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História A Aposta - CHONI - Capítulo 3


Escrita por: madhelen

Notas do Autor


Oi, gente. Espero que gostem do novo capítulo.
Está revisado, porém perdoem qualquer erro.
Beijos e aproveitem a leitura. :)

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction A Aposta - CHONI - Capítulo 3

Ainda era sexta-feira, Cheryl estava trancada no seu quarto na mansão Thornhill, com seus fones de ouvido tocando I Wanna Be Yours tentando se concentrar no dever de casa mas só pensando naqueles olhos castanhos que a flagraram observando o que não deveria, e também, claro, ignorando os barulhos que sua mãe e seu colega estavam fazendo no quarto ao lado. Enquanto isso, Toni estava na lanchonete do Pop’s junto com Jughead, Reggie, Ronnie, Archie, Sweet Pea e Fangs.

- Milkshake de morango, Toni? – perguntou Jug

- Qual o problema?

- Nunca vi você tomar qualquer milkshake que não fosse de chocolate.

- Só estou experimentando coisas novas, Jug. Me deixa.

- Então, que tal todo mundo ir ao lago amanhã para tomarmos banho? Vai ser um dia de sol lindo. – trocou de assunto Ronnie.

- Eu topo. – disse Archie, sorrindo para a namorada. Ele podia ser o atleta da escola, mas não era nada parecido com Reggie, o capitão ou qualquer outro garoto do time de futebol. Andrews era sensível, compreensível e muito leal. Verônica ficava outra pessoa quando ele estava por perto, menos áspera, mais divertida e carinhosa. Será que ele sabe que Ronnie apostou em Reggie para pegar Cheryl? Provavelmente não. Archie nunca iria admitir algo assim, pensou Toni.

- E quanto a você, Topaz? – perguntou Reggie, tirando a garota dos seus pensamentos. – Vai pro lago com a gente?

- Ah, não. Foi mal. Tô de detenção.

- Sério? – perguntou Ronnie sorrindo. – Detenção por quê?

- Porque a senhora Wilson é o demônio encarnado. Cheguei atrasada na aula dela e ela me deixou de detenção. Vocês estavam lá na hora – explicou Toni. Pelo sorriso que Verônica deu, a morena tinha certeza de que a amiga já sabia dessa informação. Só entendeu o sorriso maldoso da latina em seguida.

- Eu não lembro de ela falar qualquer coisa para você, Topaz. – respondeu Reggie, ríspido. Ele já tinha entendido que Toni e Cheryl iriam passar a tarde de sábado juntas, o que piorava para o lado dele na aposta.

- Bom, você não prestar atenção em qualquer coisa além de bundas não é novidade para ninguém aqui. – respondeu Toni tomando mais de seu milkshake de morango, o qual ela havia estranhado o gosto, mas mesmo assim adorado.

- Qual o problema de a Toni estar de detenção, Mantle? – perguntou Jughead, que até então não tinha se manifestado na discussão, mas algo estava estranho naquela conversa. Lembrou do que Betty tinha perguntado a ele.

- Porque nós fize... – começou a contar Reggie.

- Porque nós tínhamos feito um acordo em sair nesse final de semana, beber umas cervejas, e agora eu não poderei ir – interrompeu Toni, encarando Reggie com um olhar “cala a boca”.

Jughead não tinha acreditado em nenhuma palavra que a morena tinha dito, ele conhecia Toni desde criança e sabia quando a amiga estava mentindo. Cansou de tirar Topaz de enrascadas que ela se metia só para se divertir. FP, pai de Jughead e o novo xerife da cidade, adotou Toni até que ela fosse maior de idade quando os pais da garota foram assassinados. FP carrega até hoje o fardo de encontrar o cara que matou seus amigos. Quando Toni perdeu os pais e foi morar com os Jones, ela ganhou um trailer apenas para ela e o título de rainha dos Serpentes. Jughead fez questão de coroar a amiga. Sabia que ela era capaz de carregar tal título apesar de também fazer tantas burradas.

Pelo olhar que o garoto de touca lançou para Reggie e depois para ela, Toni sabia que ele não havia acreditado na história. Mas era o suficiente para ele parar de fazer perguntas.

- Bom, eu já vou indo – disse Jug. – Vocês vêm? – perguntou para Toni, Sweet Pea e Fangs.

- Eu vou – respondeu Sweet Pea.

- Vou ter que passar em um lugar antes – respondeu Fangs.

- Onde? – perguntou Sweet Pea.

