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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 35


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Pessoal meus fds agora tem estado meio ocupados, já são duas semanas que acabo não postando no domingo e realmente peço bilhões de desculpas. A história agora te entrado num ritmo mais calmo, mais familia e casa, mas o desfecho final vem se aproximando então se preparem kkk Quero saber também a opinião de vocês sobre a história, sobre tudo, então me digam por favor, isso é bastante importante pra mim.

O CAPITULO 36 ESTÁ DISPONIVEL NO BLOG (NOTAS FINAIS)

Capítulo 35 - Capitulo 35


Eu estava sem reação, tudo aconteceu muito rápido. Ela me contou que me usou, depois me contou que foi acompanhante de muitos homens, abriu seu coração dizendo que nunca se sentiu amada antes e me mostrou suas inseguranças, para então me pedir em casamento. Eu estava atordoada, minha cabeça estava nas nuvens, eu estava feliz, mas ainda assim preocupada. O que uma jovem de vinte e três anos sabe sobre casamento? Casamento não era só sexo, viver vendo séries abraçadinhas, cheios de momentos felizes. Casamento era responsabilidade, contas, problemas conjugais, planejamento e convivência, talvez esta seja a pior de todas as coisas, conviver com a pessoa. Quando se namora, você sabe que cada um tem sua casa e se brigar é só ficar um tempo sem ver, mas casamento não é assim. Você divide uma cama, uma vida e dependendo filhos, ninguém pode sair de casa quando briga, as discussões tem que ser resolvidas porque você compartilha a cama, a mesa do café da manhã e as crianças percebem quando você briga, casamento é complicado.

- Antes de responder sua pergunta, me responde, o que é casamento para você? Como você acha que duas pessoas casadas convivem?

- Casamento é compartilhar, eu não busco só uma mulher, busco uma amiga, minha melhor amiga, é o que você é para mim. Eu quero cozinhar com você, fazer programas de casais...

- Essa é uma situação irreal, você acabou de me dizer que me uso e agora quer se casar comigo? Quem é você Bruna?

- Eu sou tudo aquilo que te mostrei e ainda existem mais coisas que você vai aprender e descobrir de mim.

- Isso é irreal Bruna.

- Não é. Júlia, eu errei, eu admito isso, eu estou disposta a aceitar as consequências dos meus atos, eu nunca pensei em fazer isso para me livrar da culpa.

- Bruna, isso é surreal.

- Não é. Quando duas pessoas querem realmente algo sério, elas começam a colocar os planos em prática.

- Eu tenho um filho.

- Júlia, você só precisa me dizer sim ou não. Se não quiser tudo bem, você não é obrigada, podemos simplesmente continuar com o que temos, claro que se você quiser.

- Por um momento se coloque no meu lugar, como seria se fosse ao contrário? – Bruna ficou séria.

- Eu te aceitaria até mesmo se decidisse voltar com Carlos.

- Eu não consigo acreditar.

- Eu me tornei dependente, é meio louco dizer isso em voz alta. Você é a primeira coisa que eu penso quando acordo e a última quando vou dormir. As vezes eu penso em largar tudo, simplesmente sumir, mas ai eu me lembro que no fim do dia eu irei ver você e toda essa vontade some, pensar em você torna tudo mais suportável. Eu só tenho vinte e três anos... – Ela olhou rapidamente para o relógio, talvez para checar a hora. – Posso ter muitas incertezas na minha vida, mas casar com você, compartilhar minha vida, me tornar sua mulher, sua parceira, não é e nunca foi uma dúvida para mim.

