História A Assassina de Adarlan - Surpresas lhe aguardam

Após a conversa com Nehemia, Celaena havia percebido o quanto Samael era importante para ela. Todo aquele tempo em que estiveram juntos foi importante para criar um grande laço. Ela certamente o amava, mas tinha medo de assumir isso. De forma alguma seria bom assumir esses sentimentos agora. Ainda mais, quando tinha uma batalha a ser travada contra o rei. Preferia iniciar a batalha. Depois, se sobrevivessem a isso, ai sim poderiam conversar sobre sentimentos.

Passou apenas mais um dia no palácio, dia esse, que usou para dar fim ao caso com Chaol. Fora sincera com o capitão. No começo ele não aceitou muito bem, mas acabou percebendo que isso não dependia de sua aceitação. Ele aceitando, ou não, aquilo já estava acabado. No final concordaram que seriam apenas amigos, se um precisasse, o outro estaria ali para ajudar.

Quando voltou para casa, foi surpreendida, Dorian e madame Genevieve haviam preparado uma surpresa para todos eles. Enquanto estavam no combate - e durante a recuperação de Celaena - madame Genevieve ficara responsável por fazer as mudanças antes combinadas, na Fortaleza.

    As mudanças estavam quase finalizadas, a recuperação de Celaena forneceu bastante tempo para Genevieve trabalhar, no momento, faltavam apenas alguns móveis que estavam sendo confeccionados. Agora a Fortaleza dos Assassinos ficara mais parecida com um lar. Arobynn a havia decorado como um ambiente hostil, querendo passar aos clientes um ar sério e amedrontador. Depois da “reforma”, o ambiente ficou mais casual e acolhedor, apesar de ainda ser a Assassina de Adarlan, Celaena preferiu este novo lar acolhedor ao antigo e hostil.

    Daquele dia em diante, ficaria feliz em chamar o local de casa e, também de compartilhar tudo com sua família e amigos. Amor e gratidão era o que sentia no momento, entendeu que não só escapou da morte, como também teve a vida renovada. Estava feliz por estar de volta, por ter todos juntos de si. Sentia também que de alguma forma havia mudado, como se depois de quase morrer, tivesse crescido, não abandonaria toda a sua criancice, mas se sentia mais velha e talvez mais sabia.

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Os dias passaram rapidamente, agora, um mês depois de ter voltado ao seu lar, Celaena estava em seu quarto, pensando em tudo que acontecera. Havia estado em interminaveis reuniões com Nehemia, no começo, a princesa preferia que fossem só as duas, mas logo a assassina conseguiu com que Sterphanie, Lysandra e Samael participassem de tudo. Todos deram suas opiniões em diversos assuntos, mas Celaena, ficara surpresa com o comprometimento de Sterphanie, ali a menina era a mais nova, mas em diversos momentos acabou se tornando a mais sábia.

Durante esse tempo, Aedion - o lobo do norte - havia chegado ao palácio. Nehemia foi a única dos 5 a vê-lo. Depois de muito observá-lo, percebeu que ele e Celaena compartilhavam de uma semelhança absurda, lembrou-se então que Dorian havia lhe contado alguns dia atras que, o lobo do norte era primo de Aelin Ashryver Galathynius, a herdeira de Terrasen, que a muito estava desaparecida.

Juntando as peças, Nehemia logo percebeu que a assassina na verdade era Aelin, a rainha perdida e, a única herdeira do trono de Terrasen. No mesmo dia havia pressionado a amiga, Celaena contou-lhe que a muito tempo havia se esquecido de quem realmente era.

No momento, a assassina refletia se seria sábio revelar a informação aos outros. Se lhes contasse, corria o risco de ser descoberta por outras pessoas. Se lhes escondesse essa informação, ficariam magoados com ela. Não sabia ao certo como deveria agir, mas dali a algumas horas, teriam outra reunião. Dessa vez Chaol e Dorian estariam presentes, seria esse o momento perfeito para tomar a decisão.

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A reunião estava prestes a começar, estavam quase todos ali. O lugar escolhido fora a nova sala de reuniões da Fortaleza. Depois de um mês de muito trabalho, madame Genevieve havia terminado os movéis e dera a reforma como acabada.

No momento estava suando feito um porco indo para o abate. As horas em que ficara pensando, não lhe serviu de nada, a não ser lhe deixar ainda mais nervosa. Nehemia estava sentada a sua frente e lhe lançava olhares de dúvida, como se perguntasse “decidiu-se?”, mas até isso a deixava mais nervosa.

- Celaena, está tudo bem? - perguntou Samael, que estava sentado ao seu lado. Depois de olhá-lo nos olhos, o mesmo segurou sua mão e lhe ofereceu um sorriso reconfortante - Fique tranquila, vai ficar tudo bem.

- Estou bem sim - respondeu ela, mas os dois sabiam, essa afirmação não enganaria ninguém - Só um pouco ansiosa, estou com um pressentimento de algo inusitado irá acontecer.

- Fique tranquila, vai ficar tudo sobre controle.

- Assim eu espero.

Celaena continuou sentada pensando nas possibilidades de revelar, ou não, seus segredos, enquanto Samael continuava segurando e, acariciando sua mão. Aquele pressentimento que falara não era uma mentira, também não tinha nada a ver com seu segredo, mais cedo ou mais tarde algo aconteceria ali.

    Depois de alguns minutos, Dorian e Chaol chegaram. Na mesa se encontravam, Chaol ao lado de Nehemia, depois Sterphanie, seguida de Lysandra e Dorian e, Samael e Celaena fechavam o circulo. Com todos acomodados, Nehemia deu início a discussão, tendo como assunto principal a qual causa o príncipe herdeiro e capitão da guarda dariam seu apoio.

A discussão se iniciou calmamente, todos faziam observações, todos tentavam entender o lado de cada um ali presente. Mas durante um momento, Chaol quis saber qual eram os planos, Samael que estava calado a muito tempo, tomou partida na discussão.

- Capitão, tenho de lembrá-lo que você serve ao inimigo? - perguntou Samael em tom de deboche -  Acha mesmo que iremos revelar informações sem ter certeza de que está nos apoiando?

- Lembre-se também, assassino, de que jurei lealdade ao rei - disse Chaol, que estava com os braços cruzados, o peito estufado e soltando lufadas de ar, sem contar os olhares que lançava ao outro - não quero quebrar meu juramento por um plano qualquer.

- Vamos com calma rapazes - interveio Sterphanie. Ela usava um tom de voz bem seguro e, fuzilou os dois com o olhar - Não queremos brigas por aqui. Se vocês guardam algum rancor um do outro, este não é o lugar, nem a hora de resolvê-lo. Precisamos de aliados e não de mais inimigos.

Ambos pareceram envergonhados por serem repreendidos por uma menina muito mais nova que eles. Nehemia, Celaena e Lysandra - que apenas observaram toda aquela discussão - lançaram um olhar e um sorriso de aprovação para Sterphanie. Dorian, permaneceu olhando de Chaol a Samael, com um sorriso zombeteiro no rosto.