- Não é da sua conta.

- Bom, e você, Toni? – voltou sua atenção para a morena, enquanto Sweet Pea discutia com Fangs, por não entender o motivo do garoto não querer contar para ele onde iria.

- Vou ficar mais um pouco.

- Tudo bem.

- Ei, Jug. Me da uma carona? – pediu Archie.

- Claro.

Archie beijou Ronnie quando ela fez um biquinho porque o namorado já ir para casa.

- Tenho treino amanhã, Ron, me desculpe.

- Tudo bem, se é para deixar esse abdômen cada vez mais tanquinho, eu não me importo que você vá.

Os quatro saíram do Pop’s, Fangs seguindo um caminho completamente diferente dos outros. Sobraram Reggie, Ronnie e Toni no bar.

- Você não pode falar da nossa aposta para ninguém, Mantle – começou Toni.

- Por que não? – disse enchendo a boca de batata frita, deixando a serpente enjoada.

- Porque ele tá saindo com a Betty, prima da Cheryl. E Jug com certeza falaria para ela, que contaria tudo para a ruiva e estragaria nossa aposta. Você quer fazer isso, seu idiota?

- Primeiro que eu não sou idiota. Segundo que eu não acredito que Jug realmente se importe com aquela loirinha ou a prima nerd dela. Mas não, não quero estragar nossa aposta. Vou adorar tirar 1000 paus de você.

- Você já se olhou no espelho? – Toni continuava encarando-o com nojo pela forma como comia.

- Eu já chamei Blossom para sair, Topaz. – disse sorrindo vitorioso.

- E ela disse não, Reggie – respondeu Verônica rindo.

- Porque ela tem detenção – retrucou o garoto.

- Detenção comigo, Mantle – agora quem ria era Toni.

- Isso não quer dizer nada. Acha mesmo que ela não vai se comportar na detenção? Logo ela, Cheryl Blossom.

- Tenho mais chances disso do que você conseguir algo com ela. E pelo amor de deus, come direito.

Toni se levantou, sem dar tchau para os dois. Pagou sua conta no Pop’s e com sua moto foi para casa. Ela queria dormir bem e estar preparada para o seu encontro com Cheryl.

 

Sábado

Cheryl passou a manhã inteira se preparando para passar a tarde com Toni. Ela tomou banho demorado, lavou os cabelos, ficou um bom tempo tentando achar a roupa perfeita. Você não é o tipo de garota que Toni Topaz se interessa. Você não tem nada no seu armário que faça você ficar sexy, pensava Cheryl toda as vezes que pegava outro conjunto de roupa.

Acabou escolhendo um vestido, até curto demais para seu gosto, vermelho combinando com um cinto branco e para fechar, optou por um oxford preto. Ela não era acostumada a usar saltos altos e se sentiu estranha quando os provou. Melhor ir na opção segura, Cheryl.

Sua mãe, Penelope, não apareceu para o café da manhã e nem para o almoço. A ruiva achou que isso a faria se livrar de sua mãe e não teria eu inventar alguma desculpa. Mas quando estava abrindo a porta de casa, ouviu uma voz atrás dela.

- Onde você pensa que vai?

- Vou sair com a Betty, mãe.

- Ora, Cheryl – Penelope se aproximou da filha e a garota não percebeu a mão vindo em sua direção. Sua mãe havia lhe batido mais uma vez no rosto.

- Por que você fez isso? – perguntou Cheryl assustada, tocando seu rosto agora quente.

- Porque você é uma mentirosinha imunda, garota. Acha que eu não sei que está de detenção?

- O quê?

- Até nisso você me dá desgosto, Cheryl. Seu irmão nunca ficou de detenção, sabia disso? – Cheryl não respondeu a mulher na sua frente, estava segurando para não começar a chorar. – Então, o que tem para dizer?

- Eu cheguei atrasada um dia. Quando você me bateu.

- Não me culpe pela sua incompetência. Agora saia daqui. Vê se pelo menos a detenção você cumpre direito.

Cheryl se virou rápido, não conseguia mais segurar as lágrimas e precisava sair dali o mais rápido possível. Como podia a sua mãe lhe odiar tanto? Entrou em seu carro e se dirigiu para a escola, com Take me to Church no volume mais alto. Além de jurar que Horzie falava sobre homossexualidade e um amor gay na música, sentia que a música era cantada para ela. Tudo bem que muitas outras pessoas no mundo provavelmente achavam a mesma coisa, mas trazia conforto para Cheryl todas as vezes que escutava.

