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História A Babá. - Kim Seokjin - Epílogo(Bônus): O reencontro.


Escrita por: jubbsx

Notas do Autor


[EDIT 30/08] heslooou mai lovers, aqui é a Jubbs do futuro que veio agradecer os mais de 100 favoritos!! Eu amo vocês e thank u soooo much.

rpz, foi meio difícil pra escrever, mas eu me empolguei tanto que deu mais de três mil palavras kjkkkkk

capa nova pra encerrar essa história linda, que eu amei escrever.

espero que vocês gostem, porq foi um trabalhão pra escrever.

* Capítulo não revisado, como sempre rs (me pergunto se no futuro vou ter paciência de revisar todos, mas ok)

Capítulo 15 - Epílogo(Bônus): O reencontro.


Fanfic / Fanfiction A Babá. - Kim Seokjin - Epílogo(Bônus): O reencontro.

7 meses depois. 
Los Angeles, Califórnia. 
Kwon ________.

Havia se passado sete meses, tão longos que me pareceram anos. Cada dia o meu bebê foi crescendo, meu corpo foi mudando, e a vida tendo que seguir. 

De primeira, demorei para me acostumar a morar em um novo país. Demorei mais ainda a me erguer, e parar de passar dias chorando pensando se eu não deveria voltar e correr pros braços de Seokjin, mas lembrei do quão perigoso seria se eu fizesse isso.  

Me afastei de tudo que pudesse me lembrar ele, porém seu perfume e sua camisa ainda eram as minhas coisas preferidas. Até mesmo mudei de celular assim que pisei em Los Angeles, não ousei pesquisar como ele estava ou nem especular se estava sofrendo pela minha partida, tudo isso não fazia bem a mim e ao meu bebê. 

Consegui um emprego um pouco depois de chegar, trabalhava em um mercado perto do meu apartamento. Meu chefe — Senhor Malazoi — era simpático, e um pouco fora da caixinha. Maluco, mas sempre gentil, tive que insistir bastante pra que ele me deixasse continuar trabalhando mesmo com oito meses de gravidez. Não queria ficar infortunada em casa, olhando para as paredes ou checando pela milésima vez as roupinhas do bebê, todas brancas e amarelas, era uma menina, mas eu sempre amei amarelo. 

Sunny — filha do chefe —, virou uma grande amiga minha. Depois que conheci Nam Rin, aprendi a saber quais eram as pessoas certas a me aproximar e conhecer. Sunny era um pouco maluca como o pai, mas muito inteligente, amava falar sobre livros e filmes, e eu amava ficar com ela. Como Nam Rin, Sunny é o tipo de pessoa que você sempre quer ter por perto.  

Noah— o Malazoi que mais orgulha a família, e filho mais velho. —, ele era minha alegria dos finais do dia. Seu jeito tímido e fofo, como sua aparência, me lembrava Jimin. Tão jovem e dedicado, chegava a me surpreender, nem parecia ter vinte e seis anos. 

Essa pequena família, se tornou a minha. Nenhum deles insistiram em saber porque sai da Coréia, quem era o pai do meu bebê e porque estava sozinha, e isso pra mim significa muito. Meu passado não importava para eles, isso me ajudava a não lembrar dele. 

No natal, eu já estava com quatro meses, e eles tentaram me animar e eu tentei esquecer que aquele poderia ser meu primeiro natal na família Kim. As vezes ainda penso como seria meu casamento com Jin, me pego pensando no vestido e alianças. Porém, como eu disse, quanto menos falar do meu passado, melhor.  

Era abril, e a primavera de LA não era como a de Seoul, mas era bonita como tal. O tempo estava frio, nada muito exagerado pra quem já estava acostumado, as árvores carregavam pequenas gotas da chuva da madrugada passada. Sempre aos domingos, eu decidia dar uma caminhada — o que mata Sunny de preocupação, ela acha que posso entrar em trabalho de parto a qualquer momento —, gosto de admirar a beleza do bairro onde moro e dos lugares atrativos que gosto de visitar. Vesti um vestido longo, verde e justo ao meu corpo, que desenhava bem as minhas curvas e não me deixava parecendo a grávida inchada que sou, calcei um tênis branco e peguei a minha bolsa, trancando a porta do apartamento e mandando uma mensagem a Sunny e Noah. 

Me: 

Encontro vocês perto do mercado. Não demorem. 

