1. Spirit Fanfics >
  2. A Assassina e o Alquimista >
  3. O conquistador de todos os mundos

História A Assassina e o Alquimista - O conquistador de todos os mundos


Escrita por: Kurome-sama

Notas do Autor


Olá!
Passando rapidamente apenas para atualizar porque estou no meio de um relatório técnico de lógica avançada e ainda não terminei! Desculpem, mas não tive o cuidado de sempre nesses últimos capítulos. Estava sem muito tempo para pensar no roteiro, editar e revisar, portanto perdoem qualquer incoerência ou acontecimento surreal. Isso também pode acontecer porque minha cabeça não é muito certa. Mas chega de falatório. A próxima atualização será provavelmente no dia 25/10 (terça). A boa notícia é que, a partir do dia 27, vou ganhar alguns dias de folga do meu orientador e, talvez, as próximas atualizações não irão mais demorar tanto.

Capítulo 31 - O conquistador de todos os mundos


- Vocês são tolos o suficiente para entrar voluntariamente na cova dos leões? – a generala Armstrong se posicionou na frente do grupo com a espada apontada na direção dos invasores – Eu sou Olivier Armstrong, generala de divisão e chefe suprema da Muralha de Briggs, e vou apenas apresentar essas duas ao meu lado para vocês terem uma ideia de onde estão se metendo. Essa do meu lado esquerdo é Riza Hawkeye, a melhor franco-atiradora do Exército Amestrino e essa garota do outro lado é Akame da Espada Demoníaca Murasame. Mesmo sabendo quem somos, atrevem-se a nos enfrentar?

Estava um verdadeiro impasse no camarote real. O líder dos invasores mascarados ordenara que o rei e todos os seus convidados fossem mortos e seus cúmplices avançaram para cumprir as ordens, mas recuaram com medo quando Run abriu as imensas asas de sua Teigu de uma vez. Talvez, eles tivessem confundido o rapaz com uma aparição sobrenatural.

Logo atrás de Olivier, as supostas vítimas não pareciam nem um pouco assustadas. Ling sacara duas espadas, Najenda posicionou seu braço mecânico transformado em arma contra os inimigos e Mustang estendia uma mão para frente, pronto para estalar os dedos ao menor movimento, enquanto Wave empunhava a espada negra que era sua Teigu.

Alguns dos invasores olharam meio hesitantes para cada um dos seus alvos.

- Temos ordens de matar Ling Yao e todos os seus aliados estrangeiros – o líder respondeu com a voz firme.

- Muito bem – Olivier enrugou a testa com um meio sorriso – Vocês tiveram a chance de vocês.

Nas arquibancadas, o público ficara tão envolvido com a discussão sobre a validade da polêmica jogada do major Armstrong com Edward que nem perceberam o surgimento furtivo dos invasores. Sem fazer alarde, os golpistas tomaram pontos estratégicos do estádio e derrubaram a maioria dos guardas reais. Parece que havia vários aliados dos rebeldes infiltrados na torcida.

- O que está acontecendo, juíza? – Kalik foi um dos primeiros a se desfazer do susto inicial.

- Eu não sei – a juíza acenou do alto de sua cadeira elevada, reservada aos arbítrios.

- Está bem – Kalik posicionou as mãos em uma postura de defesa – Ninguém interrompe uma partida nossa sem sofrer as consequências. Se eles querem encrenca, eles vão ter.

Ao som de suas palavras, seus companheiros no time também assumiram posturas defensivas e atacaram os invasores. Porém, antes de conseguirem atingir os intrusos, as transmutações produzidas por Kalik e seu bando se desfizeram no ar após um dos homens encapuzados agitar uma das mãos.

- Mas o que foi isso? – Gin perguntou, incrédulo – O que está acontecendo?

- Cidadãos de Xing, saúdem seu novo líder – o líder dos invasores removeu o capuz e a máscara – Meu nome é Kalin Weng e venho devolver a prosperidade perdida de Xing!

- Brincou – Gorka arregalou os olhos – Quem é esse maluco?

