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História A Aposta - Primeira tentativa


Escrita por: Ornub

Notas do Autor


Mais um capítulo, espero que gostem

Boa leitura

Capítulo 2 - Primeira tentativa


Estava em frente ao closet escolhendo a roupa que vestiria para sair, era a primeira “reunião” minha e do solitário-kun para que pudéssemos começar o trabalho, pelo menos essa era a versão dele para o encontro de hoje, no entanto para mim, era apenas o começo do plano. Quando parei para pensar e confirmar o fato de que estava fazendo tudo aquilo por uma aposta, chegava a ser engraçado.

- Eu sou realmente muito cruel. - Disse para mim.

Continuei olhando no closet até que achei um vestido de algodão fechado no pescoço, de manga longa e medindo na altura do joelho, apesar de cobrir boa parte do meu corpo, o vestido possuía uma costura que ressaltava e muito minhas curvas e para completar, uma bota de cabo alto, não esquecendo claro de passar um batom vermelho fosco. Depois de me vestir desci para a entrada da casa onde encontrei meu pai chegando de casa.

- Hinata? – Ele olhava para mim com seriedade. – Vai para onde?

- Tenho um trabalho, o ultimo do colégio, marquei de me encontrar com um colega para começarmos.

- Entendi, tenha um bom estudo então.

Saí de casa onde o motorista me esperava na porta, como todos os dias.

- Para onde vamos hoje, senhorita Hinata? – O motorista perguntava.

- Para o Ichiraku.

- O café? – O motorista perguntava com um tom um tanto surpreso e eu sabia o porquê.

- Sim. – Respondi simplesmente.

Entrei no carro e logo o motorista seguiu o caminho até o Ichiraku, um pequeno, mas charmoso café em uma das esquinas do centro da cidade, o lugar não era muito longe então o trajeto foi bem curto, assim que o carro parou em frente ao estabelecimento e o motorista abriu a porta para que eu pudesse descer, o dispensei dizendo que assim que precisasse ligaria para ele, ele obedeceu entrando no carro e voltou para a casa. Assim que me virei para o café, apenas a fachada era o suficiente para trazer diversas lembranças sobre o lugar, caminhei calmamente até entrar no lugar, nada havia mudado, apenas alguns equipamentos e uns detalhes ali e aqui, mas no geral era o mesmo local da minha memória, o qual a muito tempo não havia voltado, olhei em volta e logo avistei o solitário-kun, sentando em uma mesa próximo a janela, envolto de vários livros sobre a mesa, parecia extremamente entretido e distraído por conta do fone de ouvido que cobria toda a região das suas orelhas.

- Olá Naruto. – Cheguei próximo a ele, falando de forma descontraída, mas sem perder a sensualidade, já que o principal motivo de estar ali era para seduzir o pobre coitado.

Ele, no entanto, apenas afastou o fone um pouco da orelha que estava em minha direção e fez um gesto como se perguntasse o que eu havia dito, seu olhar era o mesmo de ontem, o garoto sequer parecia um homem, não desviava o olhar para outras partes do meu corpo e muito menos começava a agir como um idiota desesperado por uma mulher, o que mais uma vez me deixou sem reação, no colégio qualquer homem faria de tudo para ter qualquer chance comigo e justamente aquele que achei que seria o mais patético nesse sentido apresenta não sentir atração nenhuma por mim? Isso era impossível não era?

- Café legal. – Pela segundo vez quase que gaguejava ao falar com ele, sendo que dessa vez falei a primeira frase que veio à cabeça para que começássemos a conversar sobre algum assunto.

- É sim. – Ele respondeu de forma curta.

Apesar de quase ter ficado, me forcei para não me desconcertar, não havia motivo algum para se sentir pressionada, respirei fundo mentalmente e puxei a cadeira ao lado dele, me sentei e encostei um pouco próximo a ele. – Algum motivo para ter escolhido o lugar? – Tentei mais uma vez puxar assunto.

- Nenhum na verdade. – Ele começou a responder. – Apenas gosto daqui, me sinto bem.

- Entendi, mas sabe, ainda acharia melhor termos nos reunido em minha casa, ou até mesmo na sua, poderíamos ficar um pouco mais à vontade, não acha? – Fiz questão de dizer o “à vontade” bem próximo ao ouvido dele.