Estava tão distraída ouvindo a música e cantando junto que nem percebeu a moto no estacionamento e quem estava encostada nela. Já Toni havia visto o carro de Cheryl desde muito longe e resolveu esperar a garota para entrarem juntas. Ela percebeu que a ruiva não a tinha visto e continuava cantando quando saiu do carro. A serpente se arrepiou ao ouvir a voz de Cheryl. Parece um anjo, pensou Toni.

A ruiva percebeu que não estava sozinha e seu coração perdeu o compasso quando percebeu a serpente olhando para ela e sorrindo. De novo essa droga de sorriso. 

- Boa tarde, milady – Toni sorriu mais ainda e Cheryl podia jurar que suas pernas haviam perdido a força.

- O que você estava fazendo aqui? – perguntou a ruiva tentando parecer natural.

- Temos detenção juntas, esqueceu?

- Não, não esqueci. Mas não era isso...você estava me esperando? – Cheryl não conseguiu olhar para a morena com medo da expressão que poderia se formar em seu rosto. Já era muita coragem e talvez audácia perguntar tal coisa para a serpente.

- Sim, estava.

Cheryl parou e a encarou, não acreditava no que estava ouvindo. Toni Topaz estava mesmo a esperando? E estava admitindo isso? Olhou para os lados, esperando aparecer o resto do seu grupo para que começassem a rir dela. Mas não parecia ter mais ninguém ali, apenas ela e Toni.

- O que foi? – perguntou Toni curiosa.

- Por quê?

- Por que o que, linda?

- Por que você estava me esperando?

- Porque vamos passar a tarde juntas e acho que podemos fazer isso de um jeito agradável – disse a morena se aproximando de Cheryl. A ruiva podia jurar que aquela frase havia uma segunda interpretação. Ela começou a andar para trás enquanto Toni se aproximava cada vez mais, até sentir suas costas tocarem a parede da escola e não ter mais nenhum lugar para onde poderia fugir. A Serpente ficou mais uma vez dois centímetros dela, Cheryl sentia seu corpo inteiro tremer, o coração disparado. – Deixo você nervosa, ruiva?

A garota de óculos não conseguiu responder ou permanecer encarando aqueles olhos escuros. Com muito esforço conseguiu sair daquela situação e entrou correndo em Riverdale High, deixando Toni com um sorriso no rosto.

 

A escola estava vazia, só tinha Toni, Cheryl e a senhora Wilson ali presentes. Cheryl parecia muito interessada na carteira em que estava sentada quando Topaz entrou na sala da detenção.

- Muito bem, as duas chegaram na hora dessa vez – ironizou a professora. – O que eu quero de vocês é muito simples. Uma redação comparando a Revolução Francesa e a Revolução de 1917. Aqui na mesa há folhas. São 3 mil palavras.

- E quando podemos ir embora? – perguntou Toni, já não tão mais empolgada por estar ali.

- Quando vocês acabarem, é claro – respondeu a professora com um sorriso vitorioso. – Estarei na sala dos professores. Nada de gracinhas, Topaz.

Wilson se retira da sala deixando as duas sozinhas. Cheryl se levanta para pegar folhas e Toni não resisti a dar uma boa olhada na garota.

- Você quer uma também? – perguntou a ruiva virando-se para a garota, pegando-a de surpresa.

- Ah...claro. – Toni desvia o olhar da bunda de Cheryl e a encara. A ruiva já estava completamente vermelha, ela tinha percebido. – Esqueci de falar que você ficou linda nesse vestido – disse a morena e ela estava sendo sincera. Cheryl estava maravilhosa.

- Obrigada – Blossom se bastou em dizer, entregando a folha rápido para Toni e se sentando em seu lugar.

Não durou muito o silêncio entre as duas e a Serpente já estava o quebrando. Puxou a cadeira para o lado de Cheryl, assustando-a.

- Calma, ruiva. Eu tenho uma dúvida.

- Hm? O que seria? – tentando não olhar muito para a boca e o decote de Toni, que mais uma vez estavam perto demais dela e a deixando nervosa.

- Eu não quero que você me ache burra, ok? – Cheryl percebeu que o tom envergonhado de Topaz era genuíno e a encarou, fazendo dessa vez o coração da Serpente perder o compasso. – Eu sou muito boa em cálculos e em inglês, mas sou péssima em história. O que é a revolução de 1917? – Toni não conseguiu olhar para a ruiva, e Cheryl acreditou que essa era a primeira vez que via a morena daquele jeito.