 

 

Assim que cheguei em frente ao mercado — que estava fechado por hoje ser domingo á tarde —, Sunny e seu irmão já estavam me esperando. A cacheada veio correndo me abraçar, mas parou no meio do caminho, quando lembrou da minha barriga. Dei risada á abraçando, e indo cumprimentar Noah, que me deu um beijo na bochecha. 

 Pegamos um táxi para o centro da cidade, que estava movimentado como o esperado. Em todo o lugar, é possível ver artistas de rua, grandes prédios e turistas.  

Nunca tínhamos destino certo quando íamos ao centro, eles simplesmente me seguiam e eu andava para onde me atraía.  

— Podemos ir no shopping, preciso comprar um presente pro Matthew. — Falou Sunny, quando paramos de andar pensando para onde ir. Olhei maliciosa para a cacheada, que revirou os olhos. Ela ainda insistia em dizer que eles eram apenas amigos. — Nem me olhe desse jeito.  

— Nem fiz nada. — Respondi, dando um risinho. Voltei a minha atenção para uma movimentação perto de um prédio enorme, espelhado e extremamente bonito. — O que está acontecendo ali? 

— Fiquei sabendo que uma nova empresa coreana está investindo em jogos, e fizeram um acordo com a Tell Softwares. Acho que é a inauguração. — Explicou Noah, também concentrado na movimentação de pessoas no local. 

— Tell Softwares. Já ouvi esse nome em algum lugar... — Falei, pensativa. 

— Obvio que você já ouviu em algum lugar, ela é bastante famosa por aqui. Vamos lá, talvez tenham jogos legais. — Noah me pareceu tão animado, que não quis recusar, também estava curiosa pra saber o que tinha lá. 

Um robô enorme na porta era o recepcionista no local, tomei um susto tão grande que quase dei à luz ali mesmo. Depois de eu xingar o robô e Sunny engasgar de tanto rir, fomos andando pelo prédio — que assim como era bonito por fora, era por dentro também —, tinha vários jogos, mas nem todos eram apropriadamente para uma grávida. O de simulação virtual foi o que mais nos chamou atenção, então decidi ficar assistindo Sunny jogar.  

Eu e Noah riamos com o desespero da garota, ela tinha escolhido um jogo de terror. Ouvi flashes de câmeras e um tumulto de vozes, olhei em direção de onde vinha e senti meu corpo paralisar. 

Seus olhos se encontraram com o meus, tão surpreso quanto eu, acredito. Franzi o cenho sem entender, porque ela não estava com ele? Seu corpo paralisou, fazendo os repórteres, Dan-i e Hoseok — que estava do seu lado — o encararem sem entender. Minhas mãos começaram a tremer, e justamente nessa hora, minha pequena deu um chute, me fazendo colocar as mãos sobre minha barriga. Seus olhos desceram até onde minhas mãos pousaram, um misto de surpresa e desentendimento. 

Hoseok arregalou os olhos quando me viu, ficou branco, como se estivesse vendo um fantasma em sua frente. Bom, mas era isso que me tornei em suas vidas, um fantasma. 

Em um movimento rápido me virei para Noah, e agarrei seu braço forte, e o mesmo me olhou assustado. 

— Vamos sair daqui, não estou me sentindo bem. — Pedi em desespero, e Noah não hesitou em aceitar.  

Sunny desceu da base do jogo, ainda assustada pelo puxão que o irmão lhe deu, eu simplesmente a pedi que fossemos para outro lugar, que não estava me sentindo bem. 

Consegui ouvir uma voz feminina gritando “hey” várias vezes, e eu sabia que era Dan-i. Eu não estava preparada pra isso, não agora.  

O bebê parecia estar eufórico, não parava de chutar, me deixando mais nervosa. Mesmo quando saímos do prédio, eu ainda me sentia angustiada. 

Fada Madrinha inexistente, essa foi uma péssima hora pra um reencontro mágico. 

 

 

Kim Seokjin 

Quando a vi, fiquei paralisado em seu olhar, cheguei a pensar que estava alucinando. As maçãs de seu rosto estavam redondinhas, saudável, seus cabelos estavam lindos. Ela estava linda... 

Sete longo meses... Me doeu todos os dias em que eu não achava uma resposta pra sua partida sem explicações. Mesmo que em sua carta, ela tenha me pedido para não me sentir culpado, eu me culpava. 

