessível. A nossa ideia é começar a criar albergues da juventude em Nova Iorque, Flórida e Califórnia, para além das nossas instalações existentes.

- E qual será o benefício para o investidor? – Gregory Smith, uma fonte milionária no setor eletrónico britânico. O loiro ia se pronunciar sobre os termos provisórios, mas os olhos negros do homem de 31 anos nem sequer se preocuparam em procura-lo. A rosada era quem tinha toda sua atenção. E essa realidade o fez ficar irritado. – Menina Haruno? Diga-me. Se investir nestes albergues, o que irei ganhar?

A rosada fitou o loiro, confusa perante a ação do britânico. Os olhos azuis de Naruto encontraram os seus, quase como se estivessem ardendo com ódio. Engoliu o seco e respondeu à questão, explicando todos os pontos provisórios, reforçando que qualquer um estava aberto a negociação de valores. Reforçando as escolhas das localizações com dados e factos, a reunião terminou e os resultados eram positivos. Vários estavam interessados em fazer parceria com o Uzumaki. A aposta mais lucrativa sairia vencedora, obviamente.

- Você é a nossa arma secreta. – A Haruno sentiu uma respiração em sua nuca. Seus olhos encontraram o rosto pálido, acompanhado de cabelos negros. Uchiha Sasuke, companheiro de negócios de Naruto.

- É dinheiro fácil, eles sabem isso. E com o crescimento que o setor turístico tem apresentado nos últimos anos, não tem como negar que o retorno será rápido.

- É verdade. Mas para além disso, um desses senhores poderá ter a honra de partilhar o mesmo espaço que você Sakura. Acredito que essa possibilidade pese bastante no momento de escolha.

A rosada revirou os olhos. – Eu não faço parte da oferta.

- Acho que eles já a incluíram baby. Mas sabe que isso poderia ser resolvido facilmente. – Ela ergueu sua sobrancelha, questionando o moreno. – Aceite um jantar comigo.

- E como é que isso iria resolver o meu problema? – Suas orbes verdes decifravam todo o desejo presente no rosto de Sasuke. Desde que se lembra, o Uchiha sempre insistiu num relacionamento entre os dois.

- Honestamente, não irá resolver Sakura. Mas posso lhe prometer uma noite inesquecível. – Falou, soltando um sorriso de canto. – É só me dar uma chance.

- Acho isso difícil. Para além demais, não sou fã de cantinas baby. – Repetiu a alcunha do moreno, tomando um gole da bebida que tinha sido servida, e viu seu rosto ficar mais pálido que o normal. A Haruno revirou seus olhos. Era incrível a insistência de Sasuke, mas era ainda mais impressionante o facto de ela acreditar que ele iria se cansar. Do canto do seu olhar notou vários investidores fixando seus olhares sobre ela. Apesar de tudo aquilo lhe incomodar, já se tinha conformado com a baixa capacidade masculina de disfarçar suas hormonas.

No canto da sala, Naruto não conseguia evitar fitar Sakura. O desejo de a ter, naquele exato momento, estava aumentando sua temperatura corporal. Desarrochou sua gravata e arrumou as dobras da camisa, respirando fundo. No círculo de empresários onde se encontrava, viu-se obrigado a pedir algumas vezes para repetirem certas afirmações, desculpando-se educadamente com a existência da data de aniversário com sua esposa, que ocupava sua mente. Alguns soltaram leves risadas e o loiro aproveitou o momento para convidar todos, tendo em mente que um daqueles homens iria fazer parte da sua rede de negócios.

- Diga-me Naruto. Onde é que arranjou alguém tão competente como a menina Haruno? – O Uzumaki não ficou surpreendido com tal questão. Ainda ponderou ignorar a pergunta, mas o assunto prendeu o interesse de todos, era possível ver isso nos rostos masculinos.

- Sakura e eu trocamos contactos na faculdade. Eu estava no último ano quando ela ingressou. Foi uma mais valia. Seu trabalho é de extrema qualidade. – Os homens assentiram, pousando seus olhos sobre a rosada, que conversava com possíveis investidoras. Se antes Naruto sentia calor por pensar em Sakura, agora sentia raiva. Mordeu o interior de sua bochecha, evitando partir para cima de qualquer um deles. Socar alguém numa reunião com a importância dessa não seria, de todo, vantajoso para a sua reputação.

