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História A Ambiguidade do Gene - Escuridão


Escrita por: Panda_Neko

Notas do Autor


Olá gente ^-^ trago aqui o penúltimo capítulo da história, e creio que o mais pesado...mas enfim, espero que gostem!~~

Capítulo 4 - Escuridão


Estava nas nuvens e, de maneira alguma seria diferente. Ília nunca havia sentido algo parecido por alguém. Ele era especial, ela tinha certeza. Algo em seu mais profundo dizia que ele era o grande amor de sua vida, aquele que a faria feliz, cuidaria dela, seria exatamente o que sempre ansiou. Foi até seu quarto com o coração alegre e aquecido, deitou-se e tentou dormir. Para sua tristeza, não conseguia pregar o olho se quer um minuto. Rolou de um lado ao outro na cama, mas de nada adiantava. Richard não abandonava sua cabeça. Ela ficava fantasiando sobre o futuro e tudo que desejava viver ao seu lado, retirando todo o sono que tinha. Apenas quando já se passavam das duas da manhã, finalmente caiu em um sono profundo, acalmando seu espírito apaixonado. Dormia feito um anjo.

 Cerca de uma hora depois, estava virada para o lado esquerdo da cama, que ficava colado na parede, envolta em suas cobertas quentes e macias quando de repente, um barulho estranho a acordou. Suspense pairava no ar infiltrando-se violentamente no cérebro de Ília, deixando-a preocupada. Virou-se lentamente até olhar para o lado oposto ao qual dormia. Alguém estava de pé, observando-a. Tudo não passava de uma negra escuridão, apenas uma penumbra advinda da janela iluminava o ambiente. O ser começou a se aproximar lentamente, ficando cada vez mais próximo dela, deixando-a completamente arrepiada, até no instante em que finalmente a luz tocou o rosto desconhecido. Ela ficou completamente paralisada com a imagem. Olhos cinzas obscuros à olhavam devorando-a por completo. “Richard...? É...é você?”.  Nenhuma resposta. “O que você faz aqui...está tudo bem?”. Ele não respondia e seu semblante tornava-se cada vez mais intimidador, mais parecia estar possuído, obcecado por ela. “Rick, po...por favor, não se aproxime de mim. O que está acontecendo?”. Ela estava desesperada, o ar à sua volta parecia estar desaparecendo completamente. Ele não parava, obrigando Ília a se sentar e espremer contra a parede. Por alguma razão ela não conseguia correr dali, talvez seu cérebro à dissesse que era tudo um sonho. Mas não era e percebeu isso quando ele chegou à beira de sua cama segurando uma espécie de alicate pontiagudo e um canivete afiado. No mesmo instante, fugiu apavorada até a porta. Estava trancada. Não importava o quanto tentasse abri-la, não cedia de maneira alguma. Ela se quer viu que estava a ponto de ser atacada, tamanho seu desespero para abrir. Mãos rígidas agarraram seu cabelo puxando-a para trás, em seguida as mesmas seguraram seu pescoço, apertando--o como se quisessem degolá-la. Ela foi erguida e arremessada ferozmente contra a parede batendo sua cabeça. Um líquido quente deslizou por sua nuca. Sua visão embaçou um pouco e a sua aflição só aumentou. Ele veio rapidamente e retirou sua blusa, ela já estava sem sutiã, poupando-o assim do trabalho. Em seguida, puxou sua calça pelas pernas, arrancando-a. Ília tentou reagir, mas foi esbofeteada com força, batendo novamente sua cabeça. O monstro arrancou-lhe a calcinha e jogou suas pernas de forma que ficassem abertas, ela tentou fechar mas foi em vão, ele enfiou a ponta do canivete em sua coxa e, puxando lentamente até ficar próxima de seu joelho, disse com uma voz ríspida, “Você não vai mais se mexer, ou eu arranco cada um desses seus membros...”. “Ele está completamente transformado. Onde está o meu Rick?” - pensou ela. Mal havia terminado seu raciocínio, e ele cravou as unhas em seu lábio maior puxando-o como se quisesse arrancá-lo. Ela gemeu de dor e não sabia se era pelo novo hematoma, ou pela profunda decepção que teve achando que ele era um homem bom. Sua garganta queimava, invadindo seu peito com a contundente angústia que sentia. Sem nenhuma piedade teve sua vulva cortada. Lentamente ele desceu a lâmina por toda a pele do lábio maior, de uma maneira brutal, fazendo jorrar sangue por todo o chão. Em seguida, utilizando o alicate pontiagudo puxou os lábios menores e novamente cravou a lâmina em sua pele e deslizou até se desprenderem de seu corpo. Então, ele enfiou a ponta do canivete em seu clitóris e arrastou por tudo, embebendo o local de sangue. Ela se contorcia de dor, gritava loucamente, mas ninguém vinha em seu socorro. Nem viria. Ele continuou o doloroso processo retirando uma agulha e algum tipo de fio metálico de seu bolso. Após ter colocado o fio na cabeça da agulha, levou-a até a parte superior do que antes era sua vulva. Enfiou profundamente a agulha e empurrou-a até sair. A sensação que Ília teve foi que o fio metálico cortava ainda mais seu corpo, e o homem fazia questão de puxar lentamente, para que sentisse cada milímetro da dor. E assim foi.