A procurei achando que ela estaria ainda na Coréia, e que tinha apenas se sentido insegura e por isso fez isso tão de repente. Mas não a encontrei. 

Chin Sun tentou de todas as maneiras se aproximar, mas eu já não sentia nada. Nada era como a ________. Nem mesmo Jaemin conseguia disfarçar a falta que ela fazia em nossas vidas.  

De alguma forma me obriguei a seguir os seus pedidos, saia mais, e agora eu sempre tirava um dia com Jaemin, apesar dele está ficando mais com meus pais agora.  

Chin Sun desapareceu depois que tivemos uma discussão, não é como se tudo fosse voltar a ser como éramos a anos atrás. E se eu pudesse voltar no passado, voltaria para passar só mais um momento com ________. 

Mas isso já não é necessário, porque ela estava ali, e não sei explicar as emoções que tomaram o meu corpo. Confuso, tudo estava tão confuso. Cheguei a me esquecer que pessoas me rodeavam com câmeras e microfones, apenas enxergava ela.  

Ela estava surpresa, e só pude reparar em sua barriga quando olhei para suas mãos. Como ela...? 

________ se virou em direção a um homem, mais jovem que ela ou a mesma idade, eu diria. Talvez seja seu novo namorado. Mas ela... Tantos meses, essa seria a verdadeira razão de ter indo embora?  

Não quero acreditar nisso, não quero acreditar que ela seja esse tipo de pessoa. E sim a ________ que eu conheço, que disse com todas as letras que me amava.  

O que sinto agora é um misto de emoções, mas sei que não há raiva, apenas uma grande mágoa. 

Dan-i  cochichou em meu ouvido, me perguntando se estava tudo bem e rapidamente a pedi que chamasse a mulher de vestido verde. Mas não adiantou, ________ não olhou para trás... 

 

 

Kwon ________ 

Já não estava concentrada no que Sunny é Noah conversavam, nem mesmo queria continuar nosso passeio. Até o meu sorvete parecia sem gosto. 

Eu precisava saber o que estava acontecendo, porquê nem Jaemin e Chin Sun estavam com ele. Por ser uma inauguração, ele deveria estar com sua família, certo? 

Noah me perguntou várias vezes se eu estava bem, e eu apenas assentia. Chegou um momento que o bebê me incomodava de tanto chutar, acho que minha menina queria nascer literalmente na força. 

— Mini melancia não para de chutar desde quando você se sentiu mal naquele lugar. Acha que esta realmente bem? — Perguntou Sunny, preocupada. Passei a mão pela minha barriga, coberta pelo pano do vestido, conseguindo sentir os chutes que minha menina dava. 

— Eu estou bem, gente. Não quero estragar nosso domingo.  

— Nosso domingo só será arruinado se você passar mal. Acho melhor irmos pra casa. — Insistiu Sunny, e apenas concordei com a cacheada. Ela me levaria para casa a força de qualquer jeito. 

Quando já me encontrava em casa, uma dor inexplicável me abalou, meu peito doeu ao lembrar dele. Ele me parecia bem, bonito como sempre foi, mas os seus olhos... Tento, por várias vezes, convencer a mim mesma de que o que fiz foi o certo, apenas preciso esquecer que o vi, e viver com a sensação de que todos ainda estariam em segurança. 

Me arrastei até o banheiro, tirando o que usava, e relaxando na água morna da banheira. Me esforcei para não pensar, nem chorar, mas a bebê ainda chutava, inquieta como o meu coração. 

Pensar em como seria se Jin estivesse comigo no primeiro ultrassom, quando eu descobri que seria uma menina, o primeiro chute... Tudo o que eu ainda mais preciso é ele, mas não posso, e isso me destrói em pedaços. 

Após terminar meu banho, vesti o blusão de Jin, que não ficava mais tão grande em mim por causa da barriga, e um short. Deitei em minha cama de casal, que parecia grande demais até pra mim, e fiquei a observar os chutes incessantes que a bebê dava. 

Acho que não fui a única que ansiava ver ele. Espero que amanhã tudo volte a rotina de sempre, e eu esqueça que o vi.  

 

 

Kim Seokjin 

Durante toda a conferência e expedição pelo novo projeto da empresa, eu não consegui me concentrar. Eu queria a ver, e tirar todas as dúvidas que ainda pesavam meu coração. Mas lembro de como ela, literalmente, fugiu de mim, e só me veio uma pessoa a mente que pudesse conversar com ela. 