- Sabe Hinata. – Ele me afastou dele. – Não sei o que está acontecendo aqui, mas por favor, pare, isso está ridículo.

- Do que você está falando? – Me fiz de desentendida.

- Por favor Hinata, essa aproximação sua é no mínimo estranha, isso para não dizer perigosa.

- Perigosa? – Perguntei de forma em que me insinuei para ele.

- É disso que estou falando, não tem nenhum sentido o que você está fazendo. – Após ele falar eu ri.

- Porque você não pensa algo bom sobre mim?

- Acho que os últimos cinco anos não deixam eu fazer isso? Ou você acha que estou errado?

- Então pense assim, talvez eu queira me redimir, terminar nossa vida escolar em paz, sem nenhuma confusão ou mágoa passada.

- Acho isso um pouco difícil de acreditar.

- Então deixa eu tentar lhe mostrar. – Falei encostando meu rosto ao dele e pela primeira vez o sentido relaxar ao meu lado.

- Vamos voltar ao trabalho. – Respondeu tentando esconder a recente vergonha

Ficamos por um pouco mais de uma hora vendo o que faríamos para o trabalho, apesar de não estar na afim, precisava demostrar algum interesse sobre as ideias que o solitário-kun me passava, durante esse tempo ficava me aproximando de forma insinuativa, mas sem me entregar totalmente, pelo pouco tempo no qual havia passado com ele, percebi que seu jeito era um tanto antigo, Naruto era um homem romântico, do tipo que recitaria poesia em um pedido de namoro, mas apesar da postura brega ele era um tanto divertido, além disso até que ele era bonitinho, possuía olhos azuis e uma pele bronzeada que assentava bem com o cabelo loiro e rebelde dele, peno menos assim não ia ser tão sacrificante essa aposta e nem difícil, ao passar do tempo sua postura comigo era um pouco mais relaxada, não chegou realmente a sorrir comigo ou se abrir um tanto mais do que já tinha visto, mas tinha percebido que aos poucos ele iria se soltar para mim, o que deixaria mais fácil para a aposta, Sasuke com certeza tinha feito um péssimo negócio.

Em resumo, tudo estava indo até que bem, ou pelo menos era o que eu achava, pois quando saímos do café fui me despedi dele e aproveitar para deixar as coisas um pouco mais fáceis para o próximo encontro, então me aproximei e fui beijá-lo no rosto, no entanto antes disso ele me segurou e depois me afastou.

- Não somos próximos para isso. – Ele disse

Foi difícil não esconder o que era uma mistura de raiva e frustração, me soltei dele e entrei direto no carro, chegando em casa a governanta foi falar algo para mim, mas passei direto para o meu quarto, onde chegando lá joguei por raiva algumas maquiagens que estava na estante.

- Vim lhe perguntar como havia sido o primeiro encontro, mas pelo jeito não foi nada bom. – Virei assustada e encontrei Ino deitada na cama mexendo no celular.

- O que está fazendo aqui?

- Eu já disse, vim ver o que tudo tinha gerado. – Ela pulou da cama e venho a meu encontro. – E então, foi muito ruim assim?

- O garoto é estranho, em uma hora as coisas vão bem, em outra ele dispensa beijo.

- Você ia beijá-lo?

- Selinho no rosto Ino, apenas uma despedida, nada demais, o engraçado é que ele disse que não somos próximos para isso. – Quando olhei para Ino ela me encarava como se perguntasse o que eu queria.

- Hinata, acho que você está indo para o lado errado, ele não é o time de futebol, basquete nem os nerds babões que ficam atrás de você, que é só você acenar e pronto, o cara já está pensando no nome dos filhos, você já fez o cara passar por cada uma durante um bom tempo, acho que antes de tentar uma de femme fatale, você deveria fazê-lo se aproximar mais de você.

- Sabe Ino, até que é uma boa ideia.

- Eu sei, mas nem vá achando que fiz isso por você, quando você ganhar você vai obrigar o Sasuke a ficar comigo.

- Você desceria ao ponto de ficar por pressão.

- Fia, só quero ficar, como aconteceu não importa. – Começamos a rir. – Quando vocês irão se ver de novo?

- Agora só segunda no colégio.

- Então esteja preparada para ser uma Hinata amigável.

- Juro que vou tentar. – Voltamos a rir.


Notas Finais


E então, o que acharam?


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