- Maluco, eu? – Kalin virou a cabeça para ele – Na verdade, eu sou um gênio. E tenho todo o poder da Alquimia de Amestris nas minhas mãos – e puxou de dentro das vestes uma espécie de amuleto, mais ou menos, do tamanho da mão dele.

- Não interessa quem seja – Ada respondeu em tom de desaforo. Apesar de baixinha, ela era metida a valentona – Se você não se retirar do campo agora e levar sua corja de inúteis junto com você, nós vamos te chutar daqui até a Lua.

- Isso não foi muito educado, sabia, garotinha? – Kalin debochou – Não aprendeu a respeitar os mais velhos?

Não era só Edward que confirmava a teoria de que os baixinhos tendem a ser os mais revoltados. Ada imediatamente se irritou com as palavras de Kalin e o atacou, transmutando um imenso pedregulho contra ele. Os seguidores de Kalin contratacaram para defender o mestre e o time do Kalik veio em socorro da companheira, apesar de que Ada dispensava qualquer tipo de ajuda. O major Armstrong, Lan Fan, Horn, May e Alphonse também começaram a lutar com os invasores e a briga se estendeu do campo para as arquibancadas. Kalin era um dos poucos mascarados que usava Alquimia e desviava dos ataques inimigos com desprezo e arrogância.

Com tantas transmutações, o chão tremia e pedaços de rocha e metais voavam para todos os lados. Horn mostrou sua técnica explosiva (com um poder de fogo bem menor que a do Roy Mustang) e uma camada de poeira se elevou no ar.

Depois de desviar de mais um ataque sem muito esforço, Kalin acabou dando de cara com Alphonse. O jovem alquimista já surgiu em meio à poeira desferindo um cruzado contra Kalin. Ele até conseguiu se desviar, porém se desequilibrou e deslizou para longe do adversário. Kalin aproveitou o impulso da queda para tocar no chão e, no mesmo instante, uma trilha de deformações no solo seguiu um caminho tortuoso até Alphonse que se defendeu transmutando uma barreira entre eles.

- Amestrinos presunçosos – Kalin rosnou e transmutou uma espada do chão. Sem perder tempo, Kalin avançou contra Alphonse que se defendeu com uma espada recém-transmutada – Pensam que podem nos destruir com sua Alquimia?

- Na verdade, Amestris e Xing são nações amigas – Alphonse afastou mais um golpe lateral – E não temos nenhuma intenção em destruir Xing.

- Isso é mentira! – Kalin avançou com mais raiva para cima de Alphonse, contudo o jovem alquimista nem se abalou e anulou todos os seus ataques.

Os dois trocaram rápidos golpes de espada, mas Kalin resolveu recuar um pouco ao perceber que Alphonse tinha bastante habilidade com aquela arma. Também, nos últimos meses, Alphonse treinou com ninguém menos que Akame.

Apesar de Kalin ter conseguido acertar um corte de raspão no braço de Alphonse, ele havia ganhado um corte logo abaixo do olho esquerdo e outro na coxa direita. Ofegando um pouco, Kalin parou a alguns metros de distância para estudar a postura e os movimentos do seu oponente. Não conseguiu enxergar nenhuma abertura.

- Mas que...? – Kalin se assustou ao quase ser atingido pelo lado por uma imensa mão de pedra. Ele conseguiu se desviar instintivamente, dando uma cambalhota para trás.

May estava em sua postura ofensiva e desferiu sucessivos ataques contra Kalin, porém ele se desviou de todos com incrível rapidez e, enquanto dava um giro no ar, contra-atacou transmutando uma trilha de estalagmites na direção dela.

- May! – Alphonse pulou para proteger a garota com o próprio corpo e, ao mesmo tempo, transmutou uma barricada entre os dois e as transmutações.

- May? – Kalin repetiu – Você é May Chang? Como pode estar lutando ao lado dos amestrinos? Eu sou o seu meio-irmão sabia disso?

- Não conheço você – May respondeu, encolhida atrás da barricada e abraçada a Alphonse – E não gostaria de conhecer alguém que deseja apenas o mal aos meus amigos.

- Apesar de ser minha irmã, não passa de uma traidora mancomunada com o inimigo – Kalin ergueu uma mão para lançar um novo ataque contra os dois – Então, morra com os amestrinos!