Nam Rin nem me deixou explicar a situação pelo telefone, pegou o primeiro avião em direção a Los Angeles, sem hesitar.  

E agora estávamos em meu quarto de hotel, Rin quase abrindo um buraco no chão de tanto andar pra lá e para cá, enquanto Hoseok tentava — inutilmente — acalmar ela.  

— Como será que ela está? Aish, eu sabia que ________ não teria sumido por nada. Com certeza ela se sentiu insegura por estar grávida de você. Mas porque ela não me falou nada...? 

— Quem garante que ela realmente está grávida do hyung? — Indagou Hoseok, que recebeu um tapa de Nam Rin. 

— Vou fingir que nem ouvi o que você falou. Jin, ela parecia estar de quantos meses, qual era o tamanho da barriga dela? — Perguntou Rin, eufórica. 

— Bem grande, sete ou oito meses talvez..., mas o importante não é isso, Rin. Eu preciso saber como encontrar ela. 

— Apenas espere, Jin. Se depois de meses vocês se encontraram, tenho certeza que verá ela de novo. 

 

*       *      * 

Três dias depois. 
Jung Nam Rin. 

Hobi e Jin haviam voltado pra Coreia, por causa da empresa e porque Jin já havia perdido as esperanças de encontrar ________ — ele nem precisou me falar, era nítido sua decepção —, e eu decidi ficar mais uns dias nos EUA. Eu ainda sentia que encontraria minha amiga, sinto que ela precisa de mim, e vou fazer de tudo pra encontrá-la.  

Decidi fazer um breve passeio pelo centro de Los Angeles, queria comprar algumas coisas antes de voltar para Coreia. 

Estava andando pelo shopping, procurando algo que me agradasse, quando vejo uma garota tentando carregar várias sacolas ao mesmo tempo. Corri para ajudá-la, pegando as sacolas que caíram no chão. Quando me ergui para lhe entregar as sacolas, quase que caio de espanto. ________ não reagiu diferente, ficando paralisada em minha frente. 

— ________? — Ela não me respondeu, parecia pensar no que fazer, e pelo o que conheço dela, sei que vai tentar sair correndo. 

— Eu? Não, acho que você me confundiu com alguém. Obrigada pela ajuda. — Ela puxou as sacolas da minha mão, e antes que desse as costas, peguei em sua mão. 

— Garota, eu te reconheceria até se você estivesse com o cabelo verde fosforescente e roupa de palhaço. — Falei, sorrindo. 

— Você não mudou nada, Rin. — Sorriu, com os olhos marejados. 

 

[...] 

 

________ mexia sua xicara de chá, de forma inquieta. Olhava o movimento do local, como se suspeitasse de algo. 

— ________, ele não está aqui. Então pode ficar tranquila. — Assegurei, pegando em sua mão. 

— Então, como Jin está? Jaemin está bem, também? Eles têm vivido bem? — Ela perguntou, eufórica, e sorri tentando tranquiliza-la.  

— Amiga, desse jeito você vai ter uma parada respiratória. E não vou responder nenhuma de suas perguntas, quero que você faça elas pessoalmente. 

— Não, Nam Rin. Não mesmo. Nem sei como você ainda não me xingou pelo o que aconteceu. Até imagino como Jin vai reagir ao me ver novamente. 

— ________, eu sinto, bem aqui. — Falei, colocando uma de minhas mãos no peito. — Que você teve um motivo pra fazer isso, e não quero saber de nada agora. Me sinto aliviada só de te ver bem, com esse barrigão e saudável. Você não sabe como fiquei preocupada. 

— Me sinto agradecida por não ter perdido sua amizade, mesmo depois de ter ido embora daquele jeito. 

— Você mesma disse que éramos como irmãs, então terá que arcar com as consequências. — Brinquei, arrancando um sorrido dela. 

 

 

Kwon ________ 

Eu esperava qualquer reação de Nam Rin, menos o seu carinho e compreensão. Estava morrendo de saudades da companhia dela, e acho que não poderíamos ter nos encontrado de forma melhor. Só não sei como explicar a ele que não posso voltar a Seoul, não posso deixar tudo aqui em Los Angeles e voltar sem mais nem menos. 

— Rin, por favor, não insista. 