Eu apenas me mantive em silêncio. Observava Bruna me olhar atenta, cheia de esperanças e ansiedade. De inicio, casamento é a ultima coisa que eu queria, até porque permaneci muitos anos casada com Carlos e não foi exatamente um conto de fadas, admito que em mim havia um pequeno trauma de não dar certo e carregar mais um relacionamento fracassado para mim seria bem difícil, acho que não por ser um relacionamento em si, mas sim por ser a Bruna. Eu também me sentia dependente dela, claro que não iria me anular para estar com ela, se um dia fosse necessário eu iria ter que aprender a me desapegar, mas ainda assim me sentia feliz por saber que ela estava comigo, ao meu lado. Que todo dia antes de ir trabalhar me deixava um bom dia, que me ligava quando eu acordava, perguntava se eu estava bem ou precisava de algo. Bruna era carinhosa, um pouco controladora, mas ainda assim suportável, se dava bem com meus filhos, os ajudava sempre que precisavam e bom até deu aulas de direção a Helena, algo que não deu muito certo, mas nenhuma das duas me disse realmente o que aconteceu naquele dia. Era perceptível a qualquer um que ela me ama, mesmo tendo cometido um erro, assim como era perceptível que eu a amo.

- Eu quero antes de te dar a resposta... – Segurei sua mão. – Que você entenda uma coisa, eu te amo. Eu não queria acreditar no Carlos, quando ele disse aquelas coisas, mas eu acabei acreditando e acho que por isso, eu já sabia e já havia me armado contra isso. – Engoli minha própria saliva. – Bruna, eu venho pensando sobre esse tema, casamento há um tempo, então a resposta a sua pergunta é não. – Os delas se encheram de lágrimas e aquilo me deu um aperto no coração. – Mas eu quero te dizer porque eu disse não. Para mim casamento é mais que assinar papeis e ir a um lugar para alguém dizer que estamos casadas. Eu já me casei uma vez, mas não tinha nada de casamento, vivi sozinha, criei praticamente meus filhos sozinha, ele era apenas uma fonte de renda para nós. Carlos nunca foi realmente meu marido e eu entendo hoje que posso ter um casamento sem precisar assinar um papel ou de alguém me dizer que sou casada. Por isso, que deveríamos começar a compartilhar mais coisas juntas, então penso que deveríamos morar juntas. – Bruna ficou alguns segundos sem piscar, até que então soltou uma alta risada.

- Então é um sim?

- Você ouviu tudo que eu falei?

- Sim. – Ela começou a pular na cama, como uma criança animada. – Mal posso esperar para contar para a Lena e o Henrique.

- Lena?

- Eles me ajudaram a escolher nossas alianças. – Bruna sentou novamente na cama. Segurou minha mão e colocou a aliança no meu dedo direito. Depois esticou a mão direita e me entregou a caixinha. – Eu estou muito animada.

- Estou vendo. – Ao invés de colocar a aliança na sua mão direita, peguei sua mão esquerda e coloquei a aliança em seu anelar, deixando um beijo no local.  – Acho que nossas alianças vão ficar melhor na mão esquerda. – Bruna rapidamente trocou e se jogou em cima de mim, me dando um beijo carinhoso e bem demorado.

- Para que tanta enrolação se iria dizer sim? – Acabei soltando uma gargalhada.

- Mas eu não disse sim.

- Ah é verdade, você disse que não, mas que na verdade quer dizer sim.

- Boba. – Dei um rápido selinho.

- Amor, eu só estou com uma dúvida.

- Qual?

- Eu posso levar todas minhas roupas para sua casa amanhã?

- Ah mais que apressada. – Troquei nossas posições na cama, ficando por cima.

- Eu não quero perder mais nenhum segundo longe de você e bom, gostaria de organizar um jantar, para sua família, pode incluir a Rose. – Ela soltou uma risadinha.

- Você realmente não tem ninguém a quem chamar? – Sim, eu me sentia triste pela Bruna não ter ninguém, nem amigos.

- Vocês são minha família, eu realmente não tenho mais ninguém.

- Faremos então um jantar, logo depois que você se mudar completamente.

- Mas... eu posso levar minhas roupas amanhã?

- Pode. – Bruna inverteu nossas posições novamente, ela estava animada, feliz, era notável. Ela estava tão feliz que começou a chorar. Eu a abracei apertado, estava prestes a chorar também. – Eu te amo, prometo cuidar de você e te amar. – Por fim choramos juntas, para duas pessoas que viviam em busca de amor, finalmente encontrar era algo realmente emocionante, eu sabia porque eu sempre busquei amor em Carlos e Bruna, amor de qualquer outra pessoa, agora finalmente estávamos sendo amadas e arrisco a dizer que na mesma proporção.


Notas Finais




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