- Pare! – Asami aparece na frente de Kalin – Pare com isso agora mesmo, Kalin!

- Ora, ora. Quem resolveu aparecer para a nossa festinha – Kalin usou um tom de deboche – Quanto eles pagaram para você mudar de lado, heim, irmãzinha? Ou cansou de lamber as minhas botas e resolveu experimentar o sabor das botas de outro irmão?

- Não estou lambendo as botas de ninguém – Asami respondeu com raiva – Estou apenas tentando fazer o melhor para todos. Que loucura é essa que você está fazendo? Você não percebe que isso tudo só está fazendo todos sofrerem ainda mais? – ela se aproximou mais do irmão, estendendo a mão para ele – Se nos juntarmos ao Ling, conseguiremos trazer paz e prosperidade sem precisar de mais derramamento de sangue. Ainda dá tempo de desistir de toda essa loucura.

Kalin não aceitou a mão estendida da irmã. Ao invés disso, ele girou o corpo rapidamente e cravou a espada na barriga de Asami.

- Sinto muito, irmãzinha – ele disse com aparente doçura – Mas eu não me misturo com o inimigo – e removeu a espada do corpo de Asami.

Asami caiu de joelhos segurando o ferimento e com uma imensa mancha de sangue se espalhando por suas roupas. May e Alphonse assistiram toda a cena, atônitos.

- Nenhum alquimista de Amestris poderá me derrotar agora, irmãzinha – Kalin continuou falando para Asami que agonizava no chão – Nenhum alquimista.

- Então, ainda bem que eu não sou mais alquimista – Edward pulou para fora da nuvem de poeira e acertou um soco no rosto de Kalin – Vejamos – ele aproveitou o desequilíbrio de Kalin para segurar o amuleto que o outro exibiu logo quando entrou e que agora estava pendurado em seu pescoço – O que temos aqui?

- Como se atreve a tocar em mim, seu... – Kalin puxou o amuleto de volta e os dois ficaram brigando pelo objeto até a corrente dele se partir.

Edward conseguiu pegar o amuleto, mas Kalin segurou-o pelos pulsos e os dois começaram uma luta meio confusa pela posse do objeto.

Depois Edward não sabe bem o que aconteceu. Ele lembra apenas que, após tomar um soco de Kalin, ele abriu os olhos e já não estava mais no campo coberto de poeira do estádio de Xing. Estava em algum ferro-velho cheio de restos de carros antigos e carcaças de navios. A única pessoa que ele viu naquele imenso mar de metais retorcidos era Kalin. Ambos estavam caídos no convés de um enferrujado navio cargueiro, mas Kalin estava próximo dos pés de Edward e o ex-alquimista aproveitou para chutar o seu inimigo. Edward percebeu estar segurando o estranho amuleto e tentou se levantar para fugir dali, no entanto tropeçou nas peças soltas pelo chão. Kalin o alcançou e chutou a mão de Edward que segurava o amuleto, fazendo o artefato sair voando. Os dois ficaram alguns breves segundos observando a trajetória feita pelo amuleto até Kalin desferir um soco em Edward e sair correndo atrás do objeto.

- Ora, seu... – Edward se recuperou rápido do golpe e pulou de navio em navio enquanto Kalin corria pelo solo.

Pulando dentro de uma escotilha, Edward achou o amuleto jogado sobre uma caixa de ferramentas aberta e esticou a mão para pegá-lo. Na mesma hora, Kalin apareceu do outro lado e segurou a mão de Edward por cima do amuleto.

O cenário mudou. Os dois agora estavam em uma sala de estar semidestruída. Edward caiu em cima de uma mesinha de centro que se partiu com o peso dele. Ele se levantou, segurando firmemente o amuleto, porém Kalin deu-lhe um chute, fazendo-o cair novamente para trás.

Edward caiu embolando pela neve. Espera um pouco, neve? Ele levantou os olhos, tentando se localizar. Parecia que ele estava em alguma montanha de Briggs. E totalmente sozinho. E cadê o amuleto? Vasculhou a neve com as mãos e encontrou o estranho artefato a poucos metros dele. E, agora, como ele ativava aquela droga? Provavelmente, aquela coisa deveria ter uma frase de ativação como “Abre-te sésamo”, “Kame Hame Ha” ou ainda “É hora de morfar!”, mas ele não fazia ideia do que dizer.