— Garota, entenda, se você não for, eu trago Seokjin aqui em carne e osso. E não me force a querer saber do seu medo de voltar a Seoul, não quero saber de nada até que converse com Jin.  

— Me esqueci de como você é teimosa. 

— Não é teimosia, _________. Eu sei que Jin não está bem, desde quando você foi embora. Jaemin ficou perguntando por você por quatro meses, e o pequeno agora vive na casa dos avós, porque Jin precisa estar toda hora na empresa. Ele está distante, como nunca o vi antes. E Jaemin sente falta da mãe, e não me refiro a Chin Sun, me refiro a você.  

As palavras de Nam Rin foram o suficiente pra me dar coragem. Não perguntei como, ou porque, mas me pareceu que Chin Sun não estava mais na vida deles. E se isso for verdade, me sinto uma idiota por ter os deixado. Quero fazer o possível pra recompensar isso, eu preciso ter a minha família de volta. 

 

*       *      * 

Antes de fazer uma mala, e largar tudo de volta a Seoul, com Nam Rin. Me despedi dos Malazoi’s, eles foram extremamente importantes pra mim enquanto vivi em Los Angeles, os contei uma parte breve do porquê de eu estar deixando tudo, e eles me entenderam, e Sunny me fez prometer que eu mandaria mensagens pra ela e a visitaria algum dia. 

Durante a viagem, tentei me manter calma e inerte de qualquer emoção ruim. Eu já estava ali, e não iria voltar atrás.  

 

[...] 

 

Assim que entrei no grande prédio, senti os olhares em mim e ouvi alguns cochichos. Não esperava outra reação quando fosse a empresa de Jin, Rin me contou que a mídia estranhou meu sumiço, e foi necessário dizer que precisei viajar para ver meus familiares. Imagino a gafe que seria se algum repórter tivesse me visto na inauguração de Los Angeles, seria péssimo. 

Quanto mais eu me aproximava do balcão da recepção, mais minhas mãos suavam. Rin me ajudou a ficar o mais bonita e elegante possível — ela insistiu dizendo que eu precisava chegar com estilo —, realmente gostei do vestido que eu usava, ele realçava meu corpo e minha barriga, sem muito exagero.  

Me encostei no balcão, dando um sorriso a recepcionista, que retribuiu o sorriso, sendo simpática. Olhei para o seu uniforme, vendo um broche escrito “Choi Ae Ra”, provavelmente o seu nome. Lembro-me dela, era a mesma que me atendeu quando vim a procura de Jin. 

 — Bom dia, Ae Ra. Eu gostaria de ver Seokjin. — Eu estava nervosa, esperava que ela não me reconhecesse e me impedisse de subir a sala de Jin. 

Jin não estava na empresa, ele tinha ido checar algo com Hoseok, e obviamente só fiquei sabendo disso porque Nam Rin parecia ter tudo maquinado e planejado.  

— Desculpa, senhorita Kim, ele não está no momento. 

— Eu poderia o esperar em sua sala? 

— Claro. Acho que sabe onde fica.. — Assenti. Ae Ra sorriu, olhando para a minha barriga. — Bem vinda novamente, senhorita Kim.  

Agradeci a garota, e caminhei até o corredor do elevador. É desconfortável ter tantos olhares sobre mim — principalmente sobre minha barriga —, mas me mantive calma até chegar no último andar.  

Era esquisito ver todos me tratando tão bem, como se eu fosse a própria dona da empresa.  

Caminhei no corredor até a grande porta que dava a sala de Jin. Como eu esperava, Dan-i não estava em sua mesa, adentrei a sala, logo fechando a porta.  

Respirei fundo, me recordando brevemente da última vez que estive aqui, e não foi em uma situação tão agradável. Não sei se posso dizer se a situação de agora também é uma situação desagradável, nem quero imaginar qual será a reação de Jin, só de tentar pensar sinto um calafrio. 

Me sentei no sofá do cômodo, e preparei diversas poses, ou caras, logo desistindo. Não sei como o receber, mas não ajudará se eu estiver com a minha melhor cara, acho que o natural basta. 

Me assustei quando ouvi vozes perto a porta, e a maçaneta da mesma virar. Me levantei espontaneamente, cruzando minhas mãos geladas e suadas de nervosismo. 

