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História A Amante de Blumenau - Capítulo 1 - FAMÍLIA EM DECADÊNCIA


Escrita por: Schwester

Notas do Autor


Então... Não resisti e decidi postar hoje logo. Kkkkkkkk
Aproveitem. 😍

Capítulo 2 - Capítulo 1 - FAMÍLIA EM DECADÊNCIA


Fanfic / Fanfiction A Amante de Blumenau - Capítulo 1 - FAMÍLIA EM DECADÊNCIA


Era uma manhã fria em Blumenau, dezoito de outubro de 2010. Elizabeth ainda dormia tranquilamente em seu quarto, já estava perto de fazer 16 anos, mas tinha um coração e mente de criança. Com o dia frio, ficava cada vez mais difícil acordar. Porém, mais frio que o dia, era o coração de seu pai, Fábio, que declarava à família que tinha uma amante, ou melhor, não declarava, somente confirmava as suspeitas de sua mãe, Laura. 
- Mas... Fábio... Como assim? – Laura disse tentando controlar a voz, não queria acordar Elizabeth.
- Me desculpa, Laura. Mas não posso evitar... – Disse Fábio encarando o mundo de fora através da janela.
- Olhe pra mim, Fábio! - Irritou-se Laura. Fábio olhou para ela hesitando. – Por que fez isso comigo, com Elizabeth, com a nossa família?
Ele olhou pra cima, seus olhos ficaram marejados, ele desejou estar em qualquer outro lugar ao invés desse. Encostou-se no balcão da cozinha e respirou fundo. 
- Não queria prejudicar ninguém, quando me dei conta, já estava apaixonado... 
- Apaixonado? – Interrompeu Laura, sem acreditar. – Há quanto tempo tem feito isso?
- Não sei... Talvez uns 6 meses... 
Foi o suficiente pra Laura desabar na cadeira que estava ao seu lado. Passou as mãos pelo cabelo e tentou ser forte, por ela, por sua filha. Foi uma tentativa falha, pois ela começou a chorar. Fábio não sabia o que fazer ou dizer, somente se sentir culpado por ter traído a mulher. Tocou no ombro de Laura com delicadeza, ela recuou. 
- Não me toque. 
- Sinto muito, Laura...
- Sentir muito não muda nada. – Ela enxugou as lágrimas. – O que vai fazer agora?
- Bom...
Enquanto isso, Elizabeth acordou, e foi ao banheiro, lavou o rosto e ao descer as escadas ouviu seus pais conversando. Parou e decidiu ouvir.
- Bom... Não estou pronto pra deixá-la agora, eu te amo Laura.
- Não é o que parece.
Elizabeth estremeceu. Estava confusa, não sabia o que estava acontecendo. Começou a pensar nos vários momentos que passaram juntos em família e quis chorar. Mas se conteve.
- Então pare com isso, Fábio! Acabe com toda essa palhaçada! – Laura disse alterando a voz.
- Eu não consigo... – Ele disse se envergonhando das próprias palavras.
- Mas eu não vou aceitar que você saia daqui pra comer uma puta todas as vezes que diz estar saindo pra uma reunião de trabalho! – Laura gritou, furiosa se levantando da cadeira.
Elizabeth sentou-se no degrau da escada, finalmente compreendeu o motivo da confusão. Se recusava a acreditar, repetia para si mesma:
- Ainda estou dormindo, é só um sonho! 
Foi interrompida pelo grito de sua mãe.
- Aí! – Gritou Laura, colocando a mão no rosto. Fábio a havia estapeado.
- Não sou esse tipo de homem! Cecília não é uma puta, ela é uma moça de família!
- Moça de família? No mínimo ela é a puta que está destruindo a nossa família! – Laura disse decidida a tomar alguma decisão. – Quer saber, tenho que trabalhar. Assumir o papel de mulher que tenho, e o de homem que você não tem feito! – Disse recebendo outro tapa em seu rosto.
- Não ouse dizer que eu não faço meu papel de homem nessa casa! Coloco o dinheiro todo mês aqui dentro!
- Ser homem não é só isso! E na verdade, nem dinheiro tem colocado direito. Certamente tem dado pra aquela prostituta de esquina!
Fábio fechou o punho com força, se preparando pra dar um grande soco em Laura, quando ela disse:
- Se você fizer isso, eu chamo a polícia.
Elizabeth se desesperou, subiu correndo de volta para o quarto, com medo e ligou para seu melhor amigo, Matheus. Estava chorando por dentro e por fora, o coração batia acelerado e a chamada ia para a caixa postal. Olhou o relógio.
07:03.
Estava cedo ainda, ele devia estar dormindo. Então, ela pensou sozinha, com o celular na mão 
“Que ótima forma de começar o dia”.
Mas enquanto ela sofria em silêncio, mesmo que sua mente estivesse fazendo um barulho terrível, ouviu a porta da frente ser fechada. Sua mãe já deveria ter ido embora, e ela não queria descer, não queria olhar seu pai tão cedo. Por um segundo quis nunca mais voltar a vê-lo. Mas se olhou no espelho, forçou um sorriso e disse:
- Você é bem mais que isso, você é capaz.
Embora seus pensamentos estivessem desalinhados, ela entrou no banheiro, deixou a água quente percorrer seu corpo, aliviando todo medo que estava sentindo. Ouviu batidas na porta, e foi como se o mundo tivesse caído sobre ela.

***


Notas Finais


E aí? Gostaram... Isso é só o começo de tudo.
Até o próximo capítulo!


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