- Bom, a Revolução de 1917 foi a Revolução Russa. Quando os bolcheviques tomaram o poder pelo comando de Lenin do Czar Nicolau II, da dinastia dos Romanov– disse Cheryl sorrindo para Toni. – Se você quiser posso te ajudar a escrever a redação.

- Romanov? Não é aquele do filme da Disney, a Anastásia?

Cheryl achou adorável a ligação que Toni fez. Quem diria Toni vendo desenhos de princesas.

- Bom, sim. Mas Anastasia não é uma princesa Disney e não foi bem assim que aconteceu. A família real foi dizimada, inclusive Anastásia e seu irmão mais novo.

- É sério?

- Sim, mataram todos.

- Não tô chocada por matarem todos, to chocada por não ser um filme da Disney.

Cheryl deu uma gargalhada e Toni pensou que nunca havia visto uma garota tão linda quanto ela.

- Então tudo bem matar uma família inteira, inclusive crianças?

- Bom, tudo bem não é, né. Mas meio que eles não tinham o que fazer. Na Revolução Francesa também não aconteceu isso?

- Sim, aconteceu. Viu, você não é tão ruim assim em história. Sabe outro fato curioso do filme da Anastásia? – disse Cheryl empolgada.

- O quê? – genuinamente curiosa sobre o que aquela garota na sua frente tinha para lhe dizer.

- Quando invadem o castelo, no filme, o tom do fogo é avermelhado. É para simbolizar o vermelho comunista que estava chegando na Rússia junto com os Bolcheviques.

- Você tá me zoando?

- Não mesmo. Acho isso sensacional. Arte é lindo.

Você que é linda, ruiva. Meu deus, o que tá acontecendo aqui? Comigo? Pensou Toni, encarando os lábios de Cheryl.

- E aquele velho bruxo do desenho realmente existiu?

- Rasputin?

- ISSO!

- Sim – disse Cheryl sorrindo, ela se sentia tão bem naquele momento. Quando que iria imaginar que estaria tão confortável com Toni Topaz. – Sabe, se você pesquisar na internet, encontra imagens do pênis dele.

- ECA! Como você sabe disso? Por que você pesquisou imagem de um pênis de um velho, ruiva? – fazendo cara de nojo e deixando Cheryl envergonhada por ter contado aquela informação.

- Porque é algo bizarro, não acha? Não é como se eu tivesse interesse em pênis, eu só fiquei curiosa.

- Você não tem interesse em pênis em geral? – perguntou a rainha dos Serpentes curiosa.

Droga, Cheryl, cala a boca.

- Eu não disse isso – respondeu rápido, sentindo suas bochechas queimarem.

- Você não respondeu minha pergunta, linda. Você tem interesse ou não?

- Eu...eu não sei – Cheryl voltou a se sentir desconfortável e se culpava por isso. Estava tão boa a conversa e ela tinha que estragar tudo querendo ser engraçadinha para Toni.

- Você sente interesse por mulheres? – perguntou a morena se aproximando mais, Cheryl pode sentir o cheiro da garota mais próximo, sentiu borboletas no estômago. – Foi por isso que você ficou me observando ontem? – A ruiva a encarou assustada, tinha até esquecido de ter visto Toni e Josie juntas na arquibancada. Os olhos da Serpente agora queimavam sobre ela e a mesma sentiu todos os pelos de seu corpo arrepiarem.

- Eu...eu não sei se sinto interesse por garotas – mentiu Cheryl, desviando o olhar. – E eu não olhei de propósito, eu só estava... – mas a voz da garota sumiu, ela não tinha o que falar. Por que havia ficado? Porque queria estar no lugar de McCoy. Só que ela não poderia admitir isso para a garota a sua frente.

- Estava o que?

- Eu só me assustei e não soube como agir – respondeu Blossom, levantando-se rápido. – Preciso ir ao banheiro. Com licença.

Cheryl saiu rápido da sala, deixando mais uma vez Toni sorrindo vitoriosa e podendo ter mais uma vez a visão da bunda e pernas da ruiva naquele vestido maravilhoso. Pensou em segui-la e agarrar a garota no banheiro mesmo, mas algo a deteve. Quis dar espaço a ela mais uma vez. Toni olhou para a folha em que Cheryl estava escrevendo, a garota só havia escrito um parágrafo até o momento. A tarde só estava começando. 


Notas Finais


Como sabe, no wattpad também tem essa fanfic e na versão em inglês.


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