Jin entrou na sala, acompanhado de Dan-i, ele estava de terno cor vinho — nunca tinha reparado como aquela cor combinava tão bem com ele —, e usava seu óculos enquanto lia um papel em suas mãos.  

Dan-i foi a primeira a reparar que eu estava ali, arregalou os olhos e cutucou de leve o ombro de Jin. O maior ergueu a cabeça, olhando em minha direção.  

Meu peito estava tão acelerado, que tive medo de desmaiar. Minhas mãos estavam trêmulas, e a insegurança me deixava nervosa. Ele estava surpreso em me ver, e paralisou como quando nos vimos em LA. 

— Bom dia, senhorita Kim. — Dan-i me cumprimentou, e retribui com um aceno. — Irei me retirar.  

Assim que a morena se retirou da sala, senti como se a tensão aumentasse. Ele ainda me olhava, paralisado. Mesmo sentindo minhas pernas sem muita força, caminhei até ele, parando em sua frente. 

Oi... — Minha voz saiu em um sussurro, e não consegui o olhar nos olhos.  

— Oi? Tudo que tem a dizer é isso? — Podia sentir a irritação em sua voz, e meus olhos começaram a marejar. 

— Desculpa. Eu... Não sei, não preparei o que falar quando te encontrasse.  

— Talvez uma explicação seria ótimo.  

— Por favor, não me trate assim. — O olhei nos olhos, sabendo que ele estava tentando ser frio comigo, mas aquilo não iria adiantar. — Sei que você não é assim.  

— ________, eu nem sei se te conheço de verdade. Não diga coisas que você também não sabe. — Falou, de forma calma, mas eu sentia cada palavra como uma agulha no peito. Eu podia estar me sentindo péssima, mas meu orgulho não deixaria que eu parecesse uma interesseira, insensível e má.  

— Seokjin, não vou perder meu tempo com farpas, meu motivo de estar aqui é outro. Se quer tanto uma explicação, então tudo bem. Chin Sun me ameaçou, antes mesmo de eu te contar sobre minha gravidez, ela já sabia. Nayeon entrou em seu escritório e descobriu sobre o contrato, me ouviu falando ao telefone com Nam Rin, e foi ela que fez Jaemin ficar doente naquele tempo. Elas duas não me queriam com você. Eu preferi estarmos separados, e saber que você e Jaemin ficaria em segurança, do que arriscar. E se a minha prova de amor por você não foi o suficiente, então que se foda. Eu vou continuar te amando de qualquer jeito mesmo. — As lágrimas já escorriam sem controle pelo meu rosto, e minha voz estava embargada. Não esperei uma resposta, e apenas me virei em direção a porta.  

Sua mão me puxou pelo pulso, e sem que eu esperasse, ele me abraçou desajeitado por causa da minha barriga. Só reparei que ele chorava quando nos separamos, e pude o olhar nos olhos novamente. 

 Mianhae, jagi. Eu não sabia, se você tivesse me contado, talvez eu...  

— Não peça desculpa. Eu que te devo desculpa. — Limpei as lágrimas do seu rosto, segurando em suas mãos. — E vamos pensar que tudo isso tinha que acontecer, não quero que a gente fique se arrependendo por isso. Eu estou aqui, e não pretendo ir embora. Jamais.  

— Deveria ser eu te consolando, e não o contrário. — Rimos juntos, e encostei nossas testas. — Não precisa me explicar mais nada, eu acredito em você. Eu sabia que você não faria isso por nada.  

Suas mãos soltaram as minhas, e pousaram em minha barriga. Sorrimos um para o outro, enquanto ele acariciava minha barriga.  

Todo o meu medo de antes tinha sumido, e aquilo que tanto senti falta me invadiu novamente. Ter ele perto de mim, poder tocar seu rosto e sentir seus carinhos, nunca pensei que isso me faria tão bem. 

 

1 ano e 5 meses depois. 

Kim _______.

Já fazia mais de um ano que eu tinha me encontrado com Jin, e tudo está maravilhosamente bem.  

Depois de um pedido desastroso — com um Seokjin vermelho de tanta vergonha —, finalmente nos casamos, e dessa vez de verdade. O casamento foi lindo, minha fada madrinha inexistente capricho, mas claro, com ajuda de alguns toques de Nam Rin. O casamento aconteceu dois meses após nossa pequena nascer, e nesse mesmo dia, Rin contou que estava grávida, foi uma festa que só. Nunca tinha visto Hoseok e Rin tão felizes e sorridentes. Me atrevo a dizer que foi o dia mais feliz da minha vida.  