Minutos se transformaram em horas e a reunião foi dada, oficialmente, por terminada. Uzumaki Naruto não conseguia esconder a sua satisfação com os resultados obtidos. Se tudo correr como planeado, sua empresa iria obter uma grande margem de lucro, gastando poucos dólares. Todos os convidados foram se retirando, deixando apenas Sasuke, Naruto e Sakura sozinhos.

- Um brinde. – O Uchiha falou. – É importante festejar. Mais uma vez, obrigada Sakura.

- Foi trabalho de equipa. – A rosada cruzou seus braços, dando volume ao seu busto. O Uchiha revirou os olhos, terminando num só gole o seu espumante. Pousou o cálice de vidro sobre a mesa e se retirou, piscando um olho para Sakura. – Até mais tarde.

Sakura evitou fitar Naruto, os acontecimentos dessa manhã ainda eram muito recentes, tinha perfeita noção que não iria resistir. Começou recolhendo os documentos da reunião, arrumando tudo em seu devido local. No seu redor, ouvia o calçado do loiro, seguido pelo rodar de uma chave. A sala apenas tinha uma janela, que dava para o exterior e ocupava toda a parede. Estavam sozinhos, trancados.

Os mãos de Naruto apertaram sua cintura, causando um arrepio por todo o seu corpo. Por mais vezes que estivesse com o loiro, o seu corpo reagia sempre da mesma forma. Nunca se cansava, era dependente do seu toque. Mas o seu coração, esse estava perto de atingir o seu limite. Os lábios do Uzumaki depositaram beijos leves sobre o pescoço da rosada, descendo lentamente por seu ombro. Um gemido escapou dos lábios vermelhos.

- As pessoas v-vão desconfiar. – Tentou incutir algum senso comum sobre a situação.

- É hora de almoço, ninguém irá notar nossa ausência.

Num movimento brusco, o loiro virou a mulher, encostando suas testas, tal como fizera na mesma manhã. O seu olhar era tão intenso que a Haruno sentiu suas pernas falharem. Provavelmente teria caído caso não estivesse nos braços dele. O Uzumaki subiu seu vestido. Ergueu Sakura e pousou-a sobre a mesa, sem nunca soltar seu olhar sobre o da rosada.

Sentindo todo o seu corpo queimar e um aperto na garganta, Sakura puxou Naruto contra si, chocando os lábios dos dois, num beijo faminto, desesperado. Suas mãos frágeis começavam retirando as roupas do loiro, enquanto ele a puxava mais contra o seu corpo. Suas mãos tentavam retirar a lingerie preta de Sakura, procurando saciar o seu desejo. Já tivera sido obrigado a estar horas sem puder tocar no corpo dela, não queria esperar mais um minuto. Para além sido, sentir as unhas da rosada arranhando suas costas apenas piorava a sede que tinha.

Empurrou o corpo delicado contra a mesa e colocou o peso do seu corpo sobre o dela. Uma mão ergueu a perna da Haruno, outra retirou o seio da lingerie. Foi recebido por um gemido prazeroso e ouviu seu nome várias vezes, enquanto dedicava atenção aos outros atributos de Sakura. Lambeu a tatuagem no esterno da mulher e foi subindo seus beijos até ao maxilar, sem nunca tocar nos lábios borrados, apenas provocando.

Sakura sentia o calor na sua intimidade aumentar, era como se todo seu corpo estivesse pegando fogo. E Naruto não ajudava com suas provocações. Queria senti-lo o mais rápido possível. Precisava dele.

- Por favor. – Suplicou perto do ouvido do homem por quem estava perdida e unicamente apaixonada. Sentiu o sorriso que se formou no rosto de Naruto e, de seguida, foi puxada para o canto da mesa. Sua intimidade foi invadida pelos dedos do loiro e a sua temperatura corporal disparou, juntamente com a sua respiração ofegante. Seus quadris começaram a mover-se inconscientemente, tentando obter o máximo de prazer que conseguira.

Num movimento apressado, Naruto preencheu a região feminina com a sua própria intimidade. Gemeu, juntamente com a rosada. Sentia as paredes contraírem-se sobre o seu sexo, era uma sensação dolorosa, mas extremamente prazerosa. Sabia que o tempo que lhes restava era pouco e queria saciar seus desejos, por agora. Com suas mãos sobre as ancas de Sakura, investiu com força. A Haruno soltou um grito, surpresa pela agressividade do loiro. Naruto continuou estocando, cada vez mais rápido, cada vez mais forte, soltando vários suspiros pesados, apertando a cintura de Sakura.