Ele já havia costurado uma boa parte, no entanto, quando estava próximo de cobrir a entrada de sua vagina, parou. Ela quase não assimilava nada, mas percebeu o ato estranho. Quando viu, ele havia retirado as roupas que usava na parte de baixo e estava...excitado! Sim, ele estava se deliciando com seu sofrimento. Certamente ele era um demônio, um ser sem escrúpulos. Ela sentia ódio, queria matá-lo, acabar com sua miserável existência. Se sobrevivesse faria isso.

Estava completamente machucada, mas ele não teve piedade, estuprou-a violentamente, penetrava-a com força, com a intenção de fazê-la sofrer ainda mais. Ela estava acabada, havia perdido sua dignidade e direitos, ele havia retirado qualquer sentimento ou lembrança boa que tinha. Ela não pensava em mais nada além de como o ser humano é desprezível, um ser irracional, egoísta, que não se importa com os sentimentos dos demais. Ela se odiava por ser da mesma espécie que aquele animal desgraçado, mas ele iria pagar, ela sobreviveria e faria isso com as próprias mãos. Quando ele finalizou o abuso, terminou de a costurar, mas o remendo que fez não foi o suficiente para impedir que o sangue jorrasse. A maldita aberração se levantou, pegou suas coisas e simplesmente saiu caminhando calmamente, como se nada tivesse acontecido.

Ela ficava cada vez mais furiosa, seu sangue fervia. E isso só piorava a situação. Uma grave hemorragia à consumia, quase tanto quanto o ódio que sentia. O chão pintava-se de vermelho carne, um vermelho vivo e quente, contrariando sua fonte que, estava cada vez mais fria e sem vida. Sua pele branca conseguiu perder a cor, mesmo parecendo impossível. Seus lábios agora estavam completamente pálidos, seu corpo estava fraco e ela não conseguia mais pensar. Até que tudo aconteceu. O mundo à sua volta girava, ela estava ficando nauseada, mas não tinha se quer forças para vomitar, o chão que segurava seu corpo desaparecia, ela já não enxergava direito, mas teve uma última imagem, a de sua vulva despedaçada ao lado de seu debilitado corpo nu. O símbolo da maldade humana, e de sua ingenuidade em acreditar que aquele ser havia realmente gostado dela, enquanto pensava nisso, tudo começava a fazer menos sentido ainda. Em sua mente, por alguma razão, olhos cinzas cintilantes permaneciam observando-a, o ódio foi substituído, ela não compreendia porque, mas ela queria que eles estivessem com ela, ela ficava furiosa consigo mesma, deveria detestá-lo, mas aqueles olhos cinzas malditos haviam capturado seu coração. A imagem não desaparecia, de certa forma isso trouxe tranquilidade para o seu pobre ser mutilado. Em seguida, tudo ficou escuro...



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