 

Estávamos eu, Jin e Jaemin sentados no tapete da casa nova — agora, era apenas nós quatro, e as vezes Nila que me ajudava com a casa —, Jaemin brincava com seus brinquedos enquanto Jin mimava Mi Soo. Esses momentos só nossos era minha definição de paz. Os três amores da minha vida, juntos e bem.  

Jin brincava com a bebê em seu colo, a enchendo de beijos pelo rosto e fazendo cócegas. Mi, mesmo ainda sendo um bebê, é muito carinhosa e sorridente, e ama o jeito mimoso que o pai a trata. Minha menina é o nosso mais novo tesouro, e cada sorrisinho banguela que ela dá, me faz morrer de amor. 

Gostaria de dizer que a bebê é totalmente parecida comigo, mas como Rin já disse uma vez; “Onde Seokjin mete o pau, ele deixa uma marca”, e ela não estava brincando. 

A pequena tinha todos os traços fofos e delicados do pai, mesmo seus olhinhos não sendo tão puxados e delineados, por causa da mistura dos meus, ela continuando sendo totalmente a cópia de Jin, só que garota. E ele obviamente se aproveita disso pra ficar me zoando, mas eu não ligo, já o disse milhões de vezes que quando ela começar a namorar, vai sobrar pra ele também.  

Jaemin largou os brinquedos, e se sentou em meu colo, deitando a cabeça em meu ombro. 

— Cansou? O Super Macro Man não iria salvar a princesa? — Perguntei, me referindo a sua brincadeira. 

— Quero ficar com a omma, agora. — Falou, com a voz sonolenta, e sorri beijando o topo de sua cabeça. 

— Acho que alguém também está com sono. — Jin falou, aninhando Mi que coçava os olhinhos. 

Carreguei Jae no colo, o levando a seu quarto. O deitei na cama, vendo que ele já estava dormindo, e beijei sua testa, deixando a porta do quarto meio fechada e saindo do cômodo. Fui até o quarto de Mi, e Jin a olhava enquanto a bebê dormia, ele acariciou seu rosto e beijou a bochecha da pequena. 

— Vamos, bebezão. — Brinquei, pegando em sua mão e o puxando para fora do quarto.  

— Bebezão? — Perguntou, fechando a porta do nosso quarto, assim que entramos. 

— Eu tenho três bebês, Jaemin, Mi Soo e você.  

Apaguei a luz do quarto, deixando apenas o abajur acesso. Engatinhei na cama, logo me deitando na mesma. Jin se deitou, e senti seus braços envolverem minha cintura, me virei de frente pra ele, sentindo sua respiração rente a minha, e o olhei nos olhos. Fechei os olhos quando seus lábios roçaram nos meus, me deixando ansiosa pra beija-lo. Selei nossos lábios em um beijo doce e calmo, e sorri quando nos separamos. 

— Que tal quatro bebês? — Perguntou, me fazendo rir. 

— Você é muito apressado. 

— Não é pressa, é muito amor que precisa ser reproduzido. — Rimos juntos, e nos beijamos outra vez.  

— Eu te amo. — Sussurrei, o vendo sorrir.  

— Eu te amo muito mais.  

— Muito a ponto de precisar ser reproduzido? 

— Exatamente.  

Nossas risadas sobre a pequena claridade do quarto, seus beijos e carícias, cada momento que eu tinha com ele, me preenchia. Quero o ter em todos os momentos, ver o seu sorriso a cada minuto, e ouvir cada uma de suas piadas todos os dias. Não há um minuto que eu não pense nele. Não sei se é possível, mas sinto que o amo mais a cada dia. Agora sei que nada pode me separar dele, e que meu futuro sempre será com ele. 

Definitivamente, completamente e totalmente, eu amo Kim Seokjin. 


Notas Finais


eu tô soft, tipo, muito soft

vou agradecer de novo, porque cês não sabem como eu amo vocês, sem zueira, cada comentário de vocês é uma rajada de amor em mim, meu coração virou mansão de tanta gente que tá morando nele agora, muitíssimo obrigada por amar a shortfic, sofrer lendo ela e chorar tbm kkkkkk

espero nos vermos novamente em outra shortfic.

eu roxoxo vocês. 💜❤️


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