A rosada tentava acompanhar o ritmo do loiro, mas era quase impossível. Ele estava completamente focado no seu objetivo, atingir o orgasmo rapidamente. E tal como era no seu quotidiano, Naruto era um homem dedicado aos objetivos, quando se comprometia, não descansava enquanto não conseguisse o que queria. Sakura sentia que estava explodindo por dentro, não conseguia evitar gritar com cada estocada, sua visão já começava a ficar turva com a enorme quantidade de prazer que percorria seu corpo. Sabendo que ambos estavam próximos do clímax, puxou o loiro com os seus lábios, acariciando sua língua com a dela. O ato que deveria ter acalmado o Uzumaki teve o efeito completamente contrário.

A rosada foi obrigada a cruzar as suas pernas nas costas do loiro, aumentando o nível de penetração do mesmo. Suas línguas continuavam brigando por dominância, por oxigénio, por controle. Naruto sentiu seu sexo contrair, sabia que estava próximo. Investiu uma última vez, com força, certificando-se que todo o comprimento preenchia a intimidade de Sakura. De seguida, libertou um jato quente dentro dela. A Haruno gemeu entre o beijo intenso enquanto dava início ao seu orgasmo.

Mantendo suas pernas em redor do homem, suas mãos alisavam o rosto e o peito de Naruto enquanto continuavam se beijando. Mais uma vez, sua mente estava tentando negar a realidade. Não havia amor, pelo menos da parte do Uzumaki. Enquanto a sua racionalidade tentava falar mais alto que a emoção, a rosada não ignorou o facto de Naruto ter gozado dentro dela. Era a primeira vez que fizera isso. Esse seria o pensamento que acalmaria as mágoas de seu coração. A pequena esperança de que o Uzumaki estivesse sentido algo mais para além de luxuria.

Suas bocas se separam, ambos sentiam suas respirações se misturando, partilhando o mesmo oxigénio. Sakura acariciou o rosto de Naruto, seus olhos analisaram as cicatrizes discretas que simulavam o rosto de uma raposa. Numa festa de faculdade, após beber demais, ele contou-lhe a história, eram resultado de um acidente de carro que tivera em criança. Ninguém saiu ferido, felizmente. Apenas um pequeno susto. Lentamente, aproximou seus lábios dos de Naruto. A milímetros de distância, o loiro desviou a face, sentido um beijo em sua bochecha. Para Sakura, era suficiente. Doía. Mas era suficiente.

Ambos gemeram ao separarem suas intimidades. Como era habitual, Naruto começou vestindo suas roupas. Sakura fitou o teto, tentando acalmar o seu coração. Sabia que tinha de arranjar sua aparência, as vozes já apareciam no exterior da sala. Prendendo a sua respiração, ergueu-se. Fitou Naruto apertando sua camisa e imaginou como seria se estivessem numa relação, se tivesse o privilégio de presenciar momentos simples, como esse, todos os dias. Para o resto da sua vida.

Saiu do topo da mesa, vestiu a lingerie que Naruto tivera deixado caída no chão e ajeitou seu vestido. Os cabelos, antes presos na lateral, agora estavam no topo, num coque imperfeito. Recolheu todos os documentos, novamente. O loiro fitava os movimentos de Sakura. Como sempre, sentia-se um canalha por se aproveitar dela, por a usar, ela não merecia. Mas enquanto Sakura não o odiasse, não o desprezasse, não o visse como o verdadeiro idiota que ele realmente é, ele nunca iria parar. Tinha de encontrar uma solução rápida. Não aguentava mais sentir-se um nojo por trair a esposa. Não aguentava mais ver Sakura assim. Se ainda restava alguma chance de serem amigos, queria aproveitar!

O resto do dia decorreu normalmente. Ino assumiu que a atitude de Sakura ainda estava relacionada com os acontecimentos do dia anterior. Esperava que ela percebesse o idiota que Naruto era. Traía a esposa, magoava a rosada. Quem sabe se não teria outras amantes? A Yamanaka não era capaz de apresentar essa hipótese para a Haruno. A situação já era demasiado delicada para ponderar tais possibilidades. E implantar essa dúvida na mente da rosada não iria ter consequências nada positivas.