Antes de terminar o pensamento, Edward apareceu outra vez na pequena sala e Kalin tomou o amuleto de Edward. Com as mãos livres, Edward esmurrou Kalin e ele caiu no chão.

- Voltei apenas para dizer que você é um principiante – Edward agarrou firmemente a gola da camisa de Kalin – Isso não é Alquimia de Amestris.

- Como não? – Kalin parecia confuso – Eu posso fazer qualquer coisa com isso.

- É mesmo? – Edward usou um tom debochado – Mas, primeiro, vamos voltar onde estávamos – e segurou firmemente o pulso de Kalin com o amuleto.

Eles voltaram para o estádio de Xing, exatamente no mesmo lugar que haviam sumido. Alphonse e May ainda olhavam para os dois de olhos arregalados.

- Ed! – Alphonse gritou ao ver Edward sacudindo Kalin pelo pescoço – O que aconteceu?

- Parece que nosso amigo aqui tem um portal dimensional ou algo assim – Edward respondeu, ainda tentando estrangular seu oponente – Não me pergunte como.

- É Alquimia, seu imbecil – Kalin falava com dificuldade – Eu preciso de círculos de transmutação para fazer essas coisas.

- Como o quê, por exemplo? – Edward deu um sorrisinho cínico.

- Como isso – ao final das palavras de Kalin, o amuleto emitiu uma luz e círculos de transmutação ocultos apareceram em vários pontos do estádio espalhando uma luz ofuscante.

Um imenso círculo surgiu bem próximo de onde Edward e Kalin estavam e algo gigantesco começou a criar forma sobre ele. Ao final da transmutação, um grande réptil, com mais ou menos nove metros, soltou um grito agudo enquanto agitava suas asas escamosas ao redor do corpo. Edward engoliu em seco porque se lembrou da real forma do homúnculo Inveja.

- Posso criar belezinhas como essa. O que acha? – Kalin sorriu, dementemente – Tem várias iguais a essa e dos mais variados tamanhos em todo o estádio exatamente agora.

Edward socou o nariz de Kalin com força.

- Seu idiota!! – gritou – Você não as criou. Apenas as trouxe para cá.

Edward tentou tomar novamente o amuleto das mãos de Kalin e os dois rolaram pelo chão.

- Ed! – Alphonse correu até os dois.

- Senhor Alphonse, volte! – May pressentiu o perigo.

- Não se aproxime, Al – Edward se afastou de Kalin e levantou rápido do chão, arregalando os olhos – Droga. Isso é um...

Um rastro luminoso riscou o chão, fazendo o desenho gigantesco de um círculo de transmutação. Aquele certamente era o maior círculo de transmutação, cobrindo quase metade do campo. E Edward e Kalin estavam no centro dele.

- Irmão! – Alphonse segurou firmemente um dos braços de Edward.

- AL – Edward gritou, desesperado – SAIA DAQUI ANTES QUE...

Tarde demais. Pequenas mãos negras ergueram-se da borda do círculo e envolveram os três. Edward virou-se para Alphonse com a intenção de empurrá-lo para longe, mas Alphonse foi mais rápido e aproveitou o próprio impulso de Edward para jogá-lo para fora do círculo.

- IDIOTAAAAAAAA... – Edward gritava durante a queda.

- O QUE É ISSO?!! – Kalin berrava assustado enquanto observava seu próprio corpo se desmanchando diante de seus olhos.

Alphonse não gritou. Apenas cerrou os dentes ao experimentar novamente aquela sensação familiar de seu corpo se desarranjando para poder entrar nos domínios da Verdade.


Notas Finais


Ah, esqueci de contar que estou muito feliz porque, depois de muito peregrinar, consegui comprar os três primeiros volumes do mangá do FullMetal!! A editora resolveu relançar o mangá e eu achei um lugar especializado em vender mangás. Estou até dormindo com os três volumes do lado do meu